31 de julho de 2011

Bradesco reforça crédito imobiliário

O Bradesco espera um aquecimento maior no crédito imobiliário e decidiu elevar sua projeção para novas concessões de financiamentos para a compra da casa própria. O banco elevou de R$ 10 bilhões para R$ 14 bilhões a expectativa para o volume de novos negócios.

Na avaliação do vice-presidente, Domingos Abreu, o incremento maior no segundo semestre deve vir das operações com pessoas físicas. "Acho que temos um espaço para ocupar nesse segmento, que hoje não exploramos", disse. Para que isso se concretize, o banco prepara mudanças na venda do produto em sua rede de agência.

A carteira de crédito imobiliário do Bradesco totalizava em junho R$ 13,21 bilhões. Desse total, R$ 7,69 bilhões são de operações com construtoras e incorporadoras, que registra expansão de 36,3% em 12 meses. Já entre as pessoas físicas, o total de financiamentos para compra de imóveis era de R$ 5,52 bilhões ao final do segundo trimestre, crescimento de 59,1% na comparação com igual período de 2010.

Outra projeção alterada pelo Bradesco é referente ao crescimento dos prêmios de seguros. O banco trabalhava com uma expansão de 10% a 13% para essas operações e ontem elevou essa faixa para 15% a 18%. Já a projeção de expansão do crédito foi mantida entre 15% e 19% para este ano.

No Santander, não há projeção oficial para o crescimento da carteira de crédito. O presidente do banco no país, Marcial Portela, afirma que o objetivo é crescer em linha com o mercado, mas que em alguns momentos o desempenho poderá ficar um pouco abaixo. "Aumentar crédito é fácil, mas queremos crescer dentro da capacidade do banco", disse.

Desde a oferta de ações do Santander, analistas e investidores esperam maior agressividade do banco e, principalmente, melhora nos patamares de rentabilidade. A oferta ocorreu em 2009 e o banco conseguiu levantar R$ 14,1 bilhões.

A rentabilidade sobre o patrimônio líquido (ROE) da instituição no segundo trimestre foi de 18%. Embora tenha ocorrido uma melhora de 1,3 ponto percentual em relação a igual período do ano passado, esse patamar ainda é inferior ao de outros grandes bancos. O ROE do Bradesco foi de 23,2%, melhora de 0,4 ponto na mesma base de comparação.

Portela explicou que leva tempo para melhorar a rentabilidade e que o investidor tem que entender esses prazos. "O investidor tem que ter alguma paciência. Se impaciente, terá que estar em outra companhia como investidor." Ontem, as ações do Santander fecharam em queda de 0,12% e as do Bradesco, de 0,13%, em dia negativo para o Ibovespa, que encerrou a sessão em baixa de 1,77%.

Rentabilidade sobre patrimônio do Bradesco foi de 23,2% no segundo trimestre, alta de 0,4 ponto percentual; no Santander, avanço foi de 1,3 ponto e retorno sobre o patrimônio chegou a 18% .

Com informações de InfoImóveis.

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