Mais 100 mulheres foram qualificadas pelo Projeto Mão na Massa e estão aptas para trabalhar na construção civil. Desse total, 50 são pedreiros, 25 eletricistas e 25 carpinteiras de forma. Patrocinado pela Petrobras e pela Fundação Interamericana (IAF), o Mão na Massa aposta na transformação e no empoderamento de mulheres.
Esta 5ª edição do projeto solidificou um caminho para mulheres antes sem perspectiva: 30% delas estão empregadas em obras das construtoras Odebrecht, Dominus, CHL, SIG Engenharia e Bey Arquitetura e Projetos. Várias alunas já fazem processo seletivo para outras empresas. Antes da formação, elas realizavam pequenos serviços e não tinham renda fixa. A maior parte já tinha feito obras para benefício próprio e faltava qualificação técnica para que conseguissem um emprego cuja renda atinge o valor mínimo mensal de R$ 830. Duas das operárias ingressaram no curso de Técnica de Edificações.
Segundo Deise Gravina engenheira civil e idealizadora do Mão na Massa, até 2013 serão qualificadas mais 300 mulheres. Este ano, há previsão de realizar encontros em outros municípios do Rio de Janeiro para divulgar e replicar a metodologia adotada. “O projeto é feito a partir da expectativa das mulheres e das necessidades do mercado. E mostra o acerto, pois não adianta planejar políticas que sejam ineficazes em sua prática”, diz Deise.
Os bons resultados do Mão na Massa foram reconhecidos no 11º Fórum Social Mundial, ocorrido em fevereiro, no Senegal, para o qual Deise Gravina viajou juntamente com Norma Sá, coordenadora do Mão na Massa, a convite da Gerência de Responsabilidade Social da Petrobras.
Como surgiu o projeto
O projeto Mão na Massa – Mulheres na construção civil foi criado a partir de uma pesquisa realizada, em 2007, com 216 mulheres familiares de crianças que atendidas diariamente no Abrigo Maria Imaculada, situado no bairro do Rocha, no Rio de Janeiro. A maioria delas é moradora da Comunidade Dois de Maio, que faz parte do complexo de Favelas do Jacarezinho. Metade das entrevistadas mostrou interesse em aprender técnicas básicas de construção civil, pois muitas eram responsáveis pelas obras e reparos de suas residências.
Desde 2008, o projeto formou 310 mulheres sendo que 70% ingressaram no mercado formal ou prestam serviços autônomos, como encanadoras, pedreiras, pintoras e carpinteiras de formas. Segundo avaliação realizada com 94 alunas certificadas em 2008, com a capacitação, o índice de empregabilidade pulou para 66%. O impacto positivo na renda pode ser medido pelo aumento de 14 vezes no salário médio das operárias inseridas no mercado de trabalho. Mais sobre o projeto em: www.projetomaonamassa.org.br.
Com informações de OverMundo.
28 de março de 2011
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