30 de junho de 2010

Alteração no Código Civil impacta carreira de corretor de imoveis

Quem pensa em exercer ou está prestes a dar os primeiros passos na carreira de corretor de imóveis vai encontrar um mercado que exige mais responsabilidade dos profissionais.


Isso porque, de acordo com o presidente do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis), José Augusto Viana Neto, uma alteração no artigo 723 do Código Civil fará com que os corretores tenham de ter mais cuidados nas suas negociações, já que as chances de terem de responder judicialmente, no caso de algo dar errado, ficam maiores.


“Agora, o corretor tem mais responsabilidades, pois poderá responder na Justiça por qualquer coisa que não tenha sido informada ao cliente” , explica o presidente do Creci-SP.


Alteração
A alteração que impactou a carreira dos corretores diz respeito a duas expressões que foram retiradas do artigo 723 do Código Civil: “que o negócio requer” e “que estiverem ao seu alcance”. Abaixo a transcrição do Código antes da mudança:


“O corretor é obrigado a executar a mediação com a diligência e prudência que o negócio requer, prestando ao cliente, espontaneamente, todas as informações sobre o andamento dos negócios; deve, ainda, sob pena de responder por perdas e danos, prestar ao cliente todos os esclarecimentos que estiverem ao seu alcance, acerca da segurança ou risco do negócio, das alterações de valores e do mais que possa influir nos resultados da incumbência”.


Ainda na opinião de Viana Neto, apesar do impacto na profissão, a supressão das expressões citadas é benéfica para a categoria, visto que restringirá cada vez mais o mercado aos bons profissionais e porque traz reconhecimento à categoria. “De modo geral, a medida é boa para a categoria, pois reconhece o corretor como agente nas transações imobiliárias”.


Corretor
O corretor de imóveis, a grosso modo, é a pessoa que intermedeia as negociações imobiliárias entre o proprietário de um imóvel e a pessoa que quer comprar ou alugar o mesmo.


Para exercer a profissão, além da inscrição no Conselho Regional de Corretores de Imóveis do local onde irá trabalhar, o candidato deve ter ensino médio completo e curso de nível técnico em transações imobiliárias.


No que diz respeito ao salário médio pago aos profissionais da área, segundo Viana Neto, este tem média nacional de R$ 2.800 por mês.

29 de junho de 2010

Alugar imóvel para as férias de julho requer cuidados

Para quem optar por locação ao invés de hotel para a temporada de julho, após decidir qual imóvel pretende alugar o próximo passo é conhecer as suas condições de funcionalidade, o que é impossível a partir da simples observação de fotos.

Chuveiro que pinga, ao invés de jorrar água; ralo entupido; geladeira que não funciona; luzes que piscam ou sequer acendem, e até tomadas incompatíveis com o plug do eletrodoméstico levado de casa podem surpreender o inquilino temporário. Uma única destas ocorrências é suficiente para transtornar as férias, quanto mais a conjunção de duas ou mais delas. Porém, é possível evitar estes e outros transtornos.

Primeiro passo: o reconhecimento - Há duas maneiras de evitar transtornos causados por má conservação do imóvel a locar: visitá-lo com antecedência; ou recorrer a um corretor da região (no caso de ter procurado o imóvel sem a participação de um profissional ou de uma imobiliária), incumbindo-o de verificar o bom funcionamento dos sistemas elétrico e hidráulico, os tipos de tomadas, a voltagem, e tudo o mais que é entendido como conforto funcional.

Segundo passo: o contrato - Indispensável, ainda que relacionado a uma curta temporada, o documento contratual pode ser simples, desde que claro e objetivo.

Usualmente, constam nesse tipo de contrato: data de entrada e de saída; o valor da locação e a forma de pagamento; a previsão de eventuais multas em caso de depredação; e uma relação de todos os móveis, utensílios e eletrodomésticos que fazem parte da casa ou do apartamento.

É importante confrontar os itens da relação com os móveis e utensílios disponibilizados, na presença do responsável pela entrega das chaves ao inquilino temporário. Pode ocorrer de a relação estar desatualizada, contendo um ou mais itens que já não estão presentes no imóvel.

Neste caso, peça ao responsável pela entrega das chaves anotar a disparidade nas duas vias do contrato (uma do locador; outra do locatário), e assinar. O mesmo deve ser feito se for verificado algum dano no imóvel, a exemplo de vidraças quebradas. Este cuidado evitará pagar por algo que já não fazia parte do ambiente; ou por danos não causados.

Ainda o contrato: os direitos, além do jardim ou da varanda - Ao alugar casa ou apartamento em condomínio, é importante verificar se poderão ser utilizadas todas as dependências comuns para lazer e esportes, como quadras, churrasqueiras, piscinas e salões de jogos. Sendo sim ou não, é aconselhável que a informação obtida conste em contrato.

É freqüente que tais contratos incluam uma cláusula especificando o número de pessoas que podem ocupar o imóvel, bem como a multa (sempre salgada) para quem não observar a exigência. Portanto, leia atentamente o que está assinando, e transmita aos seus familiares quais os direitos, os deveres e as conseqüências resultantes de eventuais “deslizes”.

Sendo disponibilizados telefone e internet, aconselhável também é fazer constar no contrato os eventuais custos do uso.

Terceiro passo: as precauções - Não é aconselhável contratar pessoas que batem à porta, oferecendo serviços domésticos. Recorra a uma agência da região ou, na falta desta, pesquise nas proximidades, junto a vizinhos, e tente obter uma indicação. Há casos em que o corretor de imóveis auxilia também nesta tarefa. A precaução não exclui, mas diminui o risco de infiltrar um amigo do alheio na intimidade do lar temporário.

No caso de pretender levar um eletrodoméstico de fabricação recente, é muito provável que o plug não seja compatível com tomada de modelo antigo, o que vale também para aquecedores, secadores de cabelo e aparelhos de barbear. Isto porque, desde o final de 2009, há nova regulamentação para o modelo desses componentes. A extensão, que pode resolver o problema, também tem a especificação regulamentada. Certifique-se antes de comprar problema ao invés de solução.

Caução - Está para acontecer o lançamento de uma garantia (seguro) para locações temporárias, mas os executivos de, pelo menos, uma das grandes seguradoras ainda estão quebrando a cabeça para chegar ao produto final. Enquanto tal não ocorre, é prática o uso do cheque-caução, solicitado pelo locador para garantir o recebimento de eventuais danos ao mobiliário, utensílios e similares.

Portanto, sendo solicitado o cheque-caução, não há como fugir da praxe. Nada ocorrendo com os objetos “segurados” pelo cheque, o locatário deve recebê-lo de volta quando entregar as chaves.

Quanto ao pagamento do aluguel de temporada, é usual a cobrança de 50% no momento da reserva; e o restante no recebimento das chaves. Se houver desistência anterior à ocupação do imóvel, dificilmente haverá restituição do que foi pago a título de reserva. Mais difícil será ter o saldo de volta, se a desistência ocorrer após a ocupação.

Com tantas recomendações, ao locatário temporário de “primeira viagem” pode parecer complicado alugar imóvel para temporada, mas não é bem assim. Basta observar algumas regras, em especial o conteúdo do contrato e as precauções. Sabendo planejar e eliminar prováveis contratempos, é possível vivenciar uma agradável experiência, além de usufruir o lugar escolhido para a temporada.

Quarto passo - Se pretende viajar de automóvel faça a revisão antecipada; se for dirigir, não beba; se beber, não dirija e... ótimas férias para você e a família.

