31 de janeiro de 2011

Confiança mantém setor imobiliário em alta

Quem juntou as economias e está mirando a compra de um imóvel pode ficar tranquilo, pois são grandes as chances de o sonho virar realidade. A confiança dos consumidores nunca esteve tão forte para investir no mercado imobiliário e, em 2011, a expectativa é que o setor se mantenha aquecido, segundo a Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi-PE).


A certeza se respalda, de acordo com a entidade, nos dados da pesquisa do Índice de Velocidade de Vendas (IVV), realizada pela Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe). Em novembro passado o índice registrou percentual de 68,3% nas vendas de imóveis na planta ou durante a fundação. Traduzindo: o consumidor mantém a credibilidade na conclusão dos empreendimentos pelas construtoras.


Para a Ademi-PE, a equação é simples. Diante da oferta de crédito imobiliário que alimentou o setor no último ano, o preço dos imóveis, mesmo elevado, se alinhou ao perfil dos consumidores por conta do crescimento econômico de Pernambuco. Isso refletiu, inclusive, no valor do metro quadrado, que na Região Metropolitana do Recife (RMR) é o segundo mais barato do Nordeste, atrás somente de João Pessoa, na Paraíba.


Pelas estatísticas, o IVV registrado em novembro de 2010 foi de 15,3%, equivalente a 594 unidades vendidas, e 19,8% superior ao mês de outubro. O perfil de compra também se modificou, já que desse total 52,7% dos negócios fechados foram de imóveis com áreas entre 50 e 100 metros quadrados e grande parte com um (20,5%) e três quartos (53,5%).


"O mercado apresenta uma tendência de empreendimentos compactos causada, entre outras razões, pela dificuldade de terrenos em algumas regiões", explicou o presidente da Ademi-PE, Alexandre Mirinda. No balanço parcial de 2010, foram comercializados 8,4 mil imóveis, contra 5.484 em 2009. Com o incremento, a média de vendas no acumulado foi de 695 unidades, resultando num índice de 13,5%.


Mirinda disse que a tendência do mercado da construção civil para 2011 é de crescimento, embora o governo federal tenha sinalizado reduzir a oferta de crédito. "O consumidor passou a acreditar nas empresas do setor por que ele compra o seu imóvel na planta ou na fase inicial de obras e sabe que vai recebê-lo. Além disso, os bancos entenderam a necessidade de democratizar o crédito", destacou.

26 de janeiro de 2011

A partir de fevereiro, cartão aluguel da Caixa chega a todo o País

A partir de fevereiro, o cartão aluguel, lançado pela CEF (Caixa Econômica Federal) em dezembro passado, deve estar disponível aos usuários de todo o País.

De acordo com o banco, o cartão garante o pagamento de aluguel, sem a necessidade de contratar um fiador ou de garantia adicional.

Inicialmente, o cartão aluguel começou como um projeto piloto em quatro imobiliárias de São Paulo (2) e de Goiânia (2). A Caixa espera que, com a abertura do processo, 300 imobiliárias estejam cadastradas em todo o País a partir de fevereiro.

Como funciona

O processo de locação por meio do cartão deve ser realizado em uma das imobiliárias credenciadas pelo banco, as quais irão comercializar o plástico, bem como em uma das agências da CEF.

A CEF garante à imobiliária o recebimento de até 12 parcelas de aluguel não pagas, nas locações de imóveis residenciais. O cliente terá o limite-aluguel, usado somente para pagamento de aluguel nas imobiliárias, e o limite-rotativo, para compra em estabelecimentos comerciais, como um cartão convencional.

Quem não é cliente da Caixa também terá direito ao produto, mas precisa fazer o cadastro.

Alerta

Os consumidores devem ter cautela na hora de aderirem ao cartão aluguel, lançado pela Caixa Econômica Federal, alerta a Pro Teste - Associação de Consumidores.

De acordo com a entidade, mesmo se tratando de uma opção ao inquilino para ausentar a figura do fiador, o cartão pesará no bolso do usuário, que deverá arcar, além da anuidade de R$ 96, com a taxa de manutenção do cartão de 6,67% ao mês.

Ao final de um ano, esse encargo será equivalente a 80% do valor de um aluguel mensal, contabiliza a associação, que aconselha o inquilino a pesquisar também outras modalidades, como o depósito caução e o seguro-fiança. A entidade alerta que, nas opções oferecidas pelo mercado para não precisar de fiador, constata-se que há prejuízo do inquilino.

A advogada e sócia da Duarte Garcia, Caselli Guimarães e Terra Advogados, Renata Lange Moura, compactua da mesma opinião divulgada pela Pro Teste.

"O usuário, por sua vez, não pode desconsiderar o custo de tal garantia, que corresponde, anualmente, a 80% de um locativo mensal, mais o valor da anuidade (R$96), e tampouco deve ignorar a taxa de juros que lhe será cobrada em caso de inadimplemento da fatura", conclui.

Locador

A advogada sustenta que a principal vantagem do locador é a garantia de recebimento de até 12 aluguéis, mesmo que o usuário esteja inadimplente com suas obrigações na CEF.

"Não obstante o produto esteja sendo altamente festejado na mídia, o locador deve ficar atento ao fato de que a garantia se limita ao valor do aluguel, de modo que encargos da locação não satisfeitos, multas contratuais inadimplidas, eventuais avarias no imóvel e custas e despesas judiciais ficam desprovidas de garantia", diz a especialista.

25 de janeiro de 2011

Crescimento do setor imobiliário em 2010 foi intensamente comemorado

O ano de 2011 chegou com a perspectiva de continuar na esteira do crescimento verificado em 2010, mesmo que os números sejam mais tímidos. A utilização de 87% da capacidade instalada da indústria de material de construção e o número recorde de trabalhadores com carteira assinada no setor – mais de 2,604 milhões – contribuem para o otimismo no mercado.


Os números são da Associação Brasileira da Indústria de Material de Construção (Abramat) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A expectativa é de que 2011 os números cheguem perto do crescimento percebido em 2010, que só nos primeiros meses do ano registrou acréscimo de 13,6% no Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil, segundo dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).


O aquecimento é comprovado pelo faturamento total deflacionado da comercialização de material de construção para o mercado interno – vendas da indústria para o comércio, construtoras ou grandes distribuidores. De acordo com a Abramat, de janeiro a novembro de 2010, houve acréscimo de 11,43% nas vendas da indústria em comparação ao mesmo período do ano anterior.


Em Minas Gerais, houve alta de 13,7% no PIB da construção no primeiro semestre de 2010, frente a igual período de 2009, conforme divulgado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG). Especialmente em Belo Horizonte, de janeiro a outubro, observou-se um forte vigor nos lançamentos imobiliários, que alcançaram número recorde na era pós-real.


De acordo com pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead/UFMG), apenas de janeiro a outubro do ano passado, foram lançados 4.782 novos apartamentos na capital. Isso representou incremento de 17,06% em relação ao número observado em igual período de 2009 (4.085).


O presidente do Sinduscon-MG, Luiz Fernando Pires, confirma que as perspectivas de crescimento para este ano, apesar de menores do que o registrado em 2010, são de, aproximadamente, 6%. “Será um crescimento menor do que o de 2010, porém, ainda positivo. É importante ressaltar que, no ano passado, a expansão do setor, projetada para acima de 11%, se dará em cima de uma base negativa, uma vez que em 2009 o PIB do setor registrou queda de 6,3%.”


Com a carência de terrenos em Belo Horizonte, a alternativa para atender a demanda por novas moradias é a ocupação de áreas em cidades vizinhas, como explica Luiz Pires. Outra opção é o retrofit. “A recuperação das edificações com a transformação do seu uso – de comercial para residencial, por exemplo – é uma das alternativas buscadas pelos construtores. A urbanização de terrenos nas cidades vizinhas é outra solução.”(EM)

21 de janeiro de 2011

Imóveis de luxo para todos os gostos

Cresce oferta de casas e apartamentos avaliados em mais de R$ 1 milhão nas áreas nobres de grandes centros urbanos



Os classificados não negam: imóveis com preços milionários, ainda que longe do orçamento da maioria dos brasileiros, são cada vez mais corriqueiros, sobretudo nas áreas nobres de grandes centros como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Na zona sul carioca, por exemplo, 74% dos apartamentos de quatro quartos custavam mais de R$ 1 milhão em 2010 – parcela bem acima dos 47% registrados no ano anterior, revela pesquisa realizada pelo Secovi Rio (Sindicato da Habitação do Rio de Janeiro). Mesmo entre as unidades mais acanhadas, de três quartos, 27% das ofertas alcançavam a casa do milhão, em comparação com meros 11% no ano anterior.

Longe do mar, em São Paulo, nos primeiros dez meses de 2010, chegaram ao mercado 2023 novos apartamentos e casas em condomínios nessa faixa de preço. A quantidade é 59% a maior que a registrada em todo ano de 2009, conforme revelam dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio).


Estatísticas assim refletem as altas do mercado, bem acima da inflação. O caso de Brasília é emblemático. Na Asa Sul, zona de maior valorização da capital, o preço médio do metro quadrado dos apartamentos costuma oscilar entre R$ 6,5 mil e R$ 8 mil – em 2008, o valor ficava em torno de R$ 3,2 mil, como conta o presidente do Secovi DF, Carlos Hiram Bentes David. Com preços assim, não é para menos que os apartamentos de quatro quartos na área custem em média R$ 1,5 milhão.


Em São Paulo, o metro quadrado dos lançamentos imobiliários ficou 29% mais caro na média dos primeiros dez meses de 2010 em comparação com 2009. Os dados são de levantamento realizado pela empresa de pesquisas imobiliárias Geoimóveis. Mais acentuada ainda foi a alta do Rio de Janeiro, de 55% em média no ano passado (2010), segundo estimativas do Secovi Rio. Como resultado, no Leblon – bairro com o metro quadrado mais salgado do Brasil, na casa dos R$ 12 mil - 97% das unidades de quatro quartos e 66% das de três não saem por menos de R$ 1 milhão.


Assim como ocorre pelo Brasil afora, o mercado imobiliário carioca é impulsionado pela demanda resultante da estabilidade econômica, baixo desemprego, juros menores e crédito farto para o financiamento imobiliário. Mas não só. O Rio tem também suas particularidades. “A proximidade das Olimpíadas e a instalação de UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) nos morros ajudaram a valorizar os imóveis da cidade”, diz o vice-presidente do Secovi, Rio Leonardo Schneider.


Crédito
Sobem os preços, crescem também os financiamentos milionários. No Bradesco, por exemplo, 6% das operações de crédito imobiliário se destinam à compra de imóveis de valor superior a R$ 1 milhão. A fatia é três vezes maior que a registrada em 2005, conta o diretor do banco Claudio Borges. Segundo ele, parte considerável dessa demanda vem de proprietários de outros imóveis, geralmente localizados em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre ou Brasília. Incentivada pelos juros mais camaradas, essa gente agora busca dinheiro no banco para comprar uma nova propriedade.


Por envolverem bens de mais de R$ 500 mil, essas operações ocorrem fora do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e não dão direito à utilização do fundo de garantia no pagamento. De acordo com o executivo, os juros do mercado costumam ficar em torno de 10,5% - taxa que já inclui os costumeiros descontos concedidos para fechamento do negócio. O custo é vantajoso na comparação com os velhos tempos.


“Em 2007, os juros fora do SFH costumavam variar entre 13% e 13,5%”, compara Borges.
Ainda assim, os financiamentos para imóveis avaliados em mais de meio milhão de reais custam mais que os do SFH, que tem taxas em torno de 10% ao ano para propriedades com valor entre R$150 mil e R$ 500 mil e juros geralmente na casa dos 8% para casas e apartamentos mais baratos.


Longe do vizinho
Se dinheiro não for problema, o que esperar de um imóvel milionário? Esqueça salão de festas, churrasqueira no jardim, espaço gourmet, sauna, brinquedoteca ou banhos de sol com a vizinha – atrativos que tanto encantam a classe média. “A área de lazer costuma ser tímida nos imóveis de luxo, com valor acima de três milhões de reais em São Paulo”, afirma Luiz Paulo Pompéia, diretor de estudos de mercado da Embraesp. Ele explica: “Os moradores de condomínios para alta renda não querem dividir espaço com outros moradores.”


A visão é compartilhada por José Eduardo Cazarin Silva, sócio da Axpe Imóveis, especializada em propriedades de alto padrão. “O máximo que esse público busca é academia ou piscina aquecida com raias para manter a forma”, diz. “Para puro lazer, preferem viajar para casa de campo ou de praia.”
Com tanto apreço pela privacidade, quanto menos apartamentos o prédio tiver, mais vale a propriedade.


Número considerável de vagas na garagem também é essencial no segmento de alto padrão. É de praxe lugar para três ou quatro veículos nos lançamentos paulistanos com preço de R$ 1 milhão a R$ 3 milhões. Nas unidades ainda mais caras, os novos apartamentos costumam garantir lugar para pelo menos cinco automóveis, segundo Pompéia, da Embraesp. Melhor ainda se pelo menos uma das vagas for totalmente fechada – os chamados boxes, que escondem o carro de estimação dos olhares alheios.(IG-UltimoSegundo)

20 de janeiro de 2011

Imóveis: financiamento ou consórcio? Veja o que considerar antes de optar

A compra da casa própria é um dos maiores sonhos, se não o maior, de muitos brasileiros. Para realizá-lo, contudo, são poucas as pessoas que têm condições financeiras de fazê-lo sem recorrer a alguma forma de crédito. Assim, nessas horas, surge a pergunta: o que é melhor, financiamento ou consórcio?


De acordo com o vice-presidente de habitação do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), Flávio Prando, a resposta para tal questão passa por diversos fatores, como tempo e dinheiro disponível para a entrada.


Quem quer sair do aluguel, por exemplo, talvez deva optar pelo financiamento, já que esta modalidade permite que o dinheiro esteja à mão em um curto espaço de tempo. Outra vantagem, ainda conforme Prando, é o fato de o financiamento bancário contar com seguro de vida e invalidez permanente, protegendo a família do tomador de empréstimo, se houver necessidade.


Por outro lado, alerta o especialista, o comprador precisa ficar atento às taxas de juros e possuir alguma reserva para dar de entrada. “Apesar de não serem altos, quem pretende adquirir um financiamento imobiliário precisa pesquisar bem os juros bancários para garantir o melhor negócio”, diz.


Consórcio
O consórcio, por sua vez, é uma boa opção para quem não tem condições de adquirir um financiamento, por não ter, por exemplo, dinheiro suficiente para a entrada.


Além disso, é uma modalidade válida para quem não tem pressa de ter o imóvel, já que o consorciado, por meio de sorteio ou lance, pode tanto ser contemplado rapidamente como ter de esperar até anos pela carta de crédito.


Quem opta por esta modalidade deve ainda estar preparado para arcar com a taxa de administração e verificar se a administradora e os grupos estão regulares.


Números
Independentemente de qual será a opção de crédito para a compra da casa própria, Prando sugere que o comprador reserve de 3% a 4% do valor do imóvel para pagar despesas com documentação.


Atualmente, o financiamento ainda é o tipo de crédito mais utilizado por quem adquire imóveis no Brasil. No ano passado, estima-se que o valor movimentado tenha sido de R$ 57 bilhões, devendo atingir R$ 85 bilhões em 2011, segundo dados divulgados pelo próprio Secovi-SP.


Já os consórcios, segundo dados divulgados pela Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios), foram responsáveis pela utilização de R$ 49,9 milhões de recursos provenientes do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para quitar ou amortizar parcelas, desde que as novas regras para o uso do fundo entraram em vigor, em março de 2010, até novembro do mesmo ano.


Até novembro, as contemplações nos consórcios de imóveis aumentaram 4,8%, na comparação com o mesmo período de 2009, chegando a 61,7 mil. De janeiro a novembro do ano passado, a comercialização de novas cotas atingiu 209,4 mil, o que representa uma alta de 11,4%, em relação a igual período de 2009.(Infomoney-GladysMagalhaes)

19 de janeiro de 2011

Faça o segundo negócio: aposte no pós-venda

Cultivar um bom relacionamento com os clientes após a entrega do imóvel pode resultar em novos negócios para os corretores de imóveis

Mais difícil que conseguir um novo cliente, é mantê-lo. E a forma de se relacionar com o cliente é o que vai diferenciar uma empresa da outra. Com esta mudança no mercado, o pós-venda deixa de ser um serviço adicional e passa a ter um papel estratégico.


Mas no mercado imobiliário, qual a tática ideal para realizar um bom pós-venda? O corretor de imóveis Nielsen Ubiratã, que atua na região de Florianópolis/SC, mostra esta preocupação. Assim que o cliente já tem as chaves de seu apartamento, orienta que a secretária entre em contato e faça uma pesquisa de satisfação. “Procuramos saber se o imóvel foi entregue em perfeitas condições, se faltou alguma documentação ou se o cliente precisa de alguma informação adicional. Diante das respostas, eu faço um novo contato e repasso os dados que faltaram”, explica.


E o trabalho vale a pena. Ubiratã explica que essa atenção a mais ao cliente costuma gerar um retorno entre 10% e 20% dos novos contatos. “Sempre tem um parente ou um amigo que está interessado na compra de um imóvel. A prospecção é valida, nem que seja para apenas passar informações sobre o mercado imobiliário,” comenta.


Especialista dá as dicas


O publicitário e diretor da Fine Marketing, Fernando Adas, explica que um bom pós venda contempla três etapas. A primeira delas é a avaliação do grau de satisfação com a compra realizada. Para isso é necessário o corretor avaliar se o cliente está satisfeito com a aquisição e se mantém o sentimento de que fez um bom investimento. “O profissional pode dar subsídios ao cliente, informando-o sobre a construção, valorização, obras de entorno, de modo a sensibilizar o cliente pela boa compra realizada,” completa.


A segunda etapa, segundo Adas, é a sondagem de novas necessidades em função da compra realizada, que abrangem desde alternativas de linha de crédito, possibilidades de personalização da obra ou eventuais problemas contratuais com a construtora. “O corretor pode e deve manter-se atento a estas necessidades para que reforce sua posição de formador de opinião em futuras aquisições do cliente,” explica.


