7 de outubro de 2011

Construção carece de 2 mil trabalhadores

Setor segue trajeto de crescimento, mas ainda apresenta grandes dificuldades em obter mão de obra qualificada

Com crescimento estimado entre 5% e 6% neste ano, menor que em 2010, mas ainda superior aos 4% projetados para o PIB Nacional de 2011, a construção civil cearense corre contra o tempo, na tentativa de suprir os canteiros de serviços, com a mão de obra necessária para manter o ritmo de atividades do setor. Com carência de dois mil trabalhadores, - 500 dos quais imediatamente -, para atender às reformas e ampliações de avenidas previstas para a Copa do Mundo, o Sindicato das Indústrias da Construção Civil (Sinduscon-CE), realiza amanhã, em Fortaleza, o II Feirão de Empregos da Construção Civil.

"Se conseguirmos admitir, pelo menos 500 profissionais nessa feira, já será positivo", avalia o presidente do Sinduscon-CE, Roberto Sérgio, ciente da dificuldade de encontrar operários - pedreiros, carpinteiros, pintores e bombeiros hidráulicos - disponíveis no mercado de trabalho, nesse momento. E isso, ressalta, porque o Programa Minha Casa Minha Vida II foi lançado, mas não começou. Vagas ociosas "Estamos vivendo uma situação de pleno emprego negativo, ou seja, temos vagas para duas mil pessoas, mas faltam interessados", revelou Roberto Sérgio, ressaltando que o setor emprega, atualmente, cerca de 55 mil pessoas na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

Paradoxo

Paradoxalmente, acrescentou, "há entre 10 e 12 mil trabalhadores da construção civil no seguro desemprego". Conforme disse, são operários recém demitidos, que estariam recebendo o benefício do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), mas atuando na informalidade e recebendo renda extra, apesar de ilegal, em obras no interior do Estado, em vez de buscarem preencher uma das vagas formais ociosas, nas construtoras da Capital. Ele disse no entanto, que esta é uma situação que já começou a ser combatida pelo próprio MTE, à medida em que o pagamento do seguro desemprego ao operário estaria condicionado, agora, a um treinamento profissional, e à apresentação de três cartas de construtoras que os teriam recusado contratação.

Oferta e treinamento

Roberto Sérgio disse que a dificuldade de mão de obra é tamanha que o Sinduscon-CE pretende instalar um quiosque na porta da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRT), para oferecer oportunidades de empregos, além do que estaria treinando mulheres e capacitando serventes para atuarem como pedreiros. Diante deste quadro, a segunda Feira do Emprego surge como mais uma oportunidade às empresas do setor, para ofertar vagas de trabalho, expor e prestar serviços e inscrever para cursos de capacitação.

"O objetivo é oferecer a possibilidade de sair do evento com entrevista de emprego marcada nas construtoras, matriculado em cursos e atualizado com as tecnologias inovadoras utilizadas nas obras", explica Paula Frota, vice-presidente do Sinduscon-CE.

MAIS INFORMAÇÕES
O II Feirão de Empregos transcorrerá amanhã, dia 8, das 8 às 16 horas, no Sesi da Parangaba

Com Informações do CBIC

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