28 de junho de 2010

Saiba como escolher o imóvel certo

Apesar de ser o negócio mais importante da vida de boa parte dos brasileiros, muita gente ainda compra imóvel por impulso. Nos feirões promovidos pela Caixa Econômica Federal, é comum que alguém feche o financiamento de um imóvel pronto sem ao menos visitá-lo. A pessoa fica tão encantada ao descobrir que é possível comprar uma casa com zero de entrada e com uma prestação que cabe no seu bolso que simplesmente se esquece de tomar as precauções necessárias. Autor do livro "Imóveis: Seu Guia para Fazer da Compra e Venda um Grande Negócio", o vice-presidente do Instituto Brasileiros dos Executivos de Finanças (Ibef), Luiz Calado, alerta que tomar um empréstimo com condições confortáveis de pagamento é apenas o primeiro passo para a aquisição da casa própria. É necessário avaliar a documentação do imóvel, as condições de segurança, a qualidade de vida oferecida pelo bairro e o potencial de valorização. Mais importante do que tudo isso, no entanto, é pensar qual é o imóvel certo para atender as necessidades de cada perfil de comprador. Abaixo Luiz Calado ensina oito tipos de compradores a não errar na hora da aquisição:


1 - Alguém solteiro deve comprar um imóvel com facilidade de serviços. É provável que você não queira gastar seu tempo livre levando roupas para lavar ou limpando o banheiro. Caso esteja à procura de um apartamento pequeno, certifique-se que há uma lavanderia comum. Em alguns condomínios, há um funcionário responsável por lavar, secar, passar e entregar as roupas de cada morador. Dividido por todos os condôminos, o custo desse serviço acaba sendo irrisório. Ter um serviço centralizado de limpeza - como no caso de flats - também pode ser uma boa opção para diluir despesas. Ainda no caso de apartamentos pequenos, um salão de festas amplo pode ser uma forma inteligente de receber amigos. Um serviço de portaria 24 horas é interessante para quem nunca estará em casa para receber cartas e encomendas. Outro serviço bastante valorizado por solteiros é uma ampla rede de restaurantes com delivery nas vizinhanças. Mulheres solteiras costumam pensar muito em segurança. Em grandes cidades como São Paulo, apartamentos costumam ser mais seguros do que casas. Se ainda assim você preferir uma casa, procure instalar portão automático e equipamentos de segurança.


2 - Caso sua família consista em um casal que planeja ter mais filhos num futuro próximo, antecipe-se e compre um imóvel com um dormitório a mais. Pesquisas mostram que, na média, um brasileiro compra menos de dois imóveis durante toda a sua vida. Parte desse enraizamento deve-se aos custos financeiros de trocar de imóvel. Impostos, taxas cobras pela imobiliária e a escritura costumam representar cerca de 8% do preço de uma casa ou apartamento. Então vale a pena comprar um imóvel que vai atender suas necessidades no futuro previsível.


3 - Pessoas com filhos pequenos costumam pensar muito na infraestrutura do prédio ou da casa quando planejam a compra. Lógico que morar em um imóvel com playground, quadra poliesportiva ou piscina é saudável para as crianças. Mas pense também na infraestrutura necessária do lado de fora do imóvel. Creche, escola e hospital nas vizinhanças são importantes tanto para a criança quanto para os pais perderem menos tempo com deslocamentos no trânsito.


4 - Se você vai comprar um imóvel e seu filho tem 16 ou 17 anos, saiba que ele em breve poderá ter um carro - seja comprado por ele ou por você mesmo. Muita gente fecha a aquisição de uma casa ou apartamento com uma só vaga mesmo já possuindo dois carros. No entanto, se o local escolhido não possuir estacionamento próximo nem houver vagas sobrando no prédio, isso pode ser tornar um enorme problema.


5 - Caso você tenha um filho com idade ao redor de 20 anos que esteja prestes a sair de casa, aproveite para comprar um imóvel menor. Muita gente se recusa a tomar essa decisão porque a encara como uma redução do padrão de vida. No entanto, um imóvel menor é mais fácil de limpar e mais barato de manter. Como a maioria das pessoas tem uma redução de renda significativa com a aposentadoria, pode ser bem inteligente tomar tal decisão.


6 - Se você cultiva hábitos saudáveis, procure um prédio com academia em bom estado. É verdade que são imóveis difíceis de se encontrar. A maioria das academias possui aparelhos em número insuficiente ou em má estado de conservação. Em grandes cidades, no entanto, é grande o número de pessoas que usa parte do tempo livre para se exercitar. E o custo de se manter uma estrutura própria pode ser bem menor que a mensalidade de uma academia.


7 - Idosos ou pessoas portadoras de necessidades especiais não devem comprar imóveis em localizados em uma rua com ladeira nem apartamentos em prédios baixos sem elevador. Isso pode tornar cansativa demais qualquer caminhada ao mesmo tempo em que aumenta o risco de acidentes.


8 - Se você odeia dirigir, prefira morar perto do trabalho ou do local onde estuda. Outra opção é escolher bairros com metrô (quando houver) ou boa oferta de transporte público. Lembre-se que nem sempre será possível pagar um táxi. Caso você não se importe em dirigir, mas admite que não é um motorista habilidoso, prefira um prédio com garagista. Em muitos condomínios, as vagas de garagem são bem pequenas ou mal planejadas. Estacionar o carro, então, pode se tornar um pesadelo.(EXAM,E)

25 de junho de 2010

Financiamento de imóveis já supera R$ 100 bi

SÃO PAULO - O saldo de crédito direcionado para financiamento de imóveis, segundo dados do Banco Central (BC), já ultrapassou R$ 100 bilhões, e cresceu 3,5% somente em maio. Em 12 meses, os recursos direcionados a habitação cresceram 51,1%. O panorama divide a opinião de especialistas. Uma parte acredita em bolha no longo prazo; a outra, não.


Um terceiro ingrediente para apimentar as discussões fica com os bancos. As instituições olham com carinho para este público porque em praticamente todos bancos grandes o crédito imobiliário é o que mais cresce.


Um exemplo é o banco Bradesco, que somente na comparação entre o primeiro trimestre de 2010 contra o de 2009 cresceu 180%. A projeção é romper a barreira dos R$ 7 bilhões em dezembro. No concorrente Itaú Unibanco, a comparação entre 31 de março de um ano e do outro revelou o crescimento de 41,7% da carteira imobiliária. A instituição projeta chegar a R$ 10 bilhões no final de 2010.


Um dos motivos de os bancos abrirem os cofres para financiar imóveis é o loan-to-value (LTV). A sigla mede a relação do saldo devedor contra o valor de avaliação do imóvel financiado. Segundo o superintendente executivo de crédito imobiliário do Bradesco, Cláudio Borges, além de não financiar o valor total do imóvel, o saldo devedor sempre fica abaixo do valor avaliado do imóvel. "É uma relação de 60 para 100, na maioria dos casos."


Borges explicou que nos EUA o LTV estava abaixo de 1 e, por isto, houve devolução de imóveis e o início da crise. "Hoje os contratos são fechados em 20 dias. Há 10 anos era acima de 90 dias."


Em 2005, o banco emprestou R$ 700 milhões. "Em um mês deste ano, emprestamos R$ 800 milhões. O Brasil vive um momento ímpar na história de crédito imobiliário", define o executivo. Para ele, a justificativa são prazos mais flexíveis, taxas de juros mais baixas e emprego e renda em alta.


Segundo ele, a garantia dos bancos é a alienação fiduciária. "Quando havia a hipoteca, a inadimplência era de 10%; hoje é de


1,5%. O risco é menor." Borges descarta falta de crédito. "O funding da poupança é o suficiente."


Contudo, o presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Luiz Antônio França, acredita que em um prazo de três anos a poupança não consiga mais atender toda a demanda por crédito imobiliário. "Haverá déficit de R$ 20 bilhões, pois o País necessita de R$ 50 bilhões. Temos captação de R$ 30 bilhões na poupança", afirmou.


França disse que as famílias preferem comprar imóveis com financiamento. "Antes, os consumidores preferiam poupar a maior parte dos recursos para adquirir uma casa. Agora, financiam cerca de 60% do valor."


Bolha
Os especialistas consultados pelo DCI não acreditam em "bolha" similar ao que aconteceu nos EUA. Para eles, o perigo está nos preços.


Um dos que defendem que não há comportamento de bolha é Alcides Leite, economista da Trevisan Escola de Negócios. Ele não se assusta com o fato de o balanço do BC apontar aumento de R$ 60, 877 bilhões em 2009 para R$ 102, 4 bilhões destinados ao financiamento de imóveis. "Não faz sentido falar em bolha quando se empresta tão pouco em relação ao PIB. Não ultrapassamos a barreira de 10%."


Para o economista há uma demanda reprimida por causa dos problemas históricos do Brasil, como inflação alta. "Existe muito espaço para crescer."


Contudo, ele não descarta uma "microbolha instantânea" nos preços. "Pode-se falar em bolha quando 80% do PIB está comprometido. Temos apenas 5%." Segundo Leite, mesmo que haja uma disparada de preços por falta de imóveis, as empresas acabam respondendo no médio e longo prazo. "Os preços vão se equilibrar. O mercado está aquecido, temos até falta de mão de obra".


O economista-chefe da Korus Investimentos, Marcelo de Faro, vê uma pequena bolha no preço dos imóveis. Para isto, relata o que acontece no Rio de Janeiro. Segundo ele, em alguns lugares da capital fluminense, os preços inflacionaram 200% em apenas 2 anos. "Copa, Olimpíadas e obras como o trem-bala valorizaram os imóveis, acima da média nacional."


