Alguns alimentos funcionais ganharam fama por auxiliarem na perda de peso e ainda possuírem uma série de nutrientes essenciais para a saúde. Porém, é preciso tomar cuidado ao consumi-los, pois algumas maneiras podem fazer com que o alimento não ofereça todas as substâncias benéficas que tem. Confira:
Goji berry
Além de ajudar a emagrecer, o goji berry ainda ajuda a reduzir a celulite e melhora o sistema imunológicos, entre outros benefícios. Ele pode ser consumido como suco, in natura ou desidratado.
Caso opte pela versão desidratada, que é mais comum no Brasil, é recomendado ingeri-la com água para hidratar as fibras e potencializar os efeitos benéficos. "A fruta pode ser misturada a outras frutas, saladas, sucos e iogurtes, para que se alcance seus efeitos. O importante é que seu consumo esteja presente no dia a dia", afirma a nutricionista Cátia Medeiros. A orientação é consumir entre 15 a 45 gramas da fruta ou 120 ml do seu suco.
Acredita-se que alguma substância do goji berry interaja com o P450, local no fígado onde muitos medicamentos são metabolizados. Portanto, o consumo do alimento não é indicado para quem faz uso de medicações diária importantes como para o controle glicêmico e de pressão.
Quando é consumido em excesso alguns estudos feitos nos Estados Unidos apontam que chá de goji berry tem ação inibitória de medicação utilizada para evitar trombose ou anticoagulantes.
Chá de hibisco
O chá de hibisco ajuda na queima de gordura, tem ação diurética, é antioxidante e controla o colesterol. Para aproveitar todos os seus benefícios é preciso alguns cuidados ao preparar a bebida. "Para elaborar o chá corretamente deve-se atentar à água, ela precisa ser mineral e não pode ser muito aquecida. A temperatura máxima é de 65 a 85 graus, quando pequenas bolhas começarem a se formar no fundo da caneca", explica a nutricionista Julie Maida, da Rede Mixirica. Isto porque se a água entrar em processo de fervura fará com que o chá perca suas propriedades funcionais.
Utilize 200 ml de água, aqueça conforme orientado e adicione 4 a 6 gramas, o equivalente a uma colher de chá, da flor seca ou dois a três pacotinhos de chá. Estes 200 ml são a quantidade recomendada de chá de hibisco por dia.
Quem realmente pretende emagrecer pode combinar o chá de hibisco com um alimento termogênico. Isto porque o primeiro irá evitar o acúmulo de gordura na região do abdômen e quadris e o segundo será capaz de aumentar o gasto energético.
É importante ressaltar que esta estratégia só adianta quando a pessoa tem uma dieta balanceada e pratica exercícios.
O consumo em excesso do chá de hibisco não é orientado, pois como a bebida tem ação diurética pode fazer com que a pessoa elimine muitos eletrólitos, nutrientes essenciais para o funcionamento do organismo, composto principalmente por cálcio, potássio, sódio e magnésio. A falta dessas substâncias pode levar a desidratação.
Gestantes e lactantes devem evitar o chá de hibisco, pois algumas pesquisas preliminares mostraram que a bebida possui ação mutagênica, ou seja, pode interferir na estrutura dos genes do bebê, levando a problemas.
Chá verde
O chá verde possui ação antioxidante e é um termogênico, ou seja, queima as calorias mais rapidamente no nosso corpo. A melhor forma de aproveitar os nutrientes da bebida é não ferver a água. "Caso aconteça de adicionar água fervente direto ao chá-verde, esta fará com que ele perca suas propriedades benéficas e confere um gosto muito amargo", alerta Maida.
Por isso, aqueça a água para o chá até começar a formar bolhas no fundo da caneca, cerca de 60 a 85 graus. Depois, acrescente duas colheres de sopa da folha da erva, que é a opção mais saudável do que as versões em pó, saquinho ou cápsulas, na água. Desligue o fogo e deixe abafando por cinco a dez minutos. Para diminuir o efeito estimulante da bebida, descarte a primeira água e então repita o processo.
A quantidade recomendada de chá verde por dia é até 600 ml. Evite consumir o chá verde durante as refeições.
Como o chá verde possui grandes quantidades de cafeína o excesso da bebida pode causar insônia e levar a gastrite por aumentar a secreção gástrica. Beber mais do que os 600 ml por dia também pode reduzir a absorção de diversos nutrientes como o ferro e o cálcio.
Gestantes devem evitar tomar o chá verde, pois ele pode reduzir o fluxo de sangue para a placenta, dificultando o desenvolvimento do feto. Pessoas com hipertireoidismo também devem evitar o chá, já que elas estão mais propensas à aceleração do metabolismo, devido a maior produção de hormônios da tireoide. Também é contraindicado para hipertensos, pessoas com glaucoma e irritações gástricas.
Este chá ainda pode ter interações com remédios que estimulam o sistema nervoso simpático, portanto, ele não é indicado para quem os ingere.
Linhaça e chia
Tanto a linhaça quanto a chia contribuem para o emagrecimento, pois proporcionam saciedade. Ambas são ricas em ômega 3, gordura poli-insaturada que é boa para o coração, visão, cérebro, entre outros benefícios.
Porém, para a aproveitar o ômega 3 presente na linhaça e na chia é melhor triturar as sementes, pois o ácido graxo está dentro de uma capa de celulose. Ao quebrar essa capa, um óleo muito sensível é exposto. Então, a orientação é triturar as duas e consumir na hora ou se quiser ingerir depois, coloque-as em uma vasilha de plástico fosca com tampa e leve ao freezer. Desta forma o alimento ficará protegido de luz, oxigênio e da temperatura, evitando que ocorra a oxidação.
A linhaça e a chia também são saudáveis quando consumidas in natura, pois são ricas em fibras. As versões in natura podem ser combinadas com saladas, iogurte, frutas e sucos. A chia também pode ser hidratada em 60 ml de água e após formar o gel pode ser consumida pura ou misturada ao suco e vitaminas.
A quantidade recomendada de linhaça é 10 gramas ao dia, cerca de uma colher de sopa, e no caso da chia, estudos feitos em humanos obtiveram resultados positivos com cerca de 25 gramas, duas colheres de sopa, da semente.
Não há contraindicação para o consumo de chia. Porém, o alimento não pode ser ingerido em excesso, pois pode levar ao aumento de peso, constipação intestinal, especialmente se a pessoa não tomar quantidade suficiente de água, e desconfortos gástricos.
Pessoas com intestino que funciona rapidamente podem ter desconfortos com o consumo da linhaça. O excesso de linhaça pode causar problemas como competição por absorção, produção excessiva de gases e até mesmo obstrução intestinal.
Pimenta
As pimentas do gênero Capsicum possuem forte ação termogênica, ajudam no combate ao câncer e são boas para o coração, dentes e estômago. A melhor forma de consumir esta pimenta é in natura ou desidratada. "Fator importante é o grau de ardência do alimento. Quanto mais picante maior o teor de capsaicinoides", afirma Medeiros. Portanto, quanto mais ardida a pimenta melhor para a saúde.
A pimenta é contraindicada para pessoas com úlcera, gastrite e hemorroidas. Quando consumida em excesso a pimenta, especialmente na forma de molho, pode causar queimaduras ou bolhas na boca ou na língua.
Com informações do site Minha Vida.