7 de abril de 2011

Mulheres ganham espaço no mundo do design, mas topo ainda é dos homens


Estudantes de design de mobiliário carregam projetos para o ateliê na Rhode Island School of Design, nos Estados Unidos, onde 68% dos estudantes são mulheres.

Tudo começou um mês atrás, quando me pediram para compilar uma lista de 20 designers que irão influenciar o design na próxima década, ao lado de Paola Antonelli, curadora sênior de design no MoMA de Nova York. Depois de semanas trocando e-mails com idéias, a lista estava em fase de conclusão e procurávamos por eventuais omissões.

Uma preocupação era se havíamos incluído designers de disciplinas suficientes, especialmente as novas, que serão cada vez mais importantes no futuro. Outra preocupação era geográfica. Havia muitos designers da Europa Ocidental e da América do Norte? E poucos vindos dos centros de design emergentes na Europa Oriental, África, Ásia e América Latina? Ao mesmo tempo, logo percebemos que não precisaríamos nos preocupar com um problema que tradicionalmente vem atormentando as tais listas. Não houve falta de mulheres.

Nossa lista estava equilibrada entre os sexos. Nenhuma surpresa nisso, você pode pensar. Por que a divisão de gênero no design seria diferente do resto da população mundial? Mas já foi um dia. Quantas mulheres designers você vê nos livros de história do design? Não muitas.

O design tem sido um mundo masculino desde a Revolução Industrial. Mesmo no século 20, as poucas mulheres bem-sucedidas costumavam trabalhar com colaboradores do sexo masculino, que geralmente as ofuscavam. Tome como exemplo Lilly Reich, a principal designer da maioria dos móveis costumeiramente atribuídos a Mies Van Der Rohe. Ou Charlotte Perriand, que foi relegada a um similar papel de coadjuvante com Le Corbusier e seu amante Edouard Jeanneret. O mesmo destino sobreveio Ray Eames, esposa do (mais) famoso Charles.

Com informações da UOL.

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