Os novos limites de preço definidos pelo governo para a segunda etapa do "Minha casa, minha vida" continuam a inviabilizar a construção de moradias para a menor faixa de renda do programa, até R$ 1,6 mil, em grandes cidades do país, segundo Sérgio Watanabe, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de São Paulo (SindusCon-SP). Atualmente essa faixa de renda representa 60% da meta do programa para o quadriênio 2011-2014, de 2 milhões de habitações.
Conforme a nova tabela de valores para a faixa de renda 1, nos municípios das regiões metropolitanas de São Paulo, Jundiaí, São José dos Campos, Jacareí e Distrito Federal, o preço máximo para aquisição de um apartamento fica em R$ 65 mil e para casa, em R$ 63 mil. Para municípios dessas áreas com população entre 20 mil e 50 mil habitantes, o teto ficou em R$ 53 mil para apartamentos e casas, sendo que nos demais municípios o limite para a compra de casa fica em R$ 57 mil.
"Em uma cidade como São Paulo, para atrair o interesse das empresas acreditamos que o limite deveria ser de R$ 70 mil", calcula Watanabe, ao acrescentar que é praticamente impossível montar um programa desse porte sem a participação da iniciativa privada. Para o dirigente, além da capital paulista, a situação é mais crítica no Distrito Federal, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Salvador.
Na primeira etapa do programa, o SindusCon recorda que foram contratadas pouco mais de 3 mil unidades na capital paulista para essa faixa de renda. "E isso aconteceu apenas porque a Cohab-SP, órgão da prefeitura, doou os terrenos. Se não fosse esse detalhe, não teríamos nenhuma contratação para famílias com renda de zero a R$ 1,6 mil", lembra Watanabe.
Ao longo da semana, representantes do setor têm reuniões marcadas em Brasília na Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), na tentativa de renegociar esses valores com o governo e a Caixa Econômica Federal.
Com informações da AE.
16 de julho de 2011
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