Resultado ficou acima do total registrado no ano passado, de R$ 47 bilhões.
Meta para o ano está mantida em R$ 70 bilhões, diz Caixa.
A contratação de financiamento imobiliário pela Caixa Econômica Federal alcançou R$ 53 bilhões no dia 21 de setembro, R$ 6 bilhões acima do total registrado no ano passado, de R$ 47 bilhões.
A presidente do banco, Maria Fernanda Ramos Coelho, afirmou que a meta para o ano está mantida em R$ 70 bilhões e garantiu que a situação financeira da empresa permite a execução dos projetos pelos próximos dois anos sem a necessidade de novos aportes do Tesouro Nacional (TN), o que ocorreu no final de agosto, quando o TN destinou R$ 2,5 bilhões para a instituição financeira.
"Para os próximos dois anos, temos posição boa para a execução dos projetos. Até porque a Caixa tem outras fontes de recursos", frisou Maria Fernanda, que participou de cerimônia para concessão de crédito para a execução da segunda fase da revitalização do porto do Rio de Janeiro.
A executiva disse ainda que a segunda fase do programa Minha Casa Minha Vida, que prevê a construção de dois milhões de moradias até 2014, tem possibilidade de estar disponível neste ano.
Maria Fernanda explicou que a segunda fase vai incluir não apenas moradias, mas também a integração de projetos de saneamento e áreas de mobilidade urbana, como praças.
Questionada sobre o orçamento para a segunda fase, a presidente da Caixa explicou que ainda não está definido o volume de recursos, mas indicou que na primeira fase foram deslocados R$ 64 bilhões entre recursos do Orçamento Geral da União e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
"Poderá ser aproximadamente o dobro", disse Maria Fernanda. "Há um processo de negociação para que [a segunda fase] aconteça até o fim do ano", acrescentou.
Minha Casa, Minha Vida
A presidente da Caixa Econômica Federal disse ainda que o governo deve lançar, ainda neste ano, o programa de habitação Minha Casa, Minha Vida 2, para a construção de 2 milhões de moradias. A ideia é que o plano seja executado entre 2011 e 2014, no próximo governo. O orçamento, disse Maria Fernanda, ainda está sendo discutido, mas provavelmente terá o dobro dos R$ 64 bilhões da primeira fase do projeto, que contempla a construção de 1 milhão de moradias.
Com informações da Agência Estado
30 de setembro de 2010
29 de setembro de 2010
IGP-M de Setembro de 2010 fica em 1,15%
O Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M) variou 1,15%, em setembro de 2010. Em agosto, o índice variou 0,77%. O IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apresentou taxa de variação de 1,60% em setembro de 2010. No mês anterior, a taxa foi de 1,24%. O índice relativo aos Bens Finais variou 1,14%, em setembro. Em agosto, este grupo de produtos mostrou variação de -0,15%. Contribuiu para a aceleração o subgrupo alimentos processados, cuja taxa de variação passou de 1,32% para 3,99%. Excluindo-se os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, o índice de Bens Finais (ex) registrou variação de 1,29%. Em agosto, a taxa foi de 0,40%.
O índice referente ao grupo Bens Intermediários variou 0,29%. Em agosto, a taxa foi de 0,33%. O subgrupo materiais e componentes para a manufatura registrou decréscimo em sua taxa de variação, que passou de 0,48% para 0,26%, sendo o principal responsável pela desaceleração do grupo. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,34%, ante 0,41%, em agosto.
No estágio inicial da produção, o índice de Matérias-Primas Brutas variou 4,08%, em setembro. No mês anterior, o índice registrou variação de 4,44%. Os itens minério de ferro (15,08% para 0,28%), soja (em grão) (10,55% para 3,07%) e café (em grão) (1,23% para 0,73%) foram os principais responsáveis pela desaceleração do grupo. Ao mesmo tempo, registraram-se acelerações em itens como: milho (em grão) (2,18% para 15,99%), algodão (em caroço) (0,44% para 30,97%) e aves (0,17% para 7,76%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou variação de 0,34%, em setembro de 2010. No mês anterior, a variação foi de -0,27%. Quatro dos sete grupos componentes do índice apresentaram acréscimos em suas taxas de variação, com destaque para Alimentação (-1,28% para 0,56%). Nesta classe de despesa, vale mencionar os itens: hortaliças e legumes (-9,59% para -4,07%), frutas (-3,31% para 1,33%) e carnes bovinas (1,64% para 3,94%).
Também apresentaram avanços em suas taxas os grupos: Vestuário (-0,90% para 0,72%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,21% para 0,39%) e Educação, Leitura e Recreação (0,02% para 0,17%). Nestas classes de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens: roupas (-1,43% para 0,79%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,04% para 0,31%) e passagem aérea (-3,09% para 1,15%), respectivamente.
Em contrapartida, apresentaram decréscimos em suas taxas de variação os grupos: Despesas Diversas (0,52% para 0,14%), Transportes (0,22% para 0,11%) e Habitação (0,23% para 0,22%). Nestas classes de despesa, os destaques foram os itens: cigarro (0,90% para 0,00%), álcool combustível (5,35% para 0,60%) e tarifa de eletricidade residencial (0,20% para -0,21%), respectivamente.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apresentou taxa de variação de 1,60% em setembro de 2010. No mês anterior, a taxa foi de 1,24%. O índice relativo aos Bens Finais variou 1,14%, em setembro. Em agosto, este grupo de produtos mostrou variação de -0,15%. Contribuiu para a aceleração o subgrupo alimentos processados, cuja taxa de variação passou de 1,32% para 3,99%. Excluindo-se os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, o índice de Bens Finais (ex) registrou variação de 1,29%. Em agosto, a taxa foi de 0,40%.
O índice referente ao grupo Bens Intermediários variou 0,29%. Em agosto, a taxa foi de 0,33%. O subgrupo materiais e componentes para a manufatura registrou decréscimo em sua taxa de variação, que passou de 0,48% para 0,26%, sendo o principal responsável pela desaceleração do grupo. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,34%, ante 0,41%, em agosto.
No estágio inicial da produção, o índice de Matérias-Primas Brutas variou 4,08%, em setembro. No mês anterior, o índice registrou variação de 4,44%. Os itens minério de ferro (15,08% para 0,28%), soja (em grão) (10,55% para 3,07%) e café (em grão) (1,23% para 0,73%) foram os principais responsáveis pela desaceleração do grupo. Ao mesmo tempo, registraram-se acelerações em itens como: milho (em grão) (2,18% para 15,99%), algodão (em caroço) (0,44% para 30,97%) e aves (0,17% para 7,76%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou variação de 0,34%, em setembro de 2010. No mês anterior, a variação foi de -0,27%. Quatro dos sete grupos componentes do índice apresentaram acréscimos em suas taxas de variação, com destaque para Alimentação (-1,28% para 0,56%). Nesta classe de despesa, vale mencionar os itens: hortaliças e legumes (-9,59% para -4,07%), frutas (-3,31% para 1,33%) e carnes bovinas (1,64% para 3,94%).
Também apresentaram avanços em suas taxas os grupos: Vestuário (-0,90% para 0,72%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,21% para 0,39%) e Educação, Leitura e Recreação (0,02% para 0,17%). Nestas classes de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens: roupas (-1,43% para 0,79%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,04% para 0,31%) e passagem aérea (-3,09% para 1,15%), respectivamente.
Em contrapartida, apresentaram decréscimos em suas taxas de variação os grupos: Despesas Diversas (0,52% para 0,14%), Transportes (0,22% para 0,11%) e Habitação (0,23% para 0,22%). Nestas classes de despesa, os destaques foram os itens: cigarro (0,90% para 0,00%), álcool combustível (5,35% para 0,60%) e tarifa de eletricidade residencial (0,20% para -0,21%), respectivamente.
Bancos buscam opções para financiar imóveis
Previsão da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) é que o Brasil necessite, já em 2013, de R$ 100 bilhões de recursos adicionais para financiar o setor imobiliário. Para tapar o rombo, bancos e entidades discutem alternativas para fomentar o mercado de covered bonds, obrigações hipotecárias e do setor público muito usadas na Europa. Elas funcionam como uma espécie de Letra de Crédito Imobiliário emitida pelos bancos.
O presidente da Abecip, Luiz Antônio França, ressaltou que a partir do momento em que os bancos emitirem estes papéis, existe a possibilidade de outros entrantes neste mercado, até mesmo instituições médias.
França analisa que será necessário buscar alternativas de captação de recursos (funding) no mercado, uma vez que as divisas da caderneta de poupança não devem suprir a demanda. A proporção Produto Interno Bruto (PIB) e crédito imobiliário deverá sair dos 4% atuais para algo como 11%, em 2014. Os recursos das cadernetas começarão a se tornar escassos em até três anos.
No começo do mês, a Caixa Econômica Federal (CEF) anunciou novo recorde histórico neste tipo de empréstimo, ao revisar a estimativa de R$ 60 bilhões até o final de dezembro, para mais de R$ 70 bilhões. Se concretizado o fato, a Caixa fechará o ano com crescimento de 48,8% no crédito imobiliário. O banco é o que mais empresta para o setor.
O crédito imobiliário deve financiar por volta de 930 mil imóveis em 2010, mas a demanda média anual deve superar 1,37 milhão de unidades até 2016. O déficit habitacional é de mais 400 mil unidades anuais, segundo estima a Abecip.
O presidente da entidade destaca que os covered bonds levam algumas vantagens frente à poupança. Os recursos da poupança são alocados no longo prazo e captados no curto. Os bonds casam prazos, e as instituições precisam disto para crescer. A ausência desta condição pode fazer o mercado não crescer. De acordo com ele, o instrumento financeiro oferece dupla garantia ao mercado: a do banco e a dos empréstimos. É viável termos estas operações de funding no Brasil. Temos demanda, alto grau de empregabilidade, confiança do consumidor e classes sociais em ascensão.
Na opinião dele, é preciso haver leis específicas para covered bonds . Na Europa, o Royal Bank of Scotland (RBS) calcula que o instrumento de captação trouxe, até junho, R$ 2,4 trilhões de euros. Contudo, no Brasil, ainda não existem estimativas. A princípio, a discussão é se o instrumento de funding será negociado na Bolsa, ou, em forma de dívidas, com outras características.
Risco
A agência de classificação de risco Fitch Ratings acredita que se o covered bonds for implantado, será a maior operação do gênero da América Latina. Mas, antes de atrair divisas de fora, executivos da agência acreditam que o desenho das regras e a atração de compradores locais seja de fundamental importância.
O diretor associado na América Latina da Fitch Ratings, Robert Krause, reforça o argumento, lembrando que o mercado demorou certo tempo a assimilar a alienação fiduciária. O mercado queria saber se havia segurança jurídica para investir.
Uma das vantagens que o covered bonds levaria é que a classificação de risco leva em conta o rating do País e do banco. Os médios podem até conseguir maior rating do que o próprio.
