Em 2008, uma crise que começou no mercado imobiliário norte-americano levantou algumas dúvidas sobre se o crescimento deste setor aqui no Brasil não estaria comprometido. Pois 2010 foi o ano da resposta para construtoras, imobiliárias, inquilinos, mutuários e, principalmente, para os investidores.
Seja para a compra e venda, seja para a locação, a verdade é que o investidor do mercado imobiliário teve motivos para sorrir neste ano. 2010 foi um dos melhores anos dos últimos tempos, diz o vice-presidente do Secovi-RJ (Sindicato da Habitação), Leonardo Schneider. 2010 foi um ano produtivo, reforça o presidente do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis), Luiz Augusto Viana Neto.
Razões para esse bom momento não faltaram: crescimento econômico, aumento real da renda da população, classes mais baixas com acesso à moradia, avanço do crédito imobiliário, desenvolvimento do programa Minha Casa, Minha Vida e confirmação de eventos esportivos no Brasil Copa do Mundo em 2014 e Olimpíada em 2016.
Compra e venda
As consequências de tudo isso foram sentidas no bolso dos investidores, que tiveram muito o que comemorar. Aqueles que apostaram na venda e compra de unidades para sair no lucro conseguiram atingir seus objetivos.
No caso da compra, a gente enxerga valorizações de quase 100% em algumas regiões, falando de Rio de Janeiro. A Zona Norte, por exemplo, foi muito influenciada por UPPs programa de pacificação nas comunidades. Regiões que estavam degradadas passaram a ter valor de mercado de novo, afirmou Schneider.
A valorização dos imóveis está muito clara no Rio, de acordo com ele, também por causa dos investimentos que estão acontecendo na cidade por conta da Olimpíada. Porém, esta é uma realidade do Brasil.
No caso de São Paulo, segundo Viana Neto, não existe um banco de dados para se dizer de quanto foi o ganho de quem investiu na compra de imóveis em 2010. Mas uma média de renda para quem investiu na compra e venda jamais foi inferior a 30% do valor investido, ressalta o presidente do Creci-SP.
Para quem vai se aventurar neste mercado, ele dá uma dica: Não é um mercado para amadores, é para profissionais. Só deve investir em compra e venda pessoas que são bem inteiradas com o que acontece no mercado. No caso de locação não, qualquer um pode fazer, não há segredo nenhum. Na compra e venda, todos que fizeram neste ano se deram bem.
E o aluguel?
A figura da pessoa que se aposenta e que vive do aluguel de imóveis ainda é marcante no Brasil. De acordo com Schneider, essa característica é tipicamente latina e não poderia ser diferente entre os brasileiros, que em 2010 viram mais motivos ainda para aderir à modalidade.
O mercado de locação está muito aquecido. Hoje, existe dificuldade para as pessoas de encontrar um imóvel para alugar. As pessoas estão querendo mais qualidade de vida, ficar mais perto do trabalho, ter certa independência, justifica.
O retorno ao investidor, neste mercado, é de 0,4% a 0,5%, no caso das unidades residenciais, e de 0,7% a 1%, no caso das comerciais, de acordo com Schneider, que ressaltou ainda que os gastos referentes ao imóvel podem ficar a cargo do proprietário, que ainda arca com o imposto de renda referente ao aluguel.
Já Viana Neto vai além e diz que existem investidores que conseguem de 0,7% a 1,2% do valor investido nas unidades residenciais. Quem investiu em imóveis pequenos para locação residencial teve a possibilidade de receber 1% ao mês em retorno. É um lucro expressivo, sem contar ainda que tem a valorização do imóvel. Em 2011, os aluguéis devem estar de estáveis para crescente. Como não há grandes novidades, aqueles que estão disponíveis para locação devem valorizar bastante.
2011
O cenário positivo deve continuar no próximo ano, porque há recursos disponíveis para financiamento imobiliário, para 2011, portanto é um mercado que continuará crescendo, nas palavras de Viana Neto. Schneider, por sua vez, acredita que a tendência de valorização do mercado continua, mas ele não tem certeza se nos mesmos percentuais alcançados neste ano.
Em relação às fontes de financiamento para o crédito imobiliário, já que muito se fala que o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e a poupança são finitos, o que o vice-presidente do Secovi-RJ diz é que o mercado deve suprir esse deficit. Cada vez mais temos investimentos estrangeiros e formas de financiar essa compra da casa própria. Capital para isso não falta não, diz.
Em relação à possibilidade de bolha no Brasil, diante do aumento de preços dos imóveis, Schneider disse que pode acontecer, mas no longo prazo e por motivos diferentes daquela bolha que aconteceu nos Estados Unidos. Claro que uma hora vai ter um ajuste de mercado, mas muito movimentado pela demanda, diferentemente do que aconteceu nos EUA, que teve inadimplência muito alta. Aqui, está bem distante de acontecer uma bolha, ressalta.(Infomoney)
29 de dezembro de 2010
28 de dezembro de 2010
Novos alicerces para o mercado imobiliário
O mercado imobiliário brasileiro passou por uma verdadeira revolução nos últimos anos. Juros em queda, renda em elevação, abundância de recursos, aperfeiçoamentos no marco legal e, mais recentemente, o programa federal Minha Casa Minha Vida estão entre os fatores responsáveis por um crescimento médio na casa dos dois dígitos. Em apenas dois anos, o crédito habitacional deve duplicar sua participação no PIB de cerca de 2% em 2008 para quase 4% no fim de 2010.
Em que pese o ritmo, ainda acelerado, de concessão de empréstimos, um estudo do Sindicato da Construção de São Paulo (Sinduscon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV) prevê uma redução na velocidade de expansão do volume financeiro movimentado pelo setor, de 11% neste ano para 6% em 2011.
O patamar ainda é elevado o governo prevê alta de 5,5% do PIB no próximo ano. Mas é preciso lembrar que o Brasil tem um enorme déficit habitacional a ser corrigido (da ordem de 7 milhões de moradias, segundo estimativas de mercado) e ainda há espaço para ampliar o peso do financiamento imobiliário na economia. Em países emergentes, como o Chile e o México, a relação entre essa modalidade de crédito e o PIB passa de 15%, enquanto mercados desenvolvidos têm índices superiores a 50%.
O setor começa a contabilizar os obstáculos trazidos à tona pelo grande impulso recente, e que terão, necessariamente, de ser superados caso a construção civil queira manter, de forma sustentável, as taxas de crescimento. Faltam trabalhadores, equipamentos, terrenos em áreas urbanas e, em pouco tempo, estima-se que a principal fonte de recursos para o mercado imobiliário, a poupança, não será mais suficiente para atender à forte demanda.
Há dez anos, quando havia necessidade de mais trabalhadores em São Paulo, caminhões iam buscá-los em Minas Gerais. E vice-versa. Hoje, com o Brasil inteiro em obras, não há mais esse remanejamento, exemplifica o presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), João Crestana. A construção civil emprega, hoje, cerca de 2,5 milhões de trabalhadores mais que o dobro do contingente de uma década atrás.
Vamos intensificar a qualificação dos trabalhadores nos cursos do Senai e nos canteiros de obras, afirma o presidente do Sinduscon, Sergio Watanabe. Ao mesmo tempo, a entidade solicita a abertura de novos cursos técnicos. A situação fica complicada no caso dos engenheiros, cuja formação é mais demorada. Dá para mitigar a situação ao trazer de volta engenheiros aposentados, aumentar a carga de trabalho dos que estão na ativa ou trazer outros da área administrativa para a técnica, diz Crestana.
À carência de trabalhadores se soma a falta de equipamentos e materiais de construção, ainda que um bom planejamento das obras e o uso de tecnologia permitam driblar situações pontuais de escassez dos recursos. A PDG Realty, maior incorporadora do País, fechou a compra, no primeiro semestre, de 50% de participação na fabricante de painéis pré-moldados Jet Casa, do interior de São Paulo, para acelerar e dar mais eficiência ao processo de construção. Temos verdadeiras linhas de produção distribuídas pelo País, onde diversas partes da casa são fabricadas em esteiras e transportadas até a obra, explica o diretor-financeiro da companhia, Michel Wurman.
Outras estratégias adotadas pela companhia para fazer frente aos gargalos do mercado são a centralização dos processos de compras das empresas do grupo Goldfarb, CHL, PDG São Paulo e Agre e o recrutamento de engenheiros e estagiários diretamente nas faculdades.
Enquanto as empresas lutam para driblar os desafios mais imediatos, especialistas preveem para mais breve do que se pensava a necessidade de buscar opções ao Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Em outubro, os recursos da caderneta foram responsáveis por 5,47 bilhões de reais em financiamentos habitacionais, o equivalente a 38,1 mil imóveis. O volume mantém-se acima de 5 bilhões de reais há cinco meses consecutivos, enquanto a captação líquida da aplicação ficou na média de 3,2 bilhões de reais no período.
Segundo a Caixa Econômica Federal, diante das atuais tendências de demanda por crédito imobiliário e crescimento da poupança, é possível estimar que, a partir de 2012, seja necessário um funding alternativo e complementar aos atuais créditos direcionados (poupança e FGTS). Em nota, o banco estatal informou esperar que a securitização e as captações de longo prazo tornem-se os instrumentos utilizados pelo setor para sustentar o crescimento.
O presidente do Secovi-SP lembra que, em 2002, recursos da poupança e do FGTS financiaram cerca de 4 bilhões de reais em moradias. Em 2010, o volume deverá fechar o ano entre 70 bilhões e 80 bilhões de reais. Um estudo apresentado no último Congresso Brasileiro de Construção cita necessidades de investimento de 3 trilhões de reais até 2022 para trazer o déficit habitacional do Brasil ao nível dos países desenvolvidos. A demanda será de 250 bilhões de reais ao ano, quase o dobro do disponível hoje.
O cenário parece desalentador, mas Crestana ressalva que só os fundos de pensão mantêm em caixa mais de 700 bilhões de reais, e que há outras fontes de recursos, com investidores internacionais, capazes de suprir as necessidades do setor. Existem verdadeiras caixas dágua de dinheiro que só precisam ser conectadas ao nosso setor imobiliário. A securitização é um desses canos.
O executivo refere-se a papéis como os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), que dão liquidez imediata a receitas futuras dos empreendimentos. Em outras palavras, as construtoras vendem os imóveis e negociam com investidores o direito a receber as parcelas dos compradores. Um instrumento similar são os covered bonds, títulos que permitem que os próprios bancos continuem responsáveis pelo financiamento, e emitam os papéis para antecipar a receita de longo prazo.
A utilização desses instrumentos ainda é relativamente pequena no Brasil, segundo Crestana as operações realizadas somam entre 15 bilhões e 20 bilhões de reais. Nossa cultura de mercado de capitais não é desenvolvida, mas temos bons marcos institucionais, diz o presidente do Secovi.
Segundo Wurman, o mercado brasileiro de securitização imobiliária ainda não cresceu mais por falta de oferta de recebíveis por parte das incorporadoras. Todas as sete operações feitas pela PDG até hoje foram bem-sucedidas, com demanda excedente, afirma. A participação dessa fonte de financiamento, de acordo com o diretor, deverá passar dos atuais 3% a 5% para 15% a 25% da carteira total da empresa, nos próximos três anos.
Um dos problemas do mercado de securitização ainda é a associação, feita por muitos investidores, da modalidade às bolhas imobiliárias surgidas em países como os Estados Unidos e a Espanha. Por isso mesmo, a aceitação é maior no caso dos títulos lastreados por empresas. A TRX Realty foi criada há três anos e meio com o objetivo de tornar viáveis, por meio da emissão de títulos, construções voltadas para o mercado corporativo. Em uma operação recente, montada para erguer a sede de uma grande companhia, foram ofertados 25,5 milhões de reais em títulos, e a demanda atingiu 90 milhões de reais.
A empresa realiza os primeiros investimentos necessários à incorporação de um imóvel e, na sequência, oferece a investidores a possibilidade de participar do empreendimento. Temos 200 milhões de reais em patrimônio imobiliário e um volume financeiro que nos permitirá gerar mais de 1 bilhão de reais, diz o diretor da TRX, José Alves Neto. O mercado de securitização está engatinhando, mas daqui a pouco vai se levantar e sair correndo.(AndreSiqueita/CartaCapital)
Em que pese o ritmo, ainda acelerado, de concessão de empréstimos, um estudo do Sindicato da Construção de São Paulo (Sinduscon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV) prevê uma redução na velocidade de expansão do volume financeiro movimentado pelo setor, de 11% neste ano para 6% em 2011.
O patamar ainda é elevado o governo prevê alta de 5,5% do PIB no próximo ano. Mas é preciso lembrar que o Brasil tem um enorme déficit habitacional a ser corrigido (da ordem de 7 milhões de moradias, segundo estimativas de mercado) e ainda há espaço para ampliar o peso do financiamento imobiliário na economia. Em países emergentes, como o Chile e o México, a relação entre essa modalidade de crédito e o PIB passa de 15%, enquanto mercados desenvolvidos têm índices superiores a 50%.
O setor começa a contabilizar os obstáculos trazidos à tona pelo grande impulso recente, e que terão, necessariamente, de ser superados caso a construção civil queira manter, de forma sustentável, as taxas de crescimento. Faltam trabalhadores, equipamentos, terrenos em áreas urbanas e, em pouco tempo, estima-se que a principal fonte de recursos para o mercado imobiliário, a poupança, não será mais suficiente para atender à forte demanda.
Há dez anos, quando havia necessidade de mais trabalhadores em São Paulo, caminhões iam buscá-los em Minas Gerais. E vice-versa. Hoje, com o Brasil inteiro em obras, não há mais esse remanejamento, exemplifica o presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), João Crestana. A construção civil emprega, hoje, cerca de 2,5 milhões de trabalhadores mais que o dobro do contingente de uma década atrás.
Vamos intensificar a qualificação dos trabalhadores nos cursos do Senai e nos canteiros de obras, afirma o presidente do Sinduscon, Sergio Watanabe. Ao mesmo tempo, a entidade solicita a abertura de novos cursos técnicos. A situação fica complicada no caso dos engenheiros, cuja formação é mais demorada. Dá para mitigar a situação ao trazer de volta engenheiros aposentados, aumentar a carga de trabalho dos que estão na ativa ou trazer outros da área administrativa para a técnica, diz Crestana.
À carência de trabalhadores se soma a falta de equipamentos e materiais de construção, ainda que um bom planejamento das obras e o uso de tecnologia permitam driblar situações pontuais de escassez dos recursos. A PDG Realty, maior incorporadora do País, fechou a compra, no primeiro semestre, de 50% de participação na fabricante de painéis pré-moldados Jet Casa, do interior de São Paulo, para acelerar e dar mais eficiência ao processo de construção. Temos verdadeiras linhas de produção distribuídas pelo País, onde diversas partes da casa são fabricadas em esteiras e transportadas até a obra, explica o diretor-financeiro da companhia, Michel Wurman.
Outras estratégias adotadas pela companhia para fazer frente aos gargalos do mercado são a centralização dos processos de compras das empresas do grupo Goldfarb, CHL, PDG São Paulo e Agre e o recrutamento de engenheiros e estagiários diretamente nas faculdades.
Enquanto as empresas lutam para driblar os desafios mais imediatos, especialistas preveem para mais breve do que se pensava a necessidade de buscar opções ao Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Em outubro, os recursos da caderneta foram responsáveis por 5,47 bilhões de reais em financiamentos habitacionais, o equivalente a 38,1 mil imóveis. O volume mantém-se acima de 5 bilhões de reais há cinco meses consecutivos, enquanto a captação líquida da aplicação ficou na média de 3,2 bilhões de reais no período.
Segundo a Caixa Econômica Federal, diante das atuais tendências de demanda por crédito imobiliário e crescimento da poupança, é possível estimar que, a partir de 2012, seja necessário um funding alternativo e complementar aos atuais créditos direcionados (poupança e FGTS). Em nota, o banco estatal informou esperar que a securitização e as captações de longo prazo tornem-se os instrumentos utilizados pelo setor para sustentar o crescimento.
O presidente do Secovi-SP lembra que, em 2002, recursos da poupança e do FGTS financiaram cerca de 4 bilhões de reais em moradias. Em 2010, o volume deverá fechar o ano entre 70 bilhões e 80 bilhões de reais. Um estudo apresentado no último Congresso Brasileiro de Construção cita necessidades de investimento de 3 trilhões de reais até 2022 para trazer o déficit habitacional do Brasil ao nível dos países desenvolvidos. A demanda será de 250 bilhões de reais ao ano, quase o dobro do disponível hoje.
O cenário parece desalentador, mas Crestana ressalva que só os fundos de pensão mantêm em caixa mais de 700 bilhões de reais, e que há outras fontes de recursos, com investidores internacionais, capazes de suprir as necessidades do setor. Existem verdadeiras caixas dágua de dinheiro que só precisam ser conectadas ao nosso setor imobiliário. A securitização é um desses canos.
O executivo refere-se a papéis como os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), que dão liquidez imediata a receitas futuras dos empreendimentos. Em outras palavras, as construtoras vendem os imóveis e negociam com investidores o direito a receber as parcelas dos compradores. Um instrumento similar são os covered bonds, títulos que permitem que os próprios bancos continuem responsáveis pelo financiamento, e emitam os papéis para antecipar a receita de longo prazo.
A utilização desses instrumentos ainda é relativamente pequena no Brasil, segundo Crestana as operações realizadas somam entre 15 bilhões e 20 bilhões de reais. Nossa cultura de mercado de capitais não é desenvolvida, mas temos bons marcos institucionais, diz o presidente do Secovi.
Segundo Wurman, o mercado brasileiro de securitização imobiliária ainda não cresceu mais por falta de oferta de recebíveis por parte das incorporadoras. Todas as sete operações feitas pela PDG até hoje foram bem-sucedidas, com demanda excedente, afirma. A participação dessa fonte de financiamento, de acordo com o diretor, deverá passar dos atuais 3% a 5% para 15% a 25% da carteira total da empresa, nos próximos três anos.
Um dos problemas do mercado de securitização ainda é a associação, feita por muitos investidores, da modalidade às bolhas imobiliárias surgidas em países como os Estados Unidos e a Espanha. Por isso mesmo, a aceitação é maior no caso dos títulos lastreados por empresas. A TRX Realty foi criada há três anos e meio com o objetivo de tornar viáveis, por meio da emissão de títulos, construções voltadas para o mercado corporativo. Em uma operação recente, montada para erguer a sede de uma grande companhia, foram ofertados 25,5 milhões de reais em títulos, e a demanda atingiu 90 milhões de reais.
A empresa realiza os primeiros investimentos necessários à incorporação de um imóvel e, na sequência, oferece a investidores a possibilidade de participar do empreendimento. Temos 200 milhões de reais em patrimônio imobiliário e um volume financeiro que nos permitirá gerar mais de 1 bilhão de reais, diz o diretor da TRX, José Alves Neto. O mercado de securitização está engatinhando, mas daqui a pouco vai se levantar e sair correndo.(AndreSiqueita/CartaCapital)
27 de dezembro de 2010
FGTS: R$ 22,2 bilhões foram destinados para habitação até dezembro
O mercado imobiliário brasileiro passou por uma verdadeira revolução nos últimos anos. Juros em queda, renda em elevação, abundância de recursos, aperfeiçoamentos no marco legal e, mais recentemente, o programa federal Minha Casa Minha Vida estão entre os fatores responsáveis por um crescimento médio na casa dos dois dígitos. Em apenas dois anos, o crédito habitacional deve duplicar sua participação no PIB de cerca de 2% em 2008 para quase 4% no fim de 2010.
Em que pese o ritmo, ainda acelerado, de concessão de empréstimos, um estudo do Sindicato da Construção de São Paulo (Sinduscon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV) prevê uma redução na velocidade de expansão do volume financeiro movimentado pelo setor, de 11% neste ano para 6% em 2011.
O patamar ainda é elevado o governo prevê alta de 5,5% do PIB no próximo ano. Mas é preciso lembrar que o Brasil tem um enorme déficit habitacional a ser corrigido (da ordem de 7 milhões de moradias, segundo estimativas de mercado) e ainda há espaço para ampliar o peso do financiamento imobiliário na economia. Em países emergentes, como o Chile e o México, a relação entre essa modalidade de crédito e o PIB passa de 15%, enquanto mercados desenvolvidos têm índices superiores a 50%.
O setor começa a contabilizar os obstáculos trazidos à tona pelo grande impulso recente, e que terão, necessariamente, de ser superados caso a construção civil queira manter, de forma sustentável, as taxas de crescimento. Faltam trabalhadores, equipamentos, terrenos em áreas urbanas e, em pouco tempo, estima-se que a principal fonte de recursos para o mercado imobiliário, a poupança, não será mais suficiente para atender à forte demanda.
Há dez anos, quando havia necessidade de mais trabalhadores em São Paulo, caminhões iam buscá-los em Minas Gerais. E vice-versa. Hoje, com o Brasil inteiro em obras, não há mais esse remanejamento, exemplifica o presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), João Crestana. A construção civil emprega, hoje, cerca de 2,5 milhões de trabalhadores mais que o dobro do contingente de uma década atrás.
Vamos intensificar a qualificação dos trabalhadores nos cursos do Senai e nos canteiros de obras, afirma o presidente do Sinduscon, Sergio Watanabe. Ao mesmo tempo, a entidade solicita a abertura de novos cursos técnicos. A situação fica complicada no caso dos engenheiros, cuja formação é mais demorada. Dá para mitigar a situação ao trazer de volta engenheiros aposentados, aumentar a carga de trabalho dos que estão na ativa ou trazer outros da área administrativa para a técnica, diz Crestana.
À carência de trabalhadores se soma a falta de equipamentos e materiais de construção, ainda que um bom planejamento das obras e o uso de tecnologia permitam driblar situações pontuais de escassez dos recursos. A PDG Realty, maior incorporadora do País, fechou a compra, no primeiro semestre, de 50% de participação na fabricante de painéis pré-moldados Jet Casa, do interior de São Paulo, para acelerar e dar mais eficiência ao processo de construção. Temos verdadeiras linhas de produção distribuídas pelo País, onde diversas partes da casa são fabricadas em esteiras e transportadas até a obra, explica o diretor-financeiro da companhia, Michel Wurman.
Outras estratégias adotadas pela companhia para fazer frente aos gargalos do mercado são a centralização dos processos de compras das empresas do grupo Goldfarb, CHL, PDG São Paulo e Agre e o recrutamento de engenheiros e estagiários diretamente nas faculdades.
Enquanto as empresas lutam para driblar os desafios mais imediatos, especialistas preveem para mais breve do que se pensava a necessidade de buscar opções ao Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Em outubro, os recursos da caderneta foram responsáveis por 5,47 bilhões de reais em financiamentos habitacionais, o equivalente a 38,1 mil imóveis. O volume mantém-se acima de 5 bilhões de reais há cinco meses consecutivos, enquanto a captação líquida da aplicação ficou na média de 3,2 bilhões de reais no período.
