24 de fevereiro de 2011

Novas normas restringem financiamento do programa Minha Casa Minha Vida

Com a decisão da Caixa Econômica Federal milhares de famílias poderão adiar o sonho da casa própria. A instituição anunciou que serão liberados financiamentos apenas para os projetos que estiverem localizados em áreas pavimentadas e urbanizadas. A determinação gerou polêmica e desagradou o setor imobiliário.

Para o presidente do Sindimóveis-MS, James Antônio Gomes, é preocupante o que está acontecendo. “Isso tudo é péssimo para o mercado, todos ficam preocupados. Aqueles que tinham feito um cronograma não esperavam que haveria decisões tão drásticas como esta”, diz o presidente. “Se não forem tomadas atitudes menos radicais o setor vai virar um caos e consequentemente muitas pessoas vão ficar desempregadas”, acrescenta.

As negociações de imóveis feitas pela Caixa Econômica pelo programa Minha Casa, Minha Vida são aplicadas de duas maneiras. A primeira situação é quando a própria instituição financia toda a obra e para aprovação deste crédito é necessário que o empreendimento se localize em áreas urbanizadas, com acesso pavimentado e soluções para o abastecimento de água, energia elétrica e esgoto pluvial.

Em um segundo caso as mudanças só ocorrem quando a obra é produzida por outros empreendedores e apenas comercializada pelo programa do governo Federal. A partir de agora, estes casos deverão atender as mesmas determinações do anterior.

Na contra-mão

Na semana passada, muitas entidades ligadas ao meio imobiliário comemoraram o fato de Campo Grande e Dourados entrarem no reajuste do teto de financiamentos pelo programa Minha Casa Minha Vida. A divulgação sobre os novos reajustes de aumentam os valores financiados de até R$ 130 mil, agora para R$ 150 mil, o que pode gerar um crescimento de 20% na procura por financiamentos.

Segundo o presidente do Sindimóveis-MS, James Antônio Gomes, os imóveis que se enquadram dentro do padrão estabelecido para o Minha Casa Minha Vida, têm em média 60m² de área, tamanho este que poderá variar de 80m² a 100m², com a nova proposta. “Aumentar o valor para R$ 150 mil vai contribuir muito com o fomento da economia do país, e Mato Grosso do Sul também será bastante beneficiada com isso”, revela o presidente.

James explica ainda, que apenas duas cidades no Estado farão parte do incentivo, porque existe um critério populacional estabelecido pela Caixa Econômica Federal, para liberar os créditos. Ele acrescenta que há boas perspectivas do setor para o ano todo e que economistas falam em crescimento no mercado até depois da Copa do Mundo.

“Nós estavamos muito satisfeitos com o que vinha acontecendo.", afirmou James sobre o fato de que o governo federal resolveu frear muito bruscamente os investimentos no setor imobiliário. De acordo com algumas pessoas ligadas ao meio da construção civil, o temor é que inflacione os imóveis em ruas asfaltadas e com esgoto e os que não se enquadram nesses termos não possam ser comercializados.

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