Mesmo com esse panorama, o economista acredita em equilíbrio de preços no médio prazo. Faro também não acredita em desabastecimento de crédito nos bancos. "São instituições criativas. Podem recorrer à recapitalização e venda de dívida."


Segundo ele, o Brasil sofre um represamento de 30 anos na demanda de venda de imóveis. Com o preço dos aluguéis mais barato, o tomador de crédito paga por um imóvel próprio. "Os aluguéis eram cerca de 3% do valor do imóvel. Hoje são de 0,5%. Há substituição." (DCI)

24 de junho de 2010

Novas regras da Lei do Inquilinato beneficiam fiador, afirma especialista

As alterações na Lei do Inquilinato (Lei n°. 12.112/09), em vigor desde janeiro de 2010, modificaram as regras e procedimentos sobre locação de imóvel urbano, inclusive quando se trata da garantia locatícia. O contrato de locação exige uma garantia e uma das modalidades mais utilizadas é a fiança pessoal, ou seja, o fiador. Conforme as novas regras, os fiadores passam a ter a possibilidade de se exonerar da fiança antes da entrega das chaves pelo inquilino, e em alguns casos, antes mesmo do fim ou término do contrato.

“Na lei anterior, ao término do contrato, se o locatário permanecesse no imóvel, o fiador deveria permanecer como garantidor até a entrega das chaves. A nova lei trouxe a possibilidade de o fiador se obrigar apenas no período contratado. Ele tem, então, dever comunicar as partes (locatário e locador) que não tem mais interesse em ser fiador, mantendo-se nesta condição por mais 120 dias contados da data da informação”, explica o advogado Marcelo Dornellas, especialista em Direito Imobiliário e sócio do escritório Cerveira, Dornellas e Advogados Associados.

O advogado esclarece que não é só com o fim do contrato que essa garantia pode ser extinta, mas também em caso de adversidade. “Quando a fiança for concedida a um casal, o fiador poderá se exonerar do contrato em caso de divórcio ou se um dos cônjuges falecer. No caso de contrato firmado entre pessoas sem vínculo familiar, o fiador também poderá abrir mão da garantia quando ocorrer falecimento de um dos locatários”, explica Dornellas.

Na opinião de Marcelo Dornellas, essas alterações trazem benefícios aos fiadores, o que poderá acarretar em um aumento no número de contratos com essa forma de garantia. “O ponto positivo é que o fiador vai saber durante quanto tempo será responsável pela fiança. E há também a possibilidade de extinção da garantia, com o contrato ainda em vigor, em caso de algum infortúnio com o locatário que implique na alteração do estado de fato que o levou a se tornar garantidor”, conclui.

23 de junho de 2010

Como usar o FGTS nos financiamentos imobiliários

SÃO PAULO – FGTS é uma sigla que muitos se lembram apenas quando se desligam da empresa onde trabalham. Ou quando resolvem adquirir a casa própria. Mas será que todos conhecem as regras para usar esse dinheiro no financiamento imobiliário?


Criado na década de 1960, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço equivale a 8% do salário do trabalhador. A taxa não é descontada do pagamento, apenas depositada pelo empregador. Rendendo juros de 3% ao ano mais atualização monetária mensal, o FGTS é praticamente uma poupança compulsória, que acaba sendo útil no momento da compra do imóvel.


Os recursos do FGTS não podem ser utilizados no financiamento imobiliário se o proponente for dono de um imóvel já financiado pelo SFH (Sistema Financeiro da Habitação) em qualquer lugar do Brasil. Também está impedido de usar o fundo o proprietário de imóvel em construção ou concluído no município de residência ou de trabalho, ou nas cidades vizinhas, quando não financiado pelo SFH.


O diretor da ABMH (Associação Brasileira de Mutuários da Habitação), Lúcio de Queiroz Delfino, explica que há três possibilidades de uso do fundo para a compra da casa própria. A primeira delas é na compra integral ou no valor de entrada do imóvel, bem como ajuda no pagamento do lance, em caso de consórcio imobiliário. Lembrando que o valor do imóvel não pode ultrapassar R$ 500 mil.


Amortização
“Depois que o imóvel foi financiado, ele pode usar o FGTS para quitar a dívida ou amortizar as prestações. No primeiro caso, ele liquida todo o saldo devedor do financiamento. No segundo, ele pode optar por usar o FGTS como auxílio na quitação de algumas prestações ou para fazer a chamada amortização extraordinária”, afirma Delfino.


O especialista alerta que, para quitar as parcelas, há duas exigências. Uma delas é o limite de 80% do valor da parcela com o FGTS – o restante precisa sair do bolso do mutuário. A outra exigência é que o número de parcelas beneficiadas pelo FGTS seja mais de 12. “Não dá para solicitar o FGTS para pagar a prestação do mês que vem apenas. Precisa ser por pelo menos 12 prestações”.


No caso de amortização do saldo devedor, o cliente também terá duas alternativas: ou reduzir o valor das parcelas mensais ou diminuir o número de parcelas e, assim, o tempo restante de financiamento.


“Nossa recomendação é, desde que não esteja com nenhum problema financeiro no momento, sempre dê preferência para reduzir o número de parcelas. Assim, ele paga boa parte dos juros”, aconselhou Delfino.


Construção e outras regras
Mas o FGTS não financia apenas o imóvel pronto. Se o seu sonho é construir sua casa do jeito que quer, o fundo pode ser usado na construção, desde que ela seja feita em regime de cooperativa ou consórcio ou então haja financiamento específico com algum agente financeiro ou com o construtor que apresente o cronograma da obra.


Em geral, o imóvel que será financiado com ajuda do FGTS deve estar no município ou vizinhanças onde o requerente exerça a ocupação principal ou já resida há mais de um ano. Ele precisará comprovar o trabalho ou residência por meio de pelo menos dois documentos diferentes (por exemplo, a conta de água e de telefone).


A cada dois anos
Uma vez feito o financiamento imobiliário, é recomendável sacar periodicamente o saldo do FGTS para amortizar parte da dívida aos poucos. Pelas regras, só é permitido o saque a cada dois anos – contados a partir do último uso. Se o FGTS foi usado para ajudar no pagamento de 12 parcelas, por exemplo, os dois anos começam a partir do último mês em que os recursos foram usados.


O presidente da ABMH lembra ainda uma terceira opção de uso do FGTS. Embora não esteja previsto nas regras do fundo, se o mutuário tem parcelas em atraso, os recursos aplicados no FGTS podem ajudá-lo a colocar a dívida em dia.


“Nesse caso, ele precisará recorrer à Justiça para conseguir a permissão de uso do FGTS para pagar prestações atrasadas, pela agência ele não vai conseguir. Porém, em praticamente 100% dos casos, os mutuários conseguem judicialmente a autorização”, destaca.


Sempre que puder
Delfino salienta que a dica mais importante dada pelas associações de mutuários é que se utilize o FGTS o máximo de vezes que puder. “Aplicado, o FGTS rende apenas 3% ao ano mais TR. Já a taxa de juros do financiamento imobiliário dele, na melhor das hipóteses, é de 6% ao ano mais TR, podendo chegar a 12% a.a. Ou seja, ele está pagando no mínimo o dobro de juros e ganhando muito pouco de rendimento no dinheiro que está no FGTS”, finaliza. (infomoney)

22 de junho de 2010

Execução das obras pode ser mais otimizada com gerenciamento de projetos

A expansão do mercado imobiliário dos últimos anos alterou o cenário da arquitetura nacional. Com prazos cada vez mais apertados para a entrega dos projetos e finalização das obras, surge uma nova categoria profissional para o setor: o gerenciador de projetos.

Responsável por identificar pontos vulneráveis do empreendimento, o consultor, um especialista da área, procura por todas as possíveis falhas que podem gerar problemas futuros ou exigir a reexecução de alguma parte do empreendimento.

A essência do trabalho do gerenciador é a verificação das soluções técnicas adotadas pelas diversas disciplinas de projeto, o acompanhamento de cronograma, e a compatibilização dos projetos de arquitetura, hidráulica e elétrica, entre outros, resultando em um projeto exeqüível, customizado e coerente com o material de venda e as premissas pré-estabelecidas pela construtora.

Com 33 anos de idade e 13 de experiência acumulada neste mercado, a arquiteta paulista Renata Marques trabalha neste conceito desde o início de sua carreira. "De 1998 a 2004, fui contratada por uma importante construtora onde os projetos eram desenvolvidos simultaneamente por vários profissionais e era preciso que uma pessoa compatibilizasse as diferentes plantas. Foi lá que comecei a atuar como gerenciadora de projetos", recorda.

