13 de junho de 2011

Construção civil exige mais qualificação de operários do setor

O desenvolvimento de corporações, o “boom imobiliário” e as novas ferramentas tecnológicas são fatores que somados fazem surgir a necessidade de qualificação de toda a cadeia que rege esses componentes. A construção civil está carente no tocante a mão de obra capacitada. O setor, atualmente, chama atenção pelo seu crescimento que tem exigido mão de obra qualificada, mas que está escassa. Faltam pessoas preparadas na construção civil para atender toda a solicitação do mercado como pedreiros de acabamento, carpinteiro, ferreiro, gesseiro e outros.

PESQUISAS

Um levantamento feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção destaca os três principais problemas: O primeiro é a alta rotatividade dos trabalhadores, fato reclamado por 56% das empresas. Na opinião de 53% delas, a má qualidade da educação básica é o segundo maior obstáculo na busca pela qualificação, e o receio em perder os trabalhadores para o mercado foi apontado como terceiro maior empecilho na qualificação, segundo 47% das empresas. “A educação básica de boa qualidade é fundamental. Não existe mais espaço para analfabeto na construção civil, isso já é passado. A educação deficiente compromete a compreensão e a execução de tarefas. E dificulta a absorção de novos conhecimentos”, explicou Fernando Pinto vice–presidente do Sinduscon-CE.

Ainda de acordo com a pesquisa da CNI, cerca de 94% das empresas da construção civil não encontram funcionários para suprir a oferta de emprego. A solução das grandes construtoras foi incentivar programas de qualificação, utilizando escolas técnicas nos canteiros de obras.

SOLUÇÃO DAS EMPRESAS

“A gente tem tentado treinar os operários dentro da obra. Nós também estamos tentando incrementar novas tecnologias dentro das obras no que diminui a mão de obra. Máquinas que conseguem fazer reboco sozinhas suprem em parte essa necessidade”, aponta André Montenegro também vice-presidente do Sinduscon–CE.

Os dados preocupam e se justificam devido as dificuldades para contratação que vêm aumentando. Até porque isso pode impactar nos custos da construção e comprometer resultados do setor. Essa preocupação só vem a crescer já que o percentual está cada vez maior e o custo da mão de obra cresceu de 17% para 27,4%.

AUMENTO DA MÃO DE OBRA

“A procura maior que a oferta provoca naturalmente uma elevação dos preços da mão de obra qualificada. Por exemplo: um pedreiro de acabamento com cinco anos de experiência deve estar recebendo em torno de R$ 2.500,00 mensais”, calculou Fernando Pinto.

Ainda segundo Fernando, o Sinduscon em parceria com o Senai montou vários cursos em Fortaleza e Juazeiro do Norte para suprir estas deficiências. “Temos informações de que o Governo do Estado também está oferecendo cursos para funções da construção civil, em Pecém e em outras cidades no interior”, informou.

PREPARATIVOS PARA A COPA

Vale ressaltar que a Copa do Mundo de 2014 está próxima. As obras diretamente relacionadas às reformas de preparação para o evento esportivo devem aumentar demanda de mão de obra, agravando um pouco mais esta carência.

Com informações do Jornal O Estado.

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