29 de outubro de 2010

Certificados de Recebiveis Imobiliarios: O que é, e para quem a modalidade é indicada

Eles têm ganhado destaque por conta da expansão do mercado imobiliário, mas ainda são pouco difundidos no Brasil: você conhece os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e sabe para que tipo de investidor são indicados?


Em primeiro lugar, vamos à definição: eles são valores mobiliários com lastro em cédulas de crédito imobiliário, representativas de venda de imóveis residenciais, comerciais ou de lotes urbanos, aluguéis de shopping centers e prédios comerciais.


Apesar de a lei que o constitui ser de 1997 - nº 9.514, que dispõe sobre o sistema de financiamento imobiliário, institui a alienação fiduciária de coisa imóvel e dá outras providências -, ele ainda é um produto novo no Brasil, que começou a se desenvolver há cerca de quatro anos, quando os players do mercado começaram a se preparar para ele.


Investidores
“Por isso, ainda tem pouco investidor no CRI e hoje o papel é feito para o aplicador qualificado, que tem um investimento mínimo de R$ 300 mil, o que é um público muito seleto”, afirmou o diretor do Brazilian Finance & Real Estate, Fernando Cruz.


No entanto, os pequenos investidores podem aplicar através de fundos em CRI, que têm cotas em valores menores, de R$ 10 mil. Além disso, a legislação já permite que se emita CRIs abaixo de R$ 300 mil, mas existem regras que acabam sendo difíceis de serem atendidas. Por isso, o mercado acaba não fazendo isso.


“A CVM [Comissão de Valores Mobiliários] define que quem tem R$ 300 mil é suficientemente capacitado para analisar os riscos do investimento. Porém, quanto mais pulverizado o investimento e quanto mais riscos o investidor pode tomar, ela exige que se publique o maior número de informações possíveis, para que até quem não é qualificado possa entender”, explicou Cruz.


Imóveis x CRIs
De acordo com Cruz, entre as vantagens dos CRIs estão uma estrutura de garantia muito eficiente e o baixíssimo risco, haja visto que há o rating das agências internacionais. Além disso, são investimentos de longo prazo – com o máximo de 20 anos – e com boa rentabilidade.


“A maioria das pessoas que têm patrimônio tem ao menos 20% ou 30% em imóveis, para gerar renda. Se for comparar o investimento direto em imóvel com o CRI, que tem garantia em imóvel, o CRI tem muitas vantagens, em função da rentabilidade: em um apartamento, você consegue a locação de 0,5% ao mês, enquanto no CRI você consegue até 1% ao mês”, disse.


Além disso, existe o problema do período de vacância do imóvel, que é o momento que o inquilino o deixa vazio. “O CRI permite ao investidor obter o resultado financeiro de um imóvel, porém sem correr o risco do mercado imobiliário", disse o diretor da Verax Serviços Financeiros, Marcelo Xandó.


Ela ainda afirmou que, com valores relativamente baixos - frente ao valor dos empreendimentos -, é possível obter o efeito da remuneração de imóveis de grande porte, como galpões, lajes corporativas e shoppings, o que um investidor pequeno não conseguiria fazer sozinho. Mesmo para quem tem R$ 300 mil de patrimônio, os empreendimentos de grande porte podem não estar acessíveis.


Em relação à inadimplência, quando se tem inquilino, se ele não tem condições de pagar o aluguel, o investidor fica sem a renda. Nos CRIs, por sua vez, podem existir várias fontes de renda, como exemplo em uma carteira de crédito, em que várias pessoas devem pagar a dívida, o que diminui a chance de um inadimplente afetar o ganho como um todo.


Rentabilidade
De qualquer forma, o CRI é uma modalidade indicada para quem gosta do setor imobiliário, quer investir em longo prazo e com boa rentabilidade.


“O título tem um efeito similar a um título de renda fixa, porém com taxas atraentes devido à sua estrutura composta pela receita do imóvel e a garantia real”, disse Xandó, que completou: “As taxas, na maioria das emissões, são compostas por um índice de preços mais uma taxa de juros, como IGP-M mais 8% ao ano ou IPCA mais 7,5% ao ano”.


Além da rentabilidade, é preciso levar em conta os custos e os riscos da modalidade. Em relação ao imposto de renda, ele só é cobrado da remuneração das pessoas jurídicas, já que não incide sobre a operação de pessoas físicas, para que se incentive a participação delas neste mercado. Os custos já são descontados antes de oferecida a remuneração ao investidor.


Sobre os riscos, Cruz afirmou que eles devem ser considerados com cuidado: “O investidor tem de saber se o risco que está correndo está sendo remunerado. Tem vários tipos de CRIs com riscos diferentes. É importante que o investidor leia o prospecto da emissão – na parte que fala dos fatores de risco”.


Como saber de uma emissão?
Conforme explicou Cruz, apenas o investidor com mais informação sobre o mercado de capitais é que acaba aplicando nos CRIs, através dos fundos, no caso dos com menor patrimônio, ou diretamente nos títulos, para quem tem mais de R$ 300 mil.


Para contratar, é necessário ir a uma instituição financeira contratada pela emissora para a colocação de suas emissões. “Toda oferta de valores mobiliários você tem de fazer o anúncio de início e encerramento. No início, está descrito os lugares onde é possível adquirir o papel”, afirmou Cruz.


Normalmente, quem faz esta opção é quem tem mais recursos financeiros e quer diversificar. De acordo com Xandó, a modalidade permite que se tenha um fluxo financeiro definido com uma boa previsibilidade.(Infomoney)

27 de outubro de 2010

Saiba quais os documentos essenciais para a compra da casa própria

O sonho da casa própria pode virar um pesadelo caso o comprador não fique atento a documentação necessária para a compra do imóvel. A advogada Carolina De Rosso Afonso, do escritório Neves, De Rosso e Fonseca Advogados Associados alerta que antes de fechar o negócio o comprador deve exigir certidões relativas ao imóvel e ao proprietário.

De acordo com a advogada o objetivo de verificar toda esta documentação em relação ao proprietário é certificar-se de que não há execuções contra ele e débitos pendentes de pagamento. “Isto porque, existindo ações de execução e débitos pendentes, o credor poderá alegar fraude à execução ou contra credores e tornar ineficaz a alienação”, afirma.

