14 de março de 2011

Corretagem de imóveis: Profissionais devem se reciclar

Já são aproximadamente 15 anos de corretagem e o misto entre a atividade e a advocacia, segundo o profissional Espedito Ribeiro Sobrinho, tem dado certo. Atuando no Crato, o corretor explicou que para ingressar no segmento fez o curso de Técnico em Transações Imobiliárias (TTI), que é terceirizado na região.

E após a formação, já ocorreram diversos outros cursos que agregam o currículo do corretor. “Tive várias oportunidades de reciclagem como, cursos de avaliação, falar em público, ética e relações humanas”, completou Espedito. Isso tudo, segundo o profissional com a orientação e o apoio do corretor Armando Cavalcante, que já foi presidente do Creci e é atualmente tesoureiro do Cofeci.

Mas apesar de considerar a capacitação algo imprescindível, ele avalia que na região do Cariri os treinamentos são falhos. “Os últimos cursos veiculados, eu achei uma verdadeira embromação, pois em sua maioria os módulos eram dados por pessoas totalmente despreparadas para tal, o que lamentavelmente tira o brilho da atividade”, comentou.

ROTINA
No trabalho cotidiano, o profissional realiza os serviços de advogado integrado à corretagem. Com escritório sediado no centro do Crato, sua equipe de profissionais presta assessoria jurídica e imobiliária para toda a região do Cariri.

O foco da atuação é a área de locação de imóveis particulares, segundo o corretor, por ser mais fácil a intermediação. Os empreendimentos nesse caso são apartamentos, kitinetes, garagens e prédios comerciais, em geral.

E nesse ramo não falta trabalho, de acordo com Espedito, sendo essa uma das vantagens da profissão. “Visto que a procura é maior do que a oferta, principalmente no município do Crato, que tem uma grande carência do setor”, acrescentou.

De acordo com o corretor, a cidade precisa urgentemente de investidores na construção civil com experiências em outros grandes centros, como Fortaleza. O desafio, portanto, é adequar a capacidade do escritório para acompanhar o grande crescimento da região. O aquecimento do mercado regional e nacional são para ele, fatores que o levam a continuar no ramo. “Não falta trabalho, ao contrário, o nosso escritório está no limite, inclusive dispensando novos clientes, pois temos que readequar para a grande demanda que temos”, argumentou.

FUTURO
Para o futuro, ele afirmou que a perspectiva é a reciclagem de profissionais. “Temos que nos reciclar ainda mais, tanto no âmbito imobiliário como no jurídico”, destacou. Em relação ao mercado imobiliário no Estado, que está bastante aquecido, as expectativas são de pequeno regresso frente aos cortes apontados pelo Governo Federal. No entanto, na avaliação de Espedito, Fortaleza e a região metropolitana do Cariri, por serem consideradas regiões turísticas, não sofrerão tanto com a diminuição, e continuarão crescendo.

Para esse momento “pós boom”, o ideal segundo o profissional, é prepara-se para evitar uma eventual crise no setor, a exemplo do que aconteceu nos Estados Unidos, com o colapso dos bancos em decorrência da inadimplência no setor imobiliário.


Com informações do Jornal O Estado.

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