Krause destacou ao DCI que os bancos grandes precisam direcionar 65% da captação de poupança para crédito imobiliário. A nova ferramenta pode ajudar a questão do funding. A originação ainda nem chegou aos dois dígitos em relação ao PIB. Cresce dois dígitos por ano porque a base é muito pequena.
De acordo com ele, o covered bonds não precisa se restringir ao setor imobiliário. Pode ser para crédito de consumo também. Hoje, a secutirização está focada em bancos médios, que emprestam para nichos. Tem um descasamento grande entre ativos e passivos. Pode nascer aí, destacou o executivo.(DCI)
O presidente da Abecip, Luiz Antônio França, ressaltou que a partir do momento em que os bancos emitirem estes papéis, existe a possibilidade de outros entrantes neste mercado, até mesmo instituições médias.
França analisa que será necessário buscar alternativas de captação de recursos (funding) no mercado, uma vez que as divisas da caderneta de poupança não devem suprir a demanda. A proporção Produto Interno Bruto (PIB) e crédito imobiliário deverá sair dos 4% atuais para algo como 11%, em 2014. Os recursos das cadernetas começarão a se tornar escassos em até três anos.
No começo do mês, a Caixa Econômica Federal (CEF) anunciou novo recorde histórico neste tipo de empréstimo, ao revisar a estimativa de R$ 60 bilhões até o final de dezembro, para mais de R$ 70 bilhões. Se concretizado o fato, a Caixa fechará o ano com crescimento de 48,8% no crédito imobiliário. O banco é o que mais empresta para o setor.
O crédito imobiliário deve financiar por volta de 930 mil imóveis em 2010, mas a demanda média anual deve superar 1,37 milhão de unidades até 2016. O déficit habitacional é de mais 400 mil unidades anuais, segundo estima a Abecip.
O presidente da entidade destaca que os covered bonds levam algumas vantagens frente à poupança. Os recursos da poupança são alocados no longo prazo e captados no curto. Os bonds casam prazos, e as instituições precisam disto para crescer. A ausência desta condição pode fazer o mercado não crescer. De acordo com ele, o instrumento financeiro oferece dupla garantia ao mercado: a do banco e a dos empréstimos. É viável termos estas operações de funding no Brasil. Temos demanda, alto grau de empregabilidade, confiança do consumidor e classes sociais em ascensão.
Na opinião dele, é preciso haver leis específicas para covered bonds . Na Europa, o Royal Bank of Scotland (RBS) calcula que o instrumento de captação trouxe, até junho, R$ 2,4 trilhões de euros. Contudo, no Brasil, ainda não existem estimativas. A princípio, a discussão é se o instrumento de funding será negociado na Bolsa, ou, em forma de dívidas, com outras características.
Risco
A agência de classificação de risco Fitch Ratings acredita que se o covered bonds for implantado, será a maior operação do gênero da América Latina. Mas, antes de atrair divisas de fora, executivos da agência acreditam que o desenho das regras e a atração de compradores locais seja de fundamental importância.
O diretor associado na América Latina da Fitch Ratings, Robert Krause, reforça o argumento, lembrando que o mercado demorou certo tempo a assimilar a alienação fiduciária. O mercado queria saber se havia segurança jurídica para investir.
Uma das vantagens que o covered bonds levaria é que a classificação de risco leva em conta o rating do País e do banco. Os médios podem até conseguir maior rating do que o próprio.
Krause destacou ao DCI que os bancos grandes precisam direcionar 65% da captação de poupança para crédito imobiliário. A nova ferramenta pode ajudar a questão do funding. A originação ainda nem chegou aos dois dígitos em relação ao PIB. Cresce dois dígitos por ano porque a base é muito pequena.
De acordo com ele, o covered bonds não precisa se restringir ao setor imobiliário. Pode ser para crédito de consumo também. Hoje, a secutirização está focada em bancos médios, que emprestam para nichos. Tem um descasamento grande entre ativos e passivos. Pode nascer aí, destacou o executivo.(DCI)
27 de setembro de 2010
Informaçoes sobre Regularizaçao de Imoveis
Operações de compra e venda envolvem uma série de burocracias que nem sempre são respeitadas
Há um ditado que diz que só é dono quem registra. Apesar de antiga, a máxima popular nem sempre é respeitada por quem compra ou vende um imóvel. O resultado é o surgimento anos mais tarde de problemas com a regularização do bem, seja quando o local é revendido, seja com a morte do proprietário. Para evitar transtornos, é imprescindível pesquisar a existência de algum entrave, buscar a solução adequada e concretizar a tramitação administrativa e judicial da documentação logo depois da compra.
Para o sócio-proprietário da Céu-Lar Imóveis Fernando Júnior, um dos entraves que contribuem para as irregularidades é a indisponibilidade de recursos financeiros para os procedimentos burocráticos em cartórios e repartições públicas. O comprador deve sempre se lembrar de que não bastará conseguir o dinheiro necessário para pagar o preço combinado com o vendedor. Será necessário reservar, aproximadamente, 5% do valor do imóvel para arcar com impostos, taxas, emolumentos cartorários e a remuneração dos serviços envolvidos, ressalta.
Segundo ele, uma situação muito comum é a aquisição de um imóvel por meio de um contrato particular, em que o comprador gasta todas as economias no pagamento do imóvel e, com isso, prefere adiar a regularização da documentação. Posteriormente, quando essa pessoa promover a venda do imóvel, pode até conseguir alguém que tem interesse na compra; porém, será necessário resolver aquilo que não foi feito anteriormente, gerando mais desgaste e impasses na negociação imobiliária.
Para que a operação de compra e venda seja feita com sucesso, Fernando Júnior fala que o corretor de imóveis, o advogado especialista em direito imobiliário e o despachante imobiliário podem ajudar. O corretor pode perceber o entrave antes da finalização do negócio, o advogado confirma essa questão e já propõe a solução, e o despachante obtém os papéis necessários para a regularidade.
Oficial do 1º Ofício de Registro de Imóveis de Belo Horizonte e especialista em direito de trabalho e previdenciário, e direito notarial e registral, Fernando Pereira do Nascimento ressalta a importância de a regularização ser feita o quanto antes. Recomenda-se que o pagamento ou o início dele seja feito somente após o adquirente ter solicitado todos os documentos que comprovam a regularidade do imóvel, especialmente a certidão de ônus e ações, emitida pelo cartório de registro de imóveis competente, aconselha o advogado.
Há um ditado que diz que só é dono quem registra. Apesar de antiga, a máxima popular nem sempre é respeitada por quem compra ou vende um imóvel. O resultado é o surgimento anos mais tarde de problemas com a regularização do bem, seja quando o local é revendido, seja com a morte do proprietário. Para evitar transtornos, é imprescindível pesquisar a existência de algum entrave, buscar a solução adequada e concretizar a tramitação administrativa e judicial da documentação logo depois da compra.
Para o sócio-proprietário da Céu-Lar Imóveis Fernando Júnior, um dos entraves que contribuem para as irregularidades é a indisponibilidade de recursos financeiros para os procedimentos burocráticos em cartórios e repartições públicas. O comprador deve sempre se lembrar de que não bastará conseguir o dinheiro necessário para pagar o preço combinado com o vendedor. Será necessário reservar, aproximadamente, 5% do valor do imóvel para arcar com impostos, taxas, emolumentos cartorários e a remuneração dos serviços envolvidos, ressalta.
Segundo ele, uma situação muito comum é a aquisição de um imóvel por meio de um contrato particular, em que o comprador gasta todas as economias no pagamento do imóvel e, com isso, prefere adiar a regularização da documentação. Posteriormente, quando essa pessoa promover a venda do imóvel, pode até conseguir alguém que tem interesse na compra; porém, será necessário resolver aquilo que não foi feito anteriormente, gerando mais desgaste e impasses na negociação imobiliária.
Para que a operação de compra e venda seja feita com sucesso, Fernando Júnior fala que o corretor de imóveis, o advogado especialista em direito imobiliário e o despachante imobiliário podem ajudar. O corretor pode perceber o entrave antes da finalização do negócio, o advogado confirma essa questão e já propõe a solução, e o despachante obtém os papéis necessários para a regularidade.
Oficial do 1º Ofício de Registro de Imóveis de Belo Horizonte e especialista em direito de trabalho e previdenciário, e direito notarial e registral, Fernando Pereira do Nascimento ressalta a importância de a regularização ser feita o quanto antes. Recomenda-se que o pagamento ou o início dele seja feito somente após o adquirente ter solicitado todos os documentos que comprovam a regularidade do imóvel, especialmente a certidão de ônus e ações, emitida pelo cartório de registro de imóveis competente, aconselha o advogado.
24 de setembro de 2010
Grátis, cartórios orientam compra segura de imóveis
O presidente da Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg/BR), Rogério Portugal Bacellar, faz um alerta: a compra de um imóvel exige que o consumidor faça um bom planejamento financeiro e que, principalmente, tome muitos cuidados para não cair em armadilhas. De acordo com informações da Anoreg/BR, tabelionatos de notas prestam consultoria gratuita a quem deseja comprar um imóvel, tanto na planta como os já construídos. As taxas só são cobradas pelos tabelionatos no caso da formalização da escritura.
Para compra de imóveis na planta, Bacellar diz que o primeiro passo para um negócio seguro é procurar informações sobre a construtora. Como as construtoras têm de registrar seu projeto de incorporação em cartório, ela terá de apresentar uma série de documentos que comprovam sua idoneidade, explica.
Segundo o presidente da Anoreg/BR, é fundamental que o projeto de incorporação esteja aprovado pela prefeitura e registrado no cartório de Registro de Imóveis da região, significando que a obra está devidamente regularizada de acordo com as exigências legais.
Bacellar orienta solicitar no cartório uma certidão do memorial descritivo da obra, para confrontar as medidas informadas no mesmo com aquelas impressas em folhetos de propaganda e outros meios de divulgação, o que evitará futuras frustrações, reforça.
Imóveis prontos
O presidente da Anoreg/BR chama atenção para o fato de planejamento e precauções serem necessários também para imóveis prontos. Para fugir de uma armadilha, é essencial que se verifique a documentação do imóvel. O comprador deve exigir a certidão de ônus reais do imóvel, e certidões pessoais dos proprietários e vendedores, orienta Bacellar.
Outros papéis importantes são as certidões fiscais do imóvel, obtidas junto à prefeitura; e certidões tributárias para saber se há alguma dívida em nome do vendedor.
Também é valido que antes de efetuar o pagamento, o comprador dirija-se ao Cartório de Registro de Imóveis pertinente, solicitando certidão de propriedade para comprovar que o bem em negociação realmente pertence a quem o está vendendo. Nessa certidão deve constar se o imóvel se acha onerado por hipotecas, penhoras, usufrutos, entre outros, finaliza o presidente da Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg/BR), Rogério Portugal Bacellar.
Para compra de imóveis na planta, Bacellar diz que o primeiro passo para um negócio seguro é procurar informações sobre a construtora. Como as construtoras têm de registrar seu projeto de incorporação em cartório, ela terá de apresentar uma série de documentos que comprovam sua idoneidade, explica.
Segundo o presidente da Anoreg/BR, é fundamental que o projeto de incorporação esteja aprovado pela prefeitura e registrado no cartório de Registro de Imóveis da região, significando que a obra está devidamente regularizada de acordo com as exigências legais.
Bacellar orienta solicitar no cartório uma certidão do memorial descritivo da obra, para confrontar as medidas informadas no mesmo com aquelas impressas em folhetos de propaganda e outros meios de divulgação, o que evitará futuras frustrações, reforça.
Imóveis prontos
O presidente da Anoreg/BR chama atenção para o fato de planejamento e precauções serem necessários também para imóveis prontos. Para fugir de uma armadilha, é essencial que se verifique a documentação do imóvel. O comprador deve exigir a certidão de ônus reais do imóvel, e certidões pessoais dos proprietários e vendedores, orienta Bacellar.
Outros papéis importantes são as certidões fiscais do imóvel, obtidas junto à prefeitura; e certidões tributárias para saber se há alguma dívida em nome do vendedor.
Também é valido que antes de efetuar o pagamento, o comprador dirija-se ao Cartório de Registro de Imóveis pertinente, solicitando certidão de propriedade para comprovar que o bem em negociação realmente pertence a quem o está vendendo. Nessa certidão deve constar se o imóvel se acha onerado por hipotecas, penhoras, usufrutos, entre outros, finaliza o presidente da Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg/BR), Rogério Portugal Bacellar.
23 de setembro de 2010
Construção deverá quadruplicar atrativos para segurar mão de obra qualificada
Com crescimento e ganho de produtividade de 1% ao ano, como vem ocorrendo, nos próximos 12 anos teremos uma situação preocupante em relação à mão de obra qualificada, explicou nesta segunda-feira (20/9/2010) o professor Fernando Garcia, da FVG durante a reunião do Grupo de Trabalho de Mão de Obra com os GTs de Habitação e Infraestrutura, bem como as consultorias FGV e LCA, contratadas para o 9º Construbusiness, do Departamento da Indústria da Construção, Deconcic, da Fiesp.
Dados do Sinduscon e FGV mostram que de julho de 2010 até agora houve um crescimento de emprego de 1% ao mês. O ritmo de contratações vem superando o de demissões e o estoque aumentando 1% ao mês desde janeiro de 2007 com tendência de alta. No segundo trimestre de 2010, segundo a FGV, houve um crescimento sustentável em todas as frentes:
De acordo com esses dados, o emprego na construção civil está crescendo em todas as regiões do País, de 9% a 10% ao ano nas regiões Sul e Sudeste e de 24% a 25% ao ano no Nordeste. A mão de obra qualificada nas construtoras e as vendas de materiais de construção de comércio varejista que apontam também a demanda por produtos que vem do setor formiguinha e para construção de autogestão e que também vão demandar mão de obra para reformas estão crescendo ao ano à taxa de 20% acima da inflação, alertou Garcia.
O mercado brasileiro muito aquecido trouxe, de acordo com o professor da FGV, a queda da taxa de desemprego. Um fenômeno que não acontece especificamente só na construção civil. Toda a atividade econômica está aquecida e há um ritmo de contratação muito forte em todos os setores. O País está chegando a um nível de desemprego a um patamar inferior a 7%. Em algumas regiões, particularmente na região metropolitana de Belo Horizonte, já chegou a 4% considerado o nível mínimo de taxa de desemprego, que é o friccional (pessoa que sai de um emprego e está a procura de outro) ou seja, estamos chegando no pleno emprego da mão de obra, destacou Garcia.
Durante o encontro, que contou a presença do coordenador do GT Habitação, João Claudio Robusti, do GT Infraestrutura Manuel Rossitto e os coordenadores da Mão de Obra Universitária e da Mão de Obra Especializada, respectivamente, Soridem Rodrigues e Dilson Ferreira, questões sobre capacidade instalada também foram discutidas.
Seja na indústria de materiais de utilização de capacidade instalada seja na economia como um todo em que a taxa de desemprego teve forte redução o contingente de mão de obra, que pode ser capturado rapidamente e treinado para ser colocado numa obra está desaparecendo. E a tendência é que nesse ciclo de crescimento com os eventos da Copa do Mundo, Olimpíadas e Pré-sal a demanda por de mão de obra aumente ainda mais. A expectativa é que a taxa de desemprego se reduza mais na próxima década e chegue ao patamar dos anos 70, época em que a cadeia de construção civil teve um bom desempenho no Brasil com taxa de desemprego de 3,5 a 4,5% ao ano, contou o professor da FGV.
Garcia informou, ainda, que com o aumento do emprego formal e a melhora no nível de qualificação da mão de obra, o setor de construção vai ter de disputar mais os profissionais. O setor vai ter que encontrar meios de tornar esse setor bastante atrativo, argumentou.
Durante o encontro, Rossitto sugeriu estudar o mercado de São Paulo separadamente do resto do Brasil e Robusti propôs a divisão do trabalho em metas, a cada quatro anos com acompanhamento anual.
A terceirização e a redução da jornada de trabalho também são preocupações do Grupo de Trabalho que estuda a mão de obra no Brasil.
Segundo José Carlos de Oliveira Lima, vice-presidente da entidade, membro do Conselho Superior da Construção e diretor-titular do Deconcic, o futuro da mão de obra no Brasil é preocupante. Assim criamos dois grupos especiais Mão de Obra Universitária e Mão de Obra Especializada para estudar formas de preparação adequadas para o setor, declarou.
Dados do Sinduscon e FGV mostram que de julho de 2010 até agora houve um crescimento de emprego de 1% ao mês. O ritmo de contratações vem superando o de demissões e o estoque aumentando 1% ao mês desde janeiro de 2007 com tendência de alta. No segundo trimestre de 2010, segundo a FGV, houve um crescimento sustentável em todas as frentes:
De acordo com esses dados, o emprego na construção civil está crescendo em todas as regiões do País, de 9% a 10% ao ano nas regiões Sul e Sudeste e de 24% a 25% ao ano no Nordeste. A mão de obra qualificada nas construtoras e as vendas de materiais de construção de comércio varejista que apontam também a demanda por produtos que vem do setor formiguinha e para construção de autogestão e que também vão demandar mão de obra para reformas estão crescendo ao ano à taxa de 20% acima da inflação, alertou Garcia.
O mercado brasileiro muito aquecido trouxe, de acordo com o professor da FGV, a queda da taxa de desemprego. Um fenômeno que não acontece especificamente só na construção civil. Toda a atividade econômica está aquecida e há um ritmo de contratação muito forte em todos os setores. O País está chegando a um nível de desemprego a um patamar inferior a 7%. Em algumas regiões, particularmente na região metropolitana de Belo Horizonte, já chegou a 4% considerado o nível mínimo de taxa de desemprego, que é o friccional (pessoa que sai de um emprego e está a procura de outro) ou seja, estamos chegando no pleno emprego da mão de obra, destacou Garcia.
Durante o encontro, que contou a presença do coordenador do GT Habitação, João Claudio Robusti, do GT Infraestrutura Manuel Rossitto e os coordenadores da Mão de Obra Universitária e da Mão de Obra Especializada, respectivamente, Soridem Rodrigues e Dilson Ferreira, questões sobre capacidade instalada também foram discutidas.
Seja na indústria de materiais de utilização de capacidade instalada seja na economia como um todo em que a taxa de desemprego teve forte redução o contingente de mão de obra, que pode ser capturado rapidamente e treinado para ser colocado numa obra está desaparecendo. E a tendência é que nesse ciclo de crescimento com os eventos da Copa do Mundo, Olimpíadas e Pré-sal a demanda por de mão de obra aumente ainda mais. A expectativa é que a taxa de desemprego se reduza mais na próxima década e chegue ao patamar dos anos 70, época em que a cadeia de construção civil teve um bom desempenho no Brasil com taxa de desemprego de 3,5 a 4,5% ao ano, contou o professor da FGV.
Garcia informou, ainda, que com o aumento do emprego formal e a melhora no nível de qualificação da mão de obra, o setor de construção vai ter de disputar mais os profissionais. O setor vai ter que encontrar meios de tornar esse setor bastante atrativo, argumentou.
Durante o encontro, Rossitto sugeriu estudar o mercado de São Paulo separadamente do resto do Brasil e Robusti propôs a divisão do trabalho em metas, a cada quatro anos com acompanhamento anual.
A terceirização e a redução da jornada de trabalho também são preocupações do Grupo de Trabalho que estuda a mão de obra no Brasil.
Segundo José Carlos de Oliveira Lima, vice-presidente da entidade, membro do Conselho Superior da Construção e diretor-titular do Deconcic, o futuro da mão de obra no Brasil é preocupante. Assim criamos dois grupos especiais Mão de Obra Universitária e Mão de Obra Especializada para estudar formas de preparação adequadas para o setor, declarou.
22 de setembro de 2010
Acesso a financiamento imobiliário é quase cinco vezes maior na alta renda
Apenas 1,69% dos brasileiros da classe E possui acesso a financiamento imobiliário. O percentual é quase cinco vezes maior nas classes AB, subindo para 7,74%. O resultado é de uma pesquisa do Centro de Políticas Sociais da FGV (Fundação Getúlio Vargas), divulgada na semana passada.
Em termos de moradia, observamos que a série se mantém mais ou menos estável desde 2004, com pequena queda se considerarmos a variação entre 2003 e 2009, afirma o relatório.
Na classe C, o acesso ao financiamento imobiliário foi de 4,97% no ano passado, enquanto na classe D, de 2,98%.
O levantamento mostrou que diminuiu a proporção das famílias com moradia própria já paga, de 71,27% em 2008 para 70,58% em 2009. Também caiu o percentual de famílias com casa própria, porém, ainda pagando: de 4,35% em 2008 para 4,29% em 2009.
Mais aluguéis caros
Os números apresentam ainda um crescimento no número de moradias nas quais o valor do aluguel está acima da média. O aluguel mais caro, segundo a FGV, pode ser interpretado como melhoria na qualidade de moradia.
As famílias em imóveis nessas condições aumentaram 89,8% no acumulado desde 2003. Naquele ano, 4,73% das famílias pagavam aluguel acima da média. Em 2008 esse número já era de 8,19%, subindo para 8,98% no ano passado.
Já as famílias que pagam aluguéis mais baratos que a média eram 8,70% em 2003, caindo para 7,17% em 2008 e para 6,80% no ano passado.
Em termos de moradia, observamos que a série se mantém mais ou menos estável desde 2004, com pequena queda se considerarmos a variação entre 2003 e 2009, afirma o relatório.
Na classe C, o acesso ao financiamento imobiliário foi de 4,97% no ano passado, enquanto na classe D, de 2,98%.
O levantamento mostrou que diminuiu a proporção das famílias com moradia própria já paga, de 71,27% em 2008 para 70,58% em 2009. Também caiu o percentual de famílias com casa própria, porém, ainda pagando: de 4,35% em 2008 para 4,29% em 2009.
Mais aluguéis caros
Os números apresentam ainda um crescimento no número de moradias nas quais o valor do aluguel está acima da média. O aluguel mais caro, segundo a FGV, pode ser interpretado como melhoria na qualidade de moradia.
As famílias em imóveis nessas condições aumentaram 89,8% no acumulado desde 2003. Naquele ano, 4,73% das famílias pagavam aluguel acima da média. Em 2008 esse número já era de 8,19%, subindo para 8,98% no ano passado.
Já as famílias que pagam aluguéis mais baratos que a média eram 8,70% em 2003, caindo para 7,17% em 2008 e para 6,80% no ano passado.
21 de setembro de 2010
Cresce o número de empregos formais no setor da Construção
Pesquisa do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgada nesta quinta-feira (16) revela que o número de empregos com carteira assinada criados no mês de agosto deste ano somou 299.415.
De acordo com o MTE, esse é o melhor resultado para meses de agosto de toda a série histórica do Caged, que começou em 1992.
Até o momento, o melhor agosto havia sido registrado em 2009, quando foram abertos 242.126 postos formais de emprego.
O resultado também representa a retomada dos recordes históricos, que não haviam sido registrados em junho e julho deste ano.
Entre janeiro e maio de 2010, a criação de empregos formais havia sido a melhor, para estes meses, desde 1992.
No acumulado de janeiro a agosto deste ano, foram gerados 1,95 milhão de empregos com carteira assinada, o que também representa novo recorde da série histórica.
O recorde anterior, para este período, foi em 2008, com a abertura de 1,8 milhão de vagas formais.
No setor da construção, foram gerados 40.138 postos de trabalho.
De acordo com o MTE, esse é o melhor resultado para meses de agosto de toda a série histórica do Caged, que começou em 1992.
Até o momento, o melhor agosto havia sido registrado em 2009, quando foram abertos 242.126 postos formais de emprego.
O resultado também representa a retomada dos recordes históricos, que não haviam sido registrados em junho e julho deste ano.
Entre janeiro e maio de 2010, a criação de empregos formais havia sido a melhor, para estes meses, desde 1992.
No acumulado de janeiro a agosto deste ano, foram gerados 1,95 milhão de empregos com carteira assinada, o que também representa novo recorde da série histórica.
O recorde anterior, para este período, foi em 2008, com a abertura de 1,8 milhão de vagas formais.
No setor da construção, foram gerados 40.138 postos de trabalho.
20 de setembro de 2010
Avaliação criteriosa do valor do imóvel é fundamental para manter vendas aquecidas
Em plena ascensão, o mercado imobiliário está aquecido e, com ele, a valorização dos imóveis. O otimismo do setor e o momento único, que promete ser apenas o início de um longo período promissor para o segmento, fazem surgir no mercado de corretagem um temor cada vez mais frequente, capaz de comprometer a onda de sucesso iniciada em 2004. A liberalidade dos proprietários em estabelecer o valor de venda de casas e apartamentos, desconsiderando as avaliações minuciosas das corretoras, tem sido uma preocupação recorrente do diretor-presidente da Lar Imóveis, Luiz Antônio Rodrigues. Ele acredita que, mantida a tendência atual, futuramente poderá haver uma estagnação do mercado de compra e venda. "Isso porque quem quer vender estabelece preços irreais, muito acima dos valores praticados pelo mercado, o que dificulta a negociação da unidade. Podemos chegar a um ponto em que quem quer comprar não vai conseguir, porque os preços estarão muito elevados, e quem quer vender não vai concluir o negócio por falta de demanda", avalia. Em entrevista ao Jornal Estado de Minas, Luiz Antônio explica como a atuação dos corretores é determinante para manter o equilíbrio do mercado e faz um alerta aos proprietários sobre a necessidade de uma avaliação mais criteriosa do valor do imóvel, considerando as condições reais de valorização.
Um apartamento vendido hoje por R$ 300 mil, amanhã, custa R$ 320 mil e daqui a seis meses, R$ 400 mil. A recente escalada nos valores dos imóveis não é consequência direta do bom momento vivido pelo mercado, mas sim do anseio dos proprietários em tirar proveito do cenário positivo e tentar valorizar ao máximo seus imóveis. Com a fixação ilusória de preços, sem considerar a avaliação do mercado, cria-se um cenário perigoso para o setor, na avaliação de Luiz Antônio Rodrigues, diretor-presidente da Lar Imóveis.
Como os imóveis são avaliados hoje e qual a influência que os proprietários estão exercendo sobre esse processo de definição do valor da unidade?
O valor é estabelecido de acordo com uma avaliação criteriosa, observado o metro quadrado, o ponto comercial, além do preço de comercialização recente de outras unidades no mesmo prédio ou região. Esses fatores têm que ser considerados. O proprietário não pode simplesmente acordar hoje e imaginar um valor do seu imóvel, como vem ocorrendo cada vez com mais frequência. As pessoas estão estabelecendo preços aleatórios sem serem capazes de justificar o porquê daquele valor. É preciso considerar a realidade do mercado imobiliário.
Os imóveis estão supervalorizados em decorrência dessa prática?
Ainda não existe uma supervalorização, mas o perigo é que isso venha a ocorrer. Os proprietários de imóveis têm que se conscientizar de que não é possível estabelecer preços a bel-prazer e que, além disso, a oferta e a procura estão equilibradas. Tanto há grande oferta quanto grande procura. A manutenção desse cenário pode vir a travar o mercado de compra e venda.
As benfeitorias podem ser fator de decisão sobre o valor da propriedade?
Elas facilitam as vendas. Um apartamento que está bem decorado é vendido mais rápido do que aquele que não está tão bem equipado. Mas isso não significa que ele terá um valor tão superior, somente que terá um tempo de comercialização reduzido.
O aquecimento do mercado estaria incentivando essa prática?
Sim, mas os proprietários não devem abusar desse aquecimento, que pode se tornar um veneno mais tarde e desequilibrar o que hoje está em sintonia, travando o mercado. Não queremos que haja um colapso na área imobiliária.
Os corretores aceitam negociar com os valores previstos pelos proprietários? Por que isso ocorre? Está relacionado às comissões mais altas?
Eles aceitam para ter oferta de unidades, mas não pode ser relacionado à comissão. Isso porque só se paga comissão em trabalhos bem-sucedidos, em que houve efetivamente a venda. Nos casos de imóveis acima do valor de mercado, o negócio não é finalizado e a unidade acaba ficando encalhada. Portanto, não há pagamento de comissão.
Ao comprar um apartamento supervalorizado, o investidor corre o risco de, no futuro, perder dinheiro com a avaliação real do imóvel?
Isso não ocorre porque essas unidades não conseguem ser comercializadas. Os compradores têm cada vez mais conhecimento e informação sobre os valores e não compram se o imóvel não estiver dentro das expectativas reais de comercialização. Por isso o investidor não corre esse risco.(LugarCerto/Uai)
Um apartamento vendido hoje por R$ 300 mil, amanhã, custa R$ 320 mil e daqui a seis meses, R$ 400 mil. A recente escalada nos valores dos imóveis não é consequência direta do bom momento vivido pelo mercado, mas sim do anseio dos proprietários em tirar proveito do cenário positivo e tentar valorizar ao máximo seus imóveis. Com a fixação ilusória de preços, sem considerar a avaliação do mercado, cria-se um cenário perigoso para o setor, na avaliação de Luiz Antônio Rodrigues, diretor-presidente da Lar Imóveis.
Como os imóveis são avaliados hoje e qual a influência que os proprietários estão exercendo sobre esse processo de definição do valor da unidade?
O valor é estabelecido de acordo com uma avaliação criteriosa, observado o metro quadrado, o ponto comercial, além do preço de comercialização recente de outras unidades no mesmo prédio ou região. Esses fatores têm que ser considerados. O proprietário não pode simplesmente acordar hoje e imaginar um valor do seu imóvel, como vem ocorrendo cada vez com mais frequência. As pessoas estão estabelecendo preços aleatórios sem serem capazes de justificar o porquê daquele valor. É preciso considerar a realidade do mercado imobiliário.
Os imóveis estão supervalorizados em decorrência dessa prática?
Ainda não existe uma supervalorização, mas o perigo é que isso venha a ocorrer. Os proprietários de imóveis têm que se conscientizar de que não é possível estabelecer preços a bel-prazer e que, além disso, a oferta e a procura estão equilibradas. Tanto há grande oferta quanto grande procura. A manutenção desse cenário pode vir a travar o mercado de compra e venda.
As benfeitorias podem ser fator de decisão sobre o valor da propriedade?
Elas facilitam as vendas. Um apartamento que está bem decorado é vendido mais rápido do que aquele que não está tão bem equipado. Mas isso não significa que ele terá um valor tão superior, somente que terá um tempo de comercialização reduzido.
O aquecimento do mercado estaria incentivando essa prática?
Sim, mas os proprietários não devem abusar desse aquecimento, que pode se tornar um veneno mais tarde e desequilibrar o que hoje está em sintonia, travando o mercado. Não queremos que haja um colapso na área imobiliária.
Os corretores aceitam negociar com os valores previstos pelos proprietários? Por que isso ocorre? Está relacionado às comissões mais altas?
Eles aceitam para ter oferta de unidades, mas não pode ser relacionado à comissão. Isso porque só se paga comissão em trabalhos bem-sucedidos, em que houve efetivamente a venda. Nos casos de imóveis acima do valor de mercado, o negócio não é finalizado e a unidade acaba ficando encalhada. Portanto, não há pagamento de comissão.
Ao comprar um apartamento supervalorizado, o investidor corre o risco de, no futuro, perder dinheiro com a avaliação real do imóvel?
Isso não ocorre porque essas unidades não conseguem ser comercializadas. Os compradores têm cada vez mais conhecimento e informação sobre os valores e não compram se o imóvel não estiver dentro das expectativas reais de comercialização. Por isso o investidor não corre esse risco.(LugarCerto/Uai)
17 de setembro de 2010
No 2º trimestre construção já atingiu o auge.
Analistas e dirigentes do mercado imobiliário descartam risco de superaquecimento, mas deixam alerta
Rio. O aquecimento na construção civil parece ter atingido o auge no final do segundo trimestre deste ano. Dados levantados pelo IBGE e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) a pedido da Agência Estado mostram que o setor bateu recordes em diversas frentes até julho.
Analistas e dirigentes do mercado imobiliário descartam risco de superaquecimento, mas fazem um alerta: gargalos como investimentos insuficientes para aumentar capacidade e falta de mão-de-obra qualificada podem prejudicar o forte ritmo de crescimento do setor.