Carolina De Rosso apresenta o rol de documentos necessários para fechar o negócio:

- Documentos em relação ao imóvel
1 - certidão de propriedade e certidão de ônus perante o cartório de registro de imóveis para verificar se ele está livre de qualquer ônus, como hipoteca e penhora. Verificar ainda na matricula se o vendedor consta como o atual proprietário;
2 - verificar se existem débitos condominiais

- Documentos em relação ao proprietário
3 - certidão negativa de débitos fiscais municipal, estadual e federal para garantir que sobre o imóvel não recai dívidas de impostos e taxas, e ainda para verificar se existem ações em nome do proprietário.
4 - certidão do distribuidor cível, Pedidos de Falência, de Concordata e/ou Recuperação Judicial;
5 - certidão do distribuidor da Justiça Federal
6 - certidão negativa dos Cartórios de Protesto
7 - certificado de Regularidade de Situações do FGTS
8 - CND - Certidão Negativa de Débitos do INSS

26 de outubro de 2010

Preço dos imóveis novos sobe 66% em três anos

A escassez de terrenos em regiões tradicionais tem levado imóveis a preços sem limites nas capitais brasileiras. Aos poucos, os bairros que concentram apartamentos e casas de alto padrão estão se transformando em novas Manhattan. Assim como acontece no centro nova-iorquino, quem escolhe morar nas áreas nobres é obrigado a pagar mais. Um levantamento realizado pelo iG mostra os bairros mais valorizados em oito capitais brasileiras. Em todos eles, os imóveis novos aumentaram de preço, na média, em 66%.


A valorização dos imóveis deve ser entendida como a elevação do preço de compra de apartamentos e casas. Numa comparação de preços médios nestas cidades, ficou 66% mais caro comprar um imóvel hoje do que há três anos. Isso não significa, contudo, que os imóveis comprados há três anos tenham se valorizado 66% e hoje possam ser revendidos muito mais caro. O levantamento não trata de revenda. A variação diz respeito unicamente ao preço cobrado pelas construtoras para seus lançamentos.


A capital carioca possui o metro quadrado médio mais caro do País nos seus dois bairros mais valorizados, de cerca de R$ 16 mil. Já os brasilienses viram o valor dos lançamentos de imóveis dobrar nos últimos três anos, a maior variação de preços entre as oito cidades (Rio de Janeiro, Brasília, Recife, Salvador, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre).


A elevação dos preços dos imóveis é um efeito nacional, que ganhou fôlego nos últimos anos com a expansão do crédito para a habitação e a melhora da renda da população. Apenas em 2010, o volume de financiamento para aquisição de imóveis deve crescer 40%.


Nas áreas mais nobres das grandes cidades, a escassa oferta de terrenos fomenta ainda mais a escalada dos preços dos apartamentos novos. “Há um leilão entre as incorporadoras. Várias empresas e corretores procuram o mesmo proprietário dos poucos terrenos disponíveis, que eleva os preços e vende para quem paga mais”, afirma Luiz Paulo Pompeia, diretor da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp).


A estimativa dele é que as construtoras chegam a pagar pelos espaços à venda até 50% acima do valor de mercado como consequência desse leilão. A diferença acaba sendo repassada ao consumidor nos lançamentos.


No Rio de Janeiro, não há terrenos livres na orla de Ipanema e Leblon, e é preciso derrubar prédios para levantar imóveis novos e modernos de alto padrão. Em Brasília, o Plano Piloto é tombado, o que restringe a construção e garante a preservação da área verde.


Diferentemente do Rio de Janeiro e de Brasília, onde dois ou três bairros se destacam por seus preços bem mais elevados do que os demais, nas outras seis capitais avaliadas pelo iG diversas áreas dividem o topo do ranking imobiliário.


Em São Paulo, o metro quadrado mais caro está nos bairros Itaim Bibi, Vila Nova Conceição e Vila Olímpia, que varia entre R$ 9 mil e R$ 11,5 mil. “Os bairros mais valorizados englobam núcleos independentes, com imóveis residenciais e comerciais de alto padrão”, afirma Fernando Damy Sita, diretor-geral de vendas da imobiliária Coelho da Fonseca. No bairro Vila Nova Conceição, a vista para o parque Ibirapuera é o grande trunfo. Em 2011, a expectativa de Damy Sita é que os imóveis valorizem pelo menos 30% na capital paulista.


Em Belo Horizonte, é difícil definir os cinco bairros mais caros, dizem corretores. Savassi, Funcionários, Lourdes, Santo Agostinho, São Bento, Belvedere e Mangabeiras estão entre os redutos mais valorizados. Independentemete do local, a valorização média dos apartamentos de classe A chega a superar 80%.


Praias
Já em Salvador, a valorização imobiliária de alto padrão é polarizada. De um lado, faltam terrenos para construção nos bairros mais tradicionais. O metro quadrado de imóveis de alto padrão nas regiões mais nobres de Graça, Barra e Corredor da Vitória, por exemplo, supera os R$ 8 mil. Ao mesmo tempo, uma moderna face da cidade também ganha espaço no sonho de consumo dos moradores. São os novos bairros Itaigara, Caminho das Árvores e Horto Florestal.


No Recife, a praia de Boa Viagem é o reduto mais disputado da cidade, com metro quadrado médio de R$ 8,5 mil. Nos apartamentos de frente para o mar, é possível alcançar R$ 10 mil o metro quadrado. “A beleza natural da região justifica o preço”, afirma Elisio Cruz Júnior, vice-presidente do Secovi-PE. Atrás da Boa Viagem, os endereços mais cobiçados da capital pernambucana estão nos bairros Casa Forte e Jaqueira.


Junto com a expansão do crédito, que favorece a valorização imobiliária em todo o País, em Pernambuco, o aquecimento da economia dá mais fôlego aos consumidores. Os investimentos no porto de Suape, na indústria naval e a construção da Refinaria Abreu já refletem no setor imobiliário. “Os novos empregos fomentam a demanda por imóveis”, diz Cruz.(IG)

25 de outubro de 2010

O Mercado Imobiliário no Meio Digital

Redes sociais, otimização de sites, anúncios em banners, e-mails marketing, blogs e widgets. Esses são alguns exemplos que podem ser utilizados em estratégias de marketing digital.


