Usar o caixa 24 horas, pagar contas com o cartão de crédito... Ganhar uns minutinhos a mais é irresistível, mas pesa no bolso. Identificamos os furos por onde sua grana escapa da carteira.
Seguro-telefone
Ter um seguro para o celular é irrecusável, especialmente se você já perdeu o aparelho antes - sabe como é, balada + uns drinques = Ops, perdi o telefone na pista! Mas, financeiramente, não vale a pena. A quantia paga pelo seguro é menor que a gasta na compra, pois são descontadas a franquia e a depreciação do produto, diz o professor de economia da FGV Fabio Gallo. Resultado: você pode receber menos de 70% do valor de um aparelho novo. A não ser que você seja uma distraída crônica, que está sempre esquecendo a bolsa, a carteira, os anéis e afins por onde passa, melhor economizar esse dinheiro.
Roubada do cartão
Varia entre 3 e 11 reais por mês (dependendo da administradora) para garantir que, se o seu cartão de crédito for roubado e usado, o valor será estornado. Uma ótima ideia e tão barata, não é? Não. Primeiro, porque 11 reais por mês durante um ano soma 132 reais. Segundo (e principalmente) porque já é obrigação da administradora ressarcir você gratuitamente. Se acontecer com você, preste atenção: faça um B.O. e notifique a operadora logo, cancelando o cartão e explicando quais compras da fatura não são suas. O estorno deve cair em até cinco dias úteis. E você não precisa pagar nada por isso!
Traição do bem
Não é porque seu gerente parece adorar você que, necessariamente, quer o melhor para sua grana. Não se pode esquecer que ele também tem metas para bater, diz o planejador financeiro Luiz Krempel, do GuiaBolso.com. Assim como fazemos pesquisa de preço antes de comprar algo, é preciso comparar valores das taxas antes de decidir onde abrir uma conta. E lembrar que dá para mudar de banco a qualquer momento, diz ele. A diferença cobrada entre um e outro no cheque especial chega a 128%. Nesse caso, se você estiver devendo mil reais ao banco, terá que pagar um total de (prepare-se para o susto) 2 280 reais.
Taxa de (in)conveniência
Sua banda favorita vai fazer um show único no Brasil. Aquele espetáculo da Broadway finalmente vai ser montado por aqui. Em geral, o ingresso para esses grandes eventos (e alguns pequenos também) sai caro - em reais, em horas na fila. Para economizar (só) tempo, você escolhe a compra online e xinga a taxa de conveniência. Como não existe legislação nacional sobre o tema, as empresas cobram o que querem. O valor chega a 20% do preço do ingresso. E nem inclui a entrega em casa, diz Gallo. É injusto, mas a única maneira de escapar dela é enfrentar as filas - e, em alguns casos, mesmo assim, você tem que pagar a maldita taxa.
Conta paga com cartão de crédito
O salário cai em uma data, a conta de luz vence uma semana depois, a de telefone após mais alguns dias. Pagar tudo no cartão = solução fácil para quem tem a memória falha - e ainda rende milhas aéreas, oras. Só que essa mordomia sai caro. Para começar, há 0,38% da fatura só de IOF (imposto sobre operações financeiras). Depois, cada operadora ainda cobra entre 3 e 16 reais por boleto cadastrado. Isso pode significar até 100% a mais, diz Krempel. Tem banco que, em vez de cobrar taxa fixa, cobra uma porcentagem de quase 3% em cima do valor total. Nesse caso, se você pagou um aluguel de 2 mil reais no cartão, ainda gasta outros 59,80 reais de taxa. Dica para se organizar: mude a data de vencimento das contas para o mesmo dia (que tal quando cai o salário?).
Saque 24 horas
Você precisa pagar o estacionamento, mas está sem dinheiro e não aceitam cartão. O jeito é apelar para o Banco 24 Horas. Por mais que a taxa de transação seja baixa (até 3 reais) e varie de banco para banco, vale só para saques em último caso. Três reais pode parecer pouco, mas, se sacar 30, isso significa 10% a mais, diz o educador financeiro Mauro Calil. Atenção: todo cliente de banco tem direito a quatro saques por mês com isenção de taxas. Ah, você também paga se sacar com cartão de crédito!
Garantia esperta
Você já está pronta para fechar seu pedido e o vendedor vem fazer a oferta. Você nem sabe para que funciona, mas fica na dúvida se topa a tal da garantia estendida. Ela é basicamente um serviço complementar ao da garantia contratual e dura cerca de cinco anos. O problema: ela pode aumentar o valor da compra em até 10%. O consumidor já está protegido de possíveis defeitos de fabricação que aparecem antes de um ano de uso, diz Adriano Gomes, professor de finanças do curso de administração da ESPM. Em alguns casos, como o computador que você usa para trabalhar, pode valer a pena. Mas essa garantia não cobre defeitos causados por mau uso e traz poucas vantagens com relação à obrigação legal do fornecedor de reparar defeitos de fabricação.
Com informações de M de Mulher
16 de janeiro de 2014
Economizar tempo nem sempre é um bom negócio e pode fazer você perder dinheiro
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