O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, assinou uma carta de intenções para a implantação de um centro tecnológico destinado à pesquisa em construção civil, em parceria com entidades do setor.
O Parque de Inovação e Sustentabilidade do Ambiente Construído (Pisac) faz parte das estratégias do governo e do setor privado para aumentar a produtividade da construção civil e solucionar gargalos do setor que enfrenta escassez de mão-de-obra.
"A ideia básica é que esse esforço de pesquisa que as cadeias produtivas precisam desenvolver dificilmente vai avançar se cada empresa tentar resolver problemas individualmente", disse Mercadante durante evento do setor de construção, em São Paulo.
O lançamento do Pisac ocorre em um momento em que o governo federal promove grandes investimentos em construção civil. A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, reafirmou durante o evento o objetivo do governo de investir 125,7 bilhões de reais na segunda etapa do programa Minha Casa, Minha Vida, para a construção de até 2,6 milhões de moradias até 2014.
O Pisac será implantado no campus da Universidade de Brasília (UnB) na cidade de Gama. A primeira etapa contará com recursos da ordem de 25 milhões de reais, negociados com o ministério de Mercadante, governo do Distrito Federal e empresas do setor, segundo informações da UnB.
A implantação do centro será realizada em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria de Construção, Sindicato das Indústrias da Construção Civil (SindusCon), Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário, governo do Distrito Federal e com a empresa britânica Building Research Establishment.
O presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe, já havia afirmado à Reuters em julho que a entidade apresentaria a proposta do centro tecnológico ao governo federal.
Mercadante também ressaltou no evento a importância de aumentar a excelência do setor para que o país enfrente o cenário externo adverso.
O ministro afirmou que, com as crises das dívidas norte-americana e europeia e as dificuldades trazidas pelo terremoto no Japão, a indústria externa começará a disputar os mercados mundiais, incluindo o brasileiro, que precisa estar preparado para enfrentar a concorrência.
"A cadeia da construção civil ficou muitos anos sufocada. Não tinha crédito, não havia financiamento de longo prazo, havia uma carga tributária indevida. Vivemos hoje um momento de investimento, temos crédito, temos que aproveitar para dar um salto de qualidade", disse Mercadante durante o evento.
Com informações da Revista Exame.
15 de agosto de 2011
Governo vai investir em centro de pesquisa para construção civil
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