24 de dezembro de 2012

Curta as férias sem ficar no vermelho



As férias estão ai, e muitas pessoas querem apenas se desligar dos problemas e das preocupações do trabalho, mas é preciso saber aproveitar essa época com sabedoria, do contrário, a conta bancária pode ir pro vermelho. 

Ricardo Fairbanks Cacciaguerra, autor do livro "O ciclo da cigarra milionária" lembra que o ideal é que você faça um planejamento de pelo menos 12 meses, assim, você ganha mais segurança e tranquilidade para aproveitar. . "Quanto maior é o prazo para planejar, maior é o benefício. O prazo mínimo para não comprometer a renda é de três meses", adverte Ricardo. Ricardo Pereira, consultor financeiro do programa Consumidor Consciente da MasterCard, aponta a falta de organização do orçamento como um problema para quem vai sair de férias. "É preciso se organizar dentro dos limites do orçamento e saber o quanto você pode empregar para desfrutar das férias", comenta Pereira. 

A primeira dica é na hora de escolher o destino das férias, "A escolha tem que estar de acordo com as disponibilidades. Opte por programas que não extrapolem o limite e comprometam a sua condição financeira", orienta Cacciaguerra. O segundo passo é montar um orçamento prevendo quanto você irá gastar neste período. 

Dessa forma fica mais fácil visualizar o objetivo e planejar quanto tempo será preciso para economizar o suficiente para cobrir as despesas, inclusive a reserva financeira para eventuais emergências. "Todo gasto deve ser planejado e consciente", lembra Ricardo Cacciaguerra. Pereira lembra que é preciso investir no planejamento e não esquecer de levar em conta os custos com moedas estrangeiras, alternativas que favorecem a economia de dinheiro, valores de hotel, alimentação e até mesmo lugares para visitar. 

Quem optar por viajar ou fazer passeios que serão contratados com antecedência, Cacciaguerra sugere poupar para fazer os pagamentos à vista, pois dessa forma fica mais fácil negociar e conseguir melhores oportunidades e descontos. 

Ricardo Pereira ressalta que é importante não trabalhar com os limites do cheque especial, pois esse dinheiro "extra" pode ser motivo de dor de cabeça quando as férias terminarem. Renato Lourenço, funcionário público, aprendeu a não usar o limite da conta para pagar as férias depois que sua viagem quase triplicou de valor por conta dos juros do cheque especial. "A ida para Porto de Galinhas era um sonho antigo e quando eu vi a promoção, não pensei duas vezes. Parcelei em 10 vezes, mas não me atentei aos gastos extras que eu teria, como aluguel do carro, lembranças, alimentação e passeios. No final, ao invés de pagar 10 parcelas, fiquei quase dois anos pagando juros por não ter planejado melhor", conta Renato. 

Viagens internacionais merecem mais atenção, pois muitas vezes as pessoas esquecem da variação cambial. "Nesses casos o ideal é optar por cartões de crédito pré-pago, que evitam surpresas na hora de pagar a fatura", sugere Ricardo Cacciaguerra. Outra boa dica é antecipar a compra das passagens aéreas e as reservas em hotéis, o que pode render descontos de até 30%, segundo Cacciaguerra. 

O grande perigo financeiro para as férias é se descontrolar e gastar além do previsto originalmente. Viagens de turismo sempre são um convite a extrapolar o orçamento, portanto, vale a pena não agir pelo impulso, principalmente com os passeios oferecidos além do pacote contratado.   Esses são outros casos onde vale a pena investir nos cartões de crédito pré-pagos, pois é uma segurança sobre o limite que pode ser gasto. Cacciaguerra lembra que imprevistos podem acontecer, logo, planejar com coerência é a melhor estratégia para evitar a conta negativa ao retornar das férias. 

Ricardo Pereira reforça que o planejamento também é o melhor método para evitar sustos quando a fatura do cartão chegar ou quando a pessoa for verificar o extrato bancário. "É o típico caso de transformar a felicidade em frustração", alerta o consultor financeiro. Segundo Pereira, o cartão de crédito pode ser um grande parceiro para as férias, desde que usado de forma correta. "O cartão de crédito precisa ser encarado com responsabilidade. Ele passa a ser um aliado quando se aprende a respeitar os limites de forma segura", explica Ricardo Pereira. 

Vale lembrar que em uma viagem é sempre bom ter cuidado redobrado com o dinheiro. Ricardo Cacciaguerra sugere evitar andar com ele todo na carteira, pois sempre há o risco de perder ou sofrer um assalto. Quem optar por viagens internacionais deve evitar o uso do cartão de crédito normal. Isso porque a variação de câmbio pode trazer surpresas agradáveis ou desagradáveis. Na dúvida, o melhor é não arriscar e usá-lo apenas em casos de emergência. 

Com informações do site bbel.com.br

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