As universidades brasileiras formam todos os anos cerca de 12 mil engenheiros civis. Embora o número seja grande, ainda não é suficiente para atender à demanda do mercado.
"Precisaríamos de três vezes isso", diz a professora Cássia Silveira de Assis, coordenadora do curso de engenharia civil do Instituto Mauá de Tecnologia, de São Paulo. "O início das obras de infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil e para as Olimpíadas no Rio de Janeiro em 2016 tornou essa necessidade mais urgente. Além disso, a estabilidade econômica e o crescimento do país continuarão impulsionando a carreira do engenheiro civil."
O mesmo vale para profissionais tecnólogos e técnicos. Segundo ela, a estagnação econômica que o setor viveu nas décadas de 1970 e 1980 e a falta de investimentos obrigaram muitos engenheiros civis a optar pela carreira na área financeira. Agora o setor vive um momento de grande expansão, reflexo também dos investimentos do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC). Com a necessidade de construção de novas estradas e pontes, de novos viadutos, estádios e aeroportos, há também um grande filão a explorar nas áreas de restauração e manutenção de prédios, estações de metrô, túneis, avenidas e rodoviárias.
As empresas de construção tentam atrair os profissionais de volta - além de buscar recém-formados nas universidades. Tudo com salários atraentes. O mercado internacional também se abriu para o engenheiro brasileiro, que hoje trabalha em obras na Venezuela, na Austrália, em Moçambique ou em Dubai. "Diariamente, recebo consultas de grandes empresas em busca de profissionais para trabalhar", diz Cássia. "Qualquer país em desenvolvimento vai sempre precisar de profissionais da área de engenharia civil para poder crescer."
Com informações da Revista Época.
24 de outubro de 2011
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