18 de julho de 2013

Saiba como investir na universidade dos filhos



Se para os adolescentes passar no vestibular é uma grande preocupação, para os pais o problema vem depois: como pagar as mensalidades das faculdades particulares? Como as vagas em universidades públicas estão cada vez mais concorridas, muitos pais começam a pensar nos custos do canudo desde o nascimento do bebê. E eles não estão errados.

Se as contas da casa estão em dia e é possível reservar uma pequena quantia mensal para o futuro, é bom se precaver. “A educação dos filhos é uma das cinco necessidades financeiras universais, juntamente com a proteção da família, o crescimento do patrimônio, a aposentadoria e o legado”, explica Gilberto Poso, superintendente-executivo de gestão de patrimônio do HSBC. “Hoje, para quem tem condições de fazer isso, recomendamos começar já no nascimento da criança”, completa Poso.

Não é para menos – quanto mais tempo você poupar e investir, melhor. Para pagar o curso de administração de empresas em uma faculdade de primeira linha, por exemplo, você teria que desembolsar 135 mil reais hoje. Se a escolha for direito ou engenharia, os cursos saem por volta de 110 mil reais. Isso sem falar na graduação em medicina, que em média tem mensalidades de 4 mil reais, chegando a custar 280 mil reais o curso completo. Ou seja: muitas vezes, a mensalidade da universidade pode ser equivalente à renda mensal de uma família de classe média brasileira.

O casal Priscilla e Renato Issatugo já fez essa conta. Ele, economista, começou a pensar em abrir uma poupança para os estudos do filho, Heitor, (hoje com 3 anos) quando ele ainda estava na barriga de Priscilla. Mas a madrinha da criança se antecipou e fez um plano de previdência para o afilhado. “Ela deposita cerca de 120 reais mensais, e a previsão é de que tenhamos cerca de 35 mil reais quando o Heitor completar 18 anos”, diz Priscilla. Se o filho for aprovado em uma universidade pública, os pais pretendem usar a quantia para ajudar nos custos de uma eventual pós-graduação. “Ou mesmo comprar um carro para ele”, conta Priscilla.

O HSBC criou um plano de previdência chamado Previdência Jovem para casais prevenidos, como Priscilla e Renato. “Esse plano tem uma cobertura no caso de falecimento ou invalidez do responsável pelo jovem que o ajudará em seus estudos”, explica Poso.

No cenário atual, de juros baixos, Poso recomenda que os pais façam esse plano, mas que também apostem em outros investimentos do mercado financeiro. “Se você vai poupar por dez anos ou mais, vale a pena diversificar os investimentos – parte em um plano de previdência e parte em ações, por exemplo”, diz Poso.

Veja os cálculos de quanto um casal teria que poupar para garantir a universidade do filho no caso de investir no Previdência Jovem e no caso de diversificar os investimentos (parte em ações, parte no plano de previdência). Confira:



Plano Previdência Jovem*:

Idade da criança: 0 ano

Investimento para gerar 120 mil: 550 reais mensais

Investimento para gerar 240 mil: 1.100 reais mensais



Idade da criança: 8 anos

Investimento para gerar 120 mil: mil reais mensais

Investimento para gerar 240 mil: 2 mil reais mensais



Idade da criança: 15 anos

Investimento para gerar 120 mil: 3.333 reais mensais

Investimento para gerar 240 mil: 6.666 reais mensais



Parte no plano e parte em ações*:

Idade da criança: 0 ano

Investimento para gerar 120 mil: 420 reais mensais

Investimento para gerar 240 mil: 840 reais mensais



Idade da criança: 8 anos

Investimento para gerar 120 mil: 860 reais mensais

Investimento para gerar 240 mil: 1.720 reais mensais



Idade da criança: 15 anos

Não recomenda esse investimento.


*Levando-se em conta o cenário atual da economia. Observar as condições gerais no ato da contratação.

Uma observação: não é indicado o investimento em poupança se o plano for a longo prazo. “Se você pode poupar por mais de dois anos, esqueça esse tipo de investimento, pois no cenário atual não cobre nem a inflação”, recomenda Poso. Portanto, quanto mais cedo você decidir programar essa reserva de dinheiro, maior será o benefício para auxiliar na graduação do seu filho. Mas, para quem acha que já está tarde demais ou que é muito difícil reservar parte da renda pensando num futuro tão distante, a dica é fazer uma tabela com os gastos de toda a família – do aluguel ao cafezinho – e, juntos, avaliar o que pode ser diminuído ou cortado da lista. Assim, além de poupar para a educação superior do seu filho, você estará colaborando para a educação financeira dele!

Com informações de HSBC

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