A terceira e última etapa é o direcionamento de ofertas motivado pela sondagem bem feita. Adas afirma que o corretor pode sugerir linhas de crédito alternativas, possibilidades de venda do imóvel com valorização excepcional ou até um convite para uma feira de design. “Estas são ações pertinentes e relevantes que podem ser realizadas e que ajudam a manter a imagem positiva do profissional”, ressalta.


Porém, determinadas atitudes são fatais para o processo de pós-venda ir por água abaixo. E oferecer sem uma sondagem prévia é uma delas. “Muitas vezes, o corretor dirige ofertas ao cliente, sem uma sondagem de suas necessidades. Isso torna o seu trabalho irrelevante e reforça uma imagem de pouca atenção ao cliente,”finaliza.(Redimob)

17 de janeiro de 2011

Será que agora o Minha Casa Minha Vida engrena?

Promessa de campanha, Dilma tenta destravar Minha Casa, Minha Vida


Valor máximo dos imóveis que podem ser financiados nas cidades com 1 milhão de habitantes subirá para acelerar programa


O governo da presidente Dilma Rousseff já prepara a sua primeira bondade política para dar um incentivo adicional à segunda fase do programa Minha Casa, Minha Vida e aos financiamentos para uma parcela da classe média.


Estagnado há mais de três anos, o valor máximo dos imóveis que podem ser financiados com dinheiro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em cidades com mais de 1 milhão de habitantes pode ser corrigido ainda neste mês pelo Conselho Curador do FGTS e saltar de R$ 130 mil para algo entre R$ 150 mil e R$ 170 mil.


O objetivo é acelerar o programa entre as famílias com renda mensal entre seis e dez salários mínimos nos grandes centros urbanos, como São Paulo, Brasília e Rio - onde os preços dos imóveis são mais elevados e não se enquadravam nos montantes definidos pelo FGTS.


O programa é uma prioridade de Dilma, que na campanha eleitoral se comprometeu a construir pelo menos 2 milhões de moradias em seus quatro anos de governo (veja ao lado). No final do ano passado, o conselho aprovou um orçamento de R$ 46,9 bilhões para este ano - R$ 30,6 bilhões para habitação.


Ao mexer no teto do valor do imóvel financiado para regiões metropolitanas e grandes cidades, também serão revistos os limites para localidades com menos moradores. Para cidades com população entre 250 mil e 1 milhão de habitantes, o valor é de R$ 100 mil e nos demais municípios, R$ 80 mil. A sugestão da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) é de que essas faixas sejam fixadas em R$ 100 mil e R$ 130 mil. Para o teto, a proposta é de R$ 150 mil.


"Talvez o reajuste seja um pouco menor do que esses números, mas a correção deve acontecer", afirmou um técnico do governo. O aumento do limite de R$ 130 mil é uma reivindicação antiga do setor de construção civil. Isso porque os valores inferiores tiveram uma atualização em 2009. Um dos atrativos da operação é que a taxa de juros do FGTS é menor que as do mercado.


Irregularidades. Segundo o presidente da CBIC, Paulo Safady Simão, o setor aguarda com ansiedade a mudança. "Têm locais em que os valores atuais inviabilizam os empreendimentos", afirmou Simão, acrescentando que os números fixados pelo conselho curador estão fora da realidade, o que pode abrir brecha para irregularidades.


Por enquanto, a atualização de valores está sendo analisada pelo Grupo de Apoio Permanente (GAP), que assessora o Conselho Curador do FGTS. A expectativa de técnicos envolvidos no processo é de que a correção seja aprovada ainda este mês. "Estamos trabalhando para isso", afirmou outro técnico do governo. No ano passado, o assunto foi alvo de discussões e só não foi aprovado porque o Ministério da Fazenda pediu para reanalisar a matéria.


Os analistas da Fazenda queriam avaliar o impacto da medida. Na ocasião, se dizia que a orientação era segurar a aprovação para que a medida fosse anunciada no governo de Dilma.


Menor custo. Existem várias fontes de recursos para a construção de um imóvel financiado. O mais barato é do FGTS e atende a famílias com renda de até R$ 4,9 mil.


Dependendo da localidade, é possível comprar imóveis de acordo com três limites: R$ 80 mil, R$ 100 mil e R$ 130 mil. A vantagem é que a taxa de juros de imóveis construídos com recursos do FGTS é inferior à do mercado. Por exemplo, no caso de um imóvel de R$ 80 mil, as taxas de juros de um imóvel construído com dinheiro do trabalhador variam de 5% a 8,55% mais TR (Taxa Referencial). O financiamento da casa própria também pode ser feito com recursos da caderneta de poupança. Nesse caso, a taxa de juros pode chegar a 12% ao ano.(estadão)

14 de janeiro de 2011

Construção civil foi a área que mais cresceu em 2010

A construção civil foi a área que mais cresceu, com 14,4% de aumento no número de postos de trabalho entre janeiro e novembro deste ano. O setor, em 2009, também figurou entre os principais destaques da economia brasileira, já que registrou crescimento de 10,9% no mesmo período.


De todo modo, os setores de serviços, comércio e indústria de transformação, na análise dos números absolutos, criaram o maior número de postos de trabalho no ano.

Nos 11 primeiros meses de 2010, os três setores foram responsáveis por pouco mais de 2 milhões dos 2,5 milhões de empregos gerados no ano, conforme informações da Agência Brasil.

Empregos

Segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho, foram empregados 939,4 mil trabalhadores no setor de serviços, até novembro.

Com 638 mil empregos gerados no período, a indústria de transformação aparece em seguida. Comércio com 505 mil postos de trabalho fecha a lista dos três primeiros.

Em quarto lugar, a construção civil criou 333 mil vagas criadas em 2010. Os números de dezembro ainda não foram contabilizados pelo ministério.

Carteira assinada

Nos últimos oito anos foram criados cerca de 15 milhões de postos de trabalho, sendo que o número total de trabalhadores celetistas no Brasil é de mais de 35 milhões.

Na avaliação do diretor técnico do Dieese (Departamento Intersindical de Estudos e Estatística Socioeconômico), Clemente Ganz Lúcio, a geração de emprego com carteira assinada representa mais proteção social ao trabalhador.

“Isso significa redução do desemprego por um lado e uma formalização da proteção social e da participação no sistema previdenciário por parte dos trabalhadores”, disse.

