27 de janeiro de 2014

Saiba como montar uma adega em casa


O sonho de todo apreciador de vinho é ter uma adega em casa, mas para não cometer nenhum sacrilégio que enfureça Baco (deus da bebida), é preciso seguir algumas regras básicas. A enóloga Stella Verzolla explica que quanto mais escuro for o local de armazenamento, melhor. A área não pode sofrer com trepidação ou barulho e, se possível, deve evitar que o vinho tenha contato com o oxigênio.

Para o arquiteto Fernando Pellizzon, de Campinas, antes de projetar uma adega é preciso se perguntar se o objetivo é apenas criar um efeito decorativo ou se a pessoa realmente é uma apreciadora de vinhos e quer um local para armazená-los adequadamente. “Quem curte vinho deve criar um espaço maior e estocar as garrafas numa adega climatizada”, diz.

 “A estética é importante, mas se não for armazenado corretamente o vinho não será degustado a contento”, alerta Stella. Um dos sacrilégios que enfurecem Baco é deixar a adega próxima a locais que são fonte de calor. Ou seja: as garrafas jamais devem ficar perto do fogão ou do micro-ondas. Em cima da geladeira, nem pensar, devido à trepidação do motor. “O vinho deve ficar sempre na horizontal por causa da rolha, que tem de estar umidificada”, informa Stella.

Outras variáveis que influenciam na hora de escolher o lugar da casa onde instalar a adega são os fatores naturais e climáticos. Um local com muita claridade não serve, pois a luz estimula uma série de reações químicas dentro da garrafa. Ambientes úmidos, por sua vez, desenvolvem micro-organismos que podem estragar a rolha. Já os muito secos ressecam a rolha e oxidam o vinho. “A adega, em média, deve ter 14°C”, afirma Stella.

Definido o local é hora de escolher o equipamento. Há dois tipos de adegas: a termoelétrica e a digital. “É preciso saber a qualidade do compressor (da termoelétrica). Ver se ele é específico para uma adega e se tem um sistema antivibratório”, explica Stella. “É mais recomendável o digital, pois é possível definir a temperatura”, completa.
Pellizzon afirma que dá para fazer uma adega no vão de uma escada para 20 garrafas ou até mesmo num porão com mais de mil garrafas. No caso de uma coleção tão vasta, porém, o dono pode se perder em meio a tantos vinhos. Por isso, neste projeto de adega no porão o arquiteto desenvolveu um software para localizar as garrafas, “uma espécie de índice”, diz ele.

Por fim, quem gosta de outras bebidas pode fazer um bar-adega, no qual os vinhos são armazenados junto com as demais garrafas. Foi o que Pellizzon fez, por exemplo, em um projeto em que juntou a sala de jogos da casa com o espaço reservado aos drinques.

Com informações de Vida e Estilo Terra.

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