Segundo a Caixa Econômica Federal, diante das atuais tendências de demanda por crédito imobiliário e crescimento da poupança, é possível estimar que, a partir de 2012, seja necessário um funding alternativo e complementar aos atuais créditos direcionados (poupança e FGTS). Em nota, o banco estatal informou esperar que a securitização e as captações de longo prazo tornem-se os instrumentos utilizados pelo setor para sustentar o crescimento.
O presidente do Secovi-SP lembra que, em 2002, recursos da poupança e do FGTS financiaram cerca de 4 bilhões de reais em moradias. Em 2010, o volume deverá fechar o ano entre 70 bilhões e 80 bilhões de reais. Um estudo apresentado no último Congresso Brasileiro de Construção cita necessidades de investimento de 3 trilhões de reais até 2022 para trazer o déficit habitacional do Brasil ao nível dos países desenvolvidos. A demanda será de 250 bilhões de reais ao ano, quase o dobro do disponível hoje.
O cenário parece desalentador, mas Crestana ressalva que só os fundos de pensão mantêm em caixa mais de 700 bilhões de reais, e que há outras fontes de recursos, com investidores internacionais, capazes de suprir as necessidades do setor. Existem verdadeiras caixas dágua de dinheiro que só precisam ser conectadas ao nosso setor imobiliário. A securitização é um desses canos.
O executivo refere-se a papéis como os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), que dão liquidez imediata a receitas futuras dos empreendimentos. Em outras palavras, as construtoras vendem os imóveis e negociam com investidores o direito a receber as parcelas dos compradores. Um instrumento similar são os covered bonds, títulos que permitem que os próprios bancos continuem responsáveis pelo financiamento, e emitam os papéis para antecipar a receita de longo prazo.
A utilização desses instrumentos ainda é relativamente pequena no Brasil, segundo Crestana as operações realizadas somam entre 15 bilhões e 20 bilhões de reais. Nossa cultura de mercado de capitais não é desenvolvida, mas temos bons marcos institucionais, diz o presidente do Secovi.
Segundo Wurman, o mercado brasileiro de securitização imobiliária ainda não cresceu mais por falta de oferta de recebíveis por parte das incorporadoras. Todas as sete operações feitas pela PDG até hoje foram bem-sucedidas, com demanda excedente, afirma. A participação dessa fonte de financiamento, de acordo com o diretor, deverá passar dos atuais 3% a 5% para 15% a 25% da carteira total da empresa, nos próximos três anos.
Um dos problemas do mercado de securitização ainda é a associação, feita por muitos investidores, da modalidade às bolhas imobiliárias surgidas em países como os Estados Unidos e a Espanha. Por isso mesmo, a aceitação é maior no caso dos títulos lastreados por empresas. A TRX Realty foi criada há três anos e meio com o objetivo de tornar viáveis, por meio da emissão de títulos, construções voltadas para o mercado corporativo. Em uma operação recente, montada para erguer a sede de uma grande companhia, foram ofertados 25,5 milhões de reais em títulos, e a demanda atingiu 90 milhões de reais.
A empresa realiza os primeiros investimentos necessários à incorporação de um imóvel e, na sequência, oferece a investidores a possibilidade de participar do empreendimento. Temos 200 milhões de reais em patrimônio imobiliário e um volume financeiro que nos permitirá gerar mais de 1 bilhão de reais, diz o diretor da TRX, José Alves Neto. O mercado de securitização está engatinhando, mas daqui a pouco vai se levantar e sair correndo.(AndreSiqueita/CartaCapital)
Em que pese o ritmo, ainda acelerado, de concessão de empréstimos, um estudo do Sindicato da Construção de São Paulo (Sinduscon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV) prevê uma redução na velocidade de expansão do volume financeiro movimentado pelo setor, de 11% neste ano para 6% em 2011.
O patamar ainda é elevado o governo prevê alta de 5,5% do PIB no próximo ano. Mas é preciso lembrar que o Brasil tem um enorme déficit habitacional a ser corrigido (da ordem de 7 milhões de moradias, segundo estimativas de mercado) e ainda há espaço para ampliar o peso do financiamento imobiliário na economia. Em países emergentes, como o Chile e o México, a relação entre essa modalidade de crédito e o PIB passa de 15%, enquanto mercados desenvolvidos têm índices superiores a 50%.
O setor começa a contabilizar os obstáculos trazidos à tona pelo grande impulso recente, e que terão, necessariamente, de ser superados caso a construção civil queira manter, de forma sustentável, as taxas de crescimento. Faltam trabalhadores, equipamentos, terrenos em áreas urbanas e, em pouco tempo, estima-se que a principal fonte de recursos para o mercado imobiliário, a poupança, não será mais suficiente para atender à forte demanda.
Há dez anos, quando havia necessidade de mais trabalhadores em São Paulo, caminhões iam buscá-los em Minas Gerais. E vice-versa. Hoje, com o Brasil inteiro em obras, não há mais esse remanejamento, exemplifica o presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), João Crestana. A construção civil emprega, hoje, cerca de 2,5 milhões de trabalhadores mais que o dobro do contingente de uma década atrás.
Vamos intensificar a qualificação dos trabalhadores nos cursos do Senai e nos canteiros de obras, afirma o presidente do Sinduscon, Sergio Watanabe. Ao mesmo tempo, a entidade solicita a abertura de novos cursos técnicos. A situação fica complicada no caso dos engenheiros, cuja formação é mais demorada. Dá para mitigar a situação ao trazer de volta engenheiros aposentados, aumentar a carga de trabalho dos que estão na ativa ou trazer outros da área administrativa para a técnica, diz Crestana.
À carência de trabalhadores se soma a falta de equipamentos e materiais de construção, ainda que um bom planejamento das obras e o uso de tecnologia permitam driblar situações pontuais de escassez dos recursos. A PDG Realty, maior incorporadora do País, fechou a compra, no primeiro semestre, de 50% de participação na fabricante de painéis pré-moldados Jet Casa, do interior de São Paulo, para acelerar e dar mais eficiência ao processo de construção. Temos verdadeiras linhas de produção distribuídas pelo País, onde diversas partes da casa são fabricadas em esteiras e transportadas até a obra, explica o diretor-financeiro da companhia, Michel Wurman.
Outras estratégias adotadas pela companhia para fazer frente aos gargalos do mercado são a centralização dos processos de compras das empresas do grupo Goldfarb, CHL, PDG São Paulo e Agre e o recrutamento de engenheiros e estagiários diretamente nas faculdades.
Enquanto as empresas lutam para driblar os desafios mais imediatos, especialistas preveem para mais breve do que se pensava a necessidade de buscar opções ao Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Em outubro, os recursos da caderneta foram responsáveis por 5,47 bilhões de reais em financiamentos habitacionais, o equivalente a 38,1 mil imóveis. O volume mantém-se acima de 5 bilhões de reais há cinco meses consecutivos, enquanto a captação líquida da aplicação ficou na média de 3,2 bilhões de reais no período.
Segundo a Caixa Econômica Federal, diante das atuais tendências de demanda por crédito imobiliário e crescimento da poupança, é possível estimar que, a partir de 2012, seja necessário um funding alternativo e complementar aos atuais créditos direcionados (poupança e FGTS). Em nota, o banco estatal informou esperar que a securitização e as captações de longo prazo tornem-se os instrumentos utilizados pelo setor para sustentar o crescimento.
O presidente do Secovi-SP lembra que, em 2002, recursos da poupança e do FGTS financiaram cerca de 4 bilhões de reais em moradias. Em 2010, o volume deverá fechar o ano entre 70 bilhões e 80 bilhões de reais. Um estudo apresentado no último Congresso Brasileiro de Construção cita necessidades de investimento de 3 trilhões de reais até 2022 para trazer o déficit habitacional do Brasil ao nível dos países desenvolvidos. A demanda será de 250 bilhões de reais ao ano, quase o dobro do disponível hoje.
O cenário parece desalentador, mas Crestana ressalva que só os fundos de pensão mantêm em caixa mais de 700 bilhões de reais, e que há outras fontes de recursos, com investidores internacionais, capazes de suprir as necessidades do setor. Existem verdadeiras caixas dágua de dinheiro que só precisam ser conectadas ao nosso setor imobiliário. A securitização é um desses canos.
O executivo refere-se a papéis como os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), que dão liquidez imediata a receitas futuras dos empreendimentos. Em outras palavras, as construtoras vendem os imóveis e negociam com investidores o direito a receber as parcelas dos compradores. Um instrumento similar são os covered bonds, títulos que permitem que os próprios bancos continuem responsáveis pelo financiamento, e emitam os papéis para antecipar a receita de longo prazo.
A utilização desses instrumentos ainda é relativamente pequena no Brasil, segundo Crestana as operações realizadas somam entre 15 bilhões e 20 bilhões de reais. Nossa cultura de mercado de capitais não é desenvolvida, mas temos bons marcos institucionais, diz o presidente do Secovi.
Segundo Wurman, o mercado brasileiro de securitização imobiliária ainda não cresceu mais por falta de oferta de recebíveis por parte das incorporadoras. Todas as sete operações feitas pela PDG até hoje foram bem-sucedidas, com demanda excedente, afirma. A participação dessa fonte de financiamento, de acordo com o diretor, deverá passar dos atuais 3% a 5% para 15% a 25% da carteira total da empresa, nos próximos três anos.
Um dos problemas do mercado de securitização ainda é a associação, feita por muitos investidores, da modalidade às bolhas imobiliárias surgidas em países como os Estados Unidos e a Espanha. Por isso mesmo, a aceitação é maior no caso dos títulos lastreados por empresas. A TRX Realty foi criada há três anos e meio com o objetivo de tornar viáveis, por meio da emissão de títulos, construções voltadas para o mercado corporativo. Em uma operação recente, montada para erguer a sede de uma grande companhia, foram ofertados 25,5 milhões de reais em títulos, e a demanda atingiu 90 milhões de reais.
A empresa realiza os primeiros investimentos necessários à incorporação de um imóvel e, na sequência, oferece a investidores a possibilidade de participar do empreendimento. Temos 200 milhões de reais em patrimônio imobiliário e um volume financeiro que nos permitirá gerar mais de 1 bilhão de reais, diz o diretor da TRX, José Alves Neto. O mercado de securitização está engatinhando, mas daqui a pouco vai se levantar e sair correndo.(AndreSiqueita/CartaCapital)
22 de dezembro de 2010
Bancos têm 37 meses para enquadrar crédito habitacional securitizado
Os bancos terão 37 meses para enquadrar cessões de créditos imobiliários nas exigências de direcionamento do Banco Central (BC) para recursos captados com caderneta de poupança. Anunciada no pacote de estímulo ao financiamento de longo prazo, a medida aumenta os incentivos ao mercado de securitização de créditos.
Ao divulgar regulamentação feita hoje pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), o chefe do Departamento de Normas do Banco central (BC), Sérgio Odilon, lembrou que 65% de toda a captação com poupança deve ser destinada ao crédito habitacional, a juros tabelados pelo Sistema de Financiamento Habitacional (SFH).
Bancos que captam poupança podem transformar créditos habitacionais já concedidos em títulos (certificados e recebíveis imobiliários - CRI), depois venderem esses CRIs a empresas securitizadoras. Mas, no momento dessa cessão, eles reduzem o enquadramento nos 65% exigidos para o crédito habitacional.
A nova regra, demandada por bancos e securitizadoras, vai destravar essas carteiras, por permitir que o banco cedente considere, no primeiro mês, que não houve baixa no enquadramento. Depois, vai tirar 1/36 avos do valor cedido, ao longo de três anos.
O CMN promoveu ainda outros ajustes nas regras sobre esse tipo de enquadramento. Segundo Odilon, um deles permite que cotas de fundos imobiliários e de fundos de direitos creditórios, cujas carteiras tenham até 20% de títulos públicos federais, possam ser contados para efeito do enquadramento na exigência de 65%.
Até agora, segundo ele, somente fundos exclusivos de financiamento imobiliário podiam ser considerados para essa regra.
Por outro lado, o CMN acabou com a possibilidade de computar cartas de crédito e promessas de financiamento habitacional no mesmo enquadramento.
"Agora, o banco só poderá abater da exigibilidade quando, efetivamente, conceder o financiamento, e não mais a operação potencial", explicou Odilon. Ele disse que permissão foi adotada há cerca de cinco anos, quando o governo queria estimular o aumento do financiamento imobiliário, mercado que hoje observa grande expansão.
O CMN proibiu ainda que CRI com lastro em aluguel de imóvel seja computado para efeito de enquadramento na exigibilidade. "A demanda está aquecida, e não precisamos mais estimular esse mercado", concluiu Odilon.
Ao divulgar regulamentação feita hoje pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), o chefe do Departamento de Normas do Banco central (BC), Sérgio Odilon, lembrou que 65% de toda a captação com poupança deve ser destinada ao crédito habitacional, a juros tabelados pelo Sistema de Financiamento Habitacional (SFH).
Bancos que captam poupança podem transformar créditos habitacionais já concedidos em títulos (certificados e recebíveis imobiliários - CRI), depois venderem esses CRIs a empresas securitizadoras. Mas, no momento dessa cessão, eles reduzem o enquadramento nos 65% exigidos para o crédito habitacional.
A nova regra, demandada por bancos e securitizadoras, vai destravar essas carteiras, por permitir que o banco cedente considere, no primeiro mês, que não houve baixa no enquadramento. Depois, vai tirar 1/36 avos do valor cedido, ao longo de três anos.
O CMN promoveu ainda outros ajustes nas regras sobre esse tipo de enquadramento. Segundo Odilon, um deles permite que cotas de fundos imobiliários e de fundos de direitos creditórios, cujas carteiras tenham até 20% de títulos públicos federais, possam ser contados para efeito do enquadramento na exigência de 65%.
Até agora, segundo ele, somente fundos exclusivos de financiamento imobiliário podiam ser considerados para essa regra.
Por outro lado, o CMN acabou com a possibilidade de computar cartas de crédito e promessas de financiamento habitacional no mesmo enquadramento.
"Agora, o banco só poderá abater da exigibilidade quando, efetivamente, conceder o financiamento, e não mais a operação potencial", explicou Odilon. Ele disse que permissão foi adotada há cerca de cinco anos, quando o governo queria estimular o aumento do financiamento imobiliário, mercado que hoje observa grande expansão.
O CMN proibiu ainda que CRI com lastro em aluguel de imóvel seja computado para efeito de enquadramento na exigibilidade. "A demanda está aquecida, e não precisamos mais estimular esse mercado", concluiu Odilon.
21 de dezembro de 2010
Caixa lança o cartão aluguel
Produto tem objetivo de substituir fiador ou garantia adicional.
Cartão será oferecido nas bandeiras MasterCard e Visa.
A Caixa Econômica Federal lança nesta segunda-feira (20), em São Paulo, o Cartão Aluguel Caixa. O produto tem como objetivo proporcionar o pagamento de aluguel sem a necessidade de fiador ou garantia adicional.
O Cartão Aluguel Caixa será oferecido nas bandeiras MasterCard e Visa, na variante internacional, para pessoas físicas, locatários de imóveis residenciais. O cliente terá dois limites: o limite-aluguel, que será utilizado exclusivamente para pagamento do aluguel nas imobiliárias, e o limite rotativo, para pagamento de compras em estabelecimentos comerciais, como um cartão de crédito convencional.
O processo de locação por meio do Cartão Aluguel será realizado em uma das imobiliárias credenciadas pela Caixa, após a assinatura do contrato de aluguel pelo inquilino. O banco garante à imobiliária o recebimento de aluguéis não pagos, de até 12 parcelas.
O cartão será comercializado exclusivamente nas imobiliárias credenciadas, além da rede de agências do banco em todo o país. Nesta semana, a instituição inicia o cadastramento de imobiliárias especializadas na administração de imóveis para receber o cartão. A comercialização do produto em âmbito nacional ocorrerá após a fase de piloto, prevista para o próximo mês de fevereiro. Em 60 dias, o banco deve credenciar 300 imobiliárias.
A expectativa é distribuir 100 mil cartões no primeiro ano de funcionamento pleno do produto. O vice-presidente de Pessoa Física da Caixa, Fábio Lenza, diz que, em cinco anos, a instituição pode atingir a marca de 1 milhão de cartões.
A Caixa garantirá o pagamento das parcelas de aluguel, oferecendo ao inquilino a possibilidade de desburocratização no processo de locação ao eliminar a necessidade de outras garantias e o incômodo de solicitar fiadores entre amigos e familiares, disse Lenza.
"A análise de risco será feita na venda do cartão e o risco será assumido pela Caixa. Assim, o locador poderá ficar mais tranquilo". A instituição financeira fará a cobrança mensalmente do aluguel.
O custo do cartão será de R$ 8 por mês. Caso o usuário ative a linha do aluguel, terá de pagar também uma taxa de manutenção de 6,67% ao mês. Para garantir 12 meses de pagamento, o cliente pagará no total 0,8 do valor de um aluguel. Em média, no seguro fiança, ele paga de 1,3 a 1,5 do valor de um aluguel, explicou.g1
Cartão será oferecido nas bandeiras MasterCard e Visa.
A Caixa Econômica Federal lança nesta segunda-feira (20), em São Paulo, o Cartão Aluguel Caixa. O produto tem como objetivo proporcionar o pagamento de aluguel sem a necessidade de fiador ou garantia adicional.
O Cartão Aluguel Caixa será oferecido nas bandeiras MasterCard e Visa, na variante internacional, para pessoas físicas, locatários de imóveis residenciais. O cliente terá dois limites: o limite-aluguel, que será utilizado exclusivamente para pagamento do aluguel nas imobiliárias, e o limite rotativo, para pagamento de compras em estabelecimentos comerciais, como um cartão de crédito convencional.
O processo de locação por meio do Cartão Aluguel será realizado em uma das imobiliárias credenciadas pela Caixa, após a assinatura do contrato de aluguel pelo inquilino. O banco garante à imobiliária o recebimento de aluguéis não pagos, de até 12 parcelas.
O cartão será comercializado exclusivamente nas imobiliárias credenciadas, além da rede de agências do banco em todo o país. Nesta semana, a instituição inicia o cadastramento de imobiliárias especializadas na administração de imóveis para receber o cartão. A comercialização do produto em âmbito nacional ocorrerá após a fase de piloto, prevista para o próximo mês de fevereiro. Em 60 dias, o banco deve credenciar 300 imobiliárias.
A expectativa é distribuir 100 mil cartões no primeiro ano de funcionamento pleno do produto. O vice-presidente de Pessoa Física da Caixa, Fábio Lenza, diz que, em cinco anos, a instituição pode atingir a marca de 1 milhão de cartões.
A Caixa garantirá o pagamento das parcelas de aluguel, oferecendo ao inquilino a possibilidade de desburocratização no processo de locação ao eliminar a necessidade de outras garantias e o incômodo de solicitar fiadores entre amigos e familiares, disse Lenza.
"A análise de risco será feita na venda do cartão e o risco será assumido pela Caixa. Assim, o locador poderá ficar mais tranquilo". A instituição financeira fará a cobrança mensalmente do aluguel.
O custo do cartão será de R$ 8 por mês. Caso o usuário ative a linha do aluguel, terá de pagar também uma taxa de manutenção de 6,67% ao mês. Para garantir 12 meses de pagamento, o cliente pagará no total 0,8 do valor de um aluguel. Em média, no seguro fiança, ele paga de 1,3 a 1,5 do valor de um aluguel, explicou.g1
20 de dezembro de 2010
Crédito imobiliário ganhará fôlego com pacote anunciado por governo.
O pacote de incentivo ao financiamento de longo prazo, lançado na quarta-feira (15) pelo Ministério da Fazenda, não deixou de lado o crédito imobiliário, que pode ganhar novo fôlego diante da preocupação de escassez de recursos de suas principais fontes de financiamento: o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e a poupança.
De acordo com o presidente do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), João Crestana, o financiamento imobiliário hoje tem transcorrido bem usando a poupança e o FGTS. O problema é que estas fontes são finitas e a previsão é de que elas se tornem problemáticas por volta de 2013 e 2014. Depois, será necessário um outro tipo de financiamento, ressaltou.
O que a Fazenda fez, explicou, foi facilitar para que a securitização - ferramenta financeira usada para converter uma carteira de ativos em títulos mobiliários passíveis de negociação - seja uma dessas fontes de financiamento.
O que muda
Conforme explicou Crestana, hoje, 65% dos recursos da poupança devem ser destinados pelos bancos para o crédito imobiliário. No entanto, se eles vendem toda a carteira de crédito imobiliário para uma securitizadora, automaticamente passam a não cumprir essa exigibilidade e correm o risco de terem o percentual de 65% da poupança recolhido compulsoriamente pelo Banco Central, a um rendimento muito baixo.
Com a modificação feita pela Fazenda, depois de vendida a carteira de crédito para a securitizadora, o BC vai considerar como se o banco continuasse tendo os 65% da poupança aplicados, mas a instituição tem 36 meses para aplicar o percentual correto da poupança no crédito imobiliário.
No fim do primeiro mês, ele terá de aplicar 1/36 do valor que deveria estar no crédito imobiliário e assim sucessivamente até, depois de 36 meses, estar regular junto à esta exigência.
Esse mecanismo ajuda o crédito imobiliário trazendo dinheiro novo para ele. Isso porque o dinheiro que está sendo pago pela securitizadora para a compra da carteira, que pode vir de fundos de pensão e estrangeiros, por exemplo, está sendo aplicado na modalidade do financiamento habitacional aos poucos, 1/36 a cada mês.
Isso não ajuda tanto hoje, mas em um prazo médio, afirmou Crestana, tendo em vista o prazo de 36 meses para que todo o dinheiro pago pela carteira de crédito esteja alocado no financiamento habitacional.
Outras fontes
Além da securitização, existem outras fontes para impulsionar o mercado de crédito imobiliário no Brasil, mas que não são tão disseminadas, como as debêntures, as letras imobiliárias e também os covered bonds.
Nestes últimos, conforme explicou Crestana, no lugar do banco vender sua carteira de crédito para uma securitizadora, ele vende para si mesmo. Ele emite um título coberto pela garantia dos créditos imobiliários que ele tem. No Brasil, isso não é costume, mas os bancos estão tentando regulamentar e existe uma expectativa de que se permita isso, afirmou.(infomoney)
De acordo com o presidente do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), João Crestana, o financiamento imobiliário hoje tem transcorrido bem usando a poupança e o FGTS. O problema é que estas fontes são finitas e a previsão é de que elas se tornem problemáticas por volta de 2013 e 2014. Depois, será necessário um outro tipo de financiamento, ressaltou.
