O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) destinará, em 2012, mais R$ 2,5 bilhões à aquisição de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), títulos lastreados em empréstimos imobiliários emitidos por bancos em busca de "funding". A previsão consta na proposta orçamentária do fundo para o próximo ano, elaborada pelo governo e a ser aprovada nas próximas semanas pelo seu conselho curador.
A informação é da Caixa Econômica Federal, agente operador do FGTS. Nos últimos dias, o fundo negociou com quatro companhias securitizadoras a compra de R$ 2,84 bilhões em CRIs, papéis representativos de créditos imobiliários, que vão lhe render 6,38% ao ano além da Taxa Referencial de Juros (TR). Os certificados são lastreados em créditos habitacionais de cinco bancos e uma empresa de consórcio de imóveis.
A instituição que mais captou recursos com essa securitização de créditos foi a própria Caixa, que assinou contrato ontem. Só para o banco estatal foram R$ 1,535 bilhão. As demais instituições ainda não liquidaram a operação mas já fecharam negócio por intermédio das companhias securitizadoras (são elas que emitem os CRIs).
Conforme adiantou ontem o Valor, as parcelas mais significativas, depois da Caixa, vão para os bancos Santander (R$ 700 milhões) e Itaú (R$ 578 milhões). Já o Citibank e a empresa de consórcio imobiliário Rodobens ficam, respectivamente, com R$ 20,6 milhões e R$ 4,3 milhões.
Os R$ 2,84 bilhões disponibilizados pelo fundo não foram suficientes para atender nem à metade do que foi demandado. Como agente operador do fundo, a Caixa recebeu 12 propostas, no valor total de R$ 6,15 bilhões.
As companhias securitizadoras envolvidas nos contratos firmados com o FGTS são Gaia, Brazilian Securities, Cibrasec e RB Capital. Mesmo inferior ao que queriam os bancos, essa última compra de CRI pelo FGTS foi a maior securitização de créditos imobiliários já feita no Brasil.
Desde que o CRI foi criado em 1999, foram realizadas, por todo o sistema financeiro, 660 securitizações envolvendo no montante de R$ 29 bilhões em valores históricos. Sem contar a última, o FGTS participou com R$ 130, 6 milhões, em 20 dessas operações.
Com informações da CBIC.
21 de outubro de 2011
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