O começo do ano é sempre igual, IPVA, IPTU, matrícula em escolas, etc. Se você não se programar, pode ter surpresas desagradáveis, por isso, Ângela Nunes, economista, especialista em mercado de capitais e planejadora financeira certificada, CPF pelo IBCPF deu algumas dicas de como fazer um planejamento para um bom orçamento em 2013.
Segundo Ângela, o primeiro passo é começar a planejar em janeiro, montando a previsão para os gastos até dezembro. A economista sugere guardar um pouco do salário todo o mês para suprir os gastos excessivos de final de ano sem ficar na dependência do 13º salário. "Acredito que uma boa saída para as pessoas é elas trabalharem com o planejamento a longo prazo, pois todo ano acontece o mesmo erro. As pessoas esquecem de analisar seus gastos mensalmente e o décimo terceiro passa a ser a salvação para quitar as dívidas acumuladas", comenta Ângela.
Segundo pesquisas, o ano de 2012 foi o ano onde o brasileiro mais se endividou, especialistas dizem que isso é falta de planejamento e educação financeira. "O brasileiro pensa pouco no futuro, pois não tem o hábito de lidar com planejamento. Soma-se a precariedade da educação financeira nas escolas com o endividamento e tudo vira uma bola de neve difícil de controlar. É preciso planejar", comenta a economista.
Ângela comenta que existem dois tipos de endividamento: O saudável e o por consumo. O saudável é aquele que traz algum benefício duradouro, como imóveis, carros, etc. O por consumo é endividamento por falta de controle, dívidas que não tarzem nenhum benefício, como roupas, viagens desnecessárias, etc. O forte apelo comercial presente nos meios de comunicação também é considerado pela economista como um atrativo ao endividamento.
O parcelamento é apontado como outro fator de risco para o endividamento do brasileiro. "A pessoa faz as contas e vê que a parcela cabe no seu salário, mas se esquece de que ela tem outras três ou quatro parcelas que individualmente também cabiam no salário. Ao final do mês, quando for somar todos os parcelamentos, falta dinheiro e aí começam os problemas com o cheque especial e o cartão de crédito", menciona Ângela.
Segundo a especialista, um erro muito comum é que no fim do ano as pessoas gastam completamente o 13º e esquecem das despesas do início do ano. "Caso a pessoa tenha exagerado nas compras de natal e não tenha sobrado dinheiro para as indesejáveis dívidas do começo do ano, vai precisar recorrer ao cheque especial e, com isso, estará sujeito à cobrança de juros e correção monetária sobre o valor usado para pagar suas despesas", aponta Ângela.
Não é preciso esperar o final do ano para consertar as finanças. Organização e disciplina podem resolver facilmente, desde que todos que participam do orçamento familiar estejam empenhados na tarefa. A economista recomenda que logo no início de janeiro se faça uma previsão dos gastos até dezembro. Isso facilita na hora de identificar as principais despesas do orçamento familiar e a planejar inclusive o que pode ser cortado para ajudar na economia. Ângela sugere que o consumidor avalie sobre a real necessidade do consumo imediato em relação ao consumo futuro, evitando o endividamento pelas compras desnecessárias.
Com informações do site bbel.com.br
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