13 de janeiro de 2011

Crédito será o gatilho para imóveis este ano

Imobiliárias e incorporadoras, como a Setin e a Lopes, apostam no aumento do crédito para impulsionar as vendas e acompanhar o crescimento, estimado em 18% para 2011 pela Setin. Imobiliárias e incorporadoras têm otimismo com relação às vendas deste ano, pois esperam aumento do financiamento para aquisição de imóveis em 2011.


O crédito imobiliário representará 11% do PIB em 2014. Atualmente, a participação deste tipo de crédito é 4%.


Em 2010 estima-se que 62% do valor dos imóveis foram financiados, de acordo com dados do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Comerciais de São Paulo (Secovi-SP), apresentados ontem.


"Em 2010 alcançamos nossa meta de lançamentos, R$ 850 milhões, e já buscamos atingir R$ 1 bilhão este ano", afirmou Antonio Setin, vice-presidente do grupo. O aumento do crédito e as facilidades de financiamento também serão fator importante para que sejam comercializados todos os lançamentos. "O Brasil vive um bom período econômico, com confiança do consumidor em comprar, e com a economia estável, o que aumenta o crédito", continuou o executivo.


Na Lopes, a expectativa gerada pelo aumento do crédito também é motivo de ampliar os projetos para 2011. "Vamos entrar mais fortes e confiantes no mercado este ano, para melhorarmos nosso esquema de vendas, e conseguirmos usar o crédito disponível, iremos melhorar a distribuição de lançamentos, para que não fique tudo para o segundo semestre e, dessa forma, utilizarmos ao máximo o potencial brasileiro de comprar", afirmou Mirella Parnicelli, diretora de Atendimento da Lopes.


Para o especialista em mercado imobiliário e professor de Economia Imobiliária da Universidade Metodista, Ailton Bernardes, o número liberado pelo Secovi é o retrato de um quadro positivo, mas deve ser visto com cuidado. "A linha da economia imobiliária é tênue: é preciso calma antes de analisar [que ela é] como mar de rosas. As incorporadoras não podem sair lançando novos condomínios baseadas apenas no aumento do crédito, porque a demanda e a procura precisam manter uma proporção para não haver desvalorização, como sentimos no mercado de luxo em São Paulo", afirmou.


Em 2010, as vendas de imóveis novos na capital paulista atingiram 30,9 mil unidades entre janeiro e novembro, um desempenho bem próximo do atingido no ano de 2009, quando foram comercializados 30 mil imóveis, de acordo com o Secovi-SP.


De acordo com a entidade, o volume de vendas só não foi maior porque os empreendimentos novos não surgiram no mesmo ritmo. "Assim mesmo, estima-se que o ano de 2010 atingirá o volume aproximado de 36 mil unidades comercializadas", informou o Secovi-SP.


Entre janeiro e novembro de 2010 foram lançadas 30 mil unidades, segundo dados da Embraesp. Esta performance representa avanço de 19% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram lançadas 25 mil unidades, mas ainda é inferior ao volume de comercialização registrado no ano.


A dificuldade das empresas de lançar novos empreendimentos se deve principalmente à escassez de terrenos em condições favoráveis de incorporação. "Hoje, precisamos rodar muito para encontrar um bom terreno, com condições adequadas, por isso a expansão para fora da região metropolitana é uma realidade, além da construção em massa de apartamentos menores em ruas não tão bem localizadas da região metropolitana", disse Parpinelli.


Ponto de equilíbrio
O mercado imobiliário de São Paulo já atingiu o ponto de equilíbrio em volume de vendas e preço, de acordo com João Crestana, presidente do Secovi-SP. A partir de agora, observa ele, o lançamento e as vendas de imóveis de luxo e dos voltados para a classe média alta deverão permanecer estáveis, enquanto as unidades populares destinadas à classe média continuam em destaque nas estatísticas.


Entretanto, o executivo alerta que haverá necessidade de maior agilidade na liberação do crédito, por parte dos bancos, e desenvolvimento de tecnologias construtivas e estratégias de marketing para conquistar o público. Pelos cálculos de Celso Petrucci, diretor do Departamento de Economia do Secovi, as vendas de imóveis na capital devem acompanhar o ritmo do PIB do País em 2011, crescendo 5%. Depois da forte alta apurada no ano passado - quando os indicadores chegaram a descolar da inflação -, Petrucci reafirma que os preços tendem a se estabilizar este ano.


Ao fazer um balanço da década, Crestana destacou que o ano passado consolidou o movimento de retomada - iniciado depois de superados os efeitos da crise financeira internacional do final de 2008 e início de 2009-, em que os compradores mantiveram o ritmo de compra, e os empresários, o de lançamentos. "O Brasil passa por um momento de consolidação do crédito imobiliário como negócio, e a poupança e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço apresentaram bons indicadores de incremento."


Região metropolitana
Na região metropolitana de São Paulo foram comercializados 58 mil imóveis novos de janeiro a novembro de 2010, de acordo com pesquisa. Deste total, 52,2% foram comercializados na capital. A pesquisa da entidade relativa às vendas na região foi iniciada em 2010, não havendo, portanto quadro comparativo com o mesmo período de 2009. No comparação mensal, as vendas registraram alta de 17% em novembro ante outubro, com a venda de 6,3 mil unidades na região.


Segundo dados da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp), os lançamentos, por sua vez, somaram 57 mil unidades no mesmo período, dos quais 30 mil (52%) se concentraram na capital. O Secovi observa que a região metropolitana poderá ultrapassar o recorde registrado em 2008, quando foram lançadas 63 mil unidades. Em 2009, a região lançou 53,5 mil unidades, das quais 59% estavam concentradas na capital.(DCI)

12 de janeiro de 2011

Após disparada, preços de imóveis tendem a estabilizar em 2011

Em 2010, quem queria comprar um imóvel encontrou crédito abundante, boa oferta de lançamentos e preços em alta. Com a virada no calendário, esse cenário também mudou: 2011 é um ano para usar recursos próprios na aquisição --e os preços tendem a se estabilizar.

De acordo com especialistas do setor em Mato Grosso do Sul, os valores devem acompanhar apenas a inflação.

Ainda conforme corretores consultados, a alta se deu por causa do crédito oferecido, o que não deve ocorrer na mesma proporção. Hoje, vale a pena comprar imóvel para alugar, mas não para especular.

