Morar com os amigos é o sonho de muitos, mas nem tudo são flores. Se não houver um entendimento entre os moradores, principalmente quando se trata de dinheiro, o acordo e até a amizade pode chegar ao fim. As despesas são um assunto que deve ser discutido antes de se mudar, planejar com antecedência evita problemas, dizem os especialistas.
Para não comprometer o orçamento do grupo, o ideal é fazer uma planilha com gastos fixos mensais, como água, aluguel e condomínio. “A organização começa a se definir nos gastos básicos da casa. O próximo passo é saber dividir despesas como as do supermercado”, diz Ângela Menezes, professora de finanças do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa).
Segundo especialistas, o maior problema nas finanças de quem mora junto ocorre nas pequenas compras do dia-a-dia, geralmente alimentos que são consumidos por outros, alguns chegam até a esconder produtos para que isso não ocorra, rompendo longas amizades.
Para que desentendimentos sejam evitados, os moradores devem perceber se é realmente vantajoso comprar os alimentos em conjunto ou não. “Se fizerem a maioria de suas refeições fora de casa, não há sentido em dividir igualmente este tipo de gasto”, diz Nélson de Souza, professor de finanças do Ibmec. “Mas, se a compra for coletiva e apenas um realizar o pagamento para depois os outros acertarem é preciso cumprir o acordo”, afirma.
Hospedar familiares e namorados (as) trazem despesas extras que não estão no orçamento e que não devem ser compartilhadas, diz o consultor financeiro Mauro Calil. “O morador que trouxer o hóspede deve fazer compras no supermercado e aumentar sua contribuição em contas como água, luz e gás, já que haverá um excedente de consumo”, afirma. “Além disso, no caso de algum objeto ser danificado, é preciso fazer a reparação imediata por meio da compra de um novo produto ou do ressarcimento financeiro”, completa
20 de dezembro de 2011
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