15 de março de 2011

Palácio do Governo do Estado do Ceará será reinaugurado neste mês

No próximo dia 25 de março, o Palácio da Abolição sede oficial do Governo do Estado do Ceará será reinaugurado.

Entre 1970 e 1986, o Poder Executivo do Ceará esteve sediado no endereço da Avenida Barão de Studart, 500, no Bairro Meireles. O primeiro governador a despachar no prédio foi Plácido Castelo, depois da transferência do Palácio da Luz, no Centro.

O Palácio da Abolição forma um conjunto com o Mausoléu Castello Branco. A edificação é tombada pelo Estado, em processo que foi apresentado ao Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural em 17 de maio de 2004. A área total é de quatro mil metros quadrados no perímetro da Avenida Barão de Studart com as ruas Silva Paulet, Deputado Moreira da Rocha e Tenente Benévolo.
O projeto arquitetônico é do carioca Sérgio Bernardes, com jardins concebidos por Roberto Burle Marx. A construção foi acompanhada pelos engenheiros José Alberto Cabral e Rui Filgueiras Lima.

O novo Palácio da Abolição deve abrigar o gabinete do Governador, do secretário-chefe da Casa Civil e do chefe de Gabinete do Governador, além de sala de reunião, cerimonial. No prédio anexo serão instalados os setores administrativos do Gabinete do Governador, da Casa Civil e da Casa Militar.

O Palácio e gabinete do Governador possuirá auditório para 132 lugares com palco e plataforma elevatória, central de monitoramento, sala de espera, galeria de arte, biblioteca e salão de eventos voltados para uso público e eventos culturais e turísticos. A Monteplan Engenharia é empresa responsável pela reforma.
Ao todo, são 7.641 metros quadrados do complexo, que vão receber melhorias nos espaços do Palácio, do anexo, da passarela, da capela, do gás, do no-break e da subestação de energia. Além disso, o acesso ao Palácio terá duas novas portarias: uma na avenida Barão de Studart e outra na rua Silva Paulet. Também estão incluídos no projeto toda a área externa, que compreende jardins, muros, escadas, rampas e estacionamento, assim como um heliponto na cobertura.

Com tudo isso, seria mais que cabível sua inclusão no roteiro turístico da cidade. Era importante ponto de visitação antigamente, afinal. Contudo, a Setur não tem definição sobre o assunto.

“Antigamente, as visitas turísticas que ocorriam no Palácio da Abolição eram devido ao Mausoléu (Castelo Branco), porém, estas visitas não eram guiadas especificamente pela Setur. Por se tratar de um equipamento veiculado diretamente ao governador, é de responsabilidade da Casa Civil”, diz a assessoria de imprensa da Secretaria de Turismo.

O Mausoléu faz parte do conjunto arquitetônico do Palácio da Abolição e era o grande destino dos visitantes do Palácio. É uma obra de arquitetura moderna de reconhecido valor, fazendo do Mausoléu um importante ponto turístico de Fortaleza.

O Monumento à memória do ex-presidente Humberto de Alencar Castelo Branco foi iniciativa do governo Plácido Aderaldo Castelo (1966-1971), que resolveu incluí-lo no conjunto de edificações do Palácio da Abolição, como uma significativa homenagem da terra alencarina a seu ilustre filho.

Em 2006, toda a estrutura do Mausoléu passou por uma restauração. A edificação é tombada pelo Estado, visando a sua preservação como patrimônio histórico do Estado do Ceará.
A inauguração do Monumento ocorreu no dia 18 de julho de 1972 – ano do Sesquicentenário da Independência do Brasil e também quinto aniversário de morte do Marechal Castelo Branco – por iniciativa do governador César Cals que, em entendimento com a família do Marechal, promoveu a transladação dos restos mortais do ex-presidente e de sua esposa, d. Argentina Viana Castelo Branco, que chegaram ao Porto do Mucuripe no dia anterior, 17 de julho, a bordo do contratorpedeiro “Santa Catarina”.

À solenidade, presidida pelo então Presidente da República, Emílio Garrastazu Médici, compareceram diversas autoridades convidadas pelo Governo Estadual, entre as quais o vice-presidente Augusto Hamann Rademarker, ministros dos Governos Médici e Castelo Branco, governadores, parlamentares e comandantes militares.

Com informações da Secretaria da Cultura do Ceará.

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