Durante esse período a profissional teve a oportunidade de trabalhar dentro do canteiro dos empreendimentos, acompanhando de perto o andamento das obras, experiência fundamental para sua atuação como gerenciadora. "Ter a vivência dos problemas gerados no processo de construção, assim como a dinâmica dos diversos serviços na obra, é um diferencial que trago para a análise dos projetos que faço hoje em dia", analisa Renata, que também teve participação em projetos pioneiros no Brasil com inovações tecnológicas, como Drywall, fachada pré-moldada, banheiro pronto e estrutura metálica.

Com a experiência adquirida no gerenciamento de projetos de grandes empreendimentos, Renata abriu seu próprio escritório em 2004 e passou a trabalhar para várias incorporadoras e construtoras. Para ela, esta é uma tendência em evolução no setor imobiliário. "É muito mais prático e econômico para a construtora que pode tocar vários projetos ao mesmo tempo com a garantia de que todos estarão dentro do padrão de qualidade", avalia a arquiteta.

Além dos ensinamentos aprendidos no canteiro de obras, Renata ressalta a sobreposição de plantas como mais um importante diferencial de seu trabalho e para o sucesso do projeto analisado. "Para garantir uma verificação mais completa e na tentativa de identificar todas as incompatibilidades, minha equipe elabora sobreposições de plantas das diversas disciplinas envolvidas para propor as melhores soluções", explica.

Segundo Renata, a grande vantagem de se optar pelo gerenciamento de projetos é minimizar o risco de erros de um projeto durante a execução, além da otimização no uso de recursos humanos, financeiros, de logística e tempo.

21 de junho de 2010

Feirão Caixa da Casa Própria continua nas agências

O último evento do 6º Feirão Caixa da Casa Própria terminou dia 13 de junho, em Belo Horizonte, mas quem não aproveitou as ofertas e ainda sonha em comprar um imóvel não precisa se preocupar: a Caixa continua oferecendo, nas agências, as mesmas condições de financiamento do Feirão.

As linhas de financiamento para a casa própria do banco possuem prazo de pagamento de até 30 anos e prestações decrescentes. Os juros são a partir de 4,5% ano, mais TR, para imóveis do Programa Minha Casa, Minha Vida e variam de 4,5% a 13% ao ano, mais TR, nos casos de utilização de recursos FGTS e SBPE.

Para conhecer melhor as condições de compra, a Caixa disponibiliza em seu portal - www.caixa.gov.br - um simulador de financiamento, onde é possível calcular e visualizar vários cenários e valores e ainda escolher a opção que mais se encaixe no rendimento familiar.

Nas agências, os interessados devem comparecer apresentando RG, CPF e comprovantes de renda (três últimos contracheques ou seis últimos extratos bancários, para o caso de renda informal).

Negócios fechados

Desde a abertura, em 07 de maio, o 6º feirão passou por treze cidades brasileiras, recebeu 576.194 visitantes e, somados os contratos já assinados no local e os encaminhados para as agências, inclusive pelos parceiros, o total chegou a 93.560 negócios, movimentando um volume de recursos de R$ 8,4 bilhões.

Os números representam um aumento de 70% em comparação ao volume movimentado nos eventos do ano passado, quando foram assinados ou encaminhados para agências aproximadamente 67.100 contratos, equivalente a R$ 5 bilhões.

Até o dia 11 de junho, a Caixa bateu novo recorde em contratação habitacional: foram emprestados R$ 28,29 bilhões, com a assinatura de 472.823 financiamentos imobiliários. O montante é 113,5% maior do que o financiado no mesmo período do ano anterior (R$ 13,25 bilhões). Em quantidade, o salto é de 68,7% (acréscimo de 192.649 financiamentos).

“Estamos otimistas quanto à superação da marca de R$ 55 bilhões até o final do ano. Com os negócios do feirão, a previsão é de chegarmos a R$ 60 bi em 2010”, afirma o vice-presidente de Governo do banco, Jorge Hereda.

18 de junho de 2010

Marketing Imobiliario Realidade Aumentada - Maquetes de bolso já são instrumentos de venda de imóvel

O mercado imobiliário no Brasil prima pela sofisticação quando o assunto é apresentação de projetos dos seus empreendimentos. E vale tudo – dos estandes de vendas às unidades decoradas, das maquetes às campanhas de mídia milionárias, do material impresso de altíssimo nível chegando até a apresentações e passeios virtuais em 3D.


A novidade do momento são as soluções apresentadas em realidade aumentada encontradas na internet como aplicativos para computador ou utilizadas pelos corretores como “maquetes de bolso”. Todas com o objetivo de facilitar a visualização do empreendimento em uma venda on demand.


Esse conjunto de aplicações foi desenvolvido pela Espaço Virtual de Brasília, especialmente para atender a Brookfield Unidade Centro Oeste, da qual faz parte o Distrito Federal, o 2º maior mercado imobiliário do país em faturamento e número de unidades vendidas, atrás apenas de São Paulo. Somente em 2009, o CRECI-DF contabilizou uma movimentação de lançamentos imobiliários em Brasília da ordem de R$ 11,7 milhões por dia e R$ 4,3 bilhões por ano.


Inserida neste contexto, a Espaço Virtual se especializou desde 1996 em produzir material promocional para o mercado imobiliário de todo o país com soluções em modelagem 3D, filmes e realidade virtual. É também pioneira em oferecer a realidade aumentada como instrumento de apresentação e de vendas.


A incorporadora Brookfield (Unidade Centro-Oeste), está entusiasmada com a “realidade aumentada” e já disponibilizou a ferramenta para mais de 400 consultores de vendas só no Distrito Federal. Eles receberam um cartão de visitas que no verso traz a chave de acesso à interação 3D, ou seja, o “marker” (código para Realidade Aumentada representado pela própria logomarca da empresa) proporcionando conhecer o empreendimento através de uma interação 3D, sem a necessidade de estar conectado à internet, pois o aplicativo é levado em um pen drive.


“Essa ferramenta facilita imensamente o trabalho do corretor de imóveis que vai até os clientes”, diz o arquiteto André Bergholz, diretor da Espaço Virtual. Além de ser a “Maquete de bolso” que o corretor ou consultor de vendas leva consigo sem a necessidade de folders, pastas, folhetos e plantas.


Rubens Kiyoshi Oseki Filho, Superintendente Comercial da Brookfield Centro-Oeste, diz que hoje todas as incorporadoras buscam tecnologias 3D, mas que a empresa foi além e está utilizando várias tecnologias do mundo virtual para apresentação dos seus produtos para uso nos estandes de venda.


“Na Brooksfield, expressões como realidade aumentada e maquete digital já são corriqueiras. Mas isso é só o começo”, afirma Rubens.(PortalVGV)

17 de junho de 2010

Mercado de locação oferece opções contra constrangimentos ao procurar fiador

A exigência de um fiador em contratos de locação de imóvel pode gerar constrangimentos e dificuldades para o locatário. Quem se muda para outra cidade, por exemplo, e quer alugar um imóvel, pode não conseguir alguém que se disponha a dar essa garantia. Atualmente, o mercado oferece diversas opções que substituem a figura do fiador nos contratos de aluguel e que são bem aceitas sempre que há acordo prévio e diálogo entre locador e locatário.


Uma opção que pode ajudar nesses casos é contratar um seguro, conhecido como fiança locatícia. "É uma alternativa que você tem para substituir os fiadores, e o mercado aceita isso muito bem", explica o presidente do Sindicato da Habitação do Distrito Federal (Secovi-DF), Carlos Hiram Bentes David. Assim como o fiador, esse seguro serve para garantir as obrigações do inquilino para com o locador.


O gerente do Porto Aluguel, empresa da seguradora Porto Seguro, Luiz Carlos Henrique, destaca que a fiança locatícia é um seguro relativamente novo, há 18 anos no mercado. O produto foi lançado em 1992 pela Porto Seguro, que hoje detém cerca de 95% dos contratos desse tipo, segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep). O gerente aponta como vantagens do seguro o fato de facilitar a oferta de uma garantia ao contrato de locação, já que a maioria das pessoas costuma recusar o pedido para ser fiador. Isso também evita o constrangimento do locatário de ter que pedir o "favor" a alguém.


Para Henrique, a migração da população produtiva, que não se concentra mais apenas nos centros urbanos, também contribui para o aumento na demanda do produto, pois, normalmente, o locador exige que o fiador seja alguém que resida na mesma região. Acontece que, se a pessoa está morando pela primeira vez na cidade, pode não conhecer alguém para indicar. Para o proprietário do imóvel a vantagem é clara: "Hoje, ele [o seguro fiança] é considerado a melhor garantia para o proprietário, pois não perde o valor do aluguel no caso de inadimplência", relata o gerente do Porto Aluguel.


Preços e garantias


Numa simulação do seguro para um aluguel de R$ 550, o inquilino paga R$ 475 do seguro, R$ 156 para seguro do valor do condomínio, R$ 36 para segurar o valor do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), R$ 61 para o valor da conta de luz, totalizando pouco mais de R$ 1 mil por ano para uma garantia mensal de mais de R$ 2 mil até a devolução do imóvel no caso de não pagamento de qualquer uma dessas contas.


No caso específico do seguro oferecido pela Porto Seguro, o locatário dispõe também do Porto Seguro Serviços, que são atendimentos com mão-de-obra gratuita, visando à manutenção do imóvel em caso de pequenos reparos ou consertos. Também fica garantida a cobertura de pintura interna ou externa se houver danos causados pelo inquilino. O seguro prevê, ainda, o pagamento de multa por rescisão antecipada do contrato.


Outro gasto que o locatário terá é com o seguro contra incêndio. O corretor de seguros da BSB Flama, Flávio Henrique Peregrino, explica que em todo contrato de locação já é exigido o seguro contra raios - no caso de descargas elétricas que atingirem a residência, sem importar se há ou um pára-raios instalado - e explosão de qualquer natureza. Segundo ele, um seguro no valor anual de R$ 137 garante uma cobertura de R$ 100 mil para incêndio e R$ 10 mil para danos elétricos.


Variedade de opções


O seguro fiança locatícia, no entanto, pode não ser aprovado se o locatário tiver, por exemplo, o nome negativado em órgãos de proteção ao crédito. "Se a companhia seguradora não julgar que ele detém capacidade de pagamento para o aluguel contratado, tem o direito direito de recusar, da mesma forma o locador", explica Hiram David.


Uma das opções que o locatário pode ter nesses casos, ou quando não quiser pagar um seguro (um investimento que não terá retorno caso não precise ser acionado) é a caução. Nesse tipo de garantida, é depositado pelo locatário um valor correspondente a três alugueis em uma caderneta de poupança.


O mercado de locação aceita ainda outra garantia: o título de capitalização. "O locatário oferece aquele título, aquele documento, como garantia da locação, substituindo, assim, a figura do fiador", conta o presidente do Secovi-DF. Ele acredita que se trata de uma solução mais confortável e que resolve a dificuldade do locatário em conseguir uma garantia do aluguel, especialmente quando se trata de uma pessoa nova, sem vínculos na cidade.


"Pode ser contratado em qualquer valor, desde que locador e locatário estejam de acordo, que é o suficiente para garantir as obrigações do contrato", afirma Hiram David. "É conveniente observar que as regras do título de capitalização são rigorosas com relação à antecipação do resgate. Muitas vezes, não se consegue resgatar nem o principal", alerta.


Ele lembra que o título é, na verdade, um investimento que o locatário faz, por isso, é necessário analisar bem, já que é ele quem reverterá todo o saldo do título ao final do prazo estipulado. Segundo Hiram David, a prática do mercado é que seja adquirido um título com valor de seis a dez vezes o valor do aluguel.


Uma última opção apontada pelo presidente do sindicato é a garantia real, uma das mais utilizadas, segundo ele, em contratos de locação de valor mais alto, como as de estabelecimentos comerciais. Nela, o locatário oferece um imóvel como garantia das obrigações da locação. Nesse caso, o acordo entre locador e locatário é firmado por meio de documento próprio registrado no cartório de registro de imóveis e passa a fazer parte integrante do contrato de locação. "Em caso de inadimplência o locador tem o direito de lançar mão daquele imóvel pela via executiva", completa.(Fonte:CorreioWeb-LugarCerto/UAI)

16 de junho de 2010

Como calcular multa por rescisão antecipada do contrato de locação

A lei nº 12.112 de 09/12/2009, que altera alguns artigos da lei do inquilinato (nº 8.245/1991), e que entrou em vigor no dia 25 de janeiro de 2010, reza que, "durante o prazo estipulado para a duração do contrato, não poderá o locador reaver o imóvel alugado. O locatário, todavia, poderá devolvê-lo, pagando a multa pactuada, proporcionalmente ao período de cumprimento do contrato, ou, na sua falta, a que for judicialmente estipulada".

Por outro lado, a lei do inquilinato prevê que, nas locações residenciais, se o proprietário fizer contrato inferior a trinta meses, somente poderá, findo o prazo ajustado, retomar o imóvel em determinadas condições, ou seja, dificulta a retomada.

Assim, os proprietários fazem contratos de locação residencial com duração de trinta meses e, parte considerável dos inquilinos, não desejando se obrigar a ficar no imóvel por trinta meses, pede que conste cláusula de isenção da multa, na hipótese de desocupação antes do trigésimo mês, mas após doze meses do início da locação.

A dúvida é: como se calcula a multa, no caso do inquilino desocupar o imóvel, por exemplo, no sexto mês da locação. A multa deve ser proporcional ao tempo que falta para o término do contrato (trinta meses), ou do prazo de doze meses?

A jurisprudência não é pacífica. Citamos dois acórdãos com entendimentos contrários.

A 33ª Câmara do Tribunal de Justiça de São Paulo, na apelação sem revisão nº 776699-0/3, no julgamento datado de 10 de maio de 2006, em que atuou como relator o ministro Eros Piceli, num caso em que o contrato previa a isenção de pagamento de multa por rescisão contratual após o prazo de doze meses, e os locatários desocuparam no nono mês, assim decidiu:

"Além disso, os apelantes querem considerar o contrato como sendo de apenas doze meses, o que não pode prosperar. Tal pacto foi convencionado pelo prazo de trinta meses e eventual liberalidade por parte da apelada não pode ser tida como redução dele para atingir outras cláusulas, como por exemplo, a cláusula XIII que trata da multa e infrações de qualquer cláusula ou condições. Assim, a cláusula penal deve ser aplicada tomando-se por base o período integral do contrato, ou seja, trinta meses".

Dessa forma, a decisão determinou a aplicação da multa, proporcional a 21/30 de três aluguéis.

Já a 12ª Câmara do extinto Segundo Tribunal de Alçada Civil, na apelação com revisão nº 609869-00/0, no julgamento datado de 16de agosto de 2001, tendo como relator o juiz Arantes Theodoro, decidiu em sentido contrário: "Ora, sendo a multa exigível apenas na hipótese de a restituição ocorrer antes dos primeiros doze meses, então esse havia de ser o prazo a ser considerado no cálculo da proporção, não os trinta meses da vigência integral do contrato".

E o relator justifica sua posição: "E isto porque a multa compensatória atua como prefixação convencional das perdas e danos. Se o contrato previu multa apenas no caso de a devolução do imóvel se consumar nos primeiros doze meses da locação, forçoso então reconhecer que a prefixação indenizatória se referia limitadamente às perdas do locador naquele período, razão por isso não havendo para se computar, no cálculo da proporção, o prazo total da locação”.

Resta-nos aguardar alguma decisão do Superior Tribunal de Justiça, até agora inexistente. Mas nossa opinião é de que o "período de cumprimento do contrato", de que fala a lei 12.112, compreende os trinta meses e não os doze.

Daphnis Citti de Lauro, advogado, é autor do livro "Condomínio: Conheça Seus Problemas" e sócio da Advocacia Daphnis Citti de Lauro e da Citti Assessoria Imobiliária. dclauro@aasp.org.br

15 de junho de 2010

Feirão Caixa: Balanço divulgado pela instituição supera expectativa inicial, de R$ 3,5 bi.

Evento terminou neste domingo em BH, após percorrer 13 cidades.


A sexta edição do Feirão da Casa Própria, realizado pela Caixa Econômica Federal em 13 cidades do país, movimentou cerca de R$ 8 bilhões do dia 7 de maio até este domingo (13), quando o evento foi encerrado em Belo Horizonte (MG), de acordo com balanço preliminar da instituição.


O saldo ficou acima da expectativa do banco que, no início do feirão, estimava que os negócios fechados chegariam a cifra de R$ 3,5 bilhões. Nas cidades em que o feirão foi instalado, o banco registrou público de 591 mil pessoas interessadas na compra da casa própria. Neste ano, foram oferecidos 450 mil imóveis , entre novos, usados e na planta.


