O crédito imobiliário é a modalidade que mais tem crescido. Segundo o Banco Central, a expansão foi de 50% em 12 meses, com o estoque atingindo R$ 167,5 bilhões em junho. No mês, o aumento foi de 3,8% e, no ano, de 20,7%. "O percentual é elevado porque a base ainda é pequena devido ao deficit habitacional. Esse ritmo de forte alta deve continuar por mais tempo", previu o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel. Para ele, não há risco de uma bolha imobiliária como a que ocorreu nos Estados Unidos em 2008.
"A participação do setor habitacional no total do crédito é muito modesta, comparativamente ao padrão internacional", disse Maciel. O peso do crédito imobiliário subiu de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em junho de 2010 para 4,3% no mês passado. "Esse segmento não tem necessidade de uma medida macroprudencial. Ainda há espaço para crescer. A gente espera que o crédito habitacional continue aumentando em taxas significativas, mas deverá arrefecer a longo prazo."
O presidente da consultoria de análise de crédito proScore, Ivo Barbiero, também descarta bolha. "O nosso sistema financeiro está adiantado para evitar o que aconteceu nos EUA", comentou. Ele avaliou o crescimento nos empréstimos como positivo e "dentro da normalidade".
As operações de crédito do sistema financeiro representaram 47,2% do PIB em junho, 0,3 ponto acima do registrado no mês anterior. O total, de R$ 1,834 trilhão, cresceu 1,6% no mês, 7,5% no ano e 20% em 12 meses. "Esse percentual está de acordo com nossas projeções de 48% para este ano", disse Maciel. Para a Associação Nacional dos Executivos de Finanças e Contabilidade (Anefac), "esse volume ainda é baixo quando comparado às principais economias do mundo, que têm média acima de 100%".
Com informações da CBIC.
1 de agosto de 2011
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