Como a elevação da Selic (taxa básica de juros, hoje em 10,75%) pode afetar, mesmo que pouco, as condições do financiamento imobiliário, o mais indicado é utilizar o dinheiro do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e da poupança, analisa Ricardo Almeida, especialista em finanças do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa).

10 de janeiro de 2011

Financiamento é a opção para adquirir imóvel mais barato

Quanto menor o valor da casa ou apartamento a ser comprado, a prestação do financiamento e do aluguel se equivalem. Acima de R$ 200 mil, a diferença acaba crescendo


Um cenário promissor está formado em 2011 para quem quer realizar o sonho da casa própria. O crédito imobiliário para este ano será o maior da história, segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança. A previsão é que os bancos vão ofertar R$ 105,5 bilhões, o suficiente para a compra de 1,2 milhão de imóveis.


O caminho mais fácil e rápido é o financiamento imobiliário, sendo a solução encontrada pela maioria das famílias. Para isso, é importante ter, pelo menos, 10% da entrada do imóvel.


Mas, até que ponto vale a pena trocar o aluguel pelas prestações? Cada caso é um caso, é verdade, mas quanto menor o preço do imóvel, mais vantajoso é o financiamento, de acordo com especialistas.


Financiar valores altos deixa o valor da prestação muito pesado. Neste caso, é melhor continuar pagando aluguel e economizar uma quantia mensal até conseguir uma entrada razoável para fazer um financiamento com prazo menor.


É preciso lembrar que o financiamento envolve um risco: em um determinado momento ao longo dos anos, por exemplo, o comprador pode não conseguir pagar as parcelas e, então, a dívida começa a crescer. O pior cenário é a retomada do imóvel pelo banco.


Podem ser classificados como “mais baratos” os imóveis de até R$ 150 mil. Os mais caros são aqueles a partir de R$ 200 mil. “Para os mais econômicos, o aluguel e o financiamento custam entre 0,6% e 0,8% do valor do imóvel, considerando uma entrada de 10%. Se o custo mensal é igual, vale a pena investir na compra de um imóvel próprio”, avalia Flávio Prando, vice-presidente de Habitação do Secovi-SP (Sindicato da Habitação de São Paulo).


Considerando os imóveis mais caros, o financiamento fica entre 1,1% e 1,2% do valor do imóvel, enquanto o custo do aluguel se mantém entre 0,6% e 0,8%. Como exemplo, para um imóvel de R$ 200 mil, a parcela do financiamento sai entre R$ 2,2 mil e R$ 2,4 mil. O aluguel, por sua vez, fica entre R$ 1,2 mil e R$ 1,6 mil.(AgenciaBomDia)

7 de janeiro de 2011

Saiba as vantagens e desvantagens de comprar imóveis novos e usados

Realizar o sonho da casa própria exige muita pesquisa. Além de fatores essenciais como localização, preço e tamanho do imóvel, outra questão entra na equação: optar por um novo ou usado? Ambas as opções oferecem vantagens e desvantagens – o que realmente pesa na decisão final é o perfil do comprador. Veja abaixo os principais tópicos a serem analisados no futuro imóvel:

Financiamento
Atualmente, as condições de financiamento para novos e usados são iguais. A diferença da compra de um imóvel na planta, é que durante a construção, as parcelas pagas diretamente para a construtora são corrigidas pelo INCC (Índice Nacional da Construção Civil). Isso é uma vantagem, pois esse índice sempre fica muito abaixo da inflação. Depois da entrega das chaves, o financiamento é feito pelo banco, que, neste momento, oferece uma equiparação para novos e usados.

Preço
Com o mercado imobiliário aquecido, a valorização dos imóveis novos também ajudou a levantar o preço dos usados. Ainda assim, em algumas localidades, as disparidades são grandes, podendo dobrar o valor do metro quadrado.

Documentação e taxas de transferência
Deixar toda a papelada em ordem custa em torno de 4% do valor do imóvel, tanto para novos como para usados. Quando a compra é feita sem financiamento, há um gasto no cartório com a escritura. Quando há financiamento, não há esse custo, pois o contrato feito com o banco tem a força de uma escritura pública. Além deste documento, é preciso pagar o ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis) para a prefeitura, que custa cerca de 2% sobre o valor do imóvel.

O terceiro passo é passar o imóvel para o seu nome no Cartório de Registro de Imóveis, com o custo aproximado de 1% do valor do imóvel. Além desse processo, é importante checar a documentação para atestar a legalidade do negócio e verificar possíveis débitos de IPTU e de taxa de condomínio. Essas duas pendências acompanham o imóvel na transação imobiliária, e o novo dono pode acabar assumindo uma dívida sem saber.

Padrão de metragem e arquitetura do imóvel
Em linhas gerais, os imóveis antigos são mais amplos, e os novos, compactos. Além do tamanho, outra característica que difere novos e usados é a mudança nos cômodos, que atualmente privilegia as áreas sociais, em relação às privativas. Salas grandes, com as quase obrigatórias varandas gourmets, contrastam com quartos pequenos. As varandas viraram um padrão para quase todas as classes sociais.

O número de suítes também ganhou destaque nos projetos atuais. É algo particularmente brasileiro, temos fixação por banheiros. Em apartamentos antigos, havia menos suítes, mas os banheiros eram mais espaçosos, cabiam banheiras.. O ponto alto dos novos fica por conta das partes elétrica e hidráulica, mais adequados às necessidades atuais.

Infra-estrutura do edifício
Questões como segurança e comodidade contribuíram para mudar as características condomínios radicalmente nas áreas comuns. Se nos prédios antigos encontrava-se, no máximo, uma vaga de garagem, nos novos, além de mais espaço para o carro, há uma proliferação de itens como churrasqueira, piscina, academia, salão de festas gourmet, brinquedoteca, entre outros, cada vez mais peculiares.

No quesito proteção, os edifícios também ganharam mais portões, muros e grades altas, câmeras, guaritas e seguranças 24 horas por dia. Ainda assim, essa mudança não é sinônimo de tranqüilidade.

IPTU e taxa de condomínio
Para imóveis usados, os valores de IPTU e condomínio já são conhecidos, assim não há surpresas. Nos novos, existe uma provisão do condomínio feita pelas incorporadoras que pode ser consultada no estande de vendas, mas não são números fechados.

