12 de agosto de 2010

Crédito imobiliário com dinheiro da poupança cresce 77% no semestre

Volume alcançado de janeiro a junho foi de R$ 23,8 bilhões.
Em junho, volume de empréstimos concedidos foi de R$ 5,27 bilhões.


O volume de empréstimos concedidos com dinheiro das cadernetas de poupança para financiamento imobiliário no Brasil somaram R$ 23,8 bilhões no primeiro semestre deste ano, 77% mais do que no mesmo período do ano passado.


De acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) divulgados nesta quarta-feira (11), o resultado foi o melhor da história dos agentes do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que operam com recursos da poupança.


No mesmo período, o crédito com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) somou R$ 11 bilhões.


Para o segundo semestre, tradicionalmente mais forte para o setor de crédito imobiliário, a projeção é de que o volume de empréstimos chegue a R$ 33 bilhões e encerre 2010 em um total de R$ 57 bilhões. No começo do ano, a projeção da Abecip era de R$ 50 bilhões em crédito imobiliário com recursos da poupança em 2010.


Empresas e consumidor
Do volume concedido nos primeiros seis meses do ano, R$ 10 bilhões foram empréstimos para que as construtoras financiem seus projetos, para 89 mil unidades; até o fim do ano, a Abecip estima que esse valor chegue a R$ 25 bilhões para um total de 230 mil unidades construídas.


Já o crédito imobiliários para o consumidor final foi de R$ 14 bilhões de janeiro a junho de 2010 e deve alcançar os R$ 25 bilhões até o fim do ano. Foram financiadas 100 mil unidades para pessoa física no primeiro semestre; a quantidade estimada para o segundo semestre é de mais 120 mil unidades.


Ainda no primeiro semestre, os dados da Abecip mostram que 74% das compras financiadas foram de imóveis usados; percentual levemente superior ante os novos quando comparada aos dados do mesmo período do ano passado.


Com tanta expansão, a entidade prevê que o crédito habitacional termine 2010 em um valor equivalente a 4% do Produto Interno Bruto; em 20174, esse percentual já deve chegar a 11%.


Estabilidade e renda
Na avaliação do presidente da Abecip, Luiz Antonio França, o aumento do volume de empréstimos se explica pela estabilidade econômica, pela queda nos juros observadas nos últimos anos, pela recuperação da renda do brasileiro e a redução nos níveis de inadimplência.


Em junho, o volume de empréstimos concedidos para o setor foi de R$ 5,27 bilhões, 78% superior em relação a junho de 2009, e 24% maior que as contratações do mês anterior.


Ainda de acordo com a Abecip, foram financiadas 40,8 mil unidades em junho, um novo recorde histórico segundo a entidade. Em junho de 2009, o número de operações foi de 25,8 mil unidades.


Para 2010, a Abecip prevê financiamento total de 450 mil unidades, no valor de R$ 57 bilhões. Nos últimos 12 meses até junho, foi financiado um volume total de R% 44,4 bilhões.


A captação líquida de depósitos de poupança foi e R$ 3,6 bilhões em junho. No semestre, o volume chegou a R$ 8,8 bilhões, quase cinco vezes superior ao volume registrado no primeiro semestre de 2009.(G1)

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