O meio on-line deixou de ser coadjuvante para ocupar lugar de destaque no planejamento de uma campanha publicitária, afinal, só no Brasil existem mais de 50 milhões de usuários da Internet e cerca de 30% são e-consumidores.


Estar na web e vender através dela dá mais visibilidade à marca, por esse motivo o cliente espera mais das companhias e busca comprovar sua qualidade e compromisso o tempo todo.


O consumidor espera encontrar produtos buscados no meio off-line e ter a possibilidade de conhecer mais de suas funcionalidades ao acessar o conteúdo de sua página virtual. Espera deparar-se com site vestido de layout, usabilidade e velocidade de qualidade. Assim como deseja ser bem atendido em caso de visita à loja física. E, é claro, espera obter o produto ou serviço desejado com qualidade garantida.


Quando o assunto é o marketing relacionado ao mercado imobiliário, o modo de delinear a estratégia ideal para o sucesso da campanha publicitária é realizado a partir dos moldes citados. Porém, o que vem se observando é o crescimento no interesse do consumidor por pesquisas e fechamento de negócios no meio on-line. Por exemplo, de acordo com pesquisa realizada pelo IBOPE Inteligência, aplicada na cidade de São Paulo, 49% das pesquisas por imóveis é realizada na internet, contra 44% das que se mantêm nos classificados impressos. Sendo assim, a estratégia digital deve ser levada em consideração com um dos principais atrativos para manter o cliente conectado à empresa.


O que leva o consumidor a aumentar sua confiança nos serviços ofertados no meio virtual, é a seriedade com que as empresas têm tratado o assunto. A compra de um imóvel é o maior investimento realizado por brasileiros, portanto, a credibilidade na Construtora e/ou Incorporadora deve ser de alto grau.


É preciso haver transparência na comunicação, além de imagens e valores, dar opção de outras formas de contato entre o consumidor e a empresa, como atendimentos on-line, por e-mail, vídeo-atendimento e mesmo ligações convencionais, são maneiras de atingir ao público dentro das limitações do dia a dia.


Estar presente nos principais pontos de acesso do consumidor, atualizá-los com frequência e mostrar facilidade de contato entre empresa e consumidor são modos de aproximar os dois lados e garantir a confiabilidade necessária para o crescimento e desenvolvimento deste setor no meio on-line.(MarketingImob)

21 de outubro de 2010

Em constante crescimento, construção atinge mais um recorde de trabalhadores

A construção civil brasileira empregou mais 48.576 trabalhadores em agosto, alta de 1,75% no nível de contratações em relação a julho e um novo recorde de 2,82 milhões de postos de trabalho com carteira assinada, de acordo com dados da pesquisa realizada pelo Sinduscon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) com parceria da FGV (Fundação Getulio Vargas).

Com isso, o nível de emprego do setor registrou aumento de 14,76% empregos formais no ano, com a inclusão de 362,7 mil trabalhadores. No total de 12 meses, a alta é de 16,51%, ou mais 399,5 mil empregados formais.

Para o presidente do Sinduscon-SP, Sergio Watanabe, as contratações de agosto reafirmam o aumento de expectativa de crescimento do PIB do setor, divulgado pela FGV em setembro. Na ocasião, Ana Maria Castelo, consultora de projetos da FGV, elevou de 8,8% para 10% a 12% a estimativa para o crescimento do setor no ano.

Entre as regiões do Brasil, a Norte permanece como a de maior elevação em termos percentuais, com mais 4.361 trabalhadores (+2,6%), seguida pelo Nordeste, que contratou 14.578 (+2,57%).

20 de outubro de 2010

Confira algumas dicas de um especialista para a análise prévia à compra do imóvel

O mercado imobiliário oferece um grande leque de opções, tanto em relação aos imóveis antigos, quanto aos novos modelos de moradia. Ao abordar o tema, o consultor e conselheiro da Câmara de Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/MG), Kênio de Souza Pereira, destaca aspectos que devem ser ponderados, antes da decisão final.

Souza Pereira, que é também diretor da Caixa Imobiliária – Netimóveis, lembra que a sociedade, os conceitos, os materiais e a arquitetura evoluíram. “Na década de 60, eram poucas as famílias com mais de um veículo, e raros os apartamentos com áreas de lazer, quadras, piscina etc”.

“Nos dias atuais – continua, são comuns os apartamentos com quatro quartos, três ou mais vagas de garagem e área de lazer com vários equipamentos. Por isso, nada melhor que analisar bem todas as variáveis”, diz, e ressalta que uma boa prática é contar com o auxílio de uma assessoria especializada na área imobiliária”.

Para auxiliar as reflexões que sugere como indispensáveis, antecedendo a decisão de compra, o advogado elencou em tópicos as vantagens e desvantagens presentes nos imóveis novos e nos antigos, conforme a seguir.

Valor

Os imóveis antigos são vendidos por um valor mais baixo que um novo, e essa diferença facilita a aquisição. Há ainda a possibilidade do comprador, com o dinheiro que dispõe, adquirir um imóvel antigo com dimensões maiores do que as de um novo. Em contrapartida, adquirir de uma construtora um imóvel novo ou em construção torna mais fácil o parcelamento ou financiamento.

Tamanho

Imóveis antigos oferecem, entre suas vantagens, o fato de, geralmente, possuírem cômodos maiores, tendo em vista que antigamente os casais tinham mais filhos e, em virtude do costume da época - morar em casas, os prédios eram construídos com apartamentos mais amplos do que os atuais.

Por exemplo, um apartamento com três quartos, era construído, entre 1970 e 1980, com área interna variando de 115m2 a 130 m2, enquanto hoje a dimensão gira em torno de 75 m2 a 105 m2.

Acabamento

Entre as vantagens de adquirir um apartamento recém-construído está o fato de o acabamento (piso, pintura, cerâmicas), as instalações hidráulicas e a rede elétrica serem novos e, teoricamente, em perfeito estado e conforme dentro o conceito atualizado de uso espacial.

Já nos imóveis antigos, os acabamentos são. Geralmente, desatualizados. A maioria das salas possui o piso em tacos ou tábuas corridas. Atualmente é utilizado granito, mármore ou porcelanato. O mesmo problema ocorre com os acabamentos dos banheiros, área de serviço e da cozinha.

Personalização

É rara a possibilidade de o comprador escolher os revestimentos dos pisos e paredes do imóvel novo, a não ser que este esteja em construção, e mediante entendimentos com o construtor. Mas, sendo adquirido um imóvel antigo por preço mais baixo, em decorrência de necessitar de reforma, será uma boa oportunidade de atualizar o visual de forma, para adequá-lo ao gosto dos moradores.

Garantia

O imóvel novo conta com a garantia legal irredutível de cinco anos, contra defeitos estruturais e vícios de construção, imposta pelo Código Civil à Construtora. Já o imóvel antigo não tem garantia, pois o comprador o recebe no estado em que se encontra.

Garagem

Outra vantagem de adquirir imóveis em condomínios novos é que estes oferecem serviços e infraestrutura superior à dos antigos. Um exemplo é o maior número de vagas de garagem por apartamentos. Por conta do reduzido número de automóveis em circulação há três ou quatro décadas, muitos entre os condomínios nem mesmo possuíam vagas de garagem.

Ainda, em outros condomínios construídos àquelas épocas, o número de vagas de garagem não correspondia ao das unidades. Hoje, este fato motiva conflitos e até ações judiciais, que resultam em desgastes e até mesmo a mudança de local de moradia, por aqueles buscam tranquilidade.

Vizinhança

É importante saber quem serão seus vizinhos. No edifício novo, o comprador não tem como saber, e assim corre maior risco de ter surpresas.

Para quem adquire imóvel antigo é diferente. Neste caso, é perfeitamente possível verificar quem serão seus vizinhos, tendo, desta forma, maior condição de avaliar como será sua convivência social. Assim, fatores como vizinhança, estrutura física e disponibilidade financeira se intercalam no momento da importante e prazerosa decisão de adquirir um imóvel.

Lazer

Os novos condomínios oferecerem uma estrutura obviamente mais moderna. Antes, nos condomínios o chamado espaço de lazer era limitado à quadra de esportes e ao salão de festas, depois evoluiu para playground e piscina.

Atualmente, os condomínios mais sofisticados oferecem também: sauna, academia de ginástica (que às vezes é tão completa que oferece até personal training, espaço gourmet, home theater, piscina com raia e térmica, quadra de tênis, internet a cabo, circuito interno de tv e alguns outros serviços semelhantes aos oferecidos por um apart-hotel.

Negociação

Na compra de um imóvel novo há maior possibilidade de negociar o valor. A construtora tem flexibilidade com o pagamento, tem maior poder de negociação. Já o proprietário de um imóvel usado, principalmente porque na maioria das vezes vende seu imóvel para adquirir outro, não tem condições de flexibilizar o preço e nem a forma de pagamento a longo prazo.

Permuta

Quanto à possibilidade de o comprador oferecer seu imóvel de menor valor, como parte de pagamento de outro bem, é mais fácil viabilizar a permuta - ou parte do pagamento em bens com uma construtora que vende um imóvel novo, pois esta tem caixa para assumir um estoque de unidades.

Custos: IPTU e Taxa de Condomínio

Quando se trata de imóvel antigo, o comprador sabe com segurança quanto será seu custo com as taxas de condomínio e de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Já em um imóvel novo ou em construção, raramente o comprador saberá com certeza quais serão os valores destes desembolsos mensais.

Quando o prédio é antigo, há que considerar a possibilidade de custos inesperados, ocasionados por reformas de elevadores, troca de revestimento da fachada ou até mesmo com rescisões trabalhistas de funcionários.

19 de outubro de 2010

Jovens abaixo dos 30 anos aumentam participação em financiamentos imobiliários

Vem crescendo a participação dos jovens nos financiamentos imobiliários pelo SFH (Sistema Financeiro da Habitação). De acordo com os dados da CEF (Caixa Econômica Federal), em 2002, os mutuários com idade até 30 anos representavam 34,60% dos contratos. Em 2010 – dados referentes ao primeiro semestre – jovens com menos de 30 anos chegavam a 36,30% dos contratos. Crescimento de 1,7 ponto percentual.

O pico da participação dos jovens no financiamento imobiliário, no entanto, ocorreu em 2006, quando o percentual chegou a 37,50%.

Por outro lado, os mutuários com idade entre 31 e 45 anos diminuíram 2,1 p.p., saindo de 46,10% em 2002 para 44% neste ano.

Na próxima faixa etária, entre 46 e 59 anos, houve ligeiro acréscimo, de 0,9%. A participação deles nos contratos de financiamento imobiliário era de 14,90% em 2002 e passou a 15,80% em 2010.

Entre os mais velhos – mutuários a partir de 60 anos, a participação caiu de 4,40% em 2002 para 3,80% em 2010.

Mais mulheres

O balanço da CEF mostrou ainda que a participação das mulheres como titular dos contratos de financiamento imobiliário também está crescendo nos últimos anos. Em 2002, elas eram 33,50% dos mutuários e, em 2010, a participação subiu para 36,90% - crescimento de 3,4%.

O pico na participação das mulheres ocorreu em 2007, ano em que elas assinaram 39,70% dos contratos.

Os homens continuam sendo maioria, chegando a 63,10% dos contratos feitos até julho deste ano – frente a 66,50% em 2002.

18 de outubro de 2010

Volume de crédito para compra da casa própria com recursos da poupança cresce 74% em 2010

O volume de crédito para a compra da casa própria com recursos da poupança cresceu 74% nos oito primeiros meses de 2010, em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo dados da Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário (Abecip) o total financiado chegou a R$ 5,094 bilhões, enquanto em 2009, alcançou R$ 34,019 milhões. Já no acumulado de 12 meses, até agosto, o montante atingiu R$ 48,5 milhões, alta de 63% em relação aos 12 meses anteriores.




Ao considerar apenas o mês de agosto, a Abecip registrou aumento de 60% do volume total contratado sobre o ano passado. O número de unidades financiadas no oitavo mês do ano deu um salto de 23%, quando passou de 29,6 mil para 36,4 mil unidades. Já no acumulado de janeiro a agosto de 2010, o indicador cresceu 47% em relação ao mesmo período de 2009.


No período avaliado entre janeiro e agosto de 2010, a Abecip concluiu que o crédito imobiliário já responde por, em média, 62,1% do valor total dos imóveis financiados. O número é 1,1 ponto percentual maior do que o apurado em 2009, quando o financiamento respondia por 61,1% do valor total da unidade. Na comparação com 2008, quando o crédito habitacional representava 58,6% do valor das unidades, o incremento foi de 3,5 pontos percentuais. Se os dados forem analisados em relação ao ano de início da pesquisa, em 2004, o aumento passa para 15,3 pontos percentuais.


Dentre os fatores que explicam a alta, a associação aponta o cenário econômico vigente, com estabilidade econômica, recuperação da renda e bons níveis de empregabilidade. Além disso, a relação entre o valor dos imóveis e o valor dos financiamentos segue em trajetória crescente também devido à flexibilização das condições, com prazos mais longos e juros mais baixos, que elevaram a confiança dos tomadores de crédito.(G1)

14 de outubro de 2010

Financiamento já responde por 62,1% do valor total do imóvel, aponta Abecip

O financiamento já responde por 62,1% do valor total do imóvel, segundo dados divulgados na quarta-feira (13) pela Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).


O número é 1,1 ponto percentual maior do que o apurado em 2009, quando o financiamento respondia por 61,1% do valor total do imóvel. Na comparação com 2008, quando o percentual alcançou os 58,6%, o incremento foi de 3,5 pontos percentuais. Na comparação com 2004, quando foi iniciado o levantamento, o aumento foi de 15,3 pontos percentuais.


Dentre os fatores que explicam a alta, a associação aponta o cenário econômico vigente, com estabilidade econômica, recuperação da renda e bons níveis de empregabilidade.


Além disso, a relação entre o valor dos imóveis e o valor dos financiamentos segue em trajetória crescente também devido à flexibilização das condições, com prazos mais longos e juros mais baixos, que elevaram a confiança dos tomadores de crédito.


Empréstimos
Ainda de acordo com a Abecip, entre janeiro e agosto, os agentes do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos) concederam empréstimos na ordem de R$ 34 bilhões, 74% a mais do que no mesmo período do ano passado.


Ao todo, no período, foram financiadas 263,7 mil unidades, 47% a mais do que o registrado nos oito primeiros meses do ano de 2009, quando 179,2 mil unidades foram financiadas.


Somente em agosto, a associação registrou que mais de R$ 5 bilhões foram emprestados para financiamento de imóveis. Somente no oitavo mês do ano, 36,4 mil unidades foram financiadas.


Em 12 meses, o montante de empréstimos atingiu os R$ 48,5 bilhões – 63% a mais que o registrado no período anterior.(Infomoney)

13 de outubro de 2010

Compra de imóvel usado requer avaliação detalhada para evitar problemas

A compra de um imóvel requer pesquisa, responsabilidade e muita paciência, sobretudo quando se trata de uma casa ou apartamento usado.


De acordo com o diretor de comercialização e marketing do Secovi-SP (Sindicato da Habitação de São Paulo), Luiz Fernando Gambi, a observação detalhada se torna ainda mais importante quando o imóvel tem mais de oito anos de construção, sendo que ela pode, inclusive, ser essencial na decisão de compra.


“Após observar todos os detalhes, a pessoa pode optar por outro imóvel, se ela observar que os gastos com reparos e adaptações são excessivos”, explica.


Além disso, diz ele, a observação detalhada evita possíveis dores de cabeça no futuro.


O que observar?
Ainda segundo Gambi, o ideal é que os compradores procurem profissionais especializados, como corretores, advogados e engenheiros, para analisar e orientar quanto à documentação e à avaliação técnica do imóvel.


Ainda assim, antes de fechar o negócio, analise pacientemente se a propriedade atende às necessidades da sua família. “Às vezes, as pessoas acreditam que derrubando uma parede irão conseguir o espaço ou conforto que desejam, mas não observam se a saída daquela parede vai prejudicar a estrutura do imóvel, e acabam se frustrando ao descobrir isso depois”.


Outro detalhe que pode acabar em frustração envolve a capacidade elétrica da propriedade, que precisa ser verificada para saber se atende à demanda da nova família. Para isso, explica, basta procurar a companhia de energia elétrica que atende a região.


Outras dicas
Observar a potência e localização de tomadas e disjuntores também é importante, bem como, acrescenta o presidente do Cresci -SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo), José Augusto Viana, avaliar atentamente a existência de trincas, umidade, mofo e outros problemas do tipo que podem indicar gastos futuros.


Abaixo, mais algumas dicas:


Visite o imóvel em horários diferentes para observar a movimentação da vizinhança, existência de barulho e a luminosidade da propriedade;
Veja se não há janelas voltadas para outras propriedades, que podem atrapalhar sua privacidade;
Observe a ventilação;
Na garagem, verifique se a vaga é demarcada e se há a necessidade de manobrar outros veículos, lembrando que o fato é um dos principais causadores de conflitos em condomínios;
Verifique o valor e a existência de débitos das contas de consumo, como água e luz; IPTU e condomínio. Neste último caso, veja ainda se há a previsão de reformas nas áreas comuns ou outros gastos que podem elevar o valor da taxa;
Por fim, não se esqueça de ler atentamente o estatuto do condomínio para apurar, por exemplo, se há ou não a permissão de animais de estimação.(infomoney)

8 de outubro de 2010

Governo vai criar indice de inflação para monitorar setor imobiliario

BRASÍLIA - O forte aquecimento do mercado imobiliário obrigou o governo federal a trabalhar na criação de mecanismos para evitar bolhas como a que provocou uma quebradeira nos bancos americanos a partir de setembro de 2008, desencadeando a maior crise financeira internacional em quase 80 anos. O primeiro passo será monitorar com lupa a inflação do setor e lançar o Índice Nacional dos Preços de Imóveis, já em 2011, em parceria com o IBGE.