Apenas dentro do programa Minha Casa, Minha Vida, havia à disposição dos interessados 200 mil imóveis _44% do total de unidades oferecidas no feirão. Têm acesso às condições desse programa as famílias com renda superior a três salários mínimos _hoje, o mínimo é de R$ 510.


A quantidade de negócios realizados ou em andamento _ou seja, que deverão ser fechados nas agências da Caixa nos próximos dias_ ainda será divulgada nesta segunda-feira (14).


Em Belo Horizonte, última cidade a realizar o feirão, o balanço referente aos três dias de evento foi positivo, segundo o gerente regional da Caixa, Luiz Carlos de Menezes. "A cada ano que passa, o feirão aumenta o entusiasmo dos parceiros. O envolvimento dos empregados foi fundamental para o sucesso do evento”, disse. Em três dias de feira, Belo Horizonte registrou cerca de R$ 435 milhões em negócios fechados e perto de 57 mil visitantes.


Condições
No local, o interessado teve chance de conhecer as linhas de financiamento de imóveis da Caixa, que conta com juros a partir de 4,5% ao ano mais, taxa referencial (TR) no programa Minha Casa, Minha Vida, e de até 13% ao ano para quem usa recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ou do SBPE.

14 de junho de 2010

Aprovação de projetos e alvarás podem ser feitos pela internet

Menos burocracia e mais agilidade. A partir de agora em Campo Grande quem for construir não precisa mais ir várias vezes à prefeitura para aprovar projetos ou emitir alvarás. Tudo pode ser feito pela internet. Autorizações que antes demoravam meses para sair, hoje ficam prontas em menos de uma semana.

Para ter acesso ao serviço, é só acessar a Central de Atendimento Técnico para Engenheiros e Arquitetos (CAT), no site da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur).

Segundo o titular da Semadur, Marcos Cristaldo, a digitalização da aprovação de projetos deve "acelerar todo o processo de envio e análise de propostas, facilitando tanto o trabalho do profissional de arquitetura, quanto do técnico da Semadur". É um trabalho que está em estudo há muitos anos que ganhou reforço com o desenvolvimento do sistema em parceria com o IMTI (Instituto Municipal de Tecnologia da Informação).

"Se antes era necessário aguardar de três a quatro dias para obter respostas simples como, por exemplo, o pedido de correção de endereço do imóvel, com a Aprovação Digital é possível obter o retorno no mesmo dia. A facilidade gera economia para quem envia o projeto e agiliza o trabalho do setor de análises da Semadur".

Atualmente, a Semadur executa o retorno de cerca de 1,2 mil projetos por mês, entre retornos e novas propostas enviadas. Segundo Cristaldo, também está em desenvolvimento o estudo para implantar a digitalização para aprovação de empreendimentos e licenciamento ambiental. Ainda no lançamento da Aprovação Digital, foram distribuídos os Guias de Calçadas, de Acessibilidade e Arborização Urbana da Semadur.

Como funciona a aprovação

A aprovação digital possibilita ao profissional cadastrar o projeto e enviar arquivos, acompanhar toda a tramitação do processo e corrigir e/ou substituir a documentação, memorial e projeto durante os procedimentos da análise. Para ter acesso ao programa é necessário estar "logado", ou seja, acessar o sistema com identificação e senha do profissional.

O primeiro passo contém duas interfaces, com o cadastro do nome e descrições da proposta e anexos de arquivos (projeto, memorial descritivo, matrícula do imóvel e requerimento do proprietário). Assim que o profissional envia os arquivos, automaticamente é aberto um processo e enviado o número do protocolo para seu acompanhamento. A consulta do processo pode ser feita a qualquer momento, sem alteração do arquivo original, que permanece salvo no sistema.

Ao fim da análise, o técnico da Semadur entra em contato com o profissional por meio do seu email. O arquivo final é transformado em PDF e recebe certificação digital, com carimbo e assinatura do chefe do setor de análise. Mesmo com o lançamento da Aprovação Digital não está descartado o atendimento pessoalmente, desde que o profissional faça o agendamento prévio com a Semadur. Também está em fase de estudo o atendimento para tiragem de dúvidas online, via chat. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone 3314-3553 ou pelo site www.capital.ms.gov.br/semadur.

Fonte: Redação

11 de junho de 2010

Analise Mercado Imobiliário em 2010

De 2000 a 2004, os incorporadores imobiliários paulistanos lançaram na cidade de São Paulo em média 24,9 mil unidades/ano, segundo a base de dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio). À época, os lançamentos da Região Metropolitana de São Paulo, que compreende 39 cidades, respondiam pela oferta de pouco mais de 33 mil unidades/ano, ou seja, durante cinco anos a capital representava aproximadamente 75% de todos os lançamentos realizados.


Em setembro de 2005, iniciou-se o processo de abertura de capital de empresas incorporadoras por meio da oferta na Bolsa de Valores de ações da Cyrela, movimento que levou, entre 2006 e 2007, mais de 20 empresas do setor a fazer o mesmo.


De 2005 a 2009, o mercado mudou substancialmente não só de patamar, mas também geograficamente, pois a média de unidades lançadas na cidade de São Paulo subiu para 31,1 mil unidades/ano e na RMSP para pouco mais de 49,4 mil unidades/ano. Os números falam por si, pois se a média de crescimento na cidade, neste período, foi de 25%, na Região Metropolitana o incremento foi de quase 50%.


Em 2009, a cidade representava 59% dos lançamentos realizados na região. Nesse período, houve o lançamento de 29 empreendimentos de escritórios (4.397 unidades), dos quais 23 somente no município de São Paulo.


Os relatórios econômicos dos últimos cinco anos confirmam o ótimo momento pelo qual passa o financiamento imobiliário com redução de taxas de juros, aumentos de prazos de financiamento, maior concorrência entre os agentes financeiros, consolidação da alienação fiduciária. Deixam claro que a estabilidade econômica foi fundamental para o crescimento sustentado do mercado, pois a população se sentiu mais segura em decidir pela aquisição do imóvel, com opção de financiamento bancário. Isso se deve aos baixos índices de desemprego, ao crescimento da massa salarial e da renda real e de outros fatores macroeconômicos.


Porém, não podemos deixar de lembrar que a migração dos incorporadores da maior cidade do País para locais menores não tem a ver com problemas de ordem econômica ou falta de demanda. É reflexo da escassez de terrenos na capital, da falta de revisão do Plano Diretor Estratégico e, consequentemente, da Lei de Zoneamento, da escassez de estoques de áreas para outorga onerosa e do excesso de burocracia na aprovação de novos projetos.


Aguardamos um crescimento de 10% no volume de lançamentos imobiliários na cidade e na RMSP neste ano, correspondendo a aproximadamente 35 mil unidades e 59 mil unidades, respectivamente. Os números são idênticos aos de 2008 para a capital e inferior as 63 mil unidades lançadas na Região Metropolitana.


Conforme acompanhamento de outras pesquisas realizadas em 15 cidades do País que integram a Comissão da Indústria Imobiliária da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), podemos prever que este será o comportamento do mercado imobiliário em todo o território nacional.


* Celso Petrucci é economista-chefe do Secovi-SP, diretor- executivo da vice-presidência de Incorporação Imobiliária do Sindicato e membro titular do Conselho Curador do FGTS (portalVGV)

10 de junho de 2010

Os cuidados ao comprar um imóvel usado, novo ou na planta

Para evitar prejuízos e descontentamento, comprador precisa tomar um série de cuidados
Comprar um imóvel exige um grande investimento. Seja o imóvel novo, usado ou ainda na planta, o comprador precisa estar ciente dos aspectos envolvidos no fechamento do contrato para evitar prejuízos e descontentamentos. Confira abaixo algumas dicas para cada situação:


Imóvel novo: Faça uma consulta junto ao Crea (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) para verificar a idoneidade da construtora/incorporadora e cheque outros empreendimentos já concluídos pela empresa, observando se eles estão cadastrados no Cartório de Registro de Imóveis competente.


Verifique a localização do imóvel e observe os aspectos ao redor que possam colocá-lo em risco ou desvalorizá-lo. Exija o memorial descritivo, documento que relaciona os materiais e equipamentos utilizados na obra e identifique a marca e a qualidade dos acabamentos.


Imóvel usado: Agende visitas ao imóvel durante o dia, para avaliar melhor as reais condições - como rachaduras, infiltrações e mofo, que em outros horários passam despercebidas - e durante a noite, para verificar aspectos de segurança e movimento dos arredores. Observe a incidência do sol, iluminação, ventilação e localização.


