Um sofá confortável e uma manta quentinha parecem ser a dupla perfeita para curtir a casa nos dias frios. Nem ela, no entanto, é capaz de criar um cenário aconchegante se a luz ambiente for daquelas chapadas, de escritório. "A iluminação deve ser pensada junto com o projeto arquitetônico e de decoração", afirma o lighting designer, Nils Ericson. "Não apenas a estética precisa ser considerada, mas também a funcionalidade de cada ambiente e as preferências do morador", explica.
Em geral, quartos e salas de estar contam com uma claridade mais branda, que deve transmitir tranquilidade. Nesses cômodos, o ideal é evitar as luzes diretas, que podem causar uma sensação de ofuscamento. "A iluminação deve ser uniforme e indireta", indica Ericson. O efeito pode ser obtido a partir do uso de luminárias e abajures com filtro de acrílico ou vidro fosco que, bem distribuídos, não só promovem uma luz difusa, como também tornam o ambiente mais elegante.
A escolha da lâmpada
A iluminação indireta cria uma atmosfera mais aconchegante, porém é a escolha da lâmpada que faz toda a diferença. "Em ambientes onde a ideia é proporcionar conforto e suavidade, a preferência deve ser por lâmpadas com tonalidade amarelada, em vez das muito brancas", ensina Livia Gomes Fantini, coordenadora da área de iluminação para lâmpadas de consumo da Philips. "O amarelo confere essa sensação gostosa porque remete à aparência do fogo, a luz mais natural que existe", completa.
Apesar de ainda serem as mais utilizadas, as lâmpadas incandescentes estão com os dias contados, já que consomem muita energia. "Até 2016, todas serão retiradas do comércio", avisa Livia. Por isto, é importante se adaptar às novas opções que o mercado luminotécnico oferece. As fluorescentes, por exemplo, duram no mínimo seis anos e oferecem uma economia de energia de 80%, em comparação com as incandescentes, de acordo com a profissional. "Muita gente acha que as fluorescentes só estão disponíveis no branco claro, mas existem também as lâmpadas que emitem uma luz branca mais suave, capaz de esquentar o ambiente", acrescenta Livia.
Já as halógenas são indicadas para obter uma luz mais focada e, por isto, são perfeitas para as luminárias de mesa usadas na leitura ou, ainda, quando o objetivo é destacar obras de arte. A luz produzida por elas, branca e brilhante, confere uma perfeita distinção de cores. Estas lâmpadas costumam durar de um ano e meio a dois anos.
Para quem gosta das diferentes sensações que as cores despertam, uma dica são as lâmpadas LED, que permitem o uso de verdes, amarelos, rosas claros ou azuis, entre outros tons. "Apesar do alto custo, essas lâmpadas duram cerca de 20 anos. Então, se a pessoa aprecia o efeito, o investimento compensa", pondera Livia.
Luz na medida
Dosar a quantidade de luz através da instalação de um dimmer também é uma maneira de tornar um ambiente mais acolhedor. O sistema que permite controlar a intensidade do foco funciona bem com lâmpadas halógenas, LED e incandescentes, que sairão do mercado. De acordo com Livia, a ferramenta requer um reator eletrônico específico para trabalhar com lâmpadas fluorescentes.
Outra opção para iluminar na medida é ajustar a potência das lâmpadas escolhidas para cada ambiente. A luz correta deve manter o ambiente suficientemente claro, mas sem ofuscar ou desperdiçar energia. "Lâmpadas com 70 watts podem ser utilizadas em diversos pontos de um mesmo cômodo e rendem um efeito interessante e, ao mesmo tempo, confortável", recomenda Ericson.
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