O IBGE informou que a produção industrial de insumos para construção civil subiu 16,3% no primeiro semestre deste ano contra igual semestre de 2009, maior elevação da série iniciada em 1991. O aumento do número de empreendimentos residenciais é puxado, principalmente, pelo programa do governo "Minha Casa, Minha Vida".
O setor tem ainda pela frente obras de infraestrutura necessárias à Copa do Mundo em 2014 e à Olimpíada em 2016. Em palestra para empresários na quarta-feira no Rio, o ministro da Fazenda Guido Mantega comentou que o crescimento na produção de insumos para a construção opera em ritmo "chinês". "Eu diria que as empreiteiras não têm dado conta de todos os projetos que tem pela frente", afirmou, classificando o setor com um dos mais "dinâmicos" do País.
Recorde
A alta de 16,4% do Produto Interno Bruto (PIB) da construção no segundo trimestre deste ano sobre igual período do ano passado foi recorde histórico. Além disso, a utilização da capacidade instalada da construção atingiu em junho e em julho de 2010 o nível mais alto da série iniciada em 1995, ambos com 91,7%.
O analista do setor de construção da Fator Corretora, Eduardo Silveira, lembra que o aquecimento na construção é um fenômeno acompanhado pelo mercado desde 2007, quando as ofertas de financiamento à construção e as compras de imóveis começaram a crescer de forma mais expressiva.
"Não acho que corremos risco de superaquecimento", afirmou, destacando a necessidade de investimentos em aumento de capacidade para atender a forte demanda. "Acho que os níveis (de capacidade e produção) na construção estão muito altos. Temos que ter mais investimento", comentou.
Silveira alertou ainda que a ausência de mão de obra qualificada, principalmente de engenheiros, é um problema antigo do mercado. Entretanto, a pobre oferta de profissionais na construção começa a ser sentida com mais força este ano. "Demora de quatro a cinco anos para se formar um engenheiro, um profissional mais qualificado; isso (a falta de mão de obra) é um grande risco para o setor", disse.
A falta de profissionais já começa a se refletir nos preços. O coordenador de Análises Econômicas da FGV Salomão Quadros comentou que os preços de mão de obra na construção civil acumulados até a primeira prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de setembro subiram 8,11%, mais que o dobro da inflação no varejo, para o mesmo período.(DiariodoNordeste)
Rio. O aquecimento na construção civil parece ter atingido o auge no final do segundo trimestre deste ano. Dados levantados pelo IBGE e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) a pedido da Agência Estado mostram que o setor bateu recordes em diversas frentes até julho.
Analistas e dirigentes do mercado imobiliário descartam risco de superaquecimento, mas fazem um alerta: gargalos como investimentos insuficientes para aumentar capacidade e falta de mão-de-obra qualificada podem prejudicar o forte ritmo de crescimento do setor.
O IBGE informou que a produção industrial de insumos para construção civil subiu 16,3% no primeiro semestre deste ano contra igual semestre de 2009, maior elevação da série iniciada em 1991. O aumento do número de empreendimentos residenciais é puxado, principalmente, pelo programa do governo "Minha Casa, Minha Vida".
O setor tem ainda pela frente obras de infraestrutura necessárias à Copa do Mundo em 2014 e à Olimpíada em 2016. Em palestra para empresários na quarta-feira no Rio, o ministro da Fazenda Guido Mantega comentou que o crescimento na produção de insumos para a construção opera em ritmo "chinês". "Eu diria que as empreiteiras não têm dado conta de todos os projetos que tem pela frente", afirmou, classificando o setor com um dos mais "dinâmicos" do País.
Recorde
A alta de 16,4% do Produto Interno Bruto (PIB) da construção no segundo trimestre deste ano sobre igual período do ano passado foi recorde histórico. Além disso, a utilização da capacidade instalada da construção atingiu em junho e em julho de 2010 o nível mais alto da série iniciada em 1995, ambos com 91,7%.
O analista do setor de construção da Fator Corretora, Eduardo Silveira, lembra que o aquecimento na construção é um fenômeno acompanhado pelo mercado desde 2007, quando as ofertas de financiamento à construção e as compras de imóveis começaram a crescer de forma mais expressiva.
"Não acho que corremos risco de superaquecimento", afirmou, destacando a necessidade de investimentos em aumento de capacidade para atender a forte demanda. "Acho que os níveis (de capacidade e produção) na construção estão muito altos. Temos que ter mais investimento", comentou.
Silveira alertou ainda que a ausência de mão de obra qualificada, principalmente de engenheiros, é um problema antigo do mercado. Entretanto, a pobre oferta de profissionais na construção começa a ser sentida com mais força este ano. "Demora de quatro a cinco anos para se formar um engenheiro, um profissional mais qualificado; isso (a falta de mão de obra) é um grande risco para o setor", disse.
A falta de profissionais já começa a se refletir nos preços. O coordenador de Análises Econômicas da FGV Salomão Quadros comentou que os preços de mão de obra na construção civil acumulados até a primeira prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de setembro subiram 8,11%, mais que o dobro da inflação no varejo, para o mesmo período.(DiariodoNordeste)
16 de setembro de 2010
Segundo IBGE, construção civil cresceu 16,4% no segundo trimestre de 2010
construção civil registrou expansão de 16,4% no segundo trimestre de 2010, em relação a igual período do ano passado, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A alta, que pode ser justificada pelo contínuo crescimento do financiamento imobiliário, pelo incremento do emprego formal e pelo crescimento da renda, também reflete a base deprimida de comparação.
No segundo trimestre de 2009, o setor sentia os reflexos da crise econômica e, por isso, apresentou queda de 9,3% no conjunto das suas atividades. No primeiro semestre de 2010, a construção civil cresceu 15,7% (em relação aos primeiros seis meses de 2009).
De acordo com o Banco de Dados da CBIC, os números positivos observados na geração de vagas formais, já sinalizavam o desempenho mais satisfatório do setor.
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, revelam que nos primeiros seis meses de 2010 a construção gerou um saldo de 230.019 novas vagas formais de trabalho em todo o país, enquanto, em igual período do ano anterior foram geradas 79.405 vagas.
Outro resultado que também ajuda a compreender o desempenho do setor diz respeito ao financiamento imobiliário.
Segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o número de unidades financiadas no país (com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo - SBPE) cresceu 51,47% no primeiro semestre de 2010 (também em relação a igual período do ano anterior).
Assim, enquanto nos primeiros seis meses de 2009 foram financiadas 123.881 unidades, em iguais meses de 2010 este número saltou para 187.641 unidades.
Já o Produto Interno Bruto (PIB) do país, de acordo com o IBGE, cresceu 1,2% no segundo trimestre de 2010 em relação aos primeiros três meses do ano (na série com ajuste sazonal).
Este resultado, que foi inferior ao observado no período de janeiro a março, quando o país cresceu 2,7% em comparação ao quarto trimestre de 2009, superou as expectativas dos analistas de mercado, que esperavam avanço de 0,5% a 1,0%.
Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, o PIB nacional cresceu 8,8%.
A alta, que pode ser justificada pelo contínuo crescimento do financiamento imobiliário, pelo incremento do emprego formal e pelo crescimento da renda, também reflete a base deprimida de comparação.
No segundo trimestre de 2009, o setor sentia os reflexos da crise econômica e, por isso, apresentou queda de 9,3% no conjunto das suas atividades. No primeiro semestre de 2010, a construção civil cresceu 15,7% (em relação aos primeiros seis meses de 2009).
De acordo com o Banco de Dados da CBIC, os números positivos observados na geração de vagas formais, já sinalizavam o desempenho mais satisfatório do setor.
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, revelam que nos primeiros seis meses de 2010 a construção gerou um saldo de 230.019 novas vagas formais de trabalho em todo o país, enquanto, em igual período do ano anterior foram geradas 79.405 vagas.
Outro resultado que também ajuda a compreender o desempenho do setor diz respeito ao financiamento imobiliário.
Segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o número de unidades financiadas no país (com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo - SBPE) cresceu 51,47% no primeiro semestre de 2010 (também em relação a igual período do ano anterior).
Assim, enquanto nos primeiros seis meses de 2009 foram financiadas 123.881 unidades, em iguais meses de 2010 este número saltou para 187.641 unidades.
Já o Produto Interno Bruto (PIB) do país, de acordo com o IBGE, cresceu 1,2% no segundo trimestre de 2010 em relação aos primeiros três meses do ano (na série com ajuste sazonal).
Este resultado, que foi inferior ao observado no período de janeiro a março, quando o país cresceu 2,7% em comparação ao quarto trimestre de 2009, superou as expectativas dos analistas de mercado, que esperavam avanço de 0,5% a 1,0%.
Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, o PIB nacional cresceu 8,8%.
15 de setembro de 2010
Minha Casa, Minha Vida cumpre 63% da meta
A Caixa Econômica Federal informou hoje que o programa de habitação "Minha Casa, Minha Vida" atingiu 630 886 contratos assinados em âmbito nacional desde o seu lançamento, em abril do ano passado, no valor de 35,85 bilhões de reais. O montante corresponde a 63% da meta. Em 6 de setembro, a instituição também registrava 418.860 propostas em análise. Considerando apenas 2010, o número de contratos assinados corresponde a 355 358 unidades no valor de 21,8 bilhões de reais.
Do total contratado desde o lançamento do programa, 292 229 unidades (46%) atenderam a faixa de renda até três salários mínimos, enquanto 65 191 unidades (10%) contaram com recursos do Orçamento Geral da União (OGU). No mesmo período também foram financiadas 196 649 unidades (31%) pelo programa para famílias com renda de três a seis salários, enquanto 76 817 (12%) atenderam a faixa de renda de seis a dez salários.
Dentro do programa já foram entregues 160 883 unidades e a expectativa da instituição é de entregar mais 101 494 habitações até o final do ano. Pelos cálculos do vice-presidente de governo da Caixa, Jorge Hereda, neste ano ainda serão entregues 78 086 unidades para a faixa de renda de até três salários mínimos - com recursos do Orçamento - mais 2 707 unidades para essa mesma faixa de renda, além de 13 841 unidades para as famílias com renda de três a seis salários e 6.860 unidades na faixa de renda de seis a dez salários.
No Estado de São Paulo já foram contratadas 125 103 unidades habitacionais no mesmo período dentro do programa, totalizando 8,5 bilhões de reais. Em 2010, o montante total financiado pela Caixa para a casa própria no Estado chega a 12,8 bilhões de reais, beneficiando 170 132 famílias. Conforme comunicado da instituição, se mantido esse ritmo até o final do ano, a expectativa é de que o volume financiado pelo banco no Estado irá superar os 18 bilhões de reais.(Com Agência Estado)
Do total contratado desde o lançamento do programa, 292 229 unidades (46%) atenderam a faixa de renda até três salários mínimos, enquanto 65 191 unidades (10%) contaram com recursos do Orçamento Geral da União (OGU). No mesmo período também foram financiadas 196 649 unidades (31%) pelo programa para famílias com renda de três a seis salários, enquanto 76 817 (12%) atenderam a faixa de renda de seis a dez salários.
Dentro do programa já foram entregues 160 883 unidades e a expectativa da instituição é de entregar mais 101 494 habitações até o final do ano. Pelos cálculos do vice-presidente de governo da Caixa, Jorge Hereda, neste ano ainda serão entregues 78 086 unidades para a faixa de renda de até três salários mínimos - com recursos do Orçamento - mais 2 707 unidades para essa mesma faixa de renda, além de 13 841 unidades para as famílias com renda de três a seis salários e 6.860 unidades na faixa de renda de seis a dez salários.
No Estado de São Paulo já foram contratadas 125 103 unidades habitacionais no mesmo período dentro do programa, totalizando 8,5 bilhões de reais. Em 2010, o montante total financiado pela Caixa para a casa própria no Estado chega a 12,8 bilhões de reais, beneficiando 170 132 famílias. Conforme comunicado da instituição, se mantido esse ritmo até o final do ano, a expectativa é de que o volume financiado pelo banco no Estado irá superar os 18 bilhões de reais.(Com Agência Estado)
14 de setembro de 2010
BB negocia parcerias com construtoras e imobiliárias
BRASÍLIA - O Banco do Brasil (BB) negocia parcerias com consultorias e imobiliárias para ampliar sua presença no crédito habitacional. O modelo de referência é o do Banco Itaú, que se associou com a Lopes há mais de dois anos e, recentemente, fechou parceria com a imobiliária Coelho da Fonseca, voltada para o mercado de imóveis para um público com maior renda.
O vice-presidente de cartões e novos negócios do BB, Paulo Rogério Caffarelli, confirmou que o banco está se movimentando nesse sentido, mas não quis mencionar nomes de potenciais parceiros. Para Caffarelli, essas parcerias permitem simplificar a oferta do financiamento. O ideal seria, segundo ele, deixar o funcionamento do segmento semelhante ao que ocorre no ramo de veículos, em que o financiamento é feito em conjunto com a venda do carro na concessionária, em uma operação simples sem a necessidade de ir ao banco.
Ele destacou que, com apenas dois anos de atuação no financiamento habitacional e sem essas parcerias, o banco estatal passou o HSBC e já é o quinto maior do mercado no segmento. Agora, a meta é ultrapassar o Bradesco, que hoje ocupa a quarta colocação. ?O BB veio para ser um grande player nesse mercado?, disse o executivo, destacando que o banco conta com R$ 7 bilhões de recursos para emprestar no crédito imobiliário. O banco já emprestou neste ano R$ 2,1 bilhões e a projeção de Caffarelli é de que o volume concedido pelo BB atinja os R$ 3 bilhões até o fim de 2010.
Além da busca por parcerias com consultorias e corretoras imobiliárias, a estratégia do BB passa pela atuação com as construtoras para o financiamento dos próprios empreendimentos. Esse crédito é destinado a quem constrói - e não a quem compra o imóvel. Caffarelli disse que o BB já trabalha com as 16 maiores construtoras do País.
Esses contratos têm potencial de, em uma segunda etapa, levar ao BB os clientes finais que comprarão as unidades construídas. Apesar de demonstrar apetite por crescer no ramo imobiliário, Caffarelli faz questão de ressaltar que o banco não disputa mercado com a Caixa Econômica Federal - instituição financeira estatal líder no crédito habitacional e principal operadora do programa ?Minha Casa, Minha Vida?. ?Nós não concorremos com a Caixa, mas com Bradesco, Santander e Itaú?, disse. Ele informou que, no ?Minha Casa, Minha Vida?, o banco deve financiar a construção de 100 mil unidades até o fim de 2011. http://gestor-imobiliario.blogspot.com
Caffarelli destacou ainda que a intenção do governo de avançar no crédito imobiliário é parte de uma estratégia mais ampla de negócios do BB. Isso porque esse produto tem um nível de inadimplência muito baixa e é um catalisador de fidelização do cliente. Como os contratos são de prazo longo, o cliente passa a ter uma relação de muitos anos com o banco.(estadao)
O vice-presidente de cartões e novos negócios do BB, Paulo Rogério Caffarelli, confirmou que o banco está se movimentando nesse sentido, mas não quis mencionar nomes de potenciais parceiros. Para Caffarelli, essas parcerias permitem simplificar a oferta do financiamento. O ideal seria, segundo ele, deixar o funcionamento do segmento semelhante ao que ocorre no ramo de veículos, em que o financiamento é feito em conjunto com a venda do carro na concessionária, em uma operação simples sem a necessidade de ir ao banco.
Ele destacou que, com apenas dois anos de atuação no financiamento habitacional e sem essas parcerias, o banco estatal passou o HSBC e já é o quinto maior do mercado no segmento. Agora, a meta é ultrapassar o Bradesco, que hoje ocupa a quarta colocação. ?O BB veio para ser um grande player nesse mercado?, disse o executivo, destacando que o banco conta com R$ 7 bilhões de recursos para emprestar no crédito imobiliário. O banco já emprestou neste ano R$ 2,1 bilhões e a projeção de Caffarelli é de que o volume concedido pelo BB atinja os R$ 3 bilhões até o fim de 2010.
Além da busca por parcerias com consultorias e corretoras imobiliárias, a estratégia do BB passa pela atuação com as construtoras para o financiamento dos próprios empreendimentos. Esse crédito é destinado a quem constrói - e não a quem compra o imóvel. Caffarelli disse que o BB já trabalha com as 16 maiores construtoras do País.
Esses contratos têm potencial de, em uma segunda etapa, levar ao BB os clientes finais que comprarão as unidades construídas. Apesar de demonstrar apetite por crescer no ramo imobiliário, Caffarelli faz questão de ressaltar que o banco não disputa mercado com a Caixa Econômica Federal - instituição financeira estatal líder no crédito habitacional e principal operadora do programa ?Minha Casa, Minha Vida?. ?Nós não concorremos com a Caixa, mas com Bradesco, Santander e Itaú?, disse. Ele informou que, no ?Minha Casa, Minha Vida?, o banco deve financiar a construção de 100 mil unidades até o fim de 2011. http://gestor-imobiliario.blogspot.com
Caffarelli destacou ainda que a intenção do governo de avançar no crédito imobiliário é parte de uma estratégia mais ampla de negócios do BB. Isso porque esse produto tem um nível de inadimplência muito baixa e é um catalisador de fidelização do cliente. Como os contratos são de prazo longo, o cliente passa a ter uma relação de muitos anos com o banco.(estadao)
Credito Imobiliario ganha reforço
O crédito imobiliário nunca foi tão farto e de fácil acesso no Brasil. Somente este ano, até o início deste mês, a Caixa Econômica Federal (CEF) já emprestou R$ 47,6 bilhões em financiamentos habitacionais, mais do que os R$ 47,05 bilhões alcançados em todo o ano de 2009. O desempenho do setor já fez o banco aumentar as projeções do volume financiado até dezembro, saltando de R$ 60 bilhões para R$ 70 bilhões um reforço, portanto, de R$ 10 bi. Mantido o ritmo atual de contratações, o crédito imobiliário da Caixa deve atingir R$ 70 bilhões até o fim do ano. O mais importante é que não se trata de um acontecimento sazonal ou isolado, mas, sim, de um círculo virtuoso sustentável, afirmou a presidenta do banco, Maria Fernanda Ramos Coelho.
Se as previsões forem concretizadas, 2010 terminará com alta de 48,8% no valor dos financiamentos imobiliários, um recorde absoluto em relação aos anos anteriores. O balanço também revela que o número de financiamentos, 773.247 até setembro, já equivale a 86,2% do total de 2009, quando foram assinados 896.762 contratos e deve fechar o ano em mais de um milhão de imóveis financiados. Segundo estimativas do banco, diariamente são emprestados mais de R$ 278,5 milhões para a habitação e 4,5 mil novos contratos são fechados.
Mas não é só o país que experimenta números inéditos. Minas Gerais também deve fechar com altas expressivas em relação a 2009. No acumulado no ano até setembro, já foram contratados R$ 5,47 bilhões em todos os programas habitacionais do banco no estado, o equivalente a 11,5% do total nacional, percentual superior à contribuição histórica de 10%. O período de crédito abundante é comemorado pela auxiliar administrativo Nizia Floresta Moura Feitoza, que acabou de financiar R$ 45 mil para a compra do novo apartamento. A negociação foi rápida e tranquila, sem muita burocracia, afirma. Prestes a receber as chaves do apartamento de dois quartos, ela já faz os cálculos para quitar a dívida na metade do tempo contratado. Está financiado em 10 anos, mas pretendo pagar em cinco, planeja.
Se mantido o ritmo atual de empréstimos, o estado deve alcançar R$ 8 bilhões em financiamentos imobiliários este ano, contra R$ 5,796 em 2009, uma elevação de 38%. Neste mesmo período no ano passado, tínhamos contratado R$ 3,527 bilhões e já superamos este número em 55%. Em unidades vendidas, o número saltou de 75.708 contratos para 125.394, alta de 65,6%, afirma o gerente regional da Caixa Econômica Federal (CEF) em Minas Gerais, Marivaldo Araújo Ribeiro.
Em todo o Brasil, do total aplicado pela Caixa, R$ 21,4 bilhões tiveram como fonte de recursos a caderneta de poupança e R$ 20,7 bilhões vieram do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), sendo o restante de outras fontes. Em Minas Gerais, a poupança foi responsável por R$ 2,637 bilhões e o FGTS de R$ 2,831. Desse volume do FGTS, tem uma parte que é o do FAR (Fundo de Arrendamento Residencial), correspondente a R$ 565 milhões. A novidade foi o Minha casa, minha vida com recursos do FGTS que voltou a competir com o volume de contratações da poupança, explica Marivaldo.
NOVOS RECURSOS Com recordes atrás de recordes, a Caixa já começa a se preparar para a possível escassez de recursos da poupança para o financiamento imobiliário. Já estamos preocupados com o futuro, mas para os próximos três ou quatro anos temos recursos suficientes. Persistindo esse crescimento, há uma preocupação de criar novas fontes de financiamento, afirma Marivaldo.
Ainda este ano, o banco já planeja iniciar a venda de Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) em suas agências. Devem ser emitidos de R$ 300 a R$ 400 milhões de CRI como um teste de captação. Verificada a aceitação do mercado, deveremos avançar nas emissões, acrescenta Marivaldo. De acordo com Jorge Hereda, vice-presidente de Governo da Caixa, cerca de R$ 20 bilhões já estariam prontos para uma securitização, com "nível de padrão de contratos semelhante" e "taxas de juros que podem ser compatíveis para esse mercado que existe hoje".
Os contratos habitacionais da Caixa que tiveram como fonte de financiamento os recursos do FGTS também estão sendo avaliados na securitização da carteira de crédito do banco. "Nada está descartado. Estamos iniciando o processo e fazendo análises. A questão de securitizar fundo de garantia passa muito pelas condições de juros que existem na economia", acrescentou Hereda. Investimentos internacionais também são estudados. Há interesses externos de trazer recursos através de fundos imobiliários, securitização e outros. Este é um mercado muito propício, avalia Marivaldo.
A Caixa garante que alternativas não faltam e que o brasileiro interessado em comprar a casa própria deve ficar tranquilo. As famílias não precisam ficar preocupadas porque novas alternativas estão sendo estudadas. O governo não vai deixar que este ciclo virtuoso para a habitação seja interrompido. Ainda temos um déficit habitacional enorme a ser resolvido, pondera Marivaldo. (Com agências)
Se as previsões forem concretizadas, 2010 terminará com alta de 48,8% no valor dos financiamentos imobiliários, um recorde absoluto em relação aos anos anteriores. O balanço também revela que o número de financiamentos, 773.247 até setembro, já equivale a 86,2% do total de 2009, quando foram assinados 896.762 contratos e deve fechar o ano em mais de um milhão de imóveis financiados. Segundo estimativas do banco, diariamente são emprestados mais de R$ 278,5 milhões para a habitação e 4,5 mil novos contratos são fechados.
Mas não é só o país que experimenta números inéditos. Minas Gerais também deve fechar com altas expressivas em relação a 2009. No acumulado no ano até setembro, já foram contratados R$ 5,47 bilhões em todos os programas habitacionais do banco no estado, o equivalente a 11,5% do total nacional, percentual superior à contribuição histórica de 10%. O período de crédito abundante é comemorado pela auxiliar administrativo Nizia Floresta Moura Feitoza, que acabou de financiar R$ 45 mil para a compra do novo apartamento. A negociação foi rápida e tranquila, sem muita burocracia, afirma. Prestes a receber as chaves do apartamento de dois quartos, ela já faz os cálculos para quitar a dívida na metade do tempo contratado. Está financiado em 10 anos, mas pretendo pagar em cinco, planeja.
Se mantido o ritmo atual de empréstimos, o estado deve alcançar R$ 8 bilhões em financiamentos imobiliários este ano, contra R$ 5,796 em 2009, uma elevação de 38%. Neste mesmo período no ano passado, tínhamos contratado R$ 3,527 bilhões e já superamos este número em 55%. Em unidades vendidas, o número saltou de 75.708 contratos para 125.394, alta de 65,6%, afirma o gerente regional da Caixa Econômica Federal (CEF) em Minas Gerais, Marivaldo Araújo Ribeiro.
Em todo o Brasil, do total aplicado pela Caixa, R$ 21,4 bilhões tiveram como fonte de recursos a caderneta de poupança e R$ 20,7 bilhões vieram do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), sendo o restante de outras fontes. Em Minas Gerais, a poupança foi responsável por R$ 2,637 bilhões e o FGTS de R$ 2,831. Desse volume do FGTS, tem uma parte que é o do FAR (Fundo de Arrendamento Residencial), correspondente a R$ 565 milhões. A novidade foi o Minha casa, minha vida com recursos do FGTS que voltou a competir com o volume de contratações da poupança, explica Marivaldo.
NOVOS RECURSOS Com recordes atrás de recordes, a Caixa já começa a se preparar para a possível escassez de recursos da poupança para o financiamento imobiliário. Já estamos preocupados com o futuro, mas para os próximos três ou quatro anos temos recursos suficientes. Persistindo esse crescimento, há uma preocupação de criar novas fontes de financiamento, afirma Marivaldo.
Ainda este ano, o banco já planeja iniciar a venda de Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) em suas agências. Devem ser emitidos de R$ 300 a R$ 400 milhões de CRI como um teste de captação. Verificada a aceitação do mercado, deveremos avançar nas emissões, acrescenta Marivaldo. De acordo com Jorge Hereda, vice-presidente de Governo da Caixa, cerca de R$ 20 bilhões já estariam prontos para uma securitização, com "nível de padrão de contratos semelhante" e "taxas de juros que podem ser compatíveis para esse mercado que existe hoje".
Os contratos habitacionais da Caixa que tiveram como fonte de financiamento os recursos do FGTS também estão sendo avaliados na securitização da carteira de crédito do banco. "Nada está descartado. Estamos iniciando o processo e fazendo análises. A questão de securitizar fundo de garantia passa muito pelas condições de juros que existem na economia", acrescentou Hereda. Investimentos internacionais também são estudados. Há interesses externos de trazer recursos através de fundos imobiliários, securitização e outros. Este é um mercado muito propício, avalia Marivaldo.
A Caixa garante que alternativas não faltam e que o brasileiro interessado em comprar a casa própria deve ficar tranquilo. As famílias não precisam ficar preocupadas porque novas alternativas estão sendo estudadas. O governo não vai deixar que este ciclo virtuoso para a habitação seja interrompido. Ainda temos um déficit habitacional enorme a ser resolvido, pondera Marivaldo. (Com agências)
13 de setembro de 2010
Brasil irá demandar 30 milhões de moradias nos próximos 12 anos, diz FGV
Nos próximos 12 anos, o Brasil irá demandar 30 milhões de moradias. A estimativa foi feita pelo professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Fernando Garcia.
Com o projetado crescimento do PIB em mais de 5% até 2022, o Brasil vai entrar para o mapa das oportunidades mundiais, disse ele, segundo informações da Agência Fiesp.
Segundo Garcia, a construção civil tem registrado recorde de crescimento e de contratação de mão de obra, impulsionado principalmente pela isenção do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de alguns materiais, que entram na cadeia produtiva.
Ameaças
O professor está otimista em relação ao cenário futuro, já que acredita que a construção civil e o petróleo serão os setores que mais crescerão nos próximos 12 anos. Além disso, ele afirma que os eventos esportivos que acontecerão no País - Copa do Mundo de 2014 e Olimpíada de 2016 -, trarão investimentos para o setor de serviços, o comércio e a indústria.
Entretanto, existem ameaças a essas expectativas positivas. Os preços da energia elétrica e do gás natural, por exemplo, podem comprometer as indústrias de cimento, vidro, plástico e metais não ferrosos, já que esses setores consomem muita energia em seu processo produtivo, declara.
Ele acrescenta ainda que o problema da escassez da mão de obra pode provocar riscos de desindustrialização ou desintegração em alguns setores.
Com o projetado crescimento do PIB em mais de 5% até 2022, o Brasil vai entrar para o mapa das oportunidades mundiais, disse ele, segundo informações da Agência Fiesp.
Segundo Garcia, a construção civil tem registrado recorde de crescimento e de contratação de mão de obra, impulsionado principalmente pela isenção do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de alguns materiais, que entram na cadeia produtiva.
Ameaças
O professor está otimista em relação ao cenário futuro, já que acredita que a construção civil e o petróleo serão os setores que mais crescerão nos próximos 12 anos. Além disso, ele afirma que os eventos esportivos que acontecerão no País - Copa do Mundo de 2014 e Olimpíada de 2016 -, trarão investimentos para o setor de serviços, o comércio e a indústria.
Entretanto, existem ameaças a essas expectativas positivas. Os preços da energia elétrica e do gás natural, por exemplo, podem comprometer as indústrias de cimento, vidro, plástico e metais não ferrosos, já que esses setores consomem muita energia em seu processo produtivo, declara.
Ele acrescenta ainda que o problema da escassez da mão de obra pode provocar riscos de desindustrialização ou desintegração em alguns setores.
9 de setembro de 2010
Brasil irá demandar 30 milhões de moradias nos próximos 12 anos, diz FGV
Nos próximos 12 anos, o Brasil irá demandar 30 milhões de moradias. A estimativa foi feita pelo professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Fernando Garcia.
Com o projetado crescimento do PIB em mais de 5% até 2022, o Brasil vai entrar para o mapa das oportunidades mundiais, disse ele, segundo informações da Agência Fiesp.
Segundo Garcia, a construção civil tem registrado recorde de crescimento e de contratação de mão de obra, impulsionado principalmente pela isenção do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de alguns materiais, que entram na cadeia produtiva.
Ameaças
O professor está otimista em relação ao cenário futuro, já que acredita que a construção civil e o petróleo serão os setores que mais crescerão nos próximos 12 anos. Além disso, ele afirma que os eventos esportivos que acontecerão no País - Copa do Mundo de 2014 e Olimpíada de 2016 -, trarão investimentos para o setor de serviços, o comércio e a indústria.
Entretanto, existem ameaças a essas expectativas positivas. Os preços da energia elétrica e do gás natural, por exemplo, podem comprometer as indústrias de cimento, vidro, plástico e metais não ferrosos, já que esses setores consomem muita energia em seu processo produtivo, declara.
Ele acrescenta ainda que o problema da escassez da mão de obra pode provocar riscos de desindustrialização ou desintegração em alguns setores.
Com o projetado crescimento do PIB em mais de 5% até 2022, o Brasil vai entrar para o mapa das oportunidades mundiais, disse ele, segundo informações da Agência Fiesp.
Segundo Garcia, a construção civil tem registrado recorde de crescimento e de contratação de mão de obra, impulsionado principalmente pela isenção do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de alguns materiais, que entram na cadeia produtiva.
Ameaças
O professor está otimista em relação ao cenário futuro, já que acredita que a construção civil e o petróleo serão os setores que mais crescerão nos próximos 12 anos. Além disso, ele afirma que os eventos esportivos que acontecerão no País - Copa do Mundo de 2014 e Olimpíada de 2016 -, trarão investimentos para o setor de serviços, o comércio e a indústria.
Entretanto, existem ameaças a essas expectativas positivas. Os preços da energia elétrica e do gás natural, por exemplo, podem comprometer as indústrias de cimento, vidro, plástico e metais não ferrosos, já que esses setores consomem muita energia em seu processo produtivo, declara.
Ele acrescenta ainda que o problema da escassez da mão de obra pode provocar riscos de desindustrialização ou desintegração em alguns setores.
2 de setembro de 2010
Caixa Econômica emitirá títulos para financiar casa própria
O risco de faltar recursos para a casa própria está forçando o governo a uma solução ousada: a emissão de títulos garantidos pelos próprios empréstimos da Caixa Econômica Federal, que só no primeiro semestre alcançaram R$ 33,5 bilhões. A meta é reforçar a instituição para novos financiamentos. Atento à escassez de fontes como a caderneta de poupança, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e o próprio Tesouro Nacional, o Executivo federal prepara uma operação de securitização (conversão dos contratos em papéis negociados no mercado) das dívidas dos mutuários e, assim, injetar dinheiro novo no mercado.
Sem dar detalhes da iniciativa, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), Luciano Coutinho, admitiu na quarta-feira que o governo está desenhando as medidas para incrementar os recursos disponíveis para a habitação. Fontes de alto escalão garantem que o pacote, ainda mantido sob segredo, prevê a emissão de papéis lastreados em contratos de financiamentos da Caixa Econômica Federal, principalmente os do programa de moradias populares. O Minha Casa, Minha Vida será patrocinado pelo mercado, revelou uma delas. A meta é evitar que o projeto lançado para turbinar a campanha da petista Dilma Rousseff ao Palácio do Planalto transforme-se em um verdadeiro fiasco.
A Caixa vai emitir papéis no Brasil e no exterior lastreados em empréstimos imobiliários. Esses títulos, segundo fontes ouvidas pelo Correio, vão pagar entre 4% e 8% ao ano. Os analistas chegaram à conclusão de que o mercado para investidores de outros países em empreendimentos imobiliários para a classe mais abastada está saturado e que o nicho popular é altamente rentável para entidades financeiras, avaliou um dos envolvidos no projeto de reforço da Caixa.
Demanda
Coutinho é um dos entusiastas do processo de securitização no Brasil. Em evento em Brasília, disse a jornalistas que, por meio de operações semelhantes, será possível aumentar os recursos destinados aos programas habitacionais. É preciso aprimorar os mecanismos para melhorar a capacidade dos bancos de operar e emitir papéis securitizados. Existem ideias em discussão, mas não estão na esfera do BNDES, afirmou.
Os envolvidos na elaboração do projeto afirmam que, na visão da equipe econômica, apenas recursos públicos (FGTS e Tesouro) não seriam suficientes para o programa engrenar. Até 2014, o Brasil precisará de R$ 500 bilhões para o mercado imobiliário. A poupança, hoje, dá conta da demanda, mas não vai conseguir por muito tempo, alertou José Luis Rodrigues, sócio da consultoria JL Rodrigues.
Resistência
A despeito da possibilidade de a securitização rechear os cofres da Caixa e impulsionar o Minha Casa, Minha Vida, nos bastidores, parte da diretoria do banco resiste à operação ou pelo menos tem se mostrado receosa. A preocupação decorre de como a estratégia será executada. Alguns dos dirigentes temem que instituições financeiras adquiram os papéis e o cliente final consumidor que realizou, por exemplo, o financiamento de um apartamento seja assediado a migrar para o novo banco ou procure novos empréstimos em outras fontes.
Há ainda receio de que essas operações tragam insegurança ao mercado brasileiro ante um eventual aumento da inadimplência e dê início a uma bolha imobiliária, a exemplo da crise que explodiu nos Estados Unidos há dois anos. A despeito desse temor, analistas descartam uma repetição do problema no Brasil, já que as regras domésticas são muito mais severas. Quem adquire crédito na Caixa nunca irá saber quem é o investidor que comprou o título lastreado em seu empréstimo e não terá qualquer relação com ele. É o melhor método para reciclar dinheiro, para que não falte recursos para investimentos, explicou Rodrigues.
Em nota, a Caixa reconheceu a securitização como um importante instrumento de captação de recursos para financiar o crédito imobiliário. Mas, ainda assim, em um trecho da nota esquivou-se do assunto. O governo federal regula essa operação, porém não a realiza, isso porque, para securitizar crédito imobiliário, deve-se possuir carteira de crédito imobiliário, o que não é função e nem atividade do governo, disse.
O número
R$ 500 bilhões é o total necessário para bancar o sonho de moradia até 2014 no país
E eu com isso
Ao optar pela securitização dos créditos imobiliários, o governo pretende ofertar mais dinheiro aos consumidor. A operação pode aumentar a concorrência entre os bancos e reduzir o custo de empréstimos para a compra da casa própria. Quanto mais as instituições disputarem clientes, mais vantagens poderão ser obtidas. Mas, ainda assim, há riscos para o mercado. Caso a inadimplência se eleve demais entre os que estão financiando uma residência, os compradores dos papéis lastreados em empréstimos correm o risco de ficar com um título podre na mão, o que afetaria negativamente o custo dos financiamentos ou ainda daria vida aos mesmos fantasmas que levaram, em 2008, a uma quebradeira em cascata no setor nos Estados Unidos. (VM)
Investimento precisa aumentar
A base do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 5,5% entre 2011 e 2013 será o avanço dos investimentos ao ritmo de 10% ao ano. Pelas previsões do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), Luciano Coutinho, 5 grandes grupos vão impulsionar esse avanço: petróleo e gás, energia elétrica, construção civil, logística e agronegócio. No caso do petróleo, isso representa o desenvolvimento de cadeias produtivas para suprir a Petrobras, disse. Responsável pela exploração das reservas gigantes de petróleo do pré-sal, a estatal será um dos vetores da expansão.
Na avaliação de Coutinho, os investimentos vão chegar a uma proporção de 19% do PIB em 2010. No ano da Copa do Mundo no Brasil, 2014, a taxa terá atingido 22%, um avanço ainda pequeno diante da imensa necessidade de obras de infraestrutura e logística para receber o mundial . O crescimento do Brasil vai ser em torno de 5,5% nos próximos anos. Para garantir isso, precisamos investir mais. Temos de aumentar a poupança (interna) para realizar esses investimentos, afirmou.
O presidente do BNDES destacou a importância do crédito aos consumidores e a necessidade de ampliação da taxa de poupança do país como garantias para o tão almejado crescimento sustentável. Segundo suas projeções, no fim de 2010 a oferta de crédito no Brasil irá corresponder a 49,5% do PIB. Em 2014, chegará a 70%. (Lugarcerto/UAI)
Sem dar detalhes da iniciativa, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), Luciano Coutinho, admitiu na quarta-feira que o governo está desenhando as medidas para incrementar os recursos disponíveis para a habitação. Fontes de alto escalão garantem que o pacote, ainda mantido sob segredo, prevê a emissão de papéis lastreados em contratos de financiamentos da Caixa Econômica Federal, principalmente os do programa de moradias populares. O Minha Casa, Minha Vida será patrocinado pelo mercado, revelou uma delas. A meta é evitar que o projeto lançado para turbinar a campanha da petista Dilma Rousseff ao Palácio do Planalto transforme-se em um verdadeiro fiasco.
A Caixa vai emitir papéis no Brasil e no exterior lastreados em empréstimos imobiliários. Esses títulos, segundo fontes ouvidas pelo Correio, vão pagar entre 4% e 8% ao ano. Os analistas chegaram à conclusão de que o mercado para investidores de outros países em empreendimentos imobiliários para a classe mais abastada está saturado e que o nicho popular é altamente rentável para entidades financeiras, avaliou um dos envolvidos no projeto de reforço da Caixa.
Demanda
Coutinho é um dos entusiastas do processo de securitização no Brasil. Em evento em Brasília, disse a jornalistas que, por meio de operações semelhantes, será possível aumentar os recursos destinados aos programas habitacionais. É preciso aprimorar os mecanismos para melhorar a capacidade dos bancos de operar e emitir papéis securitizados. Existem ideias em discussão, mas não estão na esfera do BNDES, afirmou.
Os envolvidos na elaboração do projeto afirmam que, na visão da equipe econômica, apenas recursos públicos (FGTS e Tesouro) não seriam suficientes para o programa engrenar. Até 2014, o Brasil precisará de R$ 500 bilhões para o mercado imobiliário. A poupança, hoje, dá conta da demanda, mas não vai conseguir por muito tempo, alertou José Luis Rodrigues, sócio da consultoria JL Rodrigues.
Resistência
A despeito da possibilidade de a securitização rechear os cofres da Caixa e impulsionar o Minha Casa, Minha Vida, nos bastidores, parte da diretoria do banco resiste à operação ou pelo menos tem se mostrado receosa. A preocupação decorre de como a estratégia será executada. Alguns dos dirigentes temem que instituições financeiras adquiram os papéis e o cliente final consumidor que realizou, por exemplo, o financiamento de um apartamento seja assediado a migrar para o novo banco ou procure novos empréstimos em outras fontes.
Há ainda receio de que essas operações tragam insegurança ao mercado brasileiro ante um eventual aumento da inadimplência e dê início a uma bolha imobiliária, a exemplo da crise que explodiu nos Estados Unidos há dois anos. A despeito desse temor, analistas descartam uma repetição do problema no Brasil, já que as regras domésticas são muito mais severas. Quem adquire crédito na Caixa nunca irá saber quem é o investidor que comprou o título lastreado em seu empréstimo e não terá qualquer relação com ele. É o melhor método para reciclar dinheiro, para que não falte recursos para investimentos, explicou Rodrigues.
Em nota, a Caixa reconheceu a securitização como um importante instrumento de captação de recursos para financiar o crédito imobiliário. Mas, ainda assim, em um trecho da nota esquivou-se do assunto. O governo federal regula essa operação, porém não a realiza, isso porque, para securitizar crédito imobiliário, deve-se possuir carteira de crédito imobiliário, o que não é função e nem atividade do governo, disse.
O número
R$ 500 bilhões é o total necessário para bancar o sonho de moradia até 2014 no país
E eu com isso
Ao optar pela securitização dos créditos imobiliários, o governo pretende ofertar mais dinheiro aos consumidor. A operação pode aumentar a concorrência entre os bancos e reduzir o custo de empréstimos para a compra da casa própria. Quanto mais as instituições disputarem clientes, mais vantagens poderão ser obtidas. Mas, ainda assim, há riscos para o mercado. Caso a inadimplência se eleve demais entre os que estão financiando uma residência, os compradores dos papéis lastreados em empréstimos correm o risco de ficar com um título podre na mão, o que afetaria negativamente o custo dos financiamentos ou ainda daria vida aos mesmos fantasmas que levaram, em 2008, a uma quebradeira em cascata no setor nos Estados Unidos. (VM)
Investimento precisa aumentar
A base do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 5,5% entre 2011 e 2013 será o avanço dos investimentos ao ritmo de 10% ao ano. Pelas previsões do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), Luciano Coutinho, 5 grandes grupos vão impulsionar esse avanço: petróleo e gás, energia elétrica, construção civil, logística e agronegócio. No caso do petróleo, isso representa o desenvolvimento de cadeias produtivas para suprir a Petrobras, disse. Responsável pela exploração das reservas gigantes de petróleo do pré-sal, a estatal será um dos vetores da expansão.
Na avaliação de Coutinho, os investimentos vão chegar a uma proporção de 19% do PIB em 2010. No ano da Copa do Mundo no Brasil, 2014, a taxa terá atingido 22%, um avanço ainda pequeno diante da imensa necessidade de obras de infraestrutura e logística para receber o mundial . O crescimento do Brasil vai ser em torno de 5,5% nos próximos anos. Para garantir isso, precisamos investir mais. Temos de aumentar a poupança (interna) para realizar esses investimentos, afirmou.
O presidente do BNDES destacou a importância do crédito aos consumidores e a necessidade de ampliação da taxa de poupança do país como garantias para o tão almejado crescimento sustentável. Segundo suas projeções, no fim de 2010 a oferta de crédito no Brasil irá corresponder a 49,5% do PIB. Em 2014, chegará a 70%. (Lugarcerto/UAI)
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