Exija a matrícula atualizada no Cartório de Registro de Imóveis. Por meio dela, é possível verificar todas as informações referentes ao imóvel - endereço, metragem, projeto, possíveis obras de modificação, transações, escritura, etc. Solicite a cópia do projeto arquitetônico da edificação devidamente aprovada pela Prefeitura e, em tratando-se de imóvel em condomínio, a cópia da convenção.


Se a negociação estiver sendo intermediada por uma imobiliária, verifique se ela está cadastrada no Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci).


Imóvel na planta: Verifique o memorial descritivo da incorporação. Nele estão informações como escritura do terreno, negativa de débito da prefeitura (que aponta se o IPTU está em dia), projeto aprovado pela prefeitura, documentos sobre a empresa e sobre os sócios da empresa, material e equipamentos utilizados. Esse memorial de incorporação deve estar registrado no Registro de Imóveis e geralmente está exposto nos plantões de venda.


Certifique-se de que as informações contidas no folheto publicitário condizem com a planta apresentada. Guarde todo o material promocional do empreendimento, que poderá ser útil no momento da negociação. Solicite referências comerciais de outras obras realizadas pela construtora.(PortalExame)

9 de junho de 2010

É vantagem adquirir pacotes de personalização para compra de imóvel na planta?


Cada vez mais preocupada em atender aos anseios e necessidades específicas dos compradores de imóveis as construtoras e incorporadoras investem na personalização das plantas de seus lançamentos.

Segundo a arquiteta paulista Renata Marques, com larga experiência no trabalho com as grandes incorporadoras no gerenciamento de projetos desta natureza, a principal vantagem deste tipo de aquisição é a garantia da execução do trabalho e cumprimento de prazos pela empresa responsável pela obra. “É sem dúvida uma situação interessante para o comprador que recebe o imóvel pronto, com todos os opcionais escolhidos e ainda conta com a garantia da construtora”, avalia.

A solução parece muito atraente, pois assegura que as alterações solicitadas sejam realizadas ainda na fase de planejamento. Há uma economia por parte do consumidor que não precisa pagar duas vezes pelo mesmo serviço, como acontecia no passado. “No processo anterior, o cliente precisava aguardar a entrega do imóvel para modificá-lo através de reforma, era necessário quebrar os acabamentos e, muitas vezes, mexer até a estrutura do imóvel para transformá-lo de acordo com o desejo do proprietário”, explica Renata.

Incentivando a personalização durante o processo de construção, as incorporadoras facilitam a vida do dono do imóvel e ainda geram economia, uma vez que eles podem optar ainda na fase de projeto pelo tipo de acabamento, por exemplo, que vão querer ver na obra terminada. Outra vantagem é não perder a garantia do imóvel, quando se opta pela reforma, por exemplo, o cliente perde a garantia por serviços como a impermeabilização do piso, encanamentos, instalação elétrica, entre outros.

Este tipo de customização dos ambientes costuma ser oferecida em kits, onde o consumidor deve escolher uma entre diferentes opções pré-selecionadas pela responsável pela obra. Para os empreendimentos de alto padrão costuma existir a possibilidade da personalização completa, onde o proprietário decide todos os detalhes da obra e ainda pode destinar um arquiteto de sua escolha para acompanhar o processo, sempre em conjunto com a construtora, que supervisiona o projeto.

Renata chama atenção para um ponto crucial para o sucesso deste tipo de acordo, é muito importante o cliente entender quais as especificações básicas que fazem parte do memorial descritivo de venda para que possa escolher as especificações sugeridas. Em caso de futura reclamação uma das únicas garantias do cliente é o memorial descritivo de venda”, adverte a arquiteta.

8 de junho de 2010

Saiba quando alugar é mais vantajoso que comprar um imóvel

Comprar a casa própria é o sonho de grande parte dos brasileiros. E esse sonho se tornou mais próximo da realidade nos últimos anos, em função das diversas linhas de crédito disponíveis nos bancos para financiamento imobiliário, prazos mais longos de pagamento e subsídios do governo federal para a aquisição da moradia, com o programa Minha casa, minha vida. Com as contas na ponta do lápis, no entanto, a compra da casa própria nem sempre é o melhor negócio, segundo especialistas em finanças pessoais. A alta da taxa de juros do crédito imobiliário, o risco de desvalorização do imóvel e o prazo longo para a quitação dos empréstimos podem fazer com que o aluguel seja mais vantajoso do que a compra.


“A aquisição do imóvel pode valer a pena se a pessoa for morar nele. É uma ilusão achar que a tendência é só de valorização, já que o bem sofre depreciação. Além disso, os custos para a manutenção do terreno são elevados, como o pagamento do condomínio e impostos”, afirma Jurandir Fel Macedo, planejador financeiro e professor de finanças da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A reforma de um imóvel com 20 anos de uso, por exemplo, vai consumir recursos que equivalem à faixa de 20% a 30% do valor do bem, estima o consultor.


Macedo ressalta que desde julho de 1994, início do Plano Real, um investimento de R$ 10 mil aplicado em um título público vinculado à Selic (taxa de juros básica da economia) valeria, hoje, cerca de R$ 240 mil. “Pouquíssimos imóveis tiveram essa valorização. E, em alguns fundos ou ações, esse rendimento poderia ter sido ainda maior”, afirma.


A rentabilidade média dos aluguéis sobre o valor dos imóveis em Belo Horizonte variou de 0,28% a 0,55%, segundo pesquisa da Fundação Ipead, divulgada em abril em parceria com a Câmara do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI-MG). “Pelo lado racional e financeiro, vale mais a pena alugar o imóvel. Mas é lógico que não pode ser deixada de lado a parte emocional e a vontade de comprar a casa própria, pois as pessoas ficam mais animadas a fazer reformas e investir no bem”, ressalta Macedo.


Na avaliação do especialista, a compra do imóvel, atualmente, é mais favorável para as famílias de baixa renda (rendimento mensal de até R$ 1,5 mil), pois elas contam com subsídios maiores nas linhas de financiamento dos bancos, o que leva a taxas de juros mais baixas embutidas nos empréstimos. Além disso, proporcionalmente, o valor do aluguel de um imóvel para a baixa renda é mais alto do que uma unidade de luxo. Antes de contrair um financiamento, na avaliação de Macedo, é recomendado que o interessado junte uma boa parte do valor da quantia do imóvel para dar de entrada.


Já o presidente da CMI-MG, Ariano Cavalcanti de Paula, faz ressalvas em relação ao investimento em imóvel. “Nos últimos tempos, o mercado está muito aquecido e o valor das unidades está subindo muito. Depois que a pessoa terminar de juntar o dinheiro, pode ser que não consiga comprar o imóvel”, diz. Ele concorda que o interessado na compra da casa própria deve tentar sempre pagar o máximo do valor à vista, mas avalia que nem sempre vale mais a pena comprar. “Se a pessoa está morando na cidade só por um período ou investindo em outra atividade mais rentável, vale mais a pena alugar”, afirma Cavalcanti de Paula. Ele ressalta que o imóvel é um produto caro e a decisão de compra deve ser tomada com segurança.


O diretor-presidente da imobiliária Lar Imóveis, Luiz Antônio Rodrigues, avalia que a compra da casa própria depende da necessidade individual. “Muitas vezes, a pessoa não quer abrir mão da vida particular e do lazer para investir no imóvel. Ou então tem uma reserva de dinheiro e quer capitalizar a própria empresa”, observa Rodrigues. Ele lembra que, como os índices de inflação estão baixos, assim como o rendimento das aplicações financeiras, muitos imóveis exibem valorização superior àquela mostrada pelas opções de investimento nos bancos.(GeorgeaChoucair-Estaminas)

7 de junho de 2010

Financiamento de imóvel com poupança cresce 85% em um ano e bate recorde em abril

SÃO PAULO – O volume de empréstimos para a compra de imóvel com recursos da poupança cresceu 85% em abril, frente ao mesmo período do ano passado, para o recorde de R$ 4,3 bilhões. Este foi o melhor resultado da história do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo).

Frente a março deste ano, foi registrado crescimento de 6% do montante contratado, uma vez que no terceiro mês do ano o volume era de R$ 4,1 bilhões.

Considerando o primeiro quadrimestre deste ano, os financiamentos com recursos da poupança totalizaram R$ 14,3 bilhões, registrando alta de 74% na comparação com o mesmo período de 2009.

Unidades financiadas
Em abril, 37.537 imóveis foram financiados com recursos da poupança, um volume 65% superior ao registrado no mesmo mês de 2009. Se comparado a março, o aumento foi de 30%.

No primeiro quadrimestre, foram 114.076 unidades adquiridas por meio de recursos da poupança, 46% acima dos números do mesmo período de 2009.

Em relação ao resultado da poupança no quarto mês do ano, os dados mostraram a captação líquida (depósitos menos saques) de R$ 1,2 bilhão, com o saldo atingindo R$ 262 bilhões.(Infomoney)

4 de junho de 2010

Lotéricas podem negociar crédito para casa própria

Expansão. Qualquer lotérica pode ser agente imobiliário, basta preencher requisitos exigidos
Muita gente não sabe, mas o financiamento da casa própria também pode ser feito por meio das casas lotéricas, desde que credenciadas pela Caixa Econômica Federal (CEF). De dezembro de 2009 a maio deste ano, o número de agências autorizadas a fazer essa intermediação no país cresceu 80%, passando de 155 para 270 canais de atendimento, de acordo com levantamento da estatal. Em 2009, a Caixa movimentou cerca de R$ 127 milhões em financiamento através das lotéricas. De janeiro a maio deste ano, o volume já chega a R$ 176 milhões.

A comissão das agências varia de R$ 15 até 1% do valor da operação. A Caixa informou ontem que autoriza qualquer casa lotérica a preparar todo o processo para concessão do crédito habitacional.

A lotérica abre o processo e prepara a documentação. Se estiver tudo em ordem, o cliente precisa ir à agência bancária apenas para assinar o contrato. "Nós acreditamos que assim que as lotéricas perceberem as vantagens, elas vão aderir", disse o gerente nacional da rede lotérica da Caixa, Antônio Carlos Barasoul.

Ele lembra que em um financiamento de R$ 100 mil, a comissão pode chegar a R$ 1 mil. Até mês passado, 2.746 contratos foram encaminhados à instituição, via casa lotérica. Para ser autorizada, continua Barasoul, o empresário deve, primeiro, manifestar o interesse junto ao banco. Outros requisitos são possuir local e sinalização adequados para atender os clientes, destacar um funcionário para receber treinamento e assinar um termo aditivo para prestar o serviço.

O engenheiro civil Hermilo Rodrigues Pereira da Silva, 57, é um dos 40 agentes lotéricos de Minas Gerais credenciados pela Caixa. "É um pouco chatinho, mas ao mesmo tempo é gostoso ver a pessoa realizar o sonho da casa própria". Ele é dono de uma lotérica na Feira dos Produtores, no bairro Cidade Nova, região Nordeste de BH. Desde 2008 atua como correspondente bancário e imobiliário e já encaminhou cerca de 20 contratos para a CEF.

"Organizo toda a papelada, preencho as guias e até acompanho o cliente na hora da assinatura do contrato", diz. Além de atender a clientela do bairro, já prestou serviço para parentes e funcionários. O presidente do Sindicato dos Lotéricos de Minas Gerais (Sicoemg), Marcelo Gomes de Araújo, avalia que a iniciativa é positiva. Ele afirma que há três anos encaminhou proposta à Caixa para que a casa lotérica se transformasse em um "balcão de negócios", com a venda de seguros, consórcios, entre outros serviços. "Para isso é preciso que as agências estejam preparadas e com pessoal treinado", completou. Segundo ele, a proposta ainda se encontra em análise.

O consultor jurídico da Câmara do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI-MG), Kênio Pereira, avalia que qualquer iniciativa para aumentar o acesso das pessoas à casa própria "é saudável". "Mais isso deve ser feito em local adequado e por meio de pessoas altamente qualificadas", salienta.

Sul lidera em número de concessão
Segundo o gerente nacional da rede lotérica da Caixa, Antônio Carlos Barasoul, o Estado do Rio Grande do Sul é o que mais aderiu à modalidade de prestação de serviços. De janeiro a maio, as 92 casas lotéricas credenciadas no Estado foram responsáveis pelo encaminhamento de 919 contratos de financiamento, em um valor total de R$ 54,4 milhões. Para se ter uma ideia, o volume em Minas Gerais foi de R$ 18,2 milhões, no mesmo período.

Panorama
De janeiro a maio, 2.746 contratos foram encaminhados à Caixa Econômica Federal, por meio das casas lotéricas em todo Brasil.

No mesmo período, as 40 lotéricas credenciadas em Minas Gerais foram responsáveis pelo envio de 328 contratos de financiamento da casa própria, com uma movimentação de cerca de R$ 18,2 milhões.

No país, há cerca de 10.344 casas lotéricas. Desse total, 270 atuam como correspondente imobiliário.

2 de junho de 2010

Novo índice imobiliário (Ibri) deve ser implantado no 2º semestre

SÃO PAULO (Reuters) - O Índice Brasileiro de Rentabilidade Imobiliária (Ibri), desenvolvido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) para medir o rendimento dos investimentos em imóveis no país, deve entrar em operação no segundo semestre deste ano.

Encomendado à FGV pela Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Privada (Abrapp), o índice trimestral permitirá a comparação da rentabilidade do mercado imobiliário em relação a outros ativos -inclusive do próprio segmento- ou a de determinada carteira de um fundo em relação ao mercado como um todo, conforme o pesquisador e responsável pelo desenvolvimento do índice na FGV, Paulo Pichetti.

"O Ibri é o índice que falta na economia brasileira... não há índice de preços e rentabilidade reais para o setor imobiliário", disse ele nesta segunda-feira, em evento na sede do Secovi-SP, sindicato que representa o setor imobiliário na capital paulista.

Com base em índices semelhantes nos Estados Unidos, Grã-Bretanha, Canadá, Nova Zelândia, África do Sul e Japão, Pichetti afirmou que a ausência de um indicador na América Latina é vista como um ponto fraco por potenciais investidores no mercado brasileiro.

Segundo o pesquisador, o Ibri tem a proposta de ser equivalente ao Ibovespa, principal índice acionário da Bovespa.

"Esperamos a implementação (do índice) no início do segundo semestre... estamos estudando a proposta de criação de um Conselho Diretor, buscando transparência, e a inclusão de imóveis residenciais, não só de comerciais", acrescentou, ressaltando que esta é uma demanda antiga do setor.

Responsável pela encomenda do índice, a coordenadora da Comissão de Investimentos Imobiliários da Abrapp, Carla Safady, assinalou que, ao ajudar o investidor estrangeiro que busca ingressar no mercado imobiliário brasileiro, o Ibri pode elevar o setor a outro patamar.

"A ideia é que todos os agentes do mercado imobiliário deem sua contribuição para finalmente termos um índice de referência e transparência", disse ela.

O Ibri foi elaborado pela FGV com base nas informações dos 156 imóveis que pertencem aos fundos de pensão da Abrapp. (Reuters/BrasilOnLine)

1 de junho de 2010

Minha casa, minha vida poderá incluir imóvel usado

Quer comprar apartamentos de 117,00 m² na Aldeota com 3 Suítes - 3 ou 2 Vagas de garagem.


O governo federal estuda incluir os imóveis usados no programa “Minha casa, minha vida”, transferindo para as unidades de segunda mão os mesmos incentivos concedidos para os imóveis novos, como subsídio (desconto), fundo garantidor e redução dos custos cartorários e de seguro. A ideia partiu do Conselho Federal dos Corretores de Imóveis (Cofeci), que enviou as reivindicações diretamente ao presidente Lula.

Segundo o vice-presidente do Cofeci, José Augusto Viana Neto, o Brasil tem quatro milhões de residências usadas disponíveis para ocupação imediata e que poderiam ser colocadas à disposição da população que procura moradias de até R$ 130 mil, teto dos imóveis incluídos no programa.

Esse não é um pleito corporativo, mas uma reivindicação que atende a sociedade. O Minha casa, minha vida” foi criado para ajudar a economia a se aquecer num momento de crise. O problema passou e agora as pessoas que precisam de moradia imediatamente merecem esse respeito. As condições atuais de financiamento dos imóveis usados não são convidativas como as oferecidas aos novos — disse Neto.

Teto mais alto
Ontem, também durante o Enbraci, a chefe do departamento de Produção Habitacional do Ministério das Cidades, Marta Garske, afirmou que a proposta está sendo estudada entre as várias mudanças que poderão fazer parte do chamado “Minha casa, minha vida 2”. O valor máximo dos imóveis financiados para as regiões metropolitanas e as demais cidades (no Rio é de R$ 130 mil) é outra alteração que poderá ocorrer na segunda fase do programa.(ExtraOnLine)