O desempenho da indústria da construção civil, em 2010, apresentou um crescimento excepcional, quando comparado com os anos anteriores, em decorrência da oferta de linhas de crédito, proporcionada pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e, de modo especial, da demanda reprimida por moradia própria. Os investimentos neste segmento industrial cresceram 33%, superando qualquer outro.
Em termos nacionais, foram aplicados no mercado de imóveis, procedentes de variadas fontes, US$ 324,5 bilhões, enquanto no ano anterior haviam sido alcançados US$ 250 bilhões de investimentos na construção de moradias, de empreendimentos comerciais e de industriais. Essa sequência de resultados positivos garante a continuidade do desempenho aquecido, por conta do déficit crescente de residências e dos empreendimentos produtivos.
A construção civil exerce papel indutor de uma série de outras atividades situadas no contexto de suas atividades, envolvendo a indústria madeireira, de louças, tintas, materiais elétricos e hidráulicos, ferragens, pisos e lajotas, dentre inúmeros outros itens necessários ao acabamento do produto final. Além do mais, como ela absorve elevado número de mão-de-obra diversificada numa escala variando do projetista ao servente de pedreiro, o giro financeiro proporcionado por cada empreendimento dinamiza as economias locais.
Edifícios residenciais, condomínios e casas, construídos no País, durante o ano passado, representaram 6 mil obras, alcançando um total de área construída de 76 milhões de metros quadrados e investimentos de US$ 36 bilhões. As aplicações industriais, representadas por 1.882 empreendimentos, absorveram US$ 178 bilhões. As inversões financeiras nas edificações comerciais chegaram a US$ 109 bilhões, alcançando, ainda, hotéis, resorts e obras viárias.
Se para a construção civil brasileira, o ano passado representou o seu melhor desempenho, em todos os tempos, no Nordeste, o Ceará foi o Estado onde essa atividade mais cresceu. Um estudo produzido por consultores especializados para o mercado imobiliário aponta a instalação de 251 canteiros de obras já concluídas ou em fase final de acabamento. Na evolução registrada pela indústria da construção civil, o Nordeste acompanhou o ritmo alcançado pelo Centro-Sul.
O Ceará conseguiu deslanchar 120 obras no segmento residencial, com destaque para condomínios fechados e casas isoladas. O setor comercial empreendeu 85 obras dentre as quais shopping centers, supermercados, edifícios corporativos, além de empreendimentos voltados para o turismo. Houve também investimentos em equipamentos de lazer, laboratórios, hospitais, escolas, aeroportos, rodovias e ferrovia, centros de cultura e unidades de saúde pública.
Esse expressivo volume de investimentos, com obras diversificadas, se refletiu no crescimento da economia estadual e na ocupação da mão-de-obra, de tal modo a manter em níveis reduzidos as taxas de desemprego no Estado. Num ano caracterizado por uma grande estiagem, as migrações foram diminutas. As obras públicas evitaram o êxodo rural.
Com informações do Diário do Nordeste.
17 de março de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário