27 de setembro de 2012

Fundo de investimento ou plano de previdência?




Para quem está pensando na aposentadoria, uma dúvida comum é se deve aplicar em fundos de investimentos ou em produtos específicos para a aposentadoria. Na opinião do professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Willian Eid Junior, se os investimentos tiverem a mesma composição, ou seja, aplicarem os recursos nos mesmos ativos, vale mais a pena investir em um plano de previdência privada, por conta das vantagens tributárias.

"Se você vai optar por um fundo DI e um PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) Soberano, em termos de retorno final o PGBL é menor", disse, no estudo “Olhando para o futuro: como preparar a sua aposentadoria”. 

Para quem está pensando na aposentadoria, uma dúvida comum é se deve aplicar em fundos de investimentos ou em produtos específicos para a aposentadoria. Na opinião do professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Willian Eid Junior, se os investimentos tiverem a mesma composição, ou seja, aplicarem os recursos nos mesmos ativos, vale mais a pena investir em um plano de previdência privada, por conta das vantagens tributárias.

"Se você vai optar por um fundo DI e um PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) Soberano, em termos de retorno final o PGBL é menor", disse, no estudo “Olhando para o futuro: como preparar a sua aposentadoria”. 

Entretanto, ele lembra que é preciso considerar outros fatores na decisão, já que os fundos oferecem uma variedade muito maior de opções de investimento. "São quase 40 tipos de fundos de investimento, cada um apropriado para um tipo de objetivo ou estratégia do investidor", diz. Segundo ele, um dos destaques dos fundos fica com o produto conhecido como Ciclo de Vida, em que a carteira evolui de acordo com a idade do investidor. Ela começa mais arriscada para ficar mais conservadora com o passar dos anos. "É uma opção muito interessante para os que não querem se preocupar com este tipo de decisão", diz.

Já quem escolhe um produto de previdência tem menos opções. São oferecidos, na maioria das vezes, PGBLs e VGBLs (Vida Gerador de Benefício Livre) e as suas categorias se dividem em Soberano (títulos do governo), Renda Fixa (títulos do governo mais títulos privados) e Composto (renda fixa mais renda variável até 49%).

A diferença entre os dois planos é a tributação. Quem contrata um PGBL consegue deduzir até 12% da renda tributável no ano no imposto de renda. Por isso, este tipo de plano é indicado para aqueles que entregam a declaração completa do imposto de renda, que permite deduções específicas.

Já o VGBL não oferece nenhuma vantagem de dedução durante a fase de acumulação - ou seja, a fase em que ainda está aplicando no plano. Em compensação, tem este benefício no momento do resgate. Isso porque, no VGBL, o imposto incide apenas sobre os rendimentos obtidos e não sobre o valor total acumulado, como acontece no PGBL.

“Em suma, quando pensamos no número de opções de investimentos e sua adequação aos diferentes perfis dos investidores e aplicações, os fundos de investimentos são melhores”, afirma William Eid Junior, professor titular da FGV e autor do estudo.

Outras diferenças
Mas as análises e comparações não param por aí. O professor lembra que o risco de crédito da aplicação também deve ser considerado. Enquanto os fundos são entidades jurídicas à parte dos bancos gestores, o que garante sua segurança caso haja algum problema na instituição financeira, na previdência o produto é da seguradora, o que exige do investidor maior cautela na hora da escolha da instituição.

Além disso, as taxas cobradas também são diferentes. Os dois possuem taxa de administração, mas em grande parte dos planos de previdência também é cobrada uma taxa de carregamento. "O investidor precisa estar muito atento aos custos dos produtos e a sua evolução, como em todos os investimentos", disse o professor.

Outro ponto importante se refere à herança e beneficia os planos de previdência. Em caso de falecimento do titular, os recursos aplicados no VGBL não vão diretamente para o inventário, o que isenta de custos judiciais e impostos. Diferentemente dos produtos previdenciários, os fundos vão para o inventário e a família tem de arcar com os custos incidentes.

“Com todos esses fatores, é preciso uma análise profunda para decidir onde investir. Mas essa análise não pode impedir nem postergar o início dos investimentos”, conclui o professor da FGV.

Com informações do portal Infomoney

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