Tempo para mudança
Neste ponto, a vantagem do usado é absoluta – desde que não haja necessidade de reforma. Se isso acontecer, é preciso saber o horário permitido para barulho, retirada de entulho e entrada de profissionais, fatores que podem estender o prazo da obra. É importante saber como funciona o condomínio antes de comprar, inclusive para agendar a chegada com seus pertences.

Já quem compra imóvel na planta precisa saber que, por lei, a construtora tem direito a 180 dias de atraso na entrega da obra. Após esse período há multa. E mesmo com o prédio pronto, há uma série de etapas burocráticas a serem cumpridas antes de liberar a entrada dos moradores, como o habite-se, o alvará para o funcionamento do elevador e a comprovação de que os impostos foram recolhidos durante a obra.

Antes de decidir pela compra do imóvel, analise cada um desses aspectos e veja o que está mais próximo do seu perfil. Coloque os gastos no papel, planeje o tempo que você tem para realizar a mudança e faça a sua escolha, consciente das facilidades e dificuldades que virão pela frente.(ClassiBlog)
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6 de janeiro de 2011

Brasil é considerado o emergente mais atraente para investidores imobiliários em 2011

O Brasil é o país emergente preferido dos investidores imobiliários neste ano, mostra pesquisa realizada pela Associação de Investidores Estrangeiros em Mercado Imobiliário (Afire, na sigla em inglês), organização internacional do setor.


Neste ano, o País obteve quase 25% dos votos dos investidores consultados como aquele que tem real possibilidade de receber investimento em 2011. No ano passado, a China estava em primeiro lugar e o Brasil, em segundo.


Na terceira posição ficou a Índia. Embora não esteja no top cinco dos países que devem receber mais investimentos imobiliários neste ano, a Rússia figurou entre os emergentes que mais cresceram neste segmento nos últimos dois anos, ficando em décimo lugar.


A pesquisa ainda mostra as cidades que mais devem receber investimentos imobiliários neste ano. Em primeiro lugar, aparece Nova York, seguida por Washington, Londres, Paris e Shangai.


Valorização
O Brasil, como mostra o estudo, também está na lista dos países cujos imóveis têm mais chances de valorização, aparecendo em quarto lugar, sendo citado por menos de 10% dos entrevistados.


Apesar de ainda enfrentarem impactos da crise financeira, os Estados Unidos lideram a lista de valorização, recebendo a indicação de mais de 60% dos investidores consultados pela associação. A China foi citada por 10% como o país com melhores oportunidades de valorização.


A pesquisa mostra ainda que 40% dos investidores consultados se dizem mais otimistas para investir no mercado imobiliário este ano do que em 2010. Outros 55% afirmaram que nada mudará este ano. E apenas 4% afirmaram estar pessimistas com relação a esse tipo de investimento.


Os investidores que participaram da pesquisa representam US$ 627 bilhões em ativos imobiliários, sendo que US$ 265 bilhões somente nos Estados Unidos.(Infomoney)

5 de janeiro de 2011

Aumento do preço do aluguel força classe C a correr atrás do sonho da casa própria

O aumento nos preços dos aluguéis e a expansão do crédito imobiliário ajudaram o brasileiro em 2010 a concretizar o sonho da casa própria. Os financiamentos com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e a poupança pelo SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) bateram recordes sucessivos, com mais de 1,4 milhão de unidades financiadas, sendo 950 mil pelo programa Minha Casa, Minha Vida e 450 mil pela poupança, segundo João Crestana, presidente do Secovi-SP (sindicato da habitação de São Paulo).


- Isso é um aumento recorde, tendo em vista que nos anos 80 o financiamento atingia 650 mil unidades e nos anos 90 caiu para pouco mais de 20 mil, com o fim do BNH [Banco Nacional de Habitação]. Estamos agora próximos aos padrões internacionais, mas ainda longe dos países mais ricos, como os Estados Unidos.


O fim do BNH, que funcionava como um banco de fomento à habitação, em 1986, trouxe um atraso ao setor, que contribuiu para o déficit (saldo negativo de casas) de 7 milhões no país. Esse número, que representa o volume de pessoas que não possuem casa própria, passou a diminuir com a criação de programas assistencialistas, como o Minha Casa, Minha Vida e também a Lei do Inquilinato – que trouxe mais segurança ao proprietário do imóvel.


Com isso, em vez de pagar R$ 800 de aluguel para morar no centro de São Paulo, segundo levantamento do Creci-Sp (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis da capital), a população da baixa renda começou a migrar para os financiamentos imobiliários ou trocar o aluguel dos imóveis nas regiões centrais das capitais para a periferia, como explica José Augusto Viana Neto, presidente da instituição.


Inflação
- A influência do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado, usado no reajuste dos contratos de imóveis) é pequena, apesar dele ter aumentado muito. O grande problema é quando vence os 30 meses [prazo para locação do imóvel]. Esses imóveis estavam alugados por 0,5% do valor e agora o proprietário pede 1% do imóvel. Está muito caro morar de aluguel e a classe C prefere se endividar na compra da casa ou ir morar na periferia onde ela paga metade do preço.

Viana afirma ainda que os aluguéis devem continuar a subir não só em 2011, mas também nos próximos dez anos. O motivo? O resultado da Lei do Inquilinato, criada em janeiro de 2010, irá trazer aos poucos mais confiança no mercado de investidores para voltarem a comprar imóveis e, com isso, expandir o setor de locação.


Enquanto isso, a população da baixa renda tem preferido contratar um financiamento a perder de vista do que ficar refém dos aluguéis que só neste ano aumentaram mais que 10%, o dobro da inflação medida no ano, de 5,6%. (ExpressoMT)

4 de janeiro de 2011

Imóveis de luxo no norte e nordeste do Brasil são a aposta para 2011

O valor chama a atenção: R$ 15 milhões. Este montante é referente a apenas uma residência, que hoje é possível encontrar no norte e nordeste do Brasil. Imóveis de luxo em empreendimentos milionários são a aposta para este ano, o que comprova que o mercado imobiliário de todo o País por enquanto vai bem. Exemplo de cidade em ascensão e que tem recebido condomínios cinco-estrelas é Porto Velho, em Rondônia, tida como uma das capitais que mais crescem no Brasil. Este desenvolvimento acelerado está sendo acompanhado de perto pelo setor imobiliário, que movimenta cerca de US$ 5 bilhões ao ano no País.


Em dezembro, o setor imobiliário de Porto Velho bateu recordes de vendas com o residencial Alphaville Porto Velho. No lançamento, em menos de seis horas todos os 591 lotes foram vendidos, tendo a imobiliária Social Imóveis se destacado como a campeã de vendas do empreendimento.


Rondonienses de diversas cidades do estado chegaram a pegar senhas e enfrentar fila para garantir seu terreno em um condomínio de luxo que já está consolidado em 40 cidades de 20 estados do Brasil.


De acordo com o diretor da Social Imóveis, Ailton Arthur, o mercado deve crescer ainda mais. "Hoje, Porto Velho está em um momento próspero em todas as áreas, e com o mercado imobiliário não poderia ser diferente. A construção das usinas do Madeira - que estão trazendo em média 300 pessoas por dia à capital -, o bom momento econômico do estado e a possibilidade da saída para o Pacífico explicam esse crescimento e mostram que ele não é tão passageiro assim", diz Ailton Arthur.


O Ceará também tem sido palco de investimentos da categoria premium para imóveis e incorporações de alto padrão. Com atuação no estado e, ainda, no Maranhão, no Piauí e também no Pará, a IN's Brasil foi eleita pela Christie's Great Estates - braço imobiliário da conceituada casa de leilões Christie's -, representante exclusiva para comercialização de imóveis de alto luxo nessas localidades.


De acordo com Francisco Próspero, diretor Executivo da IN's Brasil, a expectativa é que o mercado cearense cresça de forma significativa "porque realmente existem ali produtos imobiliários premium, sobretudo apartamentos e casas", disse ele.


Para o executivo, o investimento em acabamento e o crescimento exponencial da economia nesses estados resultam em investimentos altos das construtoras e imobiliárias.


"O Ceará está bem servido de incorporadoras de alto padrão, empresas de gabarito internacional, bem preparadas. Um dos diferenciais no quesito premium ficará no âmbito da qualidade dos acabamentos. Será, em muitos casos, mais importante que a própria dimensão de um imóvel", afirma Próspero.


Para ele, produtos como casas de praia de alto padrão com frente para o mar têm procura alta, e muitas vezes o que se encontra são condomínios com muitos imóveis em um mesmo local. "Atualmente, os clientes querem um pouco mais de tranquilidade e conforto", argumenta o executivo. No escopo de ofertas da IN's Brasil no estado, está um sítio localizado em Flecheiras, no Município de Trairi, com 7.028 metros quadrados de área total, orçado em R$ 1,8 milhão.


Novos palcos em São Paulo
O mercado imobiliário de alto padrão também começa a chegar a municípios conhecidos por abrigarem classes mais baixas, sem uma conhecida demanda por imóveis de luxo. Um exemplo é a cidade de Diadema, no Grande ABC, que receberá o Condomínio Vitta Parque, lançado pelas incorporadoras Helbor e Setin este ano. "Vendemos, no fim de semana de lançamento, 70% do empreendimento", explica Antônio Settin, presidente do grupo.


De acordo com o executivo, a cidade de Diadema, com mais de 300 mil habitantes, não tinha empreendimentos do porte do Vitta Parque, que tem mais de 15 mil metros quadrados e apartamentos de 3 e 4 dormitórios que podem chegar a 113 metros quadrados. "Não vejo isso como um crescimento, mas como o suprimento de uma demanda reprimida", explica.


O empreendimento fica localizado a 300 metros do Shopping Praça da Moça, a cinco minutos da Rodovia dos Imigrantes e a cerca de 15 minutos do Metrô Jabaquara, tornando-se acessível mesmo para quem trabalha em São Paulo.


A aposta da Setin em Diadema faz parte das novidades do grupo, que espera crescer 18% em 2011, e prevê um valor geral de vendas (VGV) de R$ 1 bilhão, distribuído em dez empreendimentos residenciais e comerciais.(DCI)

3 de janeiro de 2011

De olho na data de entrega de imóveis vendidos na planta

A construção civil vem passando por um boom nos últimos tempos. Com isso, a cada dia surgem ofertas que atraem consumidores ansiosos para sair do aluguel ou mesmo investir seu dinheiro. A compra do imóvel ainda na planta é a opção escolhida por muitos. Entretanto, o atraso no cronograma pode gerar transtornos para aqueles que programaram suas finanças de acordo com a data prevista para a entrega das chaves.

Um dos motivos alegados para o atraso é a carência de trabalhadores, justificativa aceita legalmente, como fala o advogado e diretor da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), Lúcio de Queiroz Delfino. “A falta de mão de obra é um risco da própria atividade econômica exercida pela construtora e não uma hipótese de caso fortuito ou força maior.”

Ambos os casos estão previstos no artigo 393 do Código Civil. Nele, consta que o devedor não responde por prejuízos resultantes de acontecimentos que têm efeitos inevitáveis e imprevisíveis. “A simples leitura desse dispositivo deixa claro que a falta de mão de obra não se enquadra nessa hipótese”, completa Lúcio.

A carência de profissionais qualificados e de determinadas matérias-primas são fatores preponderantes para o atraso das entregas, como reconhece o diretor da Fox Imoveis, Antônio Fonseca Pires Ramos. “Isso tem ocorrido devido ao rápido crescimento do mercado imobiliário e da construção civil, e não por causa de greves, chuvas, casos fortuitos ou de força maior. Portanto, não é aceito legalmente”, reitera.

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Luiz Fernando Pires, confirma que a falta de mão de obra contribui para os atrasos. “Nós vínhamos em um cenário praticamente sem crescimento e passamos para um de grande expansão e não havia preparo para isso.”

Consumidores chegam a questionar se, devido ao aquecimento do mercado, as construtoras não estariam aproveitando para capitalizar os recursos, aplicando-os no mercado financeiro.

Para o advogado Renato Horta, “o débito apurado entre a assinatura do contrato de compromisso de compra e venda e a assinatura do contrato de financiamento é reajustado pelos índices convencionados”.(LugarCerto-Uai)