O que a Fazenda fez, explicou, foi facilitar para que a securitização - ferramenta financeira usada para converter uma carteira de ativos em títulos mobiliários passíveis de negociação - seja uma dessas fontes de financiamento.
O que muda
Conforme explicou Crestana, hoje, 65% dos recursos da poupança devem ser destinados pelos bancos para o crédito imobiliário. No entanto, se eles vendem toda a carteira de crédito imobiliário para uma securitizadora, automaticamente passam a não cumprir essa exigibilidade e correm o risco de terem o percentual de 65% da poupança recolhido compulsoriamente pelo Banco Central, a um rendimento muito baixo.
Com a modificação feita pela Fazenda, depois de vendida a carteira de crédito para a securitizadora, o BC vai considerar como se o banco continuasse tendo os 65% da poupança aplicados, mas a instituição tem 36 meses para aplicar o percentual correto da poupança no crédito imobiliário.
No fim do primeiro mês, ele terá de aplicar 1/36 do valor que deveria estar no crédito imobiliário e assim sucessivamente até, depois de 36 meses, estar regular junto à esta exigência.
Esse mecanismo ajuda o crédito imobiliário trazendo dinheiro novo para ele. Isso porque o dinheiro que está sendo pago pela securitizadora para a compra da carteira, que pode vir de fundos de pensão e estrangeiros, por exemplo, está sendo aplicado na modalidade do financiamento habitacional aos poucos, 1/36 a cada mês.
Isso não ajuda tanto hoje, mas em um prazo médio, afirmou Crestana, tendo em vista o prazo de 36 meses para que todo o dinheiro pago pela carteira de crédito esteja alocado no financiamento habitacional.
Outras fontes
Além da securitização, existem outras fontes para impulsionar o mercado de crédito imobiliário no Brasil, mas que não são tão disseminadas, como as debêntures, as letras imobiliárias e também os covered bonds.
Nestes últimos, conforme explicou Crestana, no lugar do banco vender sua carteira de crédito para uma securitizadora, ele vende para si mesmo. Ele emite um título coberto pela garantia dos créditos imobiliários que ele tem. No Brasil, isso não é costume, mas os bancos estão tentando regulamentar e existe uma expectativa de que se permita isso, afirmou.(infomoney)
17 de dezembro de 2010
Casa propria do sonho para o real
Em 2002, o Brasil construiu 100 mil unidades de moradia. Oito anos depois, esse número quintuplicou e 500 mil novas casas (entre moradias populares, de classe média e de luxo) foram construídas no país. Também em 2002, o crédito imobiliário somou R$ 4,8 bilhões de novas contratações, valor que vai alcançar R$ 68 bilhões este ano - 13 vezes maior que aquele.
A explosão imobiliária resultou da combinação de novas regras para o mercado habitacional e mais crédito. O crédito veio tanto para a pessoa física como para as empresas, via retomada do mercado de capitais. Duas medidas institucionais deram lastro às mudanças do setor. Primeiro, a alienação fiduciária, herança do governo anterior, permitiu que o banco tenha o imóvel como garantia do financiamento. Depois, a lei 10.931, de 2004, instituiu o patrimônio de afetação - mecanismo de segurança que isola os ativos de um empreendimento do resto da empresa e tira a sombra do caso Encol. É uma blindagem que garante continuidade do empreendimento se a companhia falir.
Para o diretor de economia do Sinduscon-SP, Eduardo Zaidan, no primeiro mandato de Lula o governo federal criou condições para que os investimentos em habitação pudessem ser feitos. "E o crescimento econômico trouxe uma forte demanda para o setor", diz.
Na opinião de Rubens Menin, presidente da construtora MRV, no primeiro mandato de Lula pouca coisa foi feita pelo setor - o grande trunfo, na sua opinião, veio no segundo mandato, com o Minha Casa, Minha Vida. "Mas houve uma mudança muito importante e fundamental para o segmento, a mudança no perfil da Caixa Econômica Federal", diz Menin, cuja companhia faturou R$ 2,1 bilhões nos nove primeiros meses do ano. Segundo ele, a CEF tornou-se mais proativa e aumentou a sinergia com o setor. A companhia é a maior agente do Minha Casa, Minha Vida em atuação no país.
Foi no segundo mandato que o amadurecimento do mercado de capitais permitiu que o Brasil tivesse o maior número de empresas do setor imobiliário de capital aberto em todo o mundo. Vinte e uma companhias foram para a bolsa entre 2006 e 2007 e, depois de uma primeira fase de consolidação, restaram 17. No ano passado, por conta de uma boa fase do mercado, sete companhias voltaram a acessar o mercado para uma nova rodada de captações. "A política econômica do governo foi fundamental", afirma Menin. "O mercado imobiliário não teria atingido essa maturidade não fosse a capitalização das empresas na bolsa."
Se, de um lado, o mercado de capitais permitiu uma polpuda injeção de recursos para financiar o crescimento das empresas, de outro o crédito imobiliário foi a alavanca para os compradores. O avanço do crédito teve impacto sobre o déficit habitacional do país, que caiu de 14,5% em 2004 para 9,4% em 2008, último cálculo disponível da Fundação João Pinheiro, que é o utilizado pelo Ministério das Cidades.
Uma política nacional, de fato só veio com o lançamento do programa Minha Casa, Minha Vida, em abril de 2009. Um dos principais méritos foi a interlocução com empresários e entidades setoriais, que chegaram ao modelo considerado mais eficaz, baseado no subsídio ao comprador, que pode chegar a R$ 23 mil.
As dificuldades, porém, não tardaram a aparecer. O crescimento vertiginoso dos investimentos esbarrou na falta de planejamento dos governos para abrigar imóveis de baixa renda em seus territórios, o que refletiu em preços altos de terrenos nos centros urbanos e na falta de infraestrutura urbana, como saneamento.(VAlor)
A explosão imobiliária resultou da combinação de novas regras para o mercado habitacional e mais crédito. O crédito veio tanto para a pessoa física como para as empresas, via retomada do mercado de capitais. Duas medidas institucionais deram lastro às mudanças do setor. Primeiro, a alienação fiduciária, herança do governo anterior, permitiu que o banco tenha o imóvel como garantia do financiamento. Depois, a lei 10.931, de 2004, instituiu o patrimônio de afetação - mecanismo de segurança que isola os ativos de um empreendimento do resto da empresa e tira a sombra do caso Encol. É uma blindagem que garante continuidade do empreendimento se a companhia falir.
Para o diretor de economia do Sinduscon-SP, Eduardo Zaidan, no primeiro mandato de Lula o governo federal criou condições para que os investimentos em habitação pudessem ser feitos. "E o crescimento econômico trouxe uma forte demanda para o setor", diz.
Na opinião de Rubens Menin, presidente da construtora MRV, no primeiro mandato de Lula pouca coisa foi feita pelo setor - o grande trunfo, na sua opinião, veio no segundo mandato, com o Minha Casa, Minha Vida. "Mas houve uma mudança muito importante e fundamental para o segmento, a mudança no perfil da Caixa Econômica Federal", diz Menin, cuja companhia faturou R$ 2,1 bilhões nos nove primeiros meses do ano. Segundo ele, a CEF tornou-se mais proativa e aumentou a sinergia com o setor. A companhia é a maior agente do Minha Casa, Minha Vida em atuação no país.
Foi no segundo mandato que o amadurecimento do mercado de capitais permitiu que o Brasil tivesse o maior número de empresas do setor imobiliário de capital aberto em todo o mundo. Vinte e uma companhias foram para a bolsa entre 2006 e 2007 e, depois de uma primeira fase de consolidação, restaram 17. No ano passado, por conta de uma boa fase do mercado, sete companhias voltaram a acessar o mercado para uma nova rodada de captações. "A política econômica do governo foi fundamental", afirma Menin. "O mercado imobiliário não teria atingido essa maturidade não fosse a capitalização das empresas na bolsa."
Se, de um lado, o mercado de capitais permitiu uma polpuda injeção de recursos para financiar o crescimento das empresas, de outro o crédito imobiliário foi a alavanca para os compradores. O avanço do crédito teve impacto sobre o déficit habitacional do país, que caiu de 14,5% em 2004 para 9,4% em 2008, último cálculo disponível da Fundação João Pinheiro, que é o utilizado pelo Ministério das Cidades.
Uma política nacional, de fato só veio com o lançamento do programa Minha Casa, Minha Vida, em abril de 2009. Um dos principais méritos foi a interlocução com empresários e entidades setoriais, que chegaram ao modelo considerado mais eficaz, baseado no subsídio ao comprador, que pode chegar a R$ 23 mil.
As dificuldades, porém, não tardaram a aparecer. O crescimento vertiginoso dos investimentos esbarrou na falta de planejamento dos governos para abrigar imóveis de baixa renda em seus territórios, o que refletiu em preços altos de terrenos nos centros urbanos e na falta de infraestrutura urbana, como saneamento.(VAlor)
16 de dezembro de 2010
Caixa deve fechar ano com R$ 70 bilhões contratados em crédito imobiliário
A CEF (Caixa Econômica Federal) deve fechar este ano com R$ 70 bilhões emprestados no crédito imobiliário, anunciou nesta quarta-feira (15) a presidente da instituição, Maria Fernando Coelho.
Se a expectativa for concretizada, o crédito imobiliário do banco apresentará um crescimento de 42,8% frente ao ano passado, quando R$ 49 bilhões foram contratados.
Desta forma, o saldo total de crédito da CEF será de R$ 181 bilhões, disse Maria Fernando, segundo a Agência Brasil, durante a cerimônia de balanço dos oito anos do governo Luiz Inácio Lula da Silva.
Na ocasião, Maria Fernanda disse ainda que até meados de 2012 não será preciso haver aumento de capital do banco.
Consolidado
Nos nove primeiros meses deste ano, a CEF bateu recorde em crédito imobiliário ao emprestar R$ 54 bilhões, alta de 10,2% em relação ao que foi contratado em todo o ano passado.
Em setembro, o saldo da carteira de crédito era de R$ 97,9 bilhões, crescimento de 55,8% em 12 meses.
No terceiro trimestre, foram R$ 20,7 bilhões para crédito habitacional, valor 54,1% maior que o mesmo período de 2009.(Infomoney)
Se a expectativa for concretizada, o crédito imobiliário do banco apresentará um crescimento de 42,8% frente ao ano passado, quando R$ 49 bilhões foram contratados.
Desta forma, o saldo total de crédito da CEF será de R$ 181 bilhões, disse Maria Fernando, segundo a Agência Brasil, durante a cerimônia de balanço dos oito anos do governo Luiz Inácio Lula da Silva.
Na ocasião, Maria Fernanda disse ainda que até meados de 2012 não será preciso haver aumento de capital do banco.
Consolidado
Nos nove primeiros meses deste ano, a CEF bateu recorde em crédito imobiliário ao emprestar R$ 54 bilhões, alta de 10,2% em relação ao que foi contratado em todo o ano passado.
Em setembro, o saldo da carteira de crédito era de R$ 97,9 bilhões, crescimento de 55,8% em 12 meses.
No terceiro trimestre, foram R$ 20,7 bilhões para crédito habitacional, valor 54,1% maior que o mesmo período de 2009.(Infomoney)
15 de dezembro de 2010
Prorrogação de IPI reduzido em material de construção beneficia baixa renda
A população com renda até cinco salários mínimos será a principal beneficiada pela prorrogação do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) reduzido para os materiais de construção até dezembro de 2011.
O decreto é válido para a cesta básica de material de construção, ou seja, aqueles produtos imprescindíveis na construção de uma casa popular, disse o presidente da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção), Cláudio Elias Conz.
De acordo com a associação, os materiais beneficiados ficam em média 8,5% mais baratos aos consumidores. Quem sentiu mais os efeitos da medida foram os consumidores de menor poder aquisitivo, que geralmente fazem mais pesquisas de preço e optam pelos produtos mais em conta.
Conz afirmou que, para quem estava construindo uma casa popular com valor em torno de R$ 40 mil -, a desoneração gerou uma economia de R$ 1,5 mil ou a construção de um cômodo como o banheiro, por exemplo.
Sem pressão nos preços
Ainda segundo a Anamaco, a prorrogação do IPI reduzido possibilitará um planejamento melhor das obras pelas construtoras e, além disso, os programas habitacionais em andamento não devem pressionar os preços ou causar desabastecimento no setor.
O principal impacto da desoneração foi devolver o direito à moradia de qualidade e justiça social. O sonho da casa própria voltou a ser possível, comentou Conz.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou no dia 29 de novembro a prorrogação da redução do IPI para materiais de construção para até o dia 31 de dezembro de 2011. A princípio, a desoneração estava prevista para acabar no dia 31 de dezembro de 2010.
O decreto é válido para a cesta básica de material de construção, ou seja, aqueles produtos imprescindíveis na construção de uma casa popular, disse o presidente da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção), Cláudio Elias Conz.
De acordo com a associação, os materiais beneficiados ficam em média 8,5% mais baratos aos consumidores. Quem sentiu mais os efeitos da medida foram os consumidores de menor poder aquisitivo, que geralmente fazem mais pesquisas de preço e optam pelos produtos mais em conta.
Conz afirmou que, para quem estava construindo uma casa popular com valor em torno de R$ 40 mil -, a desoneração gerou uma economia de R$ 1,5 mil ou a construção de um cômodo como o banheiro, por exemplo.
Sem pressão nos preços
Ainda segundo a Anamaco, a prorrogação do IPI reduzido possibilitará um planejamento melhor das obras pelas construtoras e, além disso, os programas habitacionais em andamento não devem pressionar os preços ou causar desabastecimento no setor.
O principal impacto da desoneração foi devolver o direito à moradia de qualidade e justiça social. O sonho da casa própria voltou a ser possível, comentou Conz.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou no dia 29 de novembro a prorrogação da redução do IPI para materiais de construção para até o dia 31 de dezembro de 2011. A princípio, a desoneração estava prevista para acabar no dia 31 de dezembro de 2010.
13 de dezembro de 2010
Casa própria é o principal desejo dos brasileiros
O sonho da casa própria ainda faz parte do principal item de desejo dos brasileiros, revelou estudo desenvolvido pela agência Voltage e pela empresa de pesquisa Bridge Research.
Ter o direito à moradia está no topo do imaginário de 43% dos entrevistados, principalmente os integrantes das classes C (48%) e B (37%).
A pesquisa também identificou que ser alguém na vida (17%), ser mais espiritual (9%), desistir de tudo e viver a boa vida no campo (8%) figura entre os anseios dos brasileiros.
Vida boa
Para se chegar ao padrão de vida confortavelmente necessário, 72% dos entrevistados disseram precisar de TVs de tela plana, LCD, plasma e LED. Destes, 76% compõem a classe A, enquanto 72% as classes B e C.
Outras formas de tecnologias para viver bem foram lembradas: celular (67%), TV por assinatura (61%), telefone fixo (57%) e notebook (56%). Nota-se que ter internet banda larga sem fio, com 55% das citações, não ficou entre as primeiras necessidades.
Crise mundial
Quando questionados sobre como a crise mundial afetou a percepção e os hábitos de compra do brasileiro, os pesquisadores apresentaram três hipóteses a serem escolhidas pelos entrevistados.
A maioria (31%) afirmou ter se tornado mais consciente das coisas que realmente trazem felicidade, como amigos e família. Neste quesito, boa parte dos respondentes pertencia à classe B, com 34% das citações.
Eu me tornei mais tolerante com as diferenças foi a resposta de 28% das pessoas, em especial, dos cariocas (29%) e dos paulistanos (25%). Outros 24% entrevistados disseram terem se tornado menos receosos e mais abertos em relação às pessoas.
Nota-se que se a percepção e os valores mudaram, e certamente, a forma de se relacionar com o consumo sofrerá alterações, afirma o diretor-geral da Voltage, Paulo Al-Assal.
Fonte: Infomoney
Ter o direito à moradia está no topo do imaginário de 43% dos entrevistados, principalmente os integrantes das classes C (48%) e B (37%).
A pesquisa também identificou que ser alguém na vida (17%), ser mais espiritual (9%), desistir de tudo e viver a boa vida no campo (8%) figura entre os anseios dos brasileiros.
Vida boa
Para se chegar ao padrão de vida confortavelmente necessário, 72% dos entrevistados disseram precisar de TVs de tela plana, LCD, plasma e LED. Destes, 76% compõem a classe A, enquanto 72% as classes B e C.
Outras formas de tecnologias para viver bem foram lembradas: celular (67%), TV por assinatura (61%), telefone fixo (57%) e notebook (56%). Nota-se que ter internet banda larga sem fio, com 55% das citações, não ficou entre as primeiras necessidades.
Crise mundial
Quando questionados sobre como a crise mundial afetou a percepção e os hábitos de compra do brasileiro, os pesquisadores apresentaram três hipóteses a serem escolhidas pelos entrevistados.
A maioria (31%) afirmou ter se tornado mais consciente das coisas que realmente trazem felicidade, como amigos e família. Neste quesito, boa parte dos respondentes pertencia à classe B, com 34% das citações.
Eu me tornei mais tolerante com as diferenças foi a resposta de 28% das pessoas, em especial, dos cariocas (29%) e dos paulistanos (25%). Outros 24% entrevistados disseram terem se tornado menos receosos e mais abertos em relação às pessoas.
Nota-se que se a percepção e os valores mudaram, e certamente, a forma de se relacionar com o consumo sofrerá alterações, afirma o diretor-geral da Voltage, Paulo Al-Assal.
Fonte: Infomoney
8 de dezembro de 2010
IPI prorrogado para construção civil
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta terça-feira, 30, a prorrogação da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para materiais de construção por mais um ano. A desoneração venceria em 31 de dezembro deste ano, mas será renovada até o fim de 2011.
A desoneração foi uma das medidas tomadas em abril de 2009 para combater a crise financeira internacional. O desconto do imposto engloba 45 itens da chamada cesta básica da construção.
Vamos prorrogar a desoneração do IPI para produtos da construção civil. Estamos preparando as medidas e isso entra em vigor dia primeiro de janeiro. Os produtos que já estão desonerados continuarão, vamos prorrogar por mais um ano, disse o ministro em discurso para empresários durante o 9º Congresso Brasileiro da Construção Construbusiness 2010.
A construção foi um dos setores beneficiados pela série de desonerações e outras medidas fiscais que o governo adotou para contornar efeitos internos da crise financeira internacional de 2008.
Mantega disse que o estímulo à construção civil será mantido no governo da presidenta eleita Dilma Rousseff e que o setor continuará tendo papel importante no crescimento da economia. É um setor que teve um crescimento excepcional, que vem gerando muitos empregos, é um dos polos de crescimento mais ativo da economia brasileira hoje. E contribui para a formação de capital fixo, que é investimento.
O ministro reafirmou a necessidade de cortes de gastos públicos e disse que a equipe econômica já está trabalhando em um forte programa de redução de gastos para diminuir a participação do Estado na economia e abrir espaço para a iniciativa privada.
Quando a economia está bem, o Estado pode diminuir sua presença, gastando menos, porque o setor privado dá conta dos investimentos. Agora é o momento de nos retiramos e darmos espaço ao setor privado.
A desoneração foi uma das medidas tomadas em abril de 2009 para combater a crise financeira internacional. O desconto do imposto engloba 45 itens da chamada cesta básica da construção.
Vamos prorrogar a desoneração do IPI para produtos da construção civil. Estamos preparando as medidas e isso entra em vigor dia primeiro de janeiro. Os produtos que já estão desonerados continuarão, vamos prorrogar por mais um ano, disse o ministro em discurso para empresários durante o 9º Congresso Brasileiro da Construção Construbusiness 2010.
A construção foi um dos setores beneficiados pela série de desonerações e outras medidas fiscais que o governo adotou para contornar efeitos internos da crise financeira internacional de 2008.
Mantega disse que o estímulo à construção civil será mantido no governo da presidenta eleita Dilma Rousseff e que o setor continuará tendo papel importante no crescimento da economia. É um setor que teve um crescimento excepcional, que vem gerando muitos empregos, é um dos polos de crescimento mais ativo da economia brasileira hoje. E contribui para a formação de capital fixo, que é investimento.
O ministro reafirmou a necessidade de cortes de gastos públicos e disse que a equipe econômica já está trabalhando em um forte programa de redução de gastos para diminuir a participação do Estado na economia e abrir espaço para a iniciativa privada.
Quando a economia está bem, o Estado pode diminuir sua presença, gastando menos, porque o setor privado dá conta dos investimentos. Agora é o momento de nos retiramos e darmos espaço ao setor privado.
7 de dezembro de 2010
Cresce a participação do brasileiro na compra do segundo imóvel, aponta pesquisa do Ipea
Mesmo com a crise financeira deflagrada em 2008 e a alta dos preços no mercado imobiliário, a participação do brasileiro na compra do segundo imóvel aumentou. Em contrapartida, a aquisição de unidades para primeira residência apresentou queda. Relatório do Ipea sobre os dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE, mostra que, em relação ao segundo imóvel, que inclui terrenos, casas para veraneio e unidades para investimento, a pesquisa registrou participação de 2,41% em 2002/2003, e de 2,64%, em 2008/2009. Já o volume do primeiro imóvel adquirido caiu de 2,21% para 2,07%.
Vale ressaltar que o aumento da aquisição de segundo imóvel é reflexo principalmente da compra de terrenos, que passou de 0,32% no período de 2002/2003 para 1,21% em 2008/2009.
O relatório mostra ainda que há mais gente comprando o segundo imóvel que, efetivamente, a casa própria. Entre os períodos 2002/2003 e 2008/2009, em média, 2,5% dos proprietários de domicílios compraram unidades para investimento ou veraneio, percentual maior do que os que compraram o primeiro imóvel, que foi de aproximadamente 2,1%.
- A maior parte das pessoas que investe no segundo imóvel, de acordo com os dados da pesquisa, está entre os 25% mais ricos, ou seja, com renda acima de R$ 3 mil. Desse percentual, 17% têm renda mensal acima de R$ 9 mil - explica.
O proprietário da imobiliária Labanca, em Itaipava, Marcos Labanca, explica que a expansão do crédito imobiliário e a liberação do uso do FGTS para compra financiada do imóvel contribuem para a confirmação desta tendência.
- Recentemente, nós vendemos, em apenas 15 dias, 60 apartamentos, com valores entre R$ 220 mil e R$ 350 mil, sendo 80% deles adquiridos por investidores. Isso nunca tinha acontecido em Itaipava. A alta dos preços dos imóveis não interferiu nessa procura - diz Labanca.
O Ipea também revelou que os gastos com aluguel pesam mais no orçamento das famílias do que as despesas com financiamento do imóvel. Pelo estudo, a despesa dos mutuários com financiamento consome 6,66% da sua renda. Já o gasto com aluguel compromete 12,14% da renda de quem tem esse custo no orçamento.(G1)
Vale ressaltar que o aumento da aquisição de segundo imóvel é reflexo principalmente da compra de terrenos, que passou de 0,32% no período de 2002/2003 para 1,21% em 2008/2009.
O relatório mostra ainda que há mais gente comprando o segundo imóvel que, efetivamente, a casa própria. Entre os períodos 2002/2003 e 2008/2009, em média, 2,5% dos proprietários de domicílios compraram unidades para investimento ou veraneio, percentual maior do que os que compraram o primeiro imóvel, que foi de aproximadamente 2,1%.
- A maior parte das pessoas que investe no segundo imóvel, de acordo com os dados da pesquisa, está entre os 25% mais ricos, ou seja, com renda acima de R$ 3 mil. Desse percentual, 17% têm renda mensal acima de R$ 9 mil - explica.
O proprietário da imobiliária Labanca, em Itaipava, Marcos Labanca, explica que a expansão do crédito imobiliário e a liberação do uso do FGTS para compra financiada do imóvel contribuem para a confirmação desta tendência.
- Recentemente, nós vendemos, em apenas 15 dias, 60 apartamentos, com valores entre R$ 220 mil e R$ 350 mil, sendo 80% deles adquiridos por investidores. Isso nunca tinha acontecido em Itaipava. A alta dos preços dos imóveis não interferiu nessa procura - diz Labanca.
O Ipea também revelou que os gastos com aluguel pesam mais no orçamento das famílias do que as despesas com financiamento do imóvel. Pelo estudo, a despesa dos mutuários com financiamento consome 6,66% da sua renda. Já o gasto com aluguel compromete 12,14% da renda de quem tem esse custo no orçamento.(G1)
6 de dezembro de 2010
Pagar prestação de imóvel é mais vantajoso do que pagar aluguel, afirma Ipea
Levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indica que, no Brasil, fica mais barato pagar a prestação relativa à compra de um imóvel do que pagar aluguel. O estudo mostra também que a proporção dos que pagam prestação de imóvel aumentou ao longo da última década.
Segundo o técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea Pedro Humberto Carvalho, o aluguel tem um sistema contratual que leva o inquilino a renegociar o valor das prestações a cada trinta meses e ao sabor do mercado. Como vivemos um boom do ponto de vista da valorização dos imóveis, isso é automaticamente repassado ao aluguel.
Em contrapartida, explica o economista, os contratos de financiamentos são de longo prazo, com taxas de juros mais baixas e têm ainda como proteção o fato de que o valor do imóvel aumenta, mas o valor da prestação continua o mesmo.
Ele ressalta, porém, que o levantamento do Ipea só vai até 2009 e que a situação pode mudar daqui para frente a partir do programa Minha Casa, Minha Vida do governo federal. Nós só vamos sentir os efeitos do Minha Casa, Minha Vida na próxima Pesquisa de Orçamento Familiar [POF], se [o programa] realmente procura corrigir esse problema aumentando o crédito para a população de mais baixa renda, que ganha até 3 salários mínimos.
Os dados indicam que o custo da habitação pesa mais sobre a população mais pobre, que chega a pagar de aluguel por mês até 2% do valor venal do imóvel, enquanto a população mais rica paga uma prestação bem mais baixa por ter acesso a financiamentos imobiliários.
Entre a fatia dos 25% mais ricos da população brasileira, 9% têm contratos de financiamento imobiliário, enquanto na outra ponta, dos 25% mais pobres, apenas 1,3% são mutuários de programas habitacionais.(Exame)
Segundo o técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea Pedro Humberto Carvalho, o aluguel tem um sistema contratual que leva o inquilino a renegociar o valor das prestações a cada trinta meses e ao sabor do mercado. Como vivemos um boom do ponto de vista da valorização dos imóveis, isso é automaticamente repassado ao aluguel.
Em contrapartida, explica o economista, os contratos de financiamentos são de longo prazo, com taxas de juros mais baixas e têm ainda como proteção o fato de que o valor do imóvel aumenta, mas o valor da prestação continua o mesmo.
Ele ressalta, porém, que o levantamento do Ipea só vai até 2009 e que a situação pode mudar daqui para frente a partir do programa Minha Casa, Minha Vida do governo federal. Nós só vamos sentir os efeitos do Minha Casa, Minha Vida na próxima Pesquisa de Orçamento Familiar [POF], se [o programa] realmente procura corrigir esse problema aumentando o crédito para a população de mais baixa renda, que ganha até 3 salários mínimos.
Os dados indicam que o custo da habitação pesa mais sobre a população mais pobre, que chega a pagar de aluguel por mês até 2% do valor venal do imóvel, enquanto a população mais rica paga uma prestação bem mais baixa por ter acesso a financiamentos imobiliários.
Entre a fatia dos 25% mais ricos da população brasileira, 9% têm contratos de financiamento imobiliário, enquanto na outra ponta, dos 25% mais pobres, apenas 1,3% são mutuários de programas habitacionais.(Exame)
3 de dezembro de 2010
Aluguel sai mais caro que financiamento de imovel
Despesa com prestação de casa própria consome 6,7% da renda; aluguel representa 12,3% do orçamento
Financiar um imóvel para realizar o sonho da casa própria pesa mais no orçamento do que pagar aluguel, certo? Errado. Apesar dos juros e amortizações, alugar pesa em média o dobro que as prestações de imóveis nos gastos das famílias brasileiras, de acordo estudo que está sendo divulgado nesta quarta-feira (1) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Com base nos microdados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), o Ipea apurou que a despesa dos mutuários com financiamento consome 6,7% da sua renda, enquanto o gasto com aluguel representa 12,3% do orçamento de quem tem esta despesa. Os dados foram calculados a partir da POF de realizada de 2008/2009, divulgada recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"Sai mais barato financiar do que alugar porque os preços dos aluguéis têm subido sem proteção. São contratos renovados a cada 30 meses, conforme acordo com o mercado e refletem, portanto, a valorização dos imóveis e dos preços das terras", explica o pesquisador do Ipea Pedro Humberto Carvalho, um dos autores do estudo. "Os valores de financiamento são menos expostos a estas variações", acrescentou.
Na pesquisa anterior, de 2002/2003, a despesa das famílias com aluguel foi praticamente a mesma. Já entre as mutuárias, a despesa equivaleu a 8,3% - houve uma queda, com redução nas taxas de juros.
Esse fato é curioso, pois o aluguel não exige a amortização do valor do imóvel, como ocorre com os financiamentos, muito embora o valor da prestação dependa também do valor da entrada. Além disso, o crescimento exponencial do valor dos imóveis urbanos verificado nos últimos anos, devido ao crescimento econômico, não impacta o valor das prestações de imóveis contratados no passado, assinala o estudo Evolução das despesas com habitação e transporte público nas Pesquisas de Orçamentos Familiares (POF): análise preliminar 2002-2009.(Ig)
Financiar um imóvel para realizar o sonho da casa própria pesa mais no orçamento do que pagar aluguel, certo? Errado. Apesar dos juros e amortizações, alugar pesa em média o dobro que as prestações de imóveis nos gastos das famílias brasileiras, de acordo estudo que está sendo divulgado nesta quarta-feira (1) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Com base nos microdados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), o Ipea apurou que a despesa dos mutuários com financiamento consome 6,7% da sua renda, enquanto o gasto com aluguel representa 12,3% do orçamento de quem tem esta despesa. Os dados foram calculados a partir da POF de realizada de 2008/2009, divulgada recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"Sai mais barato financiar do que alugar porque os preços dos aluguéis têm subido sem proteção. São contratos renovados a cada 30 meses, conforme acordo com o mercado e refletem, portanto, a valorização dos imóveis e dos preços das terras", explica o pesquisador do Ipea Pedro Humberto Carvalho, um dos autores do estudo. "Os valores de financiamento são menos expostos a estas variações", acrescentou.
Na pesquisa anterior, de 2002/2003, a despesa das famílias com aluguel foi praticamente a mesma. Já entre as mutuárias, a despesa equivaleu a 8,3% - houve uma queda, com redução nas taxas de juros.
Esse fato é curioso, pois o aluguel não exige a amortização do valor do imóvel, como ocorre com os financiamentos, muito embora o valor da prestação dependa também do valor da entrada. Além disso, o crescimento exponencial do valor dos imóveis urbanos verificado nos últimos anos, devido ao crescimento econômico, não impacta o valor das prestações de imóveis contratados no passado, assinala o estudo Evolução das despesas com habitação e transporte público nas Pesquisas de Orçamentos Familiares (POF): análise preliminar 2002-2009.(Ig)
2 de dezembro de 2010
Cai o peso do financiamento imobiliário no orçamento familiar
Um estudo sobre a evolução das despesas com habitação e transporte público na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nos períodos de 2002/2003 e 2008/2009 mostra que o gasto com financiamento imobiliário diminuiu. Dentro do orçamento das famílias, o peso foi de 8,3% para 6,7% entre 2002 e 2008; em contraste, o número de famílias que demonstraram pagá-las subiu de 4,6% para 5,2%.
Neste mesmo ritmo, subiu de 12,9% para 17,% o número de domicílios pagantes de aluguel. No entanto, o peso destes valores na renda das famílias permaneceu constante em 12,3%. A totalidade dos impostos imobiliários também registrou aumento no número de famílias que declararam pagar os tributos entre 2002 e 2008; de 24,7% para 32,8%, com impacto de 0,9% no orçamento das famílias. O Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) representou por si só mais de 88% da força dos impostos imobiliários.
Em relação aos impostos de água e esgoto, 65% das famílias declararam arcar com as despesas nas duas POFs, o que, em média, consumiu 1,5% de suas rendas. Já no caso específico do uso dos transportes públicos, o Ipea teve de agregar todos os gastos expedidos por cada integrante da família em um determinado meio de transporte para consolidá-los em apenas um gasto do domicílio. Nas duas POFS, 46% das famílias brasileiras declararam realizar gastos com transporte público; o ônibus foi disparado o transporte de maior peso na vida das famílias, representando 32% das declarações e impacto de 4,2% (3,7% na pesquisa de 2002) no orçamento familiar. O transporte intermunicipal se mostrou o mais caro, comprometendo 4,6% da renda das famílias e o transporte sobre trilhos, principalmente o metrô, o mais econômico, representando de 1,6% a 3,3% das receitas familiares em 2008/2009.
Pesquisa - No estudo foi apresentado por Pedro Humberto Carvalho, técnico de planejamento e pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nesta quarta-feira, na sede do órgão no Rio de Janeiro. Foram levadas em consideração sete categorias de despesa: taxas urbanas, aluguel, tributos imobiliários, aquisição de imóvel, condomínio, água e transporte urbano. O Ipea elaborou dois indicadores para a sua análise. O primeiro está relacionado à proporção de famílias que declararam realizar as despesas e o outro à participação da despesas na renda total (seja ela contabilizada em dinheiro ou não) destes núcleos familiares.
O texto trata dos resultados em seis faixas de estrato familiar, de maneira a delinear um perfil distributivo das despesas. Há ainda uma análise dos dados nas cinco maiores regiões brasileiras, subdivididas em municípios e regiões metropolitanas (RMs) e municípios do interior urbano.(Veja.com)
Neste mesmo ritmo, subiu de 12,9% para 17,% o número de domicílios pagantes de aluguel. No entanto, o peso destes valores na renda das famílias permaneceu constante em 12,3%. A totalidade dos impostos imobiliários também registrou aumento no número de famílias que declararam pagar os tributos entre 2002 e 2008; de 24,7% para 32,8%, com impacto de 0,9% no orçamento das famílias. O Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) representou por si só mais de 88% da força dos impostos imobiliários.
Em relação aos impostos de água e esgoto, 65% das famílias declararam arcar com as despesas nas duas POFs, o que, em média, consumiu 1,5% de suas rendas. Já no caso específico do uso dos transportes públicos, o Ipea teve de agregar todos os gastos expedidos por cada integrante da família em um determinado meio de transporte para consolidá-los em apenas um gasto do domicílio. Nas duas POFS, 46% das famílias brasileiras declararam realizar gastos com transporte público; o ônibus foi disparado o transporte de maior peso na vida das famílias, representando 32% das declarações e impacto de 4,2% (3,7% na pesquisa de 2002) no orçamento familiar. O transporte intermunicipal se mostrou o mais caro, comprometendo 4,6% da renda das famílias e o transporte sobre trilhos, principalmente o metrô, o mais econômico, representando de 1,6% a 3,3% das receitas familiares em 2008/2009.
Pesquisa - No estudo foi apresentado por Pedro Humberto Carvalho, técnico de planejamento e pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nesta quarta-feira, na sede do órgão no Rio de Janeiro. Foram levadas em consideração sete categorias de despesa: taxas urbanas, aluguel, tributos imobiliários, aquisição de imóvel, condomínio, água e transporte urbano. O Ipea elaborou dois indicadores para a sua análise. O primeiro está relacionado à proporção de famílias que declararam realizar as despesas e o outro à participação da despesas na renda total (seja ela contabilizada em dinheiro ou não) destes núcleos familiares.
O texto trata dos resultados em seis faixas de estrato familiar, de maneira a delinear um perfil distributivo das despesas. Há ainda uma análise dos dados nas cinco maiores regiões brasileiras, subdivididas em municípios e regiões metropolitanas (RMs) e municípios do interior urbano.(Veja.com)
1 de dezembro de 2010
Os possíveis cenários para o Credito Imobiliário Brasileiro
Diante da crescente demanda por crédito imobiliário, existe possibilidade real de em 2014 os recursos da poupança se tornarem insuficientes para financiar a produção e aquisição de imóveis, paralisando o mercado. No seminário Dia do Crédito Imobiliário, promovido pelo Secovi-SP em 23 de novembro, em que as alternativas a esse esgotamento foram debatidas por representantes de bancos públicos e privados, Osmar Martinez, gerente nacional de Negócios Imobiliários para Pessoa Jurídica do Bradesco, expôs os quatro cenários possíveis para o crédito imobiliário brasileiro: manutenção da exigibilidade dos recursos da caderneta de poupança com Selic em alta; manutenção da exigibilidade com Selic baixa; fim da exigibilidade com a Selic elevada; e fim da exigibilidade com a Selic baixa.
Considerando que a poupança cresce a 20% ao ano, enquanto o crédito imobiliário cresce a 40%, a melhor opção é que a poupança deixe de ser a principal fonte de financiamento. Esta última possibilidade - fim da exigibilidade dos recursos da poupança e Selic baixa - é o melhor dos mundos, pois será possível investir os ativos dos bancos em fontes primárias (empreendimentos imobiliários) e secundárias (papéis de crédito imobiliário), disse Martinez.
O custo do dinheiro é medido pelo quanto de moeda é investido na economia. Sem que o banco tenha de aplicar um teto máximo de recursos em habitação e obedecer o Mapa4, o crédito imobiliário passa a ser, efetivamente, negócio.
FONTES ALTERNATIVAS DE RECURSOS
Com a previsão de esgotamento da poupança, Luiz Antônio Nogueira de França, presidente da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), defendeu o covered bonds, a securitização, a LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e a LTI (Letras Financeiras com Lastro Imobiliário) como fontes de recursos para o crédito imobiliário.
Martinez, do Bradesco, defendeu o estímulo à emissão de LCI e Fernando Baumeier, superintendente da área de Planejamento e Funding de Negócios Imobiliários do Santander, considerou os covered bonds como a grande saída para a falta de recursos no Brasil, pois o risco fica completamente com os bancos, além das LCIs, da securitização e dos fundos de pensão.
Na Alemanha, esse instrumento de crédito, que já tem mais de 50 anos de uso, não registrou um único default. E na Espanha, 50% da carteira hipotecária foi gerada com covered bonds, que distribuirão 28 bilhões de euros até 2020. Esse mercado é pujante e assegura os investidores e os sistemas bancários, concluiu.
Hus Morgan Daroque, superintendente de Crédito Imobiliário do grupo Itaú-Unibanco, defendeu um mix de três fundings: poupança (captação de curto prazo), securitização e covered bonds ou LCIs, que são fontes de captação de longo prazo.
Da mesma forma pensa o superintendente executivo de Crédito Imobiliário e Consórcio do HSBC, Antonio Barbosa. A poupança não acabará, mas vai depender da quantidade de fundings disponíveis. A composição desses fundings garantirá o crescimento do mercado e da economia, opinou.
O presidente do comitê de produtos financeiros imobiliários da Anbima, Rodrigo Machado, disse que apesar de o covered bonds ser uma solução possível para a falta de crédito imobiliário, o instrumento atrela o mercado à capacidade de endividamento do investidor, e isso não é muito seguro. O mercado de capitais, por sua vez, é limitado à capacidade de poupança do mundo, defendeu.
Conforme Machado, os fundos de pensão ainda não trabalham com toda a sua capacidade e assim como os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) são ativos de longo prazo, indexados a preços e com boas garantias para os investidores. O mercado secundário ainda não é uma realidade, mas estamos transformando essa indústria, que tem condições de ser o pilar de sustentação do setor imobiliário quando os recursos da poupança se tornarem insuficientes, finalizou.
Para incentivar o avanço da securitização no Brasil, Sergio Odilon dos Anjos, do Departamento de Normas do Sistema Financeiro do Banco Central, defendeu o cadastro positivo, pois a previsão contratual mitiga riscos financeiros, que por sua vez evitam a criação de passivos para as instituições financeiras. Transparência nas operações permitem favorecimento aos clientes. Deve-se lembrar que o crédito imobiliário é a porta de entrada para fidelizar a relação desses clientes com os bancos.
Na análise do representante do Banco Central, as letras financeiras com lastro imobiliário têm público distinto, são instrumentos modernos e devem ser estimulados. Aperfeiçoamentos precisam ser feitos com muita cautela para que as LFIs não percam suas características, recomendou.
Quanto às novas fontes de recursos, Odilon dos Anjos falou da necessidade de melhorar o Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), a fim de permitir a ampliação dos prazos de financiamento. Afora isso, as condições são satisfatórias para estimular o mercado secundário, pois a inadimplência permanece em queda e o mercado adotou o loan-to-value definido no tratado de Basiléia II, que permite a mitigação de riscos financeiros.Fonte: R7/Imóvelweb
Considerando que a poupança cresce a 20% ao ano, enquanto o crédito imobiliário cresce a 40%, a melhor opção é que a poupança deixe de ser a principal fonte de financiamento. Esta última possibilidade - fim da exigibilidade dos recursos da poupança e Selic baixa - é o melhor dos mundos, pois será possível investir os ativos dos bancos em fontes primárias (empreendimentos imobiliários) e secundárias (papéis de crédito imobiliário), disse Martinez.
O custo do dinheiro é medido pelo quanto de moeda é investido na economia. Sem que o banco tenha de aplicar um teto máximo de recursos em habitação e obedecer o Mapa4, o crédito imobiliário passa a ser, efetivamente, negócio.
FONTES ALTERNATIVAS DE RECURSOS
Com a previsão de esgotamento da poupança, Luiz Antônio Nogueira de França, presidente da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), defendeu o covered bonds, a securitização, a LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e a LTI (Letras Financeiras com Lastro Imobiliário) como fontes de recursos para o crédito imobiliário.
Martinez, do Bradesco, defendeu o estímulo à emissão de LCI e Fernando Baumeier, superintendente da área de Planejamento e Funding de Negócios Imobiliários do Santander, considerou os covered bonds como a grande saída para a falta de recursos no Brasil, pois o risco fica completamente com os bancos, além das LCIs, da securitização e dos fundos de pensão.
Na Alemanha, esse instrumento de crédito, que já tem mais de 50 anos de uso, não registrou um único default. E na Espanha, 50% da carteira hipotecária foi gerada com covered bonds, que distribuirão 28 bilhões de euros até 2020. Esse mercado é pujante e assegura os investidores e os sistemas bancários, concluiu.
Hus Morgan Daroque, superintendente de Crédito Imobiliário do grupo Itaú-Unibanco, defendeu um mix de três fundings: poupança (captação de curto prazo), securitização e covered bonds ou LCIs, que são fontes de captação de longo prazo.
Da mesma forma pensa o superintendente executivo de Crédito Imobiliário e Consórcio do HSBC, Antonio Barbosa. A poupança não acabará, mas vai depender da quantidade de fundings disponíveis. A composição desses fundings garantirá o crescimento do mercado e da economia, opinou.
O presidente do comitê de produtos financeiros imobiliários da Anbima, Rodrigo Machado, disse que apesar de o covered bonds ser uma solução possível para a falta de crédito imobiliário, o instrumento atrela o mercado à capacidade de endividamento do investidor, e isso não é muito seguro. O mercado de capitais, por sua vez, é limitado à capacidade de poupança do mundo, defendeu.
Conforme Machado, os fundos de pensão ainda não trabalham com toda a sua capacidade e assim como os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) são ativos de longo prazo, indexados a preços e com boas garantias para os investidores. O mercado secundário ainda não é uma realidade, mas estamos transformando essa indústria, que tem condições de ser o pilar de sustentação do setor imobiliário quando os recursos da poupança se tornarem insuficientes, finalizou.
Para incentivar o avanço da securitização no Brasil, Sergio Odilon dos Anjos, do Departamento de Normas do Sistema Financeiro do Banco Central, defendeu o cadastro positivo, pois a previsão contratual mitiga riscos financeiros, que por sua vez evitam a criação de passivos para as instituições financeiras. Transparência nas operações permitem favorecimento aos clientes. Deve-se lembrar que o crédito imobiliário é a porta de entrada para fidelizar a relação desses clientes com os bancos.
Na análise do representante do Banco Central, as letras financeiras com lastro imobiliário têm público distinto, são instrumentos modernos e devem ser estimulados. Aperfeiçoamentos precisam ser feitos com muita cautela para que as LFIs não percam suas características, recomendou.
Quanto às novas fontes de recursos, Odilon dos Anjos falou da necessidade de melhorar o Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), a fim de permitir a ampliação dos prazos de financiamento. Afora isso, as condições são satisfatórias para estimular o mercado secundário, pois a inadimplência permanece em queda e o mercado adotou o loan-to-value definido no tratado de Basiléia II, que permite a mitigação de riscos financeiros.Fonte: R7/Imóvelweb
30 de novembro de 2010
Projeto reduz prazo para cartório registrar imóvel
A Câmara analisa o Projeto de Lei 7889/10, do deputado Vitor Penido (DEM-MG), que reduz para 15 dias o prazo para que o Cartório de Registro de Imóveis efetue o registro. Atualmente, a Lei de Registros Públicos (Lei 6.015/73) estabelece prazo de 30 dias.
"Esse prazo foi fixado na década de 70 do século passado, quando a comunicação era muito difícil, o País não possuía a estrutura de hoje, nem, tampouco, havia informatização", argumenta Penido.
