30 de abril de 2011

Porto das Dunas surpreende e ultrapassa Meireles e Aldeota em volume de vendas

Como já era esperado, o mercado imobiliário de Fortaleza e Região Metropolitana continua aquecido. Comparando 2010 a 2009, no tocante a volume de vendas, os números apontam um crescimento de 70%. Os dados foram divulgados pelo Sistema Secovi, no hotel Gran Marquise, reforçam a análise de muitos analistas do setor. Segundo o presidente do Secovi-CE, Sérgio Porto, os bons resultados do mercado são reflexos de fatores como acesso mais fácil ao crédito imobiliário e taxas de juros mais baixas.

Mesmo o “boom” imobiliário sendo bola cantada por vários profissionais e empresas do segmento, a liderança do Porto das Dunas no quesito volume de vendas em 2010 surpreendeu. A região, obviamente, já apresentava sinais de expansão. Contudo, ao ultrapassar antigos campeões de vendas como Aldeota e Meireles, o bairro evidencia um novo contexto no mercado. O preço médio do m2, estimado em R$ 4.697,00, sinaliza o processo de forte valorização.

Conforme informou Sérgio Porto, a demanda por segunda residência situou a posição do Porto das Dunas neste ranking. “Nós, que já estávamos observando o movimento do mercado, percebemos a expansão do Porto, lugar que também recebe muito investimento estrangeiro. No entanto, levar um bairro de 2ª ou 3ª residência ao pódio de vendas é surpreendente, mas isso não vai ocorrer todos os anos”, afirmou Porto, lembrando de quando se trata de volume de vendas, os públicos A e B movimentam o mercado, enquanto o segmento econômico lidera o número de unidades vendidas.

VOLUME DE VENDAS
No quadro geral, o volume de vendas em 2010, registrando crescimento de 70%, mostra um mercado mais aberto, sem os receios que abateram as transações imobiliárias entre 2008 e 2009, em virtude da bolha americana. Os dados comparativos reiteram a percepção de Sérgio Porto. O ano de 2008 movimentou cerca de um bilhão e trezentos milhões de reais. Aproximadamente um bilhão e meio de reais em vendas foram os números de 2009. A marca de dois bilhões e meio de reais fez de 2010 um período muito aquecido para o setor em Fortaleza e Região Metropolitana.

Para o presidente do Secovi, esse momento não é de “boom”, mas de retomada do mercado, que desde o início da década de 1980 arrefeceu. “O contexto atual não é mais o de antes, quando a dificuldade de acesso ao crédito habitacional e os juros altos impossibilitavam o crescimento. No ritmo que estamos agora podemos prever crescimento de 15% para os próximos cinco a dez anos. Depois disso continuaremos no mesmo ritmo da economia brasileira com crescimento médio de 5%”, explicou.

CASA X CARRO
Os bons ventos no setor ainda não são suficientes para atender o grave déficit habitacional no País. Apenas em Fortaleza, esse déficit chega a ser de 140 mil unidades. Diante do atual panorama, Sérgio Porto avaliou o paradoxo entre o crédito habitacional e o de financiamento de veículos. “Ano passado, com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), as operações de crédito imobiliário contratadas chegaram a R$ 83 bilhões, enquanto o financiamento de veículo atingiu R$ 188 bilhões. Isso acontece, principalmente, pela desburocratização no financiamento. Quando o cliente leva os documentos para análise de crédito imobiliário, a média para essa análise é de 15 dias. Já o carro, em até 24 horas o cliente sai com ele da loja. Mesmo em crescimento, ainda falta agilidade na análise de crédito imobiliário”, comparou.

INTERIORIZAÇÃO
Forte tendência. Assim pontuou Sérgio Porto a expansão imobiliária no interior do Estado. E o motor do crescimento é o potencial econômico das cidades interioranas. “Só para ter uma ideia, observem o número de motos existentes numa cidade de interior. Onde tem motos, tem dinheiro circulando também no comércio. Isso dinamiza o mercado, além do bolsa família, shoppings como o que está sendo construído em Sobral e as universidades contribuem para esse fenômeno que está acontecendo no interior”, destacou.

Com informações do Jornal O Estado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário