O mercado já prevê um novo corte de 0,75 ponto porcentual na taxa Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que será em abril. A redução também indica, segundo os economistas, que os juros poderão chegar a 9% este ano.
O economista Antônio Madeira diz que "O mercado deve reforçar as apostas em 9% ao ano". A expectativa pelo corte de 0,75 ponto porcentual na reunião deste mês aumentou esta semana. Até então, a maioria dos analistas apostava numa redução de 0,50 ponto porcentual. O corte maior do que o previsto pelos analistas já leva alguns economistas a projetarem os juros a 8,5% este ano e a temerem riscos no combate à inflação.
Em comunicado divulgado, logo após a reunião, a equipe econômica da CM Capital Markets diz que "tendência é que amanhã a curva de juros futuros abra em baixa e precifique mais um corte de 0,75 ponto porcentual na reunião de abril e corte adicional em maio." Segundo a CM Capital Markets, a ausência da expressão "ajuste moderado" indica que o BC trabalha com a convergência da inflação para o centro da meta em um horizonte de tempo mais longo.
A LCA prevê que a Selic será reduzida para 9% ao ano. Mas o próximo corte, em abril, será de 0,50 ponto porcentual, seguido por uma redução de 0,25 ponto porcentual na reunião seguinte, de maio.
"Essa projeção de um ritmo decrescente de corte da Selic daqui por diante está amparada na perspectiva de que a atividade doméstica ganhará algum fôlego a partir do 2.° trimestre, em contexto de gradativa diluição dos focos de incerteza externa", informou a consultoria em comunicado. Na avaliação da LCA, o corte de 0,75 ponto porcentual não chegou a surpreender, apesar de a consultoria ter apostado em uma redução de 0,50 ponto porcentual.
Entre os fatores que levaram o Copom a aumentar a velocidade do corte, os economistas da LCA citam a apreciação do câmbio, o fraco desempenho do crédito interno e a forte retração da indústria nos últimos meses.
Com informações do Estadão
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