Paralelamente, ciente de que este é um mercado em franca expansão - nos 12 meses encerrados em junho, o crédito para a casa própria cresceu 50,6% - a equipe econômica está discutindo novas formas de financiamento para o setor. Estima-se que, em 2013, sejam necessários R$ 100 bilhões adicionais às fontes atuais.


O trauma provocado pela crise americana levou muitos países a discutirem a necessidade de monitorar a inflação de ativos como imóveis para evitar surpresas.


- Bolhas no mercado imobiliário são difíceis de se identificar mas, quando estouram, provocam grandes estragos - explicou uma fonte da equipe econômica.


O mercado americano entrou em crise, entre outros motivos, por ser pouco regulamentado. Foram criados títulos lastreados em hipotecas imobiliárias que eram negociados no mercado. Num cenário de juros baixos, os imóveis se valorizaram. Mas, quando as taxas começaram a subir, houve aumento da inadimplência nas hipotecas e, com isso, os preços dos imóveis desabaram e afetaram todo o mercado financeiro, levando à quebra de grandes bancos.


Medidas para diversificar crédito
Os técnicos do governo brasileiro destacam que o mercado nacional tem boas regras prudenciais. Mesmo assim, é preciso criar instrumentos, como será o novo índice de preços de imóveis, para um monitoramento mais próximo. Hoje, no Brasil, não há indicadores oficiais para medir preços de imóveis. Índices são feitos esporadicamente por sindicatos regionais. Apenas o custo do material de construção tem acompanhamento mensal.


Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Locação e Administração de Imóveis de São Paulo (Secovi-SP), João Crestana, o novo índice pode ser positivo para dar um parâmetro sobre o comportamento dos preços de imóveis no país:


- Não existe um índice hoje que dê a média dos preços no país. Até porque esse trabalho é muito difícil. Um imóvel varia de acordo com localização e demanda. Até mesmo numa mesma cidade, os valores variam de acordo com o bairro.


Já o vice-presidente do Secovi-Rio, Manoel Maia, vê a criação do novo índice com certo ceticismo. Embora o próprio sindicato faça esse tipo de monitoramento, Maia teme que os indicadores do governo não acompanhem a realidade rápida do mercado com as suas especificidades por região e acabe influenciando os preços.


- Este índice tem que ser feito com cautela.


O coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getulio Vargas (FGV), Salomão Quadros, afirma que é importante ter um índice para medir os preços dos imóveis de forma fidedigna. Segundo ele, o acompanhamento hoje é esporádico, feito por metodologias diferentes e variam de região para região.


Outra questão que mobiliza o governo quanto ao setor imobiliário é diversificação das fontes de crédito. É unânime o entendimento de que não se pode continuar dependendo quase que exclusivamente da caderneta de poupança e de que é preciso criar outros instrumentos de captação de recursos no mercado financeiro.


- O governo estuda a criação de instrumentos para que o setor privado faça financiamentos de longo prazo e isso vai acabar chegando ao setor imobiliário. É preciso estar preparado - explicou um técnico da equipe econômica.


Crestana, do Secovi-SP, lembra que o Brasil tem hoje instrumentos como os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) - papéis lastreados em créditos imobiliários que são garantidos por imóveis. Mas afirma que o país ainda engatinha nessa área.


- Os CRIs ainda são muito residuais - disse Crestana.


A caderneta de poupança já financiou este ano, até agosto, 263.701 mil unidades, num montante que soma R$ 34,019 bilhões, volume 74% superior ao do mesmo período em 2009. O volume de CRIs no mercado hoje está entre R$ 6 bilhões e R$ 7 bilhões.


- A poupança tem hoje uma sobra que pode ser aplicada em habitação nos próximos dois anos. Depois disso, no entanto, vamos precisar de outras fontes- afirmou o presidente do Secovi-SP.


A previsão da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) é que o Brasil necessite, já em 2013, de R$ 100 bilhões de recursos adicionais para financiar o setor imobiliário. O déficit habitacional brasileiro é hoje de quase 6 milhões de unidades.(G1)

7 de outubro de 2010

Como abater mensalmente parcelas do imóvel com o FGTS

Apenas 10% do dinheiro do Fundo é usado para abater parcelas da casa própria, mas é uma boa saída para quem está endividado ou mudou para um emprego com salário menor


FGTS, o esquecido da prestação
Trabalhadores com carteira assinada e endividados com casa própria mal sabem que há a possibilidade de usar o depósito mensal de sua conta vinculada do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para abater as prestações. Pouco menos de 10% do saldo de R$ 184 bilhões acumulados no fundo até julho deste ano, ou cerca de R$ 169,9 milhões, tiveram essa destinação. Para fazer uso do benefício, basta o cliente procurar o banco que o financiou ou uma agência da Caixa Econômica Federal munido do contrato e documentos que comprovem o vínculo empregatício.


Pouco acostumados ao crédito fácil dos últimos meses, muitos brasileiros envolveram-se em dívidas acima de sua capacidade de pagamento, especialmente a dos contratos imobiliários. “Comprei minha casa com muito esforço. Aí, fiquei desempregada. Quando consegui outro trabalho, o salário era menor. Não paguei as mensalidades por um tempão. O banco tomou o imóvel. Agora, não tenho onde morar”, lamenta, envergonhada, a dona de casa Fátima da Silva (nome fictício). Se a personagem ouvida pelo Estado de Minas houvesse procurado ajuda especializada, sua decepção poderia ter sido evitada, garante o advogado Lucio Delfino, da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH).


SEM SUFOCO
Quem tem financiamento de imóvel pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH) no valor de até R$ 500 mil pode usar os recursos da conta vinculada do FGTS para sair do sufoco. Se o empregador recolhe, por exemplo, R$ 1 mil mensais para a conta vinculada, o trabalhador poderá usar, no máximo, 80% do valor total da parcela, ou R$ 800. Se a prestação do imóvel for, por exemplo, de R$ 1.200, ele só terá que arcar com a diferença, R$ 400, do próprio bolso. Para quem está endividado, a ajuda é considerável. Mesmo quem ficou desempregado e voltou a trabalhar tem autorização para usar o dinheiro.


A Caixa informa que, na data da solicitação do FGTS, o financiamento só pode apresentar até 3 prestações em atraso. Delfino, porém, ensina que, se o tempo for superior, o consumidor não está desprotegido. O primeiro passo é procurar o banco e renegociar — exigindo a retirada de cobranças indevidas e juros abusivos —, de forma que a dívida seja incluída no saldo devedor. “Se o imóvel vale R$ 100 mil, e ele já pagou R$ 40 mil, o saldo devedor será de R$ 60 mil. Supondo que deixou de pagar várias parcelas e o total atrasado é de R$ 4 mil, deve pedir para incorporar o valor aos R$ 60 mil e alongar o prazo”, explica. Ao renegociar, o mutuário passará a ter, na verdade, um novo financiamento.


Assim, com a atualização, será permitido também o pagamento mensal com a ajuda dos recursos da conta vinculada. É uma saída para amenizar a inadimplência. “E vale a pena. O dinheiro do FGTS rende juros de 3% ao ano, mais a Taxa Referencial (TR), de 2,5% anuais. O financiamento cobra das mesmas pessoas entre 6% a 12% ao ano, mais a TR”, compara o advogado. Pelas regras, o trabalhador tem que comprovar tempo de serviço de no mínimo três anos sob o regime do FGTS, consecutivos ou não. “O banco tem que aceitar. Se o cidadão se sentir coagido, procure seus direitos na Justiça”, aconselha.


Documentos
Caso o banco financiador não fizer a operação diretamente com a Caixa, o mutuário precisa procurar uma agência do banco federal para usar o FGTS e reduzir a dívida. Deve levar a Carteira de Trabalho, solicitar o saldo da conta vinculada, apresentar a última prestação paga e o CPF. Se for um trabalhador que faz recolhimento avulso ao fundo, deve apresentar declaração do órgão gestor da mão de obra ou do sindicato. O trabalhador pode usar ainda os recursos do FGTS para comprar imóvel novo ou usado, para construção, liquidação ou amortização de dívida do contrato de financiamento habitacional.


As dívidas poderão levar à perdas do imóvel. Engana-se, ainda, quem pensa que uma única moradia está isenta desse risco. A legislação sofreu muitas mudanças ao longo do tempo para defender o proprietário do mau pagador. Os que não pagam serão despejados e terão o imóvel leiloado.


As dívidas poderão levar à perdas do imóvel. Engana-se, ainda, quem pensa que a uma única moradia está isenta desse risco. A legislação sofreu muitas mudanças ao longo do tempo para defender o proprietário do mau pagador. Os que não pagam serão despejados e terão o imóvel leiloado. A Lei nº 8j.009/90 fala em “proteger a entidade familiar e resguardar o direito à moradia”, mas isso funciona em poucos casos. “Se um mutuário entra para um financiamento e comete inadimplências no pagamento, a partir de 90 dias, isso acarretará o início de um processo de perda de imóvel. Nesse caso, a lei abre uma exceção. Mesmo que a família possua só um imóvel, ele poderá ser leiloado”, diz Delfino.


Veja um exemplo prático
>> Imagine que você paga uma prestação mensal de R$ 1,2 mil por um imóvel comprado pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH)


>> Você poderá usar até 80% do valor que recolhe ao FGTS todo mês: se sua empresa recolhe, por exemplo, R$ 1 mil, poderá usar até R$ 800. Esse valor será abatido da prestação


>> Ou seja, seu gasto mensal cairá sensivelmente: de R$ 1,2 mil para R$ 800. Os outros R$ 400 deverão ser pagos por você, é claro


>> A redução é bem razoável, mas lembre-se: seu FGTS crescerá bem menos


>> Outra limitação: o imóvel financiado deverá ser de no máximo R$ 500 mil (CorreioBrasiliense)

6 de outubro de 2010

Seguro fiança locatícia ganha destaque no mercado imobiliário

O seguro de fiança locatícia, usado como garantia na locação de imóveis, movimentou R$ 106 milhões em prêmios nos primeiros oito meses do ano, recorde para o período e expansão de 4% na comparação com igual período de 2009, de acordo com a Superintendência de Seguros Privados (Susep).


Até o fim do ano, as perspectivas são também muito boas, principalmente devido à nova Lei do Inquilinato, cujas regras tendem a motivar maior demanda pelo produto, que garante o pagamento de aluguéis e demais encargos, em caso de inadimplência do inquilino.


De acordo com o especialista Carlos Barros de Moura, da BarrosDeMoura & Associados e diretor da Associação Paulista dos Técnicos de Seguro (APTS), o seguro fiança locatícia é bom para o inquilino, porque ganha independência e cria um histórico positivo junto aos órgãos de controle de crédito.


Para os proprietários, as vantagens incluem o recebimento do aluguel, de forma ágil e sem burocracias. "Mas é sempre bom lembrar que o consumidor precisa pagar pela ficha cadastral, que fica em torno de R$ 45,00, valor que não é devolvido caso a seguradora não aceite a proposta", ressalta Moura.


Ele avisa ainda que, em geral, não há diferenças significativas entre casas e apartamentos, mas o seguro pode variar de preço de acordo com a região do país se a finalidade do imóvel for comercial.


Por exemplo, para uma casa situada em São Paulo, considerando um aluguel de 1.000,00, o seguro custa R$ 965,09. Esse valor pode chegar a R$ 2.283,99 se a pessoa incluir coberturas acessórias para IPTU, contas de água e luz, danos causados ao imóvel, além de optar pelos serviços agregados, como chaveiro, vidraceiro, dedetização, instalação de ventilador de teto, assistência em antenas, reparos de máquina de lavar roupas, refrigerador, entre outros.


Ao contrário dos imóveis com finalidade residencial, os comerciais apresentam diferenças significativas, de acordo com a localização. No caso de um espaço cuja locação custa R$ 3.000,00, o pacote completo do seguro (valor mensal do aluguel mais coberturas acessórias), fica em cerca de R$ 4.000,00. O mesmo imóvel terá um seguro de aproximadamente R$ 5.400,00, no município de Piracicaba, por exemplo.


Moura lembra que as diferenças existem porque as seguradoras trabalham com análises de riscos que envolvem o estudo da localização, ocupação e construção dos imóveis. Mas o seguro fiança locatícia que, em geral, pode ser dividido em até 12 vezes, é um produto hoje muito bem aceito pelo setor imobiliário.[2]


"É muito difícil encontrar pessoas dispostas a assumir as responsabilidades de ser fiador. Além disso, o produto se modernizou e é uma excelente opção para quem vai alugar um imóvel, pois oferece uma série de benefícios que podem ser acoplados à cobertura básica", avalia.

4 de outubro de 2010

A explosão do mercado imobiliário

Nos últimos dois anos, o aquecimento da economia, o aumento do poder aquisitivo da população, a ascensão da classe C, a redução das taxas de juros e o expressivo aumento da oferta de crédito criaram um cenário extremamente favorável para o mercado de imóveis. Em São Paulo, bem como nos municípios em seu entorno, a expansão da malha viária e da rede de transportes metropolitana, com a inauguração do trecho sul do Rodoanel e de novas estações de trem e de metrô permitiram uma grande valorização de boa parte dos imóveis residenciais e comerciais.


O aumento da demanda trouxe um boom de lançamentos e, especialmente no último ano, maior quantidade de imóveis usados colocados à venda, seja porque seus proprietários desejaram realizar imediatamente o lucro pela valorização ou porque, em outros casos, decidiram mudar para apartamentos ou casas maiores ou mais bem localizadas. O fato é que o mercado paulistano nunca esteve tão movimentado, com inúmeras possibilidades para quem deseja comprar para morar, revender ou alugar. O setor está mais do que nunca atraente, mas é preciso prudência e análise para que se possa fazer o melhor negócio.


Com tantas ofertas e opções, é natural que muitos tenham dúvida de em qual ficha apostar. E, regra geral, há uma percepção generalizada de que, para morar ou investir, a melhor opção são os lançamentos imobiliários ou empreendimentos residenciais em construção. Muita calma nessa hora.


Há inúmeras ofertas interessantes em lançamentos residenciais. E vantagens: o comprador receberá um imóvel totalmente sem uso, moderno e com áreas de lazer mais sofisticadas, como fitness e varanda gourmet, dentre outros. Além disso, terá facilidade no retorno, e ganho expressivo se desejar revender a unidade próximo à data de entrega das chaves.


Mas há uma impressão equivocada de que o lançamento imobiliário é mais barato do que o imóvel usado. Proporcionalmente, na comparação do valor por metro quadrado, o preço de um imóvel pronto, usado, é de 20% a 30% menor do que o dos que estão em construção.


A maior disponibilidade de financiamento bancário, que hoje já responde por mais de 40% das vendas realizadas, contra 20% há três anos, e a possibilidade de desconto dos proprietários para agilizar o fechamento do negócio tornam atraente a compra de usados.


Os imóveis de terceiros têm a vantagem de serem disponibilizados praticamente no ato para os compradores, tão logo seja finalizada a transação financeira, sem necessidade de se aguardar por dois ou três anos até a entrega da unidade, que ainda terá de ser mobiliada e decorada, e muitas vezes depende ainda de colocação de pisos e alguns acabamentos.


Além disso, as unidades prontas podem ser visitadas "fisicamente" pelos interessados. O cliente sabe exatamente aquilo que está comprando, e inclusive sabe de antemão informações precisas, como o valor do condomínio e do IPTU, e por isso a chance de arrependimento, no futuro, é menor.


No caso de compra para investimento, o imóvel usado também é bom negócio, já que o proprietário pode começar a usufruir dos rendimentos da locação rapidamente, logo após a entrega das chaves, tendo retorno sobre o investimento realizado na compra da unidade.


A expansão do financiamento imobiliário facilitou a compra de imóveis de terceiros, e cada vez mais esse tipo de negócio é realizado em São Paulo. Entretanto, alguns cuidados são essenciais para que a compra ocorra sem surpresas, como verificar se a unidade está com toda a sua documentação em ordem.


O proprietário também não pode estar impedido legalmente de vendê-lo, como, por exemplo, ter seus bens indisponíveis por decisão judicial. Para verificar se o vendedor não tem problemas de idoneidade financeira recomenda-se procurar uma consultoria e, em São Paulo, solicitar certidão negativa dos dez cartórios de protesto, certidão do cartório de distribuidores cíveis e família, executivos fiscais, trabalhista e certidão da Justiça federal.


Com o mercado aquecido, multiplicaram-se as possibilidades, e neste momento é necessário serenidade, informação e consultoria para fazer as escolhas certas.(DCI)

1 de outubro de 2010

De acordo com a CNI, construção civil cresce pelo sétimo mês seguido

A atividade da construção civil cresceu em agosto na comparação com julho e registrou 56 pontos, no sétimo mês consecutivo de expansão do setor. A informação é da Sondagem da Construção Civil, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta segunda-feira, 27 de setembro. Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem. Valores acima de 50 pontos indicam crescimento ou expectativas positivas.

O nível de atividade em relação aos meses de agosto também teve elevação. O indicador ficou em 55 pontos, puxado pelas empresas de médio e grande portes. As pequenas empresas, que pontuaram 50,5, mostram atividade igual ao comum para o mês. “É normal que os indicadores das pequenas empresas estejam abaixo do que os das grandes e médias porque o setor está sendo puxado por grandes obras e edifícios que são executados por empresas maiores”, destaca o economista da CNI Danilo Garcia.

O crescimento do setor contribui para que o otimismo dos empresários se mantenha elevado. Os indicadores de expectativa em setembro em relação aos próximos seis meses, para o nível de atividade, ficaram em 65,3 pontos e para novos empreendimentos e serviços registraram 63,1 pontos. Com as perspectivas de aumento da atividade, os empresários pretendem ampliar as compras de insumos e matérias-primas. Esse indicador ficou em 64,2 pontos.

A Sondagem da Construção Civil foi realizada de 31 de agosto a 21 de setembro com 435 empresas, das quais 232 pequenas, 155 médias e 48 de grande porte.