A mudança, acrescenta, beneficiaria quem compra imóvel pelo Sistema Financeiro Habitacional. "Muitas aquisições deixam de se concretizar em face do prazo prolongado, já que o alienante recebe o preço somente após o registro", diz o deputado.
"Esse prazo foi fixado na década de 70 do século passado, quando a comunicação era muito difícil, o País não possuía a estrutura de hoje, nem, tampouco, havia informatização", argumenta Penido.
A mudança, acrescenta, beneficiaria quem compra imóvel pelo Sistema Financeiro Habitacional. "Muitas aquisições deixam de se concretizar em face do prazo prolongado, já que o alienante recebe o preço somente após o registro", diz o deputado.
29 de novembro de 2010
IGP-M de novembro de 2010 fica em 1,45%
O Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M) variou 1,45%, em novembro. Em outubro, o índice variou 1,01%. O IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apresentou taxa de variação de 1,84%. No mês anterior, a taxa foi de 1,30%. O índice relativo aos Bens Finais variou 1,34%, em novembro. Em outubro, este grupo de produtos mostrou variação de 1,53%. Contribuiu para a desaceleração o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa de variação passou de 8,50% para -3,21%. Excluindo-se os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, o índice Bens Finais (ex) registrou variação de 1,89%. Em outubro, a taxa foi de 0,83%.
O índice referente ao grupo Bens Intermediários variou 0,76%. Em outubro, a taxa foi de 0,21%. O subgrupo materiais e componentes para a manufatura registrou acréscimo em sua taxa de variação, que passou de 0,06% para 0,92%, sendo o principal responsável pela aceleração do grupo. O índice Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,88%, ante 0,22%, em outubro.
No estágio inicial da produção, o índice de Matérias-Primas Brutas variou 3,92%, em novembro. No mês anterior, o índice registrou variação de 2,55%. Os itens bovinos (4,28% para 11,42%), soja (em grão) (5,04% para 9,72%) e algodão (em caroço) (2,40% para 13,49%) foram os principais responsáveis pela aceleração do grupo. Ao mesmo tempo, registraram-se desacelerações em itens como: minério de ferro (-3,83% para -8,13%), aves (4,99% para 0,97%) e laranja (15,40% para 3,26%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou variação de 0,81%, em novembro. No mês anterior, a variação foi de 0,56%. Quatro dos sete grupos componentes do índice apresentaram acréscimos em suas taxas de variação, com destaque para Alimentação (1,23% para 1,91%). Nesta classe de despesa, vale mencionar os itens: carnes bovinas (4,05% para 8,67%), frutas (-0,99% para 2,04%) e hortaliças e legumes (-1,70% para 0,61%).
Também apresentaram avanços em suas taxas os grupos: Transportes (0,15% para 0,72%), Vestuário (0,67% para 0,96%) e Despesas Diversas (0,23% para 0,25%). Nestas classes de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens: gasolina (-0,24% para 1,59%), roupas masculinas (0,26% para 0,93%) e cerveja (1,67% para 2,18%), respectivamente.
Em contrapartida, apresentaram decréscimos em suas taxas de variação os grupos: Saúde e Cuidados Pessoais (0,45% para 0,19%), Educação, Leitura e Recreação (0,22% para 0,20%) e Habitação (0,28% para 0,27%). Nestas classes de despesa, os destaques foram: artigos de higiene e cuidado pessoal (0,79% para -0,35%), passagem aérea (2,67% para -0,20%) e taxa de água e esgoto residencial (1,33% para 0,00%), respectivamente.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em novembro, variação de 0,36%, acima do resultado do mês anterior, de 0,15%. Dois dos três grupos componentes do índice apresentaram aceleração: Serviços, de 0,29% para 0,48%, e Mão de Obra, de 0,03% para 0,59%. Já o índice relativo ao grupo Materiais e Equipamentos passou de 0,26%, no mês anterior, para 0,07%, nesta apuração.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apresentou taxa de variação de 1,84%. No mês anterior, a taxa foi de 1,30%. O índice relativo aos Bens Finais variou 1,34%, em novembro. Em outubro, este grupo de produtos mostrou variação de 1,53%. Contribuiu para a desaceleração o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa de variação passou de 8,50% para -3,21%. Excluindo-se os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, o índice Bens Finais (ex) registrou variação de 1,89%. Em outubro, a taxa foi de 0,83%.
O índice referente ao grupo Bens Intermediários variou 0,76%. Em outubro, a taxa foi de 0,21%. O subgrupo materiais e componentes para a manufatura registrou acréscimo em sua taxa de variação, que passou de 0,06% para 0,92%, sendo o principal responsável pela aceleração do grupo. O índice Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,88%, ante 0,22%, em outubro.
No estágio inicial da produção, o índice de Matérias-Primas Brutas variou 3,92%, em novembro. No mês anterior, o índice registrou variação de 2,55%. Os itens bovinos (4,28% para 11,42%), soja (em grão) (5,04% para 9,72%) e algodão (em caroço) (2,40% para 13,49%) foram os principais responsáveis pela aceleração do grupo. Ao mesmo tempo, registraram-se desacelerações em itens como: minério de ferro (-3,83% para -8,13%), aves (4,99% para 0,97%) e laranja (15,40% para 3,26%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou variação de 0,81%, em novembro. No mês anterior, a variação foi de 0,56%. Quatro dos sete grupos componentes do índice apresentaram acréscimos em suas taxas de variação, com destaque para Alimentação (1,23% para 1,91%). Nesta classe de despesa, vale mencionar os itens: carnes bovinas (4,05% para 8,67%), frutas (-0,99% para 2,04%) e hortaliças e legumes (-1,70% para 0,61%).
Também apresentaram avanços em suas taxas os grupos: Transportes (0,15% para 0,72%), Vestuário (0,67% para 0,96%) e Despesas Diversas (0,23% para 0,25%). Nestas classes de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens: gasolina (-0,24% para 1,59%), roupas masculinas (0,26% para 0,93%) e cerveja (1,67% para 2,18%), respectivamente.
Em contrapartida, apresentaram decréscimos em suas taxas de variação os grupos: Saúde e Cuidados Pessoais (0,45% para 0,19%), Educação, Leitura e Recreação (0,22% para 0,20%) e Habitação (0,28% para 0,27%). Nestas classes de despesa, os destaques foram: artigos de higiene e cuidado pessoal (0,79% para -0,35%), passagem aérea (2,67% para -0,20%) e taxa de água e esgoto residencial (1,33% para 0,00%), respectivamente.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em novembro, variação de 0,36%, acima do resultado do mês anterior, de 0,15%. Dois dos três grupos componentes do índice apresentaram aceleração: Serviços, de 0,29% para 0,48%, e Mão de Obra, de 0,03% para 0,59%. Já o índice relativo ao grupo Materiais e Equipamentos passou de 0,26%, no mês anterior, para 0,07%, nesta apuração.
25 de novembro de 2010
Corretores de imóveis podem ter isenção de IPI na compra de veículos
Os filiados aos Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis (Creci's) que destinem seus veículos ao exercício da profissão poderão ter isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na compra de automóveis. É o que estabelece projeto aprovado na quarta-feira (24) pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).
O projeto (PLS 197/10) agora segue para a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), onde terá decisão terminativa.Decisão terminativa é aquela tomada por uma comissão, com valor de uma decisão do Senado. Quando tramita terminativamente, o projeto não vai a Plenário: dependendo do tipo de matéria e do resultado da votação, ele é enviado diretamente à Câmara dos Deputados, encaminhado à sanção, promulgado ou arquivado.
Ele somente será votado pelo Plenário do Senado se recurso com esse objetivo, assinado por pelo menos nove senadores, for apresentado à Mesa. Após a votação do parecer da comissão, o prazo para a interposição de recurso para a apreciação da matéria no Plenário do Senado é de cinco dias úteis. .
O texto é de autoria do então senador Romeu Tuma (1931-2010) e contou com o voto favorável do senador Gerson Camata (PMDB-ES). Em seu relatório, Camata incluiu no projeto a obrigatoriedade de filiação do corretor de imóveis à Creci, autarquia na qual devem ser inscritos esses profissionais. O relator ressaltou que, por se tratar de uma matéria referente ao estímulo ao emprego, cabe a aprovação pela CDH.
O PLS altera a Lei 9.989/95, que trata de diversas situações referentes a isenção de IPI.
O projeto (PLS 197/10) agora segue para a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), onde terá decisão terminativa.Decisão terminativa é aquela tomada por uma comissão, com valor de uma decisão do Senado. Quando tramita terminativamente, o projeto não vai a Plenário: dependendo do tipo de matéria e do resultado da votação, ele é enviado diretamente à Câmara dos Deputados, encaminhado à sanção, promulgado ou arquivado.
Ele somente será votado pelo Plenário do Senado se recurso com esse objetivo, assinado por pelo menos nove senadores, for apresentado à Mesa. Após a votação do parecer da comissão, o prazo para a interposição de recurso para a apreciação da matéria no Plenário do Senado é de cinco dias úteis. .
O texto é de autoria do então senador Romeu Tuma (1931-2010) e contou com o voto favorável do senador Gerson Camata (PMDB-ES). Em seu relatório, Camata incluiu no projeto a obrigatoriedade de filiação do corretor de imóveis à Creci, autarquia na qual devem ser inscritos esses profissionais. O relator ressaltou que, por se tratar de uma matéria referente ao estímulo ao emprego, cabe a aprovação pela CDH.
O PLS altera a Lei 9.989/95, que trata de diversas situações referentes a isenção de IPI.
24 de novembro de 2010
Dez dicas para não comprar um imóvel irregular
Saiba quais são os documentos necessários para comprovar que o imóvel não tem problemas de estrutura, pendências jurídicas nem dívidas
Um imóvel é o bem mais caro que boa parte dos brasileiros vai comprar durante a vida. Antes de assinar o contrato de aquisição, é importante que o comprador tenha acesso a toda a documentação necessária para comprovar que o imóvel está regularizado e não possui pendências jurídicas ou financeiras. Solicitar ao vendedor o número do IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano) é imprescindível para checar grande parte das possíveis pendências com a propriedade. Abaixo a engenheira civil Sanrlei Polini, fundadora da Soluções Consultoria, especializada em regularização de imóveis, ensina os dez passos para evitar problemas na hora de comprar um imóvel:
1 - Verifique se o vendedor é realmente o proprietário do imóvel por meio da análise da matrícula do registro de imóveis. A documentação pode ser solicitada diretamente ao vendedor ou no registro de imóveis da região. "Essa informação facilita a checagem dos demais documentos, pois já indica que não será necessária a presença de outros proprietários", indica Sanrlei.
2 - Levantar as certidões dos proprietários de forma a identificar a saúde financeira do vendedor. Trata-se da certidão dos 10 cartórios de protestos e processo civil ou trabalhista. Esse é o documento que concentra todas as certidões. Assim, não há chance que antigos débitos sejam cobrados do novo proprietário.
3 - Checar se o imóvel possui dívida de IPTU. Diretamente na subprefeitura onde está localizado o imóvel ou mesmo no site da prefeitura é possível conferir a situação do imposto somente com seu número.
4 - Também na subprefeitura e de posse do número do IPTU há a possibilidade de conferir se o imóvel possui dívida de multas - que ocorre no caso de obras ou utilização irregular do terreno.
5 - Averiguar a aprovação do projeto na subprefeitura. "A aprovação do projeto é
determinante, pois comprova que houve um responsável técnico pela obra", explica Sanrlei.
6 - Com a companhia de um profissional (engenheiro ou arquiteto), vistoriar o imóvel para apurar se está de acordo com o projeto aprovado.
7 - Solicitar ao profissional técnico apontamentos sobre a possível existência de problemas de estrutura ou manutenção. "Tais eventualidades devem ser consideradas em contrato ou sanadas antes da compra", diz a engenheira.
8 - Confirmar a existência do Habite-se, o documento que atesta que o imóvel foi construído seguindo as exigências estabelecidas pela prefeitura local para a aprovação de projetos. O mesmo pode ser solicitado na subprefeitura onde está o imóvel.
9 - Analisar se o zoneamento permite ampliação do imóvel. "A lei de zoneamento urbano regula o uso, ocupação e arrendamento da terra urbana por parte dos agentes de produção do espaço urbano, tais como as construtoras, incorporadoras, proprietários de imóveis e o próprio Estado. Caso não haja permissão para alteração no projeto aprovado, o novo proprietário será proibido de executar uma obra, por exemplo.", alerta Sanrlei Polini.
10 - Verificar se o imóvel não é tombado junto ao Condhephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo), Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo) ou Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Isso pode ser feito por meio de consulta ao site da prefeitura ou pessoalmente na subprefeitura.(Exane)
Um imóvel é o bem mais caro que boa parte dos brasileiros vai comprar durante a vida. Antes de assinar o contrato de aquisição, é importante que o comprador tenha acesso a toda a documentação necessária para comprovar que o imóvel está regularizado e não possui pendências jurídicas ou financeiras. Solicitar ao vendedor o número do IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano) é imprescindível para checar grande parte das possíveis pendências com a propriedade. Abaixo a engenheira civil Sanrlei Polini, fundadora da Soluções Consultoria, especializada em regularização de imóveis, ensina os dez passos para evitar problemas na hora de comprar um imóvel:
1 - Verifique se o vendedor é realmente o proprietário do imóvel por meio da análise da matrícula do registro de imóveis. A documentação pode ser solicitada diretamente ao vendedor ou no registro de imóveis da região. "Essa informação facilita a checagem dos demais documentos, pois já indica que não será necessária a presença de outros proprietários", indica Sanrlei.
2 - Levantar as certidões dos proprietários de forma a identificar a saúde financeira do vendedor. Trata-se da certidão dos 10 cartórios de protestos e processo civil ou trabalhista. Esse é o documento que concentra todas as certidões. Assim, não há chance que antigos débitos sejam cobrados do novo proprietário.
3 - Checar se o imóvel possui dívida de IPTU. Diretamente na subprefeitura onde está localizado o imóvel ou mesmo no site da prefeitura é possível conferir a situação do imposto somente com seu número.
4 - Também na subprefeitura e de posse do número do IPTU há a possibilidade de conferir se o imóvel possui dívida de multas - que ocorre no caso de obras ou utilização irregular do terreno.
5 - Averiguar a aprovação do projeto na subprefeitura. "A aprovação do projeto é
determinante, pois comprova que houve um responsável técnico pela obra", explica Sanrlei.
6 - Com a companhia de um profissional (engenheiro ou arquiteto), vistoriar o imóvel para apurar se está de acordo com o projeto aprovado.
7 - Solicitar ao profissional técnico apontamentos sobre a possível existência de problemas de estrutura ou manutenção. "Tais eventualidades devem ser consideradas em contrato ou sanadas antes da compra", diz a engenheira.
8 - Confirmar a existência do Habite-se, o documento que atesta que o imóvel foi construído seguindo as exigências estabelecidas pela prefeitura local para a aprovação de projetos. O mesmo pode ser solicitado na subprefeitura onde está o imóvel.
9 - Analisar se o zoneamento permite ampliação do imóvel. "A lei de zoneamento urbano regula o uso, ocupação e arrendamento da terra urbana por parte dos agentes de produção do espaço urbano, tais como as construtoras, incorporadoras, proprietários de imóveis e o próprio Estado. Caso não haja permissão para alteração no projeto aprovado, o novo proprietário será proibido de executar uma obra, por exemplo.", alerta Sanrlei Polini.
10 - Verificar se o imóvel não é tombado junto ao Condhephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo), Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo) ou Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Isso pode ser feito por meio de consulta ao site da prefeitura ou pessoalmente na subprefeitura.(Exane)
23 de novembro de 2010
Venda de materiais de construção cresce 0,63% em outubro
As vendas domésticas de materiais de construção cresceram 0,63% em outubro na comparação com o mesmo mês em 2009, mas recuaram 0,47% em relação a setembro, informou nesta sexta-feira a associação que representa o setor, Abramat.
No ano até outubro, o varejo de materiais acumula alta de 13,4% sobre igual período do ano passado. Em 12 meses, a expansão acumulada é de 11,53%.
Com o ritmo de crescimento apresentando certa desaceleração em relação a 2009, a Abramat reduziu a estimativa de aumento do faturamento para o fechado do ano, para alta de 12%. Anteriormente, a estimativa era de elevação de 15%.
Segundo a entidade, no mês passado, as vendas de materiais de acabamento registraram aumento de 13,85%, enquanto as dos insumos básicos caíram 5,9%.
"Em 2008, houve o início de muitas obras, com o subsequente consumo elevado de materiais de base. Agora, muitos desses empreendimentos estão sendo entregues", afirma o presidente da Abramat, Melvyn Fox, em nota.
A Abramat afirmou ainda que, com o resultado de outubro, o setor registra 12 meses consecutivos de alta na comparação anual.
Em outubro, o nível de emprego da indústria de materiais cresceu 11,35% ano a ano, apurando ligeira queda de 0,17% ante setembro.
No ano até outubro, o varejo de materiais acumula alta de 13,4% sobre igual período do ano passado. Em 12 meses, a expansão acumulada é de 11,53%.
Com o ritmo de crescimento apresentando certa desaceleração em relação a 2009, a Abramat reduziu a estimativa de aumento do faturamento para o fechado do ano, para alta de 12%. Anteriormente, a estimativa era de elevação de 15%.
Segundo a entidade, no mês passado, as vendas de materiais de acabamento registraram aumento de 13,85%, enquanto as dos insumos básicos caíram 5,9%.
"Em 2008, houve o início de muitas obras, com o subsequente consumo elevado de materiais de base. Agora, muitos desses empreendimentos estão sendo entregues", afirma o presidente da Abramat, Melvyn Fox, em nota.
A Abramat afirmou ainda que, com o resultado de outubro, o setor registra 12 meses consecutivos de alta na comparação anual.
Em outubro, o nível de emprego da indústria de materiais cresceu 11,35% ano a ano, apurando ligeira queda de 0,17% ante setembro.
22 de novembro de 2010
Alta-renda aumenta a demanda por crédito
Os clientes de bancos na categoria de private banking, ou seja, com disponibilidade mínima de investimento raramente inferior a R$ 1 milhão, têm mostrado um maior interesse por crédito bancário. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), em seu boletim trimestral.
Com isso, de julho a setembro de 2010 os clientes de alta-renda tiveram crédito concedido de R$ 3,597 bilhões, contra R$ 2,779 bilhões de janeiro a março deste ano. O número representa um crescimento de 29,44%.
"A gente vem percebendo um aumento de consulta e de pedidos de crédito para a área de private banking. Acredito que isso decorre do bom momento vivido pela economia brasileira", explica Nicolao Jannuzzi, superintendente de produtos de crédito do Private Banking do Itaú.
Na posição total do crédito concedido por categoria, o Fiança aparece com 56,6% do mercado, seguido por Outros, com 36,5%, e Imobiliário, com 6,9%. Em números, Fiança registrou crédito no montante financeiro de R$ 2,035 bilhões, enquanto Outros apresenta volume de R$ 1,312 bilhão e Imobiliário encerrou com R$ 250 milhões.
"Mesmo com o volume inferior do segmento imobiliário temos percebido um aumento. Do fechamento de crédito para alta-renda no setor imobiliário de 2009 para 2010 devemos encerrar com o dobro em volume concedido. Este tipo de cliente não tem cultura de financiar imóvel", afirma Jannuzzi, que diz ainda que o crédito imobiliário no private banking corresponde a apenas 10% da carteira de crédito.
A principal movimentação vem na categoria Fiança, em que o cliente necessita de uma garantia para realizar grandes operações. "Para muitas negociações é necessário ter uma fiança como garantia, como, por exemplo, em compra de empresas ou negócios realizados nos mercados de Bolsa de Valores", acrescenta Jannuzzi.
No último trimestre apurado pela Anbima, os investidores de alta renda aplicaram R$ 336,623 bilhões no mercado financeiro, sendo R$ 142,609 bilhões para Fundos, R$ 112,862 bilhões para Ativos de Renda Fixa, R$ 64.957 bilhões em Ativos de Renda Variável e R$ 16,195 bilhões em Outros.
"Os investidores de alta renda devem continuar com uma participação elevada no mercado financeiro, sempre de olho em oportunidades que o mercado oferece", finaliza Jannuzzi.
No comparativo de dezembro do ano passado a setembro deste ano, os investidores aumentaram suas aplicações em 15,9%, saindo de R$ 290,508 bilhões no final do ano passado, para os atuais R$ R$ 336,623 bilhões.
Dentro dos R$ 16,195 bilhões em investimentos da categoria Outros, R$ 9,743 bilhões foram destinados a Previdência Aberta, R$ 4,529 bilhões a Outros Investimentos e R$ 1,922 bilhões para a categoria Caixa/Poupança.
Entre os investimentos realizados em Fundos de Investimentos Abertos e Restritos, 60,9% aplicaram seus recursos em fundos abertos, enquanto 39,1% investiram em fundos restritos. Dentro do percentual de Fundos Abertos, 72% vieram de investimentos dos proprietários, e 28%, de terceiros.
No total de private investido em fundos, 51,8% preferiram aplicar em Multimercados, com volume financeiro de R$ 73,849 bilhões, seguido do Curto Prazo / Referenciado DI, com participação de 16,4% e montante financeiro de R$ 23,395 milhões. A terceira categoria a receber mais investimentos foi Renda Fixa, com 13,1% de participação e volume financeiro de R$ 18,673 bilhões.
Na distribuição do Patrimônio Líquido por Domicílio, São Paulo aparece em primeiro entre os clientes de private banking, com 56%, com volume financeiro de R$ 189,620 bilhões, seguido por Rio de Janeiro, com participação de 18%, com montante financeiro de R$ 61,024 bilhões. Em terceiro aparece a Região Sul, com volume de R$ 42,201 bilhões e participação de 13% no total. O segmento é considerado um dos mais promissores no mercado, por causa do retorno de recursos que estavam no exterior.
Maior crescimento
O Brasil tem um dos mercados de private banking que mais crescem no mundo. As projeções são de que o crescimento no País ficará em 21% em 2010, ante 6% a 7% projetado para o contexto global. Esse segmento deve encerrar este ano com US$ 45 trilhões em ativos, segundo estimativas da Booz & Company. A projeção é de que existam 10,5 milhões de milionários no mundo.
O Brasil, junto com os outros países que formam o BRIC (Índia, Rússia e China), tem registrado crescimento do número de milionários, influenciado por fatores como crescimento da economia, vendas de empresas familiares a sócios estratégicos e aberturas de capital de companhias. O continente europeu concentrava 35% dos recursos dos investidores de alta renda do planeta em 2002. Este ano, o percentual caiu para 28%. A Ásia, por sua vez, subiu de 26% para 31%. Os Estados Unidos mantiveram a participação de 31%.
Para 2011, a projeção é de que os ativos dos milionários atinjam a marca de US$ 49 trilhões. A crise financeira mundial teve impacto nesse mercado. Por causa da queda dos preços dos ativos, os recursos dos milionários encolheram: baixaram de US$ 42 trilhões em 2007 para US$ 35 trilhões no ano seguinte, que marcou o auge da crise e das perdas.
Considerando um mercado ainda mais seleto, os bilionários, o estudo da Booz & Company indicou que existem 1.011 pessoas com mais de US$ 1 bilhão no mundo, ante 538 em 2001. Esse grupo tem nada menos que US$ 3,6 trilhões em patrimônio.(DCI/AgenciaEstado)
Com isso, de julho a setembro de 2010 os clientes de alta-renda tiveram crédito concedido de R$ 3,597 bilhões, contra R$ 2,779 bilhões de janeiro a março deste ano. O número representa um crescimento de 29,44%.
"A gente vem percebendo um aumento de consulta e de pedidos de crédito para a área de private banking. Acredito que isso decorre do bom momento vivido pela economia brasileira", explica Nicolao Jannuzzi, superintendente de produtos de crédito do Private Banking do Itaú.
Na posição total do crédito concedido por categoria, o Fiança aparece com 56,6% do mercado, seguido por Outros, com 36,5%, e Imobiliário, com 6,9%. Em números, Fiança registrou crédito no montante financeiro de R$ 2,035 bilhões, enquanto Outros apresenta volume de R$ 1,312 bilhão e Imobiliário encerrou com R$ 250 milhões.
"Mesmo com o volume inferior do segmento imobiliário temos percebido um aumento. Do fechamento de crédito para alta-renda no setor imobiliário de 2009 para 2010 devemos encerrar com o dobro em volume concedido. Este tipo de cliente não tem cultura de financiar imóvel", afirma Jannuzzi, que diz ainda que o crédito imobiliário no private banking corresponde a apenas 10% da carteira de crédito.
A principal movimentação vem na categoria Fiança, em que o cliente necessita de uma garantia para realizar grandes operações. "Para muitas negociações é necessário ter uma fiança como garantia, como, por exemplo, em compra de empresas ou negócios realizados nos mercados de Bolsa de Valores", acrescenta Jannuzzi.
No último trimestre apurado pela Anbima, os investidores de alta renda aplicaram R$ 336,623 bilhões no mercado financeiro, sendo R$ 142,609 bilhões para Fundos, R$ 112,862 bilhões para Ativos de Renda Fixa, R$ 64.957 bilhões em Ativos de Renda Variável e R$ 16,195 bilhões em Outros.
"Os investidores de alta renda devem continuar com uma participação elevada no mercado financeiro, sempre de olho em oportunidades que o mercado oferece", finaliza Jannuzzi.
No comparativo de dezembro do ano passado a setembro deste ano, os investidores aumentaram suas aplicações em 15,9%, saindo de R$ 290,508 bilhões no final do ano passado, para os atuais R$ R$ 336,623 bilhões.
Dentro dos R$ 16,195 bilhões em investimentos da categoria Outros, R$ 9,743 bilhões foram destinados a Previdência Aberta, R$ 4,529 bilhões a Outros Investimentos e R$ 1,922 bilhões para a categoria Caixa/Poupança.
Entre os investimentos realizados em Fundos de Investimentos Abertos e Restritos, 60,9% aplicaram seus recursos em fundos abertos, enquanto 39,1% investiram em fundos restritos. Dentro do percentual de Fundos Abertos, 72% vieram de investimentos dos proprietários, e 28%, de terceiros.
No total de private investido em fundos, 51,8% preferiram aplicar em Multimercados, com volume financeiro de R$ 73,849 bilhões, seguido do Curto Prazo / Referenciado DI, com participação de 16,4% e montante financeiro de R$ 23,395 milhões. A terceira categoria a receber mais investimentos foi Renda Fixa, com 13,1% de participação e volume financeiro de R$ 18,673 bilhões.
Na distribuição do Patrimônio Líquido por Domicílio, São Paulo aparece em primeiro entre os clientes de private banking, com 56%, com volume financeiro de R$ 189,620 bilhões, seguido por Rio de Janeiro, com participação de 18%, com montante financeiro de R$ 61,024 bilhões. Em terceiro aparece a Região Sul, com volume de R$ 42,201 bilhões e participação de 13% no total. O segmento é considerado um dos mais promissores no mercado, por causa do retorno de recursos que estavam no exterior.
Maior crescimento
O Brasil tem um dos mercados de private banking que mais crescem no mundo. As projeções são de que o crescimento no País ficará em 21% em 2010, ante 6% a 7% projetado para o contexto global. Esse segmento deve encerrar este ano com US$ 45 trilhões em ativos, segundo estimativas da Booz & Company. A projeção é de que existam 10,5 milhões de milionários no mundo.
O Brasil, junto com os outros países que formam o BRIC (Índia, Rússia e China), tem registrado crescimento do número de milionários, influenciado por fatores como crescimento da economia, vendas de empresas familiares a sócios estratégicos e aberturas de capital de companhias. O continente europeu concentrava 35% dos recursos dos investidores de alta renda do planeta em 2002. Este ano, o percentual caiu para 28%. A Ásia, por sua vez, subiu de 26% para 31%. Os Estados Unidos mantiveram a participação de 31%.
Para 2011, a projeção é de que os ativos dos milionários atinjam a marca de US$ 49 trilhões. A crise financeira mundial teve impacto nesse mercado. Por causa da queda dos preços dos ativos, os recursos dos milionários encolheram: baixaram de US$ 42 trilhões em 2007 para US$ 35 trilhões no ano seguinte, que marcou o auge da crise e das perdas.
Considerando um mercado ainda mais seleto, os bilionários, o estudo da Booz & Company indicou que existem 1.011 pessoas com mais de US$ 1 bilhão no mundo, ante 538 em 2001. Esse grupo tem nada menos que US$ 3,6 trilhões em patrimônio.(DCI/AgenciaEstado)
19 de novembro de 2010
Crédito imobiliário tem expansão de 90% no 3º trimestre
O crédito imobiliário foi um dos principais destaques de crescimento na carteira de crédito do Banco do Brasil no terceiro trimestre. A expansão foi de 90% na comparação com o mesmo período do ano passado, com saldo de R$ 2,5 bilhões. Nas outras linhas para pessoas físicas, o crédito consignado cresceu 24% influenciado pelas operações do banco Nossa Caixa, adquirido pelo BB no final de 2008. Já a aquisição de parte do Banco Votorantim contribuiu para o aumento da carteira de veículos, que teve expansão de 31% em 12 meses.
Na carteira de micros, pequenas e médias empresas, o crescimento da carteira ficou abaixo dos principais competidores privados do BB, que na média tiveram evolução de 30%. O segmento fechou setembro com saldo de R$ 48,5 bilhões, expansão de 17,8% em 12 meses e 2,4% na comparação com o segundo trimestre do ano.
O saldo da carteira de crédito do agronegócio atingiu R$ 74 bilhões, crescimento de 8,7% em 12 meses. Segundo o BB, as operações do banco correspondem a 62% de todo o crédito bancário ao agronegócio no País. Já os repasses do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) somaram R$ 14,2 bilhões.
Margens
Com o crescimento das operações de crédito, as margens do banco melhoraram no período. A margem financeira bruta alcançou R$ 10,185 bilhões no terceiro trimestre, o que representa expansão de 22,4% ante o mesmo período do ano passado.
Fonte: Agência Estado
Na carteira de micros, pequenas e médias empresas, o crescimento da carteira ficou abaixo dos principais competidores privados do BB, que na média tiveram evolução de 30%. O segmento fechou setembro com saldo de R$ 48,5 bilhões, expansão de 17,8% em 12 meses e 2,4% na comparação com o segundo trimestre do ano.
O saldo da carteira de crédito do agronegócio atingiu R$ 74 bilhões, crescimento de 8,7% em 12 meses. Segundo o BB, as operações do banco correspondem a 62% de todo o crédito bancário ao agronegócio no País. Já os repasses do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) somaram R$ 14,2 bilhões.
Margens
Com o crescimento das operações de crédito, as margens do banco melhoraram no período. A margem financeira bruta alcançou R$ 10,185 bilhões no terceiro trimestre, o que representa expansão de 22,4% ante o mesmo período do ano passado.
Fonte: Agência Estado
18 de novembro de 2010
Classe C compra o imóvel de olho nos itens de lazer; piscina é prioridade
Nova classe média tem optado pelos condomínios-clubes, que estão na faixa entre R$ 150 mil e R$ 200 mil
Eles não querem só mais um apartamento. Eles querem o imóvel, a piscina, o salão de festa, o espaço zen, a quadra esportiva, a varanda gourmet... Na hora de realizar o sonho da casa própria, a nova classe média baiana tem sido exigente e tem optado pelos condomínios-clubes, que possuem variados itens de lazer e estão na faixa entre R$ 150 mil e R$ 200 mil.
Segundo dados da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-BA), este ano já foram vendidas mais de 7 mil unidades habitacionais em Salvador, Lauro de Freitas e Feira de Santana. Do total de empreendimentos, mais de 64% variam de R$ 50 mil até R$ 150 mil, ou seja, são voltados para a classe C. Cerca de 80% dos lançamentos, nesta faixa de preço, são condomínios-clubes, revela Luciano Muricy, diretor da Ademi-BA.
Lazer
Quando escolheu seu novo apartamento no Cabula, Hilda Carvalho, cabeleireira e mãe de uma filha de 4 anos e de um garoto adolescente, levou em consideração a localização, a estrutura de lazer e a segurança. Até cinema tem dentro do condomínio. Meu filho pode levar os amigos e fico mais despreocupada, diz. A consumidora acrescenta que o empreendimento consegue unir características que atendem os dois filhos de idades diferentes.
Para Vicente Mattos, sócio-diretor da construtora Concreta, esses empreendimentos estão sendo bem aceitos na Bahia e reúnem itens clássicos, como piscina, salão de festas, quadras de esportes, e itens mais sofisticados, a exemplo de cinema, quadras de squash e academia. O Máximo Club Residence, no Cabula, é um deles. O empreendimento, que tem um preço médio de R$ 210 mil, oferece uma estrutura com play dog (espaço para cachorros brincarem), pista de skate e até espaço cultural para leitura e arte.
Se o futuro morador acha que vai pagar mais para ter acesso a tantas opções de lazer, Manuel Gomes, gerente executivo da imobiliária Lopes, assegura que não. Gomes informa que esses apartamentos variam de R$ 150 mil a R$ 200 mil em Salvador. Mas, em Lauro de Freitas, onde o preço do terreno é mais baixo que na capital baiana, é possível encontrar um por até R$ 130 mil. Quanto maior for a área, o valor do metro quadrado vai ser menor. O que determina o preço ainda é a localização e o padrão do imóvel, orienta.
Quando questionado sobre quais são as exigências dos clientes dessa nova classe média, Gomes não tem dúvida: é a piscina. Os itens de convivência são muito valorizados. O cliente pergunta logo sobre a piscina, a churrasqueira e a quadra de futebol. Mesmo sem estar entre os três equipamentos prioritários para a nova classe média, a academia e a estrutura dos salões de festas também são questionados pela clientela.
Família
Para atender a diferentes faixas etárias dentro de um condomínio, as empresas estão até lançando quatro salões de festas. Daniel Costa, diretor de incorporações da construtora Petram, afirma que a ideia é agradar a todos os públicos dentro das famílias. Tem salão de festas infantil, tem outro juvenil, com uma boate, tem o voltado para os adultos e tem o multi-age, que abarca todas as idades, conta.
Mas, o comprador deve ficar atento à entrega desses equipamentos, que devem estar prontos e decorados. Esta é a ressalva que faz Ricardo Telles, diretor no Nordeste da construtora Agre. Segundo ele, o novo morador não deve arcar com despesas de implantação dos itens de lazer prometidos pela construtora na fase de lançamento.
De acordo com Telles, os condomínios-clubes são mesmo uma tendência. Não é por acaso que quase metade dos lançamentos da Agre está vinculada a esse segmento. Esta demanda vem sendo atendida desde 2008, quando lançamos o Colina de Piatã.
Taxa de condomínio pode subir
O número de equipamentos de lazer pode aumentar em até 10% o valor do condomínio. O segredo para fugir do acréscimo, segundo Vicente Mattos, sócio da construtora Concreta, é ficar atento ao número de unidades do empreendimento. Tem que ter mais de 300 unidades.
Este gasto extra é relativizado por Mattos, já que esses moradores economizarão nas despesas com lazer que ocorriam fora de casa. Porém, Luiz Alberto Santos, gerente regional da empresa de gestão de condomínios Apsa-Bahia, alerta que o morador reflita se os itens serão mesmo utilizados. Estes itens valorizam o patrimônio. Tem que pensar também na relação custo-benefício. Quanto ele iria gastar para ir em um cinema que agora está no seu prédio?.
Para evitar surpresas, é possível antes da compra ter uma previsão do custo do condomínio, já que as construtoras contratam uma consultoria para avaliar e estimar a taxa.(CorreiodaBahia)
Eles não querem só mais um apartamento. Eles querem o imóvel, a piscina, o salão de festa, o espaço zen, a quadra esportiva, a varanda gourmet... Na hora de realizar o sonho da casa própria, a nova classe média baiana tem sido exigente e tem optado pelos condomínios-clubes, que possuem variados itens de lazer e estão na faixa entre R$ 150 mil e R$ 200 mil.
Segundo dados da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-BA), este ano já foram vendidas mais de 7 mil unidades habitacionais em Salvador, Lauro de Freitas e Feira de Santana. Do total de empreendimentos, mais de 64% variam de R$ 50 mil até R$ 150 mil, ou seja, são voltados para a classe C. Cerca de 80% dos lançamentos, nesta faixa de preço, são condomínios-clubes, revela Luciano Muricy, diretor da Ademi-BA.
Lazer
Quando escolheu seu novo apartamento no Cabula, Hilda Carvalho, cabeleireira e mãe de uma filha de 4 anos e de um garoto adolescente, levou em consideração a localização, a estrutura de lazer e a segurança. Até cinema tem dentro do condomínio. Meu filho pode levar os amigos e fico mais despreocupada, diz. A consumidora acrescenta que o empreendimento consegue unir características que atendem os dois filhos de idades diferentes.
Para Vicente Mattos, sócio-diretor da construtora Concreta, esses empreendimentos estão sendo bem aceitos na Bahia e reúnem itens clássicos, como piscina, salão de festas, quadras de esportes, e itens mais sofisticados, a exemplo de cinema, quadras de squash e academia. O Máximo Club Residence, no Cabula, é um deles. O empreendimento, que tem um preço médio de R$ 210 mil, oferece uma estrutura com play dog (espaço para cachorros brincarem), pista de skate e até espaço cultural para leitura e arte.
Se o futuro morador acha que vai pagar mais para ter acesso a tantas opções de lazer, Manuel Gomes, gerente executivo da imobiliária Lopes, assegura que não. Gomes informa que esses apartamentos variam de R$ 150 mil a R$ 200 mil em Salvador. Mas, em Lauro de Freitas, onde o preço do terreno é mais baixo que na capital baiana, é possível encontrar um por até R$ 130 mil. Quanto maior for a área, o valor do metro quadrado vai ser menor. O que determina o preço ainda é a localização e o padrão do imóvel, orienta.
Quando questionado sobre quais são as exigências dos clientes dessa nova classe média, Gomes não tem dúvida: é a piscina. Os itens de convivência são muito valorizados. O cliente pergunta logo sobre a piscina, a churrasqueira e a quadra de futebol. Mesmo sem estar entre os três equipamentos prioritários para a nova classe média, a academia e a estrutura dos salões de festas também são questionados pela clientela.
Família
Para atender a diferentes faixas etárias dentro de um condomínio, as empresas estão até lançando quatro salões de festas. Daniel Costa, diretor de incorporações da construtora Petram, afirma que a ideia é agradar a todos os públicos dentro das famílias. Tem salão de festas infantil, tem outro juvenil, com uma boate, tem o voltado para os adultos e tem o multi-age, que abarca todas as idades, conta.
Mas, o comprador deve ficar atento à entrega desses equipamentos, que devem estar prontos e decorados. Esta é a ressalva que faz Ricardo Telles, diretor no Nordeste da construtora Agre. Segundo ele, o novo morador não deve arcar com despesas de implantação dos itens de lazer prometidos pela construtora na fase de lançamento.
De acordo com Telles, os condomínios-clubes são mesmo uma tendência. Não é por acaso que quase metade dos lançamentos da Agre está vinculada a esse segmento. Esta demanda vem sendo atendida desde 2008, quando lançamos o Colina de Piatã.
Taxa de condomínio pode subir
O número de equipamentos de lazer pode aumentar em até 10% o valor do condomínio. O segredo para fugir do acréscimo, segundo Vicente Mattos, sócio da construtora Concreta, é ficar atento ao número de unidades do empreendimento. Tem que ter mais de 300 unidades.
Este gasto extra é relativizado por Mattos, já que esses moradores economizarão nas despesas com lazer que ocorriam fora de casa. Porém, Luiz Alberto Santos, gerente regional da empresa de gestão de condomínios Apsa-Bahia, alerta que o morador reflita se os itens serão mesmo utilizados. Estes itens valorizam o patrimônio. Tem que pensar também na relação custo-benefício. Quanto ele iria gastar para ir em um cinema que agora está no seu prédio?.
Para evitar surpresas, é possível antes da compra ter uma previsão do custo do condomínio, já que as construtoras contratam uma consultoria para avaliar e estimar a taxa.(CorreiodaBahia)
17 de novembro de 2010
Perspectivas para imóveis continuam favoráveis
O crédito imobiliário cresceu substancialmente neste ano e continuará se expandindo pelo menos até o primeiro trimestre de 2011, segundo o gerente de indicadores de mercado da Serasa Experian, Luiz Rabi. Falta saber se continuarão atuando, com a mesma força, as condições que têm favorecido os compradores de imóveis, como o aumento da renda real e do poder de compra dos salários.
O Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil, segundo reportagem do jornal Valor, passou de R$ 90,2 bilhões, em 2005, para R$ 137 bilhões, em 2009, e está estimado em R$ 152 bilhões neste ano. Nas mesmas datas, o volume de financiamentos aumentou de R$ 8,9 bilhões para R$ 47,05 bilhões - e já atingiu R$ 47,69 bilhões até o início de setembro, segundo dados do Sinduscon e da Caixa Econômica Federal (CEF).
Como notou Rabi, "diferentemente de outras modalidades, como o cartão de crédito, o financiamento imobiliário trabalha com prazos muito longos, de até 30 anos, e juros relativamente baixos, de 12% ao ano, pontos que contribuem para estimular sua expansão futura". Além disso, a inadimplência superior a 90 dias é de apenas 1,5%.
As projeções - grandiosas - da Fundação Getúlio Vargas e da consultoria Ernst & Young indicam que 37 milhões de moradias deverão ser construídas entre 2007 e 2030, uma média de 1,6 milhão por ano. Mais novas famílias demandarão casa própria. O número de famílias deverá crescer em razão do aumento da idade média da população - de 32,5 anos, em 2017, para 36 anos, em 2030. Até 2017 o setor será estimulado pelas famílias de baixa renda e, a seguir, pela classe média.
Não apenas as operações com lastro no FGTS, gerido pela CEF, cresceram, mas também os empréstimos com base nas cadernetas, chegando perto das 400 mil unidades nos últimos quatro trimestres, 30% mais do que as 300 mil de 2009. A poupança já financia cerca de 40 mil imóveis por mês. A CEF, que usa o FGTS e as cadernetas, financiou 5.340 imóveis por dia em setembro.
As perspectivas são promissoras, mas poderão ser afetadas pelo aumento da inflação e seus efeitos negativos sobre a renda e o poder aquisitivo dos trabalhadores. Depois da fartura de crédito deste ano, talvez seja necessário reduzir um pouco o ritmo, em 2011, o que favoreceria o reequilíbrio fiscal. Um pequeno ajuste na demanda parece mais recomendável do que induzir os mutuários à euforia e, depois, arriscar um aumento da inadimplência.(Estadao-)
O Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil, segundo reportagem do jornal Valor, passou de R$ 90,2 bilhões, em 2005, para R$ 137 bilhões, em 2009, e está estimado em R$ 152 bilhões neste ano. Nas mesmas datas, o volume de financiamentos aumentou de R$ 8,9 bilhões para R$ 47,05 bilhões - e já atingiu R$ 47,69 bilhões até o início de setembro, segundo dados do Sinduscon e da Caixa Econômica Federal (CEF).
Como notou Rabi, "diferentemente de outras modalidades, como o cartão de crédito, o financiamento imobiliário trabalha com prazos muito longos, de até 30 anos, e juros relativamente baixos, de 12% ao ano, pontos que contribuem para estimular sua expansão futura". Além disso, a inadimplência superior a 90 dias é de apenas 1,5%.
As projeções - grandiosas - da Fundação Getúlio Vargas e da consultoria Ernst & Young indicam que 37 milhões de moradias deverão ser construídas entre 2007 e 2030, uma média de 1,6 milhão por ano. Mais novas famílias demandarão casa própria. O número de famílias deverá crescer em razão do aumento da idade média da população - de 32,5 anos, em 2017, para 36 anos, em 2030. Até 2017 o setor será estimulado pelas famílias de baixa renda e, a seguir, pela classe média.
Não apenas as operações com lastro no FGTS, gerido pela CEF, cresceram, mas também os empréstimos com base nas cadernetas, chegando perto das 400 mil unidades nos últimos quatro trimestres, 30% mais do que as 300 mil de 2009. A poupança já financia cerca de 40 mil imóveis por mês. A CEF, que usa o FGTS e as cadernetas, financiou 5.340 imóveis por dia em setembro.
As perspectivas são promissoras, mas poderão ser afetadas pelo aumento da inflação e seus efeitos negativos sobre a renda e o poder aquisitivo dos trabalhadores. Depois da fartura de crédito deste ano, talvez seja necessário reduzir um pouco o ritmo, em 2011, o que favoreceria o reequilíbrio fiscal. Um pequeno ajuste na demanda parece mais recomendável do que induzir os mutuários à euforia e, depois, arriscar um aumento da inadimplência.(Estadao-)
16 de novembro de 2010
Contratos de aluguel com a garantia tradicional caíram à metade
Figura até então considerada imprescindível num contrato de locação, o fiador caminha para a extinção. Na Apsa, uma das maiores imobiliárias da cidade, a presença desse tipo de garantia nos contratos assinados este ano caiu pela metade. De 62%, em janeiro, para 30%, em setembro. Uma mudança de comportamento também registrada em outras empresas, como Protel e Cipa, que tiveram quedas na ordem de 40% no número de contratos firmados com fiador em 2010.
As novas normas da Lei do Inquilinato, em vigor desde janeiro, estariam contribuindo - e muito - para a mudança na tradicional forma de se fechar um contrato no setor. Para Jacques Bushatsky, diretor de Legislação do Inquilinato do Secovi-SP, a nova legislação assustou proprietários:
- Costumo dizer que, antes das alterações feitas na lei, a locação era um casamento indissolúvel. Com as mudanças, criou-se o divórcio. Ou seja, o fiador agora tem o direito de se exonerar de suas obrigações ao fim dos 30 meses de contrato. E pode fazer o mesmo em caso de separação do casal que mora no imóvel, em vez de ficar "preso" ao cônjuge que ficou na casa.
Em ambos os casos, lembra Bushatsky, o fiador permanecerá responsável pela fiança por 120 dias após a comunicação de desligamento do contrato.
Com o fiador na berlinda, outras garantias passaram a figurar numa fatia cada vez maior de contratos. É o caso do seguro-fiança e, mais timidamente, do título de capitalização. Ainda que pesem mais no orçamento, elas evitam longos embates judiciais: hoje, o período entre a decisão favorável a uma ação de despejo e o recebimento dos aluguéis atrasados pode levar um ano.
- Há cada vez menos gente disposta a ser fiador pois, em caso de inadimplência, ele é o real pagador. É quem vai pagar a conta, enquanto o inquilino será processado e despejado. E, muitas vezes, ele é pego de surpresa, o que gera conflitos - diz Jean Carvalho, gerente de imóveis da Apsa.(Globo)
As novas normas da Lei do Inquilinato, em vigor desde janeiro, estariam contribuindo - e muito - para a mudança na tradicional forma de se fechar um contrato no setor. Para Jacques Bushatsky, diretor de Legislação do Inquilinato do Secovi-SP, a nova legislação assustou proprietários:
- Costumo dizer que, antes das alterações feitas na lei, a locação era um casamento indissolúvel. Com as mudanças, criou-se o divórcio. Ou seja, o fiador agora tem o direito de se exonerar de suas obrigações ao fim dos 30 meses de contrato. E pode fazer o mesmo em caso de separação do casal que mora no imóvel, em vez de ficar "preso" ao cônjuge que ficou na casa.
Em ambos os casos, lembra Bushatsky, o fiador permanecerá responsável pela fiança por 120 dias após a comunicação de desligamento do contrato.
Com o fiador na berlinda, outras garantias passaram a figurar numa fatia cada vez maior de contratos. É o caso do seguro-fiança e, mais timidamente, do título de capitalização. Ainda que pesem mais no orçamento, elas evitam longos embates judiciais: hoje, o período entre a decisão favorável a uma ação de despejo e o recebimento dos aluguéis atrasados pode levar um ano.
- Há cada vez menos gente disposta a ser fiador pois, em caso de inadimplência, ele é o real pagador. É quem vai pagar a conta, enquanto o inquilino será processado e despejado. E, muitas vezes, ele é pego de surpresa, o que gera conflitos - diz Jean Carvalho, gerente de imóveis da Apsa.(Globo)
10 de novembro de 2010
FGTS irá destinar R$ 30,6 bilhões para habitação em 2011
O FGTS irá destinar R$ 30,6 bilhões ao setor de habitação no País, segundo decisão sobre o orçamento de 2011 aprovada na terça-feira (9) pelo Conselho Curador do fundo. Os representantes também aprovaram suplementação de R$ 5,3 bilhões no orçamento de 2010, para habitação popular.
Para o próximo ano, do total destinado à habitação, R$ 21 bilhões irá para crédito à moradia popular, R$ 2 bilhões para o Pró-Moradia (para população em vulnerabilidade social) e R$ 1 bilhão para o Pró-Cotista (para detentores de conta vinculada ao FGTS).
Além disso, uma reserva de R$ 4,5 bilhões para descontos na compra do imóvel para pessoas de baixa renda foi disponibilizada. O ministro do Trabalho e presidente do Conselho Curador do FGTS, Carlos Lupi, explicou a destinação do recurso: "Desse valor do desconto, R$ 3 bilhões estão destinados para o Programa Minha Casa, Minha Vida, na produção ou aquisição de pelo menos 150 mil imóveis novos".
Os R$ 2,1 bilhões restantes serão destinados aos CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários).
No geral, o conselho aprovou orçamento de R$ 46,9 bilhões. Fora o montante já reservado à habitação, mais R$ 4,8 bilhões seguirão para o saneamento básico e R$ 11,5 bilhões para infraestrutura.
Orçamento
Em 2010, o orçamento inicial aprovado foi de R$ 40,7 bilhões, sendo R$ 25,9 bilhões para a área habitacional, R$ 4,6 bilhões para saneamento básico e R$ 1 bilhão para infraestrutura urbana, informou o Ministério do trabalho.(iNFOMONEY)
Para o próximo ano, do total destinado à habitação, R$ 21 bilhões irá para crédito à moradia popular, R$ 2 bilhões para o Pró-Moradia (para população em vulnerabilidade social) e R$ 1 bilhão para o Pró-Cotista (para detentores de conta vinculada ao FGTS).
Além disso, uma reserva de R$ 4,5 bilhões para descontos na compra do imóvel para pessoas de baixa renda foi disponibilizada. O ministro do Trabalho e presidente do Conselho Curador do FGTS, Carlos Lupi, explicou a destinação do recurso: "Desse valor do desconto, R$ 3 bilhões estão destinados para o Programa Minha Casa, Minha Vida, na produção ou aquisição de pelo menos 150 mil imóveis novos".
Os R$ 2,1 bilhões restantes serão destinados aos CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários).
No geral, o conselho aprovou orçamento de R$ 46,9 bilhões. Fora o montante já reservado à habitação, mais R$ 4,8 bilhões seguirão para o saneamento básico e R$ 11,5 bilhões para infraestrutura.
Orçamento
Em 2010, o orçamento inicial aprovado foi de R$ 40,7 bilhões, sendo R$ 25,9 bilhões para a área habitacional, R$ 4,6 bilhões para saneamento básico e R$ 1 bilhão para infraestrutura urbana, informou o Ministério do trabalho.(iNFOMONEY)
9 de novembro de 2010
Financiamentos de imóvel com recurso da poupança crescem 70% neste ano
O volume de empréstimos para a compra de imóvel com recursos da poupança cresceu 70% de janeiro a setembro, frente ao mesmo período do ano passado, para R$ 39,4 bilhões. Desde agosto o montante acumulado em 2010 já supera a totalidade de empréstimos do ano de 2009.
De acordo com dados da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), considerando apenas o mês de setembro, na comparação com o nono mês de 2009, foi registrado crescimento de 49% do valor contratado, uma vez que, em setembro deste ano, o volume foi de R$ 5,36 bilhões.
Unidades financiadas
Nos nove primeiros meses do ano, 304 mil imóveis foram financiados com recursos da poupança, um volume 45% superior ao registrado no mesmo período de 2009.
Somente em setembro, foram 40,3 mil unidades adquiridas por meio de recursos da poupança, 33% acima dos números do mesmo período de 2009.
Em relação ao resultado da poupança no nono mês do ano, os dados mostraram a captação líquida (depósitos menos saques) de R$ 3,76 bilhões, com o saldo atingindo R$ 285 bilhões.
De acordo com dados da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), considerando apenas o mês de setembro, na comparação com o nono mês de 2009, foi registrado crescimento de 49% do valor contratado, uma vez que, em setembro deste ano, o volume foi de R$ 5,36 bilhões.
Unidades financiadas
Nos nove primeiros meses do ano, 304 mil imóveis foram financiados com recursos da poupança, um volume 45% superior ao registrado no mesmo período de 2009.
Somente em setembro, foram 40,3 mil unidades adquiridas por meio de recursos da poupança, 33% acima dos números do mesmo período de 2009.
Em relação ao resultado da poupança no nono mês do ano, os dados mostraram a captação líquida (depósitos menos saques) de R$ 3,76 bilhões, com o saldo atingindo R$ 285 bilhões.
8 de novembro de 2010
Minha Casa Minha Vida: Repasses de verbas dificultam expansão
Companhias de saneamento e construtoras querem que aprovação de projetos e liberação de recursos sejam simplificadas
As companhias de saneamento e as construtoras estão se articulando para apresentar uma proposta na próxima reunião do Conselho Curador do Fundo de Garantia sobre Tempo de Serviço (FGTS), em 9 de novembro, e tentar garantir facilidade de acesso a recursos para as redes de saneamento dos projetos do Minha Casa, Minha Vida.
A ideia é que a aprovação de projetos e liberação de recursos seja simplificada e facilite o atendimento da nova demanda. A reclamação da Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais (Aesbe) concentra-se no excesso de burocracia, o que tem causado um descompasso entre o ritmo de expansão do Minha Casa, Minha Vida e o crescimento dos serviços de saneamento básico.
E foi justamente nas periferias das grandes cidades, alvo das construtoras por ainda oferecerem terrenos com custos mais baixos, que o problema se concentrou. As companhias de saneamento dos Estados e municípios não tinham previsão orçamentária para expandir as redes para atender a essas áreas que criaram uma demanda recente. O descompasso entre oferta e demanda por rede de saneamento criou problemas em todo o País, segundo o superintendente da Aesbe, Walder Suriani.
Segundo Maria Henriqueta Arantes Ferreira Alves, consultora técnica da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), na próxima reunião do Conselho Curador do FGTS será entregue uma proposta para que o Ministério das Cidades - pasta que coordena o Minha Casa - tenha um mecanismo mais simplificado para a liberação de dinheiro do fundo para projetos do programa habitacional. Hoje há muita burocracia. Até liberar os recursos o empreendimento está pronto, critica.
A burocracia do Ministério das Cidades é de tal ordem que estabelece prazos incompatíveis com a realidade dos empreendimentos do Minha Casa na liberação de recursos, reclama Suriani. Segundo ele, a Aesbe tem falado do problema desde o início do Minha Casa, mas até agora não conseguiu sensibilizar o ministério para que mude as regras.
A secretária Nacional de Habitação, Inês Magalhães, explica que não falta recurso para os projetos de saneamento, especialmente os que fazem parte do Minha Casa. Me parece mais uma falta de coordenação entre o plano de expansão das companhias de abastecimento e a escolha das construtoras de áreas para levantar as obras. São os municípios que aprovam os projetos. E eles só devem fazer isso se há como atender o empreendimento com água e esgoto, seja com projetos das companhias de saneamento ou com recursos das próprias construtoras, explica.
Segundo Inês, foram apresentados ao ministério os projetos de saneamento interessados em recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2. E um dos critérios do ministério foi dar prioridade aos que faziam parte do Minha Casa. São, ao todo, R$ 40 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.(Exame)
As companhias de saneamento e as construtoras estão se articulando para apresentar uma proposta na próxima reunião do Conselho Curador do Fundo de Garantia sobre Tempo de Serviço (FGTS), em 9 de novembro, e tentar garantir facilidade de acesso a recursos para as redes de saneamento dos projetos do Minha Casa, Minha Vida.
A ideia é que a aprovação de projetos e liberação de recursos seja simplificada e facilite o atendimento da nova demanda. A reclamação da Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais (Aesbe) concentra-se no excesso de burocracia, o que tem causado um descompasso entre o ritmo de expansão do Minha Casa, Minha Vida e o crescimento dos serviços de saneamento básico.
E foi justamente nas periferias das grandes cidades, alvo das construtoras por ainda oferecerem terrenos com custos mais baixos, que o problema se concentrou. As companhias de saneamento dos Estados e municípios não tinham previsão orçamentária para expandir as redes para atender a essas áreas que criaram uma demanda recente. O descompasso entre oferta e demanda por rede de saneamento criou problemas em todo o País, segundo o superintendente da Aesbe, Walder Suriani.
Segundo Maria Henriqueta Arantes Ferreira Alves, consultora técnica da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), na próxima reunião do Conselho Curador do FGTS será entregue uma proposta para que o Ministério das Cidades - pasta que coordena o Minha Casa - tenha um mecanismo mais simplificado para a liberação de dinheiro do fundo para projetos do programa habitacional. Hoje há muita burocracia. Até liberar os recursos o empreendimento está pronto, critica.
A burocracia do Ministério das Cidades é de tal ordem que estabelece prazos incompatíveis com a realidade dos empreendimentos do Minha Casa na liberação de recursos, reclama Suriani. Segundo ele, a Aesbe tem falado do problema desde o início do Minha Casa, mas até agora não conseguiu sensibilizar o ministério para que mude as regras.
A secretária Nacional de Habitação, Inês Magalhães, explica que não falta recurso para os projetos de saneamento, especialmente os que fazem parte do Minha Casa. Me parece mais uma falta de coordenação entre o plano de expansão das companhias de abastecimento e a escolha das construtoras de áreas para levantar as obras. São os municípios que aprovam os projetos. E eles só devem fazer isso se há como atender o empreendimento com água e esgoto, seja com projetos das companhias de saneamento ou com recursos das próprias construtoras, explica.
Segundo Inês, foram apresentados ao ministério os projetos de saneamento interessados em recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2. E um dos critérios do ministério foi dar prioridade aos que faziam parte do Minha Casa. São, ao todo, R$ 40 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.(Exame)
5 de novembro de 2010
Crédito imobiliário sobe 45,9% e atinge R$ 166 bilhões
Incluindo as contratações de pessoas físicas e operações das construtoras, o crédito imobiliário atingiu R$ 166 bilhões até agosto, um aumento de 46% em 12 meses, segundo levantamento do Banco Central.
Os financiamentos do sistema financeiro diretamente às famílias atingiram R$ 120,6 bilhões em agosto, com alta de 3,9% sobre julho, de 29,7% no ano e de elevação de 51,1% em 12 meses.
O financiamento a construtoras também teve expansão mensal significativa, de 5,2%, enquanto o crescimento no acumulado do ano ficou em 25,8% E alta de 33,9% sobre agosto de 2009, totalizando R$ 45,4 bilhões.
No crédito habitacional a pessoas jurídicas, o destaque são os financiamentos bancários para a construção de novas unidades, com R$ 16,2 bilhões. Houve uma expansão de 43,6% em um ano.
Os financiamentos do sistema financeiro diretamente às famílias atingiram R$ 120,6 bilhões em agosto, com alta de 3,9% sobre julho, de 29,7% no ano e de elevação de 51,1% em 12 meses.
O financiamento a construtoras também teve expansão mensal significativa, de 5,2%, enquanto o crescimento no acumulado do ano ficou em 25,8% E alta de 33,9% sobre agosto de 2009, totalizando R$ 45,4 bilhões.
No crédito habitacional a pessoas jurídicas, o destaque são os financiamentos bancários para a construção de novas unidades, com R$ 16,2 bilhões. Houve uma expansão de 43,6% em um ano.
4 de novembro de 2010
Profissionalização no Mercado Imobiliário.
O mercado imobiliário passa pela melhor fase de muitos anos. Sempre, ao longo do tempo, faltava algum elemento para que o mercado progredisse e atendesse tanto as necessidades dos incorporadores, bem como as do mercado imobiliário.
O mercado imobiliário passa pela melhor fase de muitos anos.
Sempre, ao longo do tempo, faltava algum elemento para que o mercado progredisse e atendesse tanto as necessidades dos incorporadores, bem como as do mercado imobiliário.
Quando havia produto, faltava crédito e uma política econômica viável para atender as necessidades.
Via de regra, aos longos dos anos, só se conseguiu atender as camadas sociais mais abastadas, sendo que as demais sempre ficaram à margem e muitas vezes não eram atingidas.
Pela primeira vez existe uma política econômica estável, com uma valorização do poder de compra das classes menos favorecidas, uma estrutura bem formalizada nos crescimentos, com a inflação do País controlada e com perspectiva de melhoras nos próximos anos.
Pela primeira vez também ouvimos que estamos atraindo capital estrangeiro para investimento no País, recursos estes sérios e não especulativos, quando na primeira oscilação do mercado internacional, o capital se retirava mais rápido do que havia entrado.
Hoje, estamos entrando na melhor era do mercado imobiliário, com uma política econômica e inflação controlada, com um projeto econômico focado na habitação popular (Minha Casa Minha Vida), com taxas de juros reais favorecidas para atender estes programas e possibilitando a uma camada social, que até então não tinha como comprar seu imóvel, adquiri-los.
A conseqüência direta disto é a entrada de novos participantes no sistema, através de fusões, de aberturas de capitais e de partners (parceiros) estrangeiros que vêm em busca de novos mercados.
Com um mercado mais seguro que o de outros países, e com um mercado consumidor potencial imenso, o qual representa riscos menores, os investidores aumentaram e com isso o mercado imobiliário evolui.
Com a competitividade de um mercado mais ativo, aumentaram também a eficiência e eficácia de seus participantes, necessárias para atender as novas exigências de mercado um profissional mais capacitado, com uma visão mais ampla e conhecimentos mais profundos, além, é claro, de se ter nas equipes tomadores de decisão mais bem preparados.
Juntamos a isso novo meios de comunicação e de divulgação, além de uma linguagem de mercado em franca mudança e evolução, e chegamos a clara conclusão de que os profissionais de hoje tem de ser muito mais completos que os de outrora.
Para vencer neste mercado, não basta fazer mais o que nossos pais e avós faziam, mas sim, o que eles faziam e muito mais.
A capacitação profissional passa a ser primordial e, mais do que isso, torna-se necessária para o crescimento de um grupo.
Saber escolher bem um terreno, realizar uma pesquisa adequada para ver a vocação do mesmo, que tipo de produtos e projetos ele poderá receber, bem como desenvolver uma campanha de marketing adequada para no lançamento imobiliário do mesmo as vendas sejam um sucesso, e que isso não seja resultado do acaso, mas sim de um planejamento, essencial no mercado imobiliário.
Grandes organizações investem hoje em seus profissionais, com treinamentos em salas de aulas próprias, e oferecendo cursos de pós-graduação (MBAs, cursos de especialização etc.).
Importante saber que num mercado que provavelmente crescerá de 10% a 20% nos próximos anos, profissionalizar ou não suas equipes será a diferença entre fracassar ou não.
O importante no profissional de hoje não é somente fazer, mas também saber como, quando, onde e porque fazer.
Além disso, quando o mesmo se expressar, deve saber o que falar e sobre que aspecto, qual mensagem passar e qual meio de comunicação utilizar.
Enfim, o mercado imobiliário continua como existiu no passado e como existirá no futuro. O que mudou e muda a cada dia é o profissional que atuará nele!
Fonte(Mauricio F Lima- administradores.com.br)
O mercado imobiliário passa pela melhor fase de muitos anos.
Sempre, ao longo do tempo, faltava algum elemento para que o mercado progredisse e atendesse tanto as necessidades dos incorporadores, bem como as do mercado imobiliário.
Quando havia produto, faltava crédito e uma política econômica viável para atender as necessidades.
Via de regra, aos longos dos anos, só se conseguiu atender as camadas sociais mais abastadas, sendo que as demais sempre ficaram à margem e muitas vezes não eram atingidas.
Pela primeira vez existe uma política econômica estável, com uma valorização do poder de compra das classes menos favorecidas, uma estrutura bem formalizada nos crescimentos, com a inflação do País controlada e com perspectiva de melhoras nos próximos anos.
Pela primeira vez também ouvimos que estamos atraindo capital estrangeiro para investimento no País, recursos estes sérios e não especulativos, quando na primeira oscilação do mercado internacional, o capital se retirava mais rápido do que havia entrado.
Hoje, estamos entrando na melhor era do mercado imobiliário, com uma política econômica e inflação controlada, com um projeto econômico focado na habitação popular (Minha Casa Minha Vida), com taxas de juros reais favorecidas para atender estes programas e possibilitando a uma camada social, que até então não tinha como comprar seu imóvel, adquiri-los.
A conseqüência direta disto é a entrada de novos participantes no sistema, através de fusões, de aberturas de capitais e de partners (parceiros) estrangeiros que vêm em busca de novos mercados.
Com um mercado mais seguro que o de outros países, e com um mercado consumidor potencial imenso, o qual representa riscos menores, os investidores aumentaram e com isso o mercado imobiliário evolui.
Com a competitividade de um mercado mais ativo, aumentaram também a eficiência e eficácia de seus participantes, necessárias para atender as novas exigências de mercado um profissional mais capacitado, com uma visão mais ampla e conhecimentos mais profundos, além, é claro, de se ter nas equipes tomadores de decisão mais bem preparados.
Juntamos a isso novo meios de comunicação e de divulgação, além de uma linguagem de mercado em franca mudança e evolução, e chegamos a clara conclusão de que os profissionais de hoje tem de ser muito mais completos que os de outrora.
Para vencer neste mercado, não basta fazer mais o que nossos pais e avós faziam, mas sim, o que eles faziam e muito mais.
A capacitação profissional passa a ser primordial e, mais do que isso, torna-se necessária para o crescimento de um grupo.
Saber escolher bem um terreno, realizar uma pesquisa adequada para ver a vocação do mesmo, que tipo de produtos e projetos ele poderá receber, bem como desenvolver uma campanha de marketing adequada para no lançamento imobiliário do mesmo as vendas sejam um sucesso, e que isso não seja resultado do acaso, mas sim de um planejamento, essencial no mercado imobiliário.
Grandes organizações investem hoje em seus profissionais, com treinamentos em salas de aulas próprias, e oferecendo cursos de pós-graduação (MBAs, cursos de especialização etc.).
Importante saber que num mercado que provavelmente crescerá de 10% a 20% nos próximos anos, profissionalizar ou não suas equipes será a diferença entre fracassar ou não.
O importante no profissional de hoje não é somente fazer, mas também saber como, quando, onde e porque fazer.
Além disso, quando o mesmo se expressar, deve saber o que falar e sobre que aspecto, qual mensagem passar e qual meio de comunicação utilizar.
Enfim, o mercado imobiliário continua como existiu no passado e como existirá no futuro. O que mudou e muda a cada dia é o profissional que atuará nele!
Fonte(Mauricio F Lima- administradores.com.br)
3 de novembro de 2010
IGP-M de Outubro de 2010 fica em 1,01%
O Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M) variou 1,01%, em outubro de 2010. Em setembro, o índice variou 1,15%. O IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apresentou taxa de variação de 1,30% em outubro de 2010. No mês anterior, a taxa foi de 1,60%. O índice relativo aos Bens Finais variou 1,53%, em outubro. Em setembro, este grupo de produtos mostrou variação de 1,14%. Contribuiu para a aceleração o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa de variação passou de 0,05% para 8,50%. Excluindo-se os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, o índice de Bens Finais (ex) registrou variação de 0,83%. Em setembro, a taxa foi de 1,29%.
O índice referente ao grupo Bens Intermediários variou 0,21%. Em setembro, a taxa foi de 0,29%. O subgrupo materiais e componentes para a manufatura registrou decréscimo em sua taxa de variação, que passou de 0,26% para 0,06%, sendo o principal responsável pela desaceleração do grupo. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,22%, ante 0,34%, em setembro.
No estágio inicial da produção, o índice de Matérias-Primas Brutas variou 2,55%, em outubro. No mês anterior, o índice registrou variação de 4,08%. Os itens algodão (em caroço) (30,97% para 2,40%), minério de ferro (0,28% para -3,83%) e bovinos (5,85% para 4,28%) foram os principais responsáveis pela desaceleração do grupo. Ao mesmo tempo, registraram-se acelerações em itens como: soja (em grão) (3,07% para 5,04%), mandioca (aipim) (-1,52% para 13,31%) e leite in natura (-3,39% para -0,03%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou variação de 0,56%, em outubro de 2010. No mês anterior, a variação foi de 0,34%. Seis dos sete grupos componentes do índice apresentaram acréscimos em suas taxas de variação, com destaque para Alimentação (0,56% para 1,23%). Nesta classe de despesa, vale mencionar os itens: arroz e feijão (-1,63% para 7,04%), hortaliças e legumes (-4,07% para -1,70%) e laticínios (-0,01% para 1,56%).
Também apresentaram avanços em suas taxas os grupos: Despesas Diversas (0,14% para 0,23%), Habitação (0,22% para 0,28%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,39% para 0,45%), Educação, Leitura e Recreação (0,17% para 0,22%) e Transportes (0,11% para 0,15%). Nestas classes de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens: cerveja (-0,91% para 1,67%), material para reparos de residência (0,40% para 0,88%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,31% para 0,79%), salas de espetáculo (0,19% para 1,63%) e álcool combustível (0,60% para 4,35%), respectivamente.
Em contrapartida, apresentou decréscimo em sua taxa de variação o grupo Vestuário (0,72% para 0,67%). Nesta classe de despesa, o destaque foi o item roupas masculinas (1,40% para 0,26%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em outubro de 2010, variação de 0,15%, abaixo do resultado do mês anterior, de 0,20%. Os três grupos componentes do índice apresentaram desaceleração: Materiais e Equipamentos, de 0,36% para 0,26%, Serviços, de 0,32% para 0,29%, e Mão de Obra, de 0,04% para 0,03%.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apresentou taxa de variação de 1,30% em outubro de 2010. No mês anterior, a taxa foi de 1,60%. O índice relativo aos Bens Finais variou 1,53%, em outubro. Em setembro, este grupo de produtos mostrou variação de 1,14%. Contribuiu para a aceleração o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa de variação passou de 0,05% para 8,50%. Excluindo-se os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, o índice de Bens Finais (ex) registrou variação de 0,83%. Em setembro, a taxa foi de 1,29%.
O índice referente ao grupo Bens Intermediários variou 0,21%. Em setembro, a taxa foi de 0,29%. O subgrupo materiais e componentes para a manufatura registrou decréscimo em sua taxa de variação, que passou de 0,26% para 0,06%, sendo o principal responsável pela desaceleração do grupo. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,22%, ante 0,34%, em setembro.
No estágio inicial da produção, o índice de Matérias-Primas Brutas variou 2,55%, em outubro. No mês anterior, o índice registrou variação de 4,08%. Os itens algodão (em caroço) (30,97% para 2,40%), minério de ferro (0,28% para -3,83%) e bovinos (5,85% para 4,28%) foram os principais responsáveis pela desaceleração do grupo. Ao mesmo tempo, registraram-se acelerações em itens como: soja (em grão) (3,07% para 5,04%), mandioca (aipim) (-1,52% para 13,31%) e leite in natura (-3,39% para -0,03%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou variação de 0,56%, em outubro de 2010. No mês anterior, a variação foi de 0,34%. Seis dos sete grupos componentes do índice apresentaram acréscimos em suas taxas de variação, com destaque para Alimentação (0,56% para 1,23%). Nesta classe de despesa, vale mencionar os itens: arroz e feijão (-1,63% para 7,04%), hortaliças e legumes (-4,07% para -1,70%) e laticínios (-0,01% para 1,56%).
Também apresentaram avanços em suas taxas os grupos: Despesas Diversas (0,14% para 0,23%), Habitação (0,22% para 0,28%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,39% para 0,45%), Educação, Leitura e Recreação (0,17% para 0,22%) e Transportes (0,11% para 0,15%). Nestas classes de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens: cerveja (-0,91% para 1,67%), material para reparos de residência (0,40% para 0,88%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,31% para 0,79%), salas de espetáculo (0,19% para 1,63%) e álcool combustível (0,60% para 4,35%), respectivamente.
Em contrapartida, apresentou decréscimo em sua taxa de variação o grupo Vestuário (0,72% para 0,67%). Nesta classe de despesa, o destaque foi o item roupas masculinas (1,40% para 0,26%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em outubro de 2010, variação de 0,15%, abaixo do resultado do mês anterior, de 0,20%. Os três grupos componentes do índice apresentaram desaceleração: Materiais e Equipamentos, de 0,36% para 0,26%, Serviços, de 0,32% para 0,29%, e Mão de Obra, de 0,04% para 0,03%.
1 de novembro de 2010
Moda e design na Casa Cor Ceará 2010
A Casa Cor Ceará 2010 apresenta espaço, exposição e evento dedicados à moda e ao design cearense. A versão local da mais importante mostra de arquitetura, decoração e paisagismo da América Latina traz esse ano a o Moda Cor Ceará, que acontece no dia 10 de novembro, promovendo mesa redonda e desfiles, e o CasaModaSebrae - onde objetos-vestimentas e roupas se tornam peças de design.
Moda Cor Ceará tem como objetivo iniciar a construção de uma nova plataforma de moda com foco no talento de jovens empreendedores cearenses. O evento surge para mostrar empresas e estilistas locais que trabalham na construção de marcas sólidas e cosmopolitas, com foco no mercado global, tornando-se referência para a indústria da moda e negócios em nosso país.
Visando a troca de experiências, no dia 10 de novembro, às 19h, o Moda Cor Ceará promove mesa redonda com a consultora de comércio exterior da São Paulo Alpargatas, Angela Hirata. Sob o tema Moda e Empreendedorismo, Hirata irá expor o case das sandálias Havaianas, que hoje é exportada para mais de 65 países. Após o debate, o evento apresenta pocket desfile com os renomados estilistas cearenses Mark Greiner e Iury Costa. Na ocasião vai ser apresentado o projeto Moda Cor Ceará 2011. O evento conta com idealização de Iorrana Aguiar e Cláudio Silveira e realização da Casa Cor Ceará.
Já a loja-exposição CasaModaSebrae, novo espaço do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) dentro da Casa Cor Ceará, explora a simbiose entre arquitetura e moda. Confirmando que as fronteiras estão cada vez mais estreitas entre estas linguagens, o CasaModaSebrae configura-se como um espaço multimídia voltado para estabelecer um diálogo criativo entre moda, design, arquitetura, decoração e arte contemporânea.
Estilistas e designers (de joias, bolsas e sapatos) foram convidados para desenvolver peças de design e objetos utilitários baseados em suas coleções e trajetórias dentro do campo da moda. São mesas, luminárias e cadeiras que se fazem de base para uma quase transformação em peças de vestuário. Ou vestidos, saias e malhas que revelam ser, na verdade, almofadas, namoradeiras ou até mesmo uma tábua de passar. O espaço foi criado pela arquiteta Andrea Dellamonica, que adota linguagem clean, valorizando a exposição dos objetos-vestimentas.
Estilistas e designers das mais variadas áreas da indústria de moda local participam do CasaModaSebrae. São esses: Alysson Aragão, Ana Videla, Anastácio Jr, Anderson Cleyton, Ayres Jr, Cândida Lopes, Cabral, Carlos Capucho, Catarina Mina (Joana de Paula e Celina Hissa), Cláudio Quinderé, Fabiana Maurício, Francisco Matias, João Sobarr, Kalil Nepomuceno, Lindebergue Fernandes, Mar Del Castro (André e Rafa Castro), Marco D.Júlio, Mark Greiner, Melca Janebro, Ruth Aragão, Sei Barros, Sérgio Gurgel e Iury Costa.
Serviço:
Casa Cor Ceará 2010
Endereço: av. Barão de Studart, 2917 Fortaleza (CE)
Aberta ao público de 20 de outubro a 30 de novembro e nos dias 01, 02 e 15 de novembro,
Horário: 16h às 22h
Special Sale: 29 e 30 de novembro, venda dos produtos expostos com descontos de até 70%
Ingressos: R$ 30,00 (inteira), R$ 15,00 (meia entrada para estudantes e pessoas a partir de 60 anos) e R$ 50,00 (passaporte, com acesso liberado em todos os dias da mostra de 3ª a domingo e feriados)
Revista Casa Cor Ceará 2010: R$ 15,00
Estacionamento: R$8,00 (diaria), R$ 6,00 para as festas por vaga contratadas antecipadamente
(85) 3261.3533
www.casacorceara.com.br
Moda Cor Ceará tem como objetivo iniciar a construção de uma nova plataforma de moda com foco no talento de jovens empreendedores cearenses. O evento surge para mostrar empresas e estilistas locais que trabalham na construção de marcas sólidas e cosmopolitas, com foco no mercado global, tornando-se referência para a indústria da moda e negócios em nosso país.
Visando a troca de experiências, no dia 10 de novembro, às 19h, o Moda Cor Ceará promove mesa redonda com a consultora de comércio exterior da São Paulo Alpargatas, Angela Hirata. Sob o tema Moda e Empreendedorismo, Hirata irá expor o case das sandálias Havaianas, que hoje é exportada para mais de 65 países. Após o debate, o evento apresenta pocket desfile com os renomados estilistas cearenses Mark Greiner e Iury Costa. Na ocasião vai ser apresentado o projeto Moda Cor Ceará 2011. O evento conta com idealização de Iorrana Aguiar e Cláudio Silveira e realização da Casa Cor Ceará.
Já a loja-exposição CasaModaSebrae, novo espaço do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) dentro da Casa Cor Ceará, explora a simbiose entre arquitetura e moda. Confirmando que as fronteiras estão cada vez mais estreitas entre estas linguagens, o CasaModaSebrae configura-se como um espaço multimídia voltado para estabelecer um diálogo criativo entre moda, design, arquitetura, decoração e arte contemporânea.
Estilistas e designers (de joias, bolsas e sapatos) foram convidados para desenvolver peças de design e objetos utilitários baseados em suas coleções e trajetórias dentro do campo da moda. São mesas, luminárias e cadeiras que se fazem de base para uma quase transformação em peças de vestuário. Ou vestidos, saias e malhas que revelam ser, na verdade, almofadas, namoradeiras ou até mesmo uma tábua de passar. O espaço foi criado pela arquiteta Andrea Dellamonica, que adota linguagem clean, valorizando a exposição dos objetos-vestimentas.
Estilistas e designers das mais variadas áreas da indústria de moda local participam do CasaModaSebrae. São esses: Alysson Aragão, Ana Videla, Anastácio Jr, Anderson Cleyton, Ayres Jr, Cândida Lopes, Cabral, Carlos Capucho, Catarina Mina (Joana de Paula e Celina Hissa), Cláudio Quinderé, Fabiana Maurício, Francisco Matias, João Sobarr, Kalil Nepomuceno, Lindebergue Fernandes, Mar Del Castro (André e Rafa Castro), Marco D.Júlio, Mark Greiner, Melca Janebro, Ruth Aragão, Sei Barros, Sérgio Gurgel e Iury Costa.
Serviço:
Casa Cor Ceará 2010
Endereço: av. Barão de Studart, 2917 Fortaleza (CE)
Aberta ao público de 20 de outubro a 30 de novembro e nos dias 01, 02 e 15 de novembro,
Horário: 16h às 22h
Special Sale: 29 e 30 de novembro, venda dos produtos expostos com descontos de até 70%
Ingressos: R$ 30,00 (inteira), R$ 15,00 (meia entrada para estudantes e pessoas a partir de 60 anos) e R$ 50,00 (passaporte, com acesso liberado em todos os dias da mostra de 3ª a domingo e feriados)
Revista Casa Cor Ceará 2010: R$ 15,00
Estacionamento: R$8,00 (diaria), R$ 6,00 para as festas por vaga contratadas antecipadamente
(85) 3261.3533
www.casacorceara.com.br
29 de outubro de 2010
Certificados de Recebiveis Imobiliarios: O que é, e para quem a modalidade é indicada
Eles têm ganhado destaque por conta da expansão do mercado imobiliário, mas ainda são pouco difundidos no Brasil: você conhece os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e sabe para que tipo de investidor são indicados?
Em primeiro lugar, vamos à definição: eles são valores mobiliários com lastro em cédulas de crédito imobiliário, representativas de venda de imóveis residenciais, comerciais ou de lotes urbanos, aluguéis de shopping centers e prédios comerciais.
Apesar de a lei que o constitui ser de 1997 - nº 9.514, que dispõe sobre o sistema de financiamento imobiliário, institui a alienação fiduciária de coisa imóvel e dá outras providências -, ele ainda é um produto novo no Brasil, que começou a se desenvolver há cerca de quatro anos, quando os players do mercado começaram a se preparar para ele.
Investidores
Por isso, ainda tem pouco investidor no CRI e hoje o papel é feito para o aplicador qualificado, que tem um investimento mínimo de R$ 300 mil, o que é um público muito seleto, afirmou o diretor do Brazilian Finance & Real Estate, Fernando Cruz.
No entanto, os pequenos investidores podem aplicar através de fundos em CRI, que têm cotas em valores menores, de R$ 10 mil. Além disso, a legislação já permite que se emita CRIs abaixo de R$ 300 mil, mas existem regras que acabam sendo difíceis de serem atendidas. Por isso, o mercado acaba não fazendo isso.
A CVM [Comissão de Valores Mobiliários] define que quem tem R$ 300 mil é suficientemente capacitado para analisar os riscos do investimento. Porém, quanto mais pulverizado o investimento e quanto mais riscos o investidor pode tomar, ela exige que se publique o maior número de informações possíveis, para que até quem não é qualificado possa entender, explicou Cruz.
Imóveis x CRIs
De acordo com Cruz, entre as vantagens dos CRIs estão uma estrutura de garantia muito eficiente e o baixíssimo risco, haja visto que há o rating das agências internacionais. Além disso, são investimentos de longo prazo com o máximo de 20 anos e com boa rentabilidade.
A maioria das pessoas que têm patrimônio tem ao menos 20% ou 30% em imóveis, para gerar renda. Se for comparar o investimento direto em imóvel com o CRI, que tem garantia em imóvel, o CRI tem muitas vantagens, em função da rentabilidade: em um apartamento, você consegue a locação de 0,5% ao mês, enquanto no CRI você consegue até 1% ao mês, disse.
Além disso, existe o problema do período de vacância do imóvel, que é o momento que o inquilino o deixa vazio. O CRI permite ao investidor obter o resultado financeiro de um imóvel, porém sem correr o risco do mercado imobiliário", disse o diretor da Verax Serviços Financeiros, Marcelo Xandó.
Ela ainda afirmou que, com valores relativamente baixos - frente ao valor dos empreendimentos -, é possível obter o efeito da remuneração de imóveis de grande porte, como galpões, lajes corporativas e shoppings, o que um investidor pequeno não conseguiria fazer sozinho. Mesmo para quem tem R$ 300 mil de patrimônio, os empreendimentos de grande porte podem não estar acessíveis.
Em relação à inadimplência, quando se tem inquilino, se ele não tem condições de pagar o aluguel, o investidor fica sem a renda. Nos CRIs, por sua vez, podem existir várias fontes de renda, como exemplo em uma carteira de crédito, em que várias pessoas devem pagar a dívida, o que diminui a chance de um inadimplente afetar o ganho como um todo.
Rentabilidade
De qualquer forma, o CRI é uma modalidade indicada para quem gosta do setor imobiliário, quer investir em longo prazo e com boa rentabilidade.
O título tem um efeito similar a um título de renda fixa, porém com taxas atraentes devido à sua estrutura composta pela receita do imóvel e a garantia real, disse Xandó, que completou: As taxas, na maioria das emissões, são compostas por um índice de preços mais uma taxa de juros, como IGP-M mais 8% ao ano ou IPCA mais 7,5% ao ano.
Além da rentabilidade, é preciso levar em conta os custos e os riscos da modalidade. Em relação ao imposto de renda, ele só é cobrado da remuneração das pessoas jurídicas, já que não incide sobre a operação de pessoas físicas, para que se incentive a participação delas neste mercado. Os custos já são descontados antes de oferecida a remuneração ao investidor.
Sobre os riscos, Cruz afirmou que eles devem ser considerados com cuidado: O investidor tem de saber se o risco que está correndo está sendo remunerado. Tem vários tipos de CRIs com riscos diferentes. É importante que o investidor leia o prospecto da emissão na parte que fala dos fatores de risco.
Como saber de uma emissão?
Conforme explicou Cruz, apenas o investidor com mais informação sobre o mercado de capitais é que acaba aplicando nos CRIs, através dos fundos, no caso dos com menor patrimônio, ou diretamente nos títulos, para quem tem mais de R$ 300 mil.
Para contratar, é necessário ir a uma instituição financeira contratada pela emissora para a colocação de suas emissões. Toda oferta de valores mobiliários você tem de fazer o anúncio de início e encerramento. No início, está descrito os lugares onde é possível adquirir o papel, afirmou Cruz.
Normalmente, quem faz esta opção é quem tem mais recursos financeiros e quer diversificar. De acordo com Xandó, a modalidade permite que se tenha um fluxo financeiro definido com uma boa previsibilidade.(Infomoney)
Em primeiro lugar, vamos à definição: eles são valores mobiliários com lastro em cédulas de crédito imobiliário, representativas de venda de imóveis residenciais, comerciais ou de lotes urbanos, aluguéis de shopping centers e prédios comerciais.
Apesar de a lei que o constitui ser de 1997 - nº 9.514, que dispõe sobre o sistema de financiamento imobiliário, institui a alienação fiduciária de coisa imóvel e dá outras providências -, ele ainda é um produto novo no Brasil, que começou a se desenvolver há cerca de quatro anos, quando os players do mercado começaram a se preparar para ele.
Investidores
Por isso, ainda tem pouco investidor no CRI e hoje o papel é feito para o aplicador qualificado, que tem um investimento mínimo de R$ 300 mil, o que é um público muito seleto, afirmou o diretor do Brazilian Finance & Real Estate, Fernando Cruz.
No entanto, os pequenos investidores podem aplicar através de fundos em CRI, que têm cotas em valores menores, de R$ 10 mil. Além disso, a legislação já permite que se emita CRIs abaixo de R$ 300 mil, mas existem regras que acabam sendo difíceis de serem atendidas. Por isso, o mercado acaba não fazendo isso.
A CVM [Comissão de Valores Mobiliários] define que quem tem R$ 300 mil é suficientemente capacitado para analisar os riscos do investimento. Porém, quanto mais pulverizado o investimento e quanto mais riscos o investidor pode tomar, ela exige que se publique o maior número de informações possíveis, para que até quem não é qualificado possa entender, explicou Cruz.
Imóveis x CRIs
De acordo com Cruz, entre as vantagens dos CRIs estão uma estrutura de garantia muito eficiente e o baixíssimo risco, haja visto que há o rating das agências internacionais. Além disso, são investimentos de longo prazo com o máximo de 20 anos e com boa rentabilidade.
A maioria das pessoas que têm patrimônio tem ao menos 20% ou 30% em imóveis, para gerar renda. Se for comparar o investimento direto em imóvel com o CRI, que tem garantia em imóvel, o CRI tem muitas vantagens, em função da rentabilidade: em um apartamento, você consegue a locação de 0,5% ao mês, enquanto no CRI você consegue até 1% ao mês, disse.
Além disso, existe o problema do período de vacância do imóvel, que é o momento que o inquilino o deixa vazio. O CRI permite ao investidor obter o resultado financeiro de um imóvel, porém sem correr o risco do mercado imobiliário", disse o diretor da Verax Serviços Financeiros, Marcelo Xandó.
Ela ainda afirmou que, com valores relativamente baixos - frente ao valor dos empreendimentos -, é possível obter o efeito da remuneração de imóveis de grande porte, como galpões, lajes corporativas e shoppings, o que um investidor pequeno não conseguiria fazer sozinho. Mesmo para quem tem R$ 300 mil de patrimônio, os empreendimentos de grande porte podem não estar acessíveis.
Em relação à inadimplência, quando se tem inquilino, se ele não tem condições de pagar o aluguel, o investidor fica sem a renda. Nos CRIs, por sua vez, podem existir várias fontes de renda, como exemplo em uma carteira de crédito, em que várias pessoas devem pagar a dívida, o que diminui a chance de um inadimplente afetar o ganho como um todo.
Rentabilidade
De qualquer forma, o CRI é uma modalidade indicada para quem gosta do setor imobiliário, quer investir em longo prazo e com boa rentabilidade.
O título tem um efeito similar a um título de renda fixa, porém com taxas atraentes devido à sua estrutura composta pela receita do imóvel e a garantia real, disse Xandó, que completou: As taxas, na maioria das emissões, são compostas por um índice de preços mais uma taxa de juros, como IGP-M mais 8% ao ano ou IPCA mais 7,5% ao ano.
Além da rentabilidade, é preciso levar em conta os custos e os riscos da modalidade. Em relação ao imposto de renda, ele só é cobrado da remuneração das pessoas jurídicas, já que não incide sobre a operação de pessoas físicas, para que se incentive a participação delas neste mercado. Os custos já são descontados antes de oferecida a remuneração ao investidor.
Sobre os riscos, Cruz afirmou que eles devem ser considerados com cuidado: O investidor tem de saber se o risco que está correndo está sendo remunerado. Tem vários tipos de CRIs com riscos diferentes. É importante que o investidor leia o prospecto da emissão na parte que fala dos fatores de risco.
Como saber de uma emissão?
Conforme explicou Cruz, apenas o investidor com mais informação sobre o mercado de capitais é que acaba aplicando nos CRIs, através dos fundos, no caso dos com menor patrimônio, ou diretamente nos títulos, para quem tem mais de R$ 300 mil.
Para contratar, é necessário ir a uma instituição financeira contratada pela emissora para a colocação de suas emissões. Toda oferta de valores mobiliários você tem de fazer o anúncio de início e encerramento. No início, está descrito os lugares onde é possível adquirir o papel, afirmou Cruz.
Normalmente, quem faz esta opção é quem tem mais recursos financeiros e quer diversificar. De acordo com Xandó, a modalidade permite que se tenha um fluxo financeiro definido com uma boa previsibilidade.(Infomoney)
Assinar:
Postagens (Atom)