Segundo o Anuário do Trabalho as micros e pequenas empresas geraram cera de 6 milhões de novos empregos com carteira assinada nos últimos 10 anos. A pesquisa foi divulgada pelo Sebrae em parceria com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).O número de empregos gerados por essas empresas cresceu 70,9%, subindo de 8,6 milhões, em 2000, para 14,7 milhões, no ano passado.
O superintendente do Sebrae-CE, Carlos Cruz afirma que o Ceará cresce no mesmo ritmo do país no mesmo período. Em 2010, eram 173.805 empregos em microempresas cearenses (22,3% do total) e 205.016 nos pequenos estabelecimentos (26,3%), somando 378.821 ocupados em 173.906 MPEs do Ceará.
"Esse resultado foi favorecido pelo crescimento da economia do País", afirma Cruz, em entrevista ao jornal Diário do Nordeste. "Expansão da classe C, maior poder de consumo, marco regulatório que facilitou a ascensão de MPEs no Simples Nacional, além do empreendedor individual para autônomos, contribuíram para este desempenho", completou.
As micros e pequenas empresas cresceram no Brasil 45,2% em dez anos e já chega a 4,2 milhões de novos estabelecimentos, em 2000, para 6,1 milhões. Portanto, houve a criação de aproximadamente 1,9 milhões de novos negócios.
De acordo com a pesquisa, esse crescimento das empresas foi responsável por 99% dos estabelecimentos, 51,6% dos empregos privados não agrícolas formais no país e quase 40% da massa de salários. Em média, durante a década de 2000, de cada R$ 100 pagos aos trabalhadores no setor privado não agrícola, aproximadamente R$ 41 foram gerados pelas MPEs.
O setor da construção cresceu 10,3% e apresentou ligeiro crescimento, tendo sua participação relativa subido de 3,9% para 4,5% em 2010 – com 273 mil estabelecimentos.