1 de setembro de 2011

Caixa ampliará o atendimento

O atendimento imobiliário na Caixa Econômica Federal vai melhorar. A instituição passará a contar, até o ano que vem, com cerca de três mil correspondentes imobiliários para dar conta da enorme demanda por financiamento habitacional, principalmente pelas famílias de classe média. A Caixa tem hoje apenas 200 correspondentes no seu projeto-piloto.

O vice-presidente da Habitação da instituição, José Urbano Duarte, admitiu que o atendimento tem deixado a desejar. Tudo porque as agências estão abarrotadas de clientes e serviços. A Caixa responde, sozinha, por cerca de 75% do crédito habitacional do país. Do início do ano até 26 de agosto, as contratações para todas as faixas de renda alcançavam R$ 49,1 bilhões, contra R$ 45,4 bilhões realizadas no mesmo período do ano passado.

A demanda na Caixa inchou com o programa Mina Casa, Minha Vida, que incorporou aos clientes tradicionais da instituição a nova classe média e também aqueles que, sem renda, não conseguiriam adquirir um imóvel. A compra da casa própria nesse caso, para famílias com renda entre zero e três salários mínimos, só foi possível com o subsídio dado pelo governo.

De acordo com Urbano, o correspondente imobiliário é um intermediário, conveniado pela Caixa, que agiliza o processo. Ele fica encarregado de pegar a documentação do comprador e encaminhá-la ao banco, que faz a análise do processo e checa toda a papelada. É a Caixa que avalia a capacidade de pagamento do futuro mutuário e libera o crédito. O correspondente imobiliário só faz a intermediação no caso de imóveis novos, já vistoriados pelo banco. E ele não pode cobrar nem um centavo a mais do que as taxas definidas nas agências da Caixa.

Com financiamento facilitado - as taxas de juros são cadentes no crédito habitacional, enquanto o prazo para o pagamento chega a 30 anos -, um público cada vez mais jovem faz parte do grupo de mutuários. Pelos dados da Caixa, 52% das operações de crédito imobiliário deste ano foram fechadas por pessoas com até 35 anos. Essa participação era de 42% no ano passado.


Com informações da redação do Info Imóveis

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