11 de julho de 2013

Educação financeira começa cedo



Téo ainda não completou 5 anos, mas sua mãe, a bailarina Patricia Celanti, já o ensinou a juntar moedinhas para adquirir seu sonho de consumo atual: ovinhos de chocolate que vêm com brinquedos surpresa. Na casa da publicitária Andrea Tupinambá, Vitor e Gabriela, de 12 e 9 anos, participam de decisões como se vale mais a pena comprar um aparelho novo de celular a prazo ou negociar um desconto à vista.

Patricia e Andrea são mães que levam a sério desde cedo a educação financeira dos filhos. “Minha maior dificuldade está em dizer não ao que os meninos pedem, pois só assim eles vão aprender que precisam economizar e administrar o dinheiro para alcançarem os seus objetivos”, diz Andrea.

O especialista em educação financeira Reinaldo Domingos sabe bem as dificuldades que elas enfrentam em um mundo cada vez mais consumista. Autor da série de livros infantis O Menino do Dinheiro, Reinaldo reuniu dicas de como ajudar os adultos a transmitir noções de finanças para a garotada. Ele explica que desde cedo é possível – e necessário – dar aos pequenos uma noção do valor das coisas. Confira algumas sugestões para educar os filhos financeiramente:

Anote as despesas! Tanto pais quanto filhos devem fazer um diagnóstico financeiro dos gastos. Para isso, nada melhor que anotar todas as compras e contas, do cafezinho ao aluguel. No fim do mês, converse com seu filho sobre o que pode ser cortado ou economizado.

Dê mesada, mas com supervisão. O valor da mesada ou semanada deve ser calculado tendo em vista os gastos da criança. De preferência, deve-se dar a ela até um pouco menos do que a quantia ideal, para que pense antes de comprar e vá aprendendo a administrar o dinheiro – e ele não acabe antes do tempo.

Guarde antes e compre depois. Se você der à criança o que ela quer e combinar que vai descontando da mesada, por exemplo, é bem provável que não consiga cumprir o acordo. Ensine-a a guardar – em uma poupança ou “no porquinho” – e a ir curtindo a realização de alcançar a quantia necessária. Ela vai aprender a valorizar os sacrifícios que fizer em prol de seu desejo.

Resista à tentação de dar tudo sempre. Se os pais compram tudo o que a criança pede, ela nunca aprende o valor das coisas. Peça a ela para escolher somente um produto supérfluo no supermercado, por exemplo, e atenha-se à lista de compras.

Dialogue sempre. Reúna a família para conversar sobre os sonhos de consumo de cada um. Se possível, estabeleça com cada criança um desejo a curto prazo, um a médio prazo e um a longo prazo (até três meses, entre seis meses e um ano e mais de um ano de economia, respectivamente). Pesquise e mostre a ela quanto terá que poupar para alcançar cada sonho.

